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A nova revolução colorida: Macedónia

13 de Maio de 2015, 9:00 , por Informação Incorrecta - | No one following this article yet.
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Há algo de bom na estratégia exterior dos Estados Unidos: não é preciso esforçar-se muito para entender o que se passa.

Pegamos na Macedónia: uma nova revolução colorida? Exacto.
Serviços secretos americanos? Exacto.
George Soros? Exacto!

Únicas dúvidas: mas porque a Macedónia? E porque agora?

Este é um pequeno País nascido da dissolução da ex-Jugoslávia. Pouco mais de 2 milhões de habitantes, desde 1991 (ano da fundação) tem tido uma relativamente vida tranquila. Faz parte da ONU, pediu para entrar na União Europeia e, dado que tem uma economia de rastos, é provável que seja aceite para juntar-se à alegre brigada euro-deprimida.

Tem alguns problemas territoriais com o Kossovo, com a Albânia, mas nada de grave. Pelo menos até o ano de 2001: na altura houve a insurreição da minoria albanesa (350 mil pessoas no total), coisa que foi resolvida em tempos bastante rápidos.

Mas agora os tempos felizes acabaram. É tempo de revolução.
Há três semanas houve a incursão dum grupo de independentistas do UCK (o exército de libertação do Kosovo) que pretendem criar um Estado independente albanês no interior da Macedónia. Nos últimos dias a situação tem piorado: choques violentos, mortos, protestos contra o governo liderado por Nikola Gruevski.

Agora, para entender o que se passa é preciso dividir: dum lado a acção do UCK, do outro os protestos.

UCK, os "libertadores" de Al-Qaeda

Começamos com o UCK.
Este é um movimento do Kosovo, autêntica colónia dos Estados Unidos nos Balcãs. Não é preciso um génio para imaginar a luz verde de Washington perante as novas acções do grupo terrorista fortemente relacionado com Al-Qaeda (olha, olha...).

Até os EUA incluíam o UCK na lista das formações terroristas. Pelo menos até 1998: depois, o UCK começou a lutar contra a Sérvia de Slobodan Milošević e a formação adquiriu o estatuto de "resistente" ou "libertadores".

Libertadores com o vício de raptar civis sérvios, incluindo mulheres e crianças, transferi-los para Burrel, na Albânia, onde eram privados dalguns órgãos (vendidos à clínicas turcas) antes de serem mortos. Mas nada que pudesse preocupar os americanos.

Portanto, o primeiro protagonista da nossa história é sem dúvida este grupo de "libertadores" com sede na colónia americana na ex-Jugoslávia. Depois há a frente interna, que parece mais complicada. Mas nem tanto.

Soros, NATO & Gás

Enquanto o UCK começava com os delírios independentistas, na mesma altura o partido da oposição (o SDMS, os social-democratas liderados por Zoran Zaev, já preso por corrupção) organizava as primeiras manifestações na capital, Skopje (ou Escópia).

Jung teria falado de "sincronicidade". Nós aqui falamos de serviços secretos americanos. Mas porque agora? 

Para entende-lo é bom não esquecer que no passado dia 9 de Maio, o Presidente da República Gjorge Ivanov e o Primeiro Ministro Nikola Gruevski se encontravam na Praça Vermelha, em Moscovo, para festejar o Dia da Vitória (Segunda Guerra Mundial). Com Vladimir Putin.
Uhi...

E mais: a Macedónia, apesar das fortes pressões, teima em não entrar na NATO. É evidente que tanto Ivanov quanto Gruevski estão fartos do poder. Ou isso ou esqueceram-se de que na Macedónia já opera há alguns anos tal George Soros, que recrutou não pouco elementos da Juventude Comunista: diários, televisões, grupos musicais e artísticos, tudo adquirido ou financiado pela Open Society de Soros.   

Agora, tanto para fazer um exemplo, é uma destas rádios, Radio/Tv B92, que convida a rebelar-se contra o governo "filo-russo" de Nikola Gruevski.

Mas Soros e a Open Society também trabalham com a minoria muçulmana (albanês): para ela foram criadas organizações sem fins lucrativos (as ONGs) como Razbudi se (Acorde) e Civil, portais na Internet, emissoras de rádio e de televisão.

Cereja no topo do bolo: a Macedónia deveria ser um ponto de trânsito do futuro Turkish Stream, o gasoduto com capacidade para 63 biliões de metros cúbicos de gás russo por ano: 14 biliões para a Turquia, o resto distribuído na Europa. Assinado Gazprom. 

Já em 1998, o embaixador norte-americano Christopher Hill tinha avisado:
O povo macedónio é posto à prova e agora podemos ver se ficou maduro o suficiente ou se tem que voltar para a creche.
A época dos avisos acabou: agora é tempo de revolução.
Não espontânea mas colorida, óbvio.


Ipse dixit.

Fontes: Sputnik, Giulietto Chiesa: Cosa succede in Macedonia?

Fonte: http://feedproxy.google.com/~r/InformaoIncorrecta/~3/75jcn2iUoSU/a-nova-revolucao-colorida-macedonia.html