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A Síria não utilizou armas químicas

19 de Fevereiro de 2018, 16:54 , por Informação Incorrecta - | No one following this article yet.
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O que diz o Secretário da Defesa dos Estados Unidos? Diz que não há provas de que na Síria Assad tenha usado armas químicas.

Após muitas narrativas únicas e tendenciosas, Washington finalmente admite que não tem evidências de que Bashar al-Assad tenha usado armas químicas.

A investigação da ONU sobre os factos de Khan Sheikhoun não tem validade científica: realizada não com especialistas no local mas com a ajuda de imagens satelitares e declarações de ativistas ligados à "oposição moderada".
Perante os pedidos russos, chineses e iranianos para criar uma específica comissão de inquérito, houve uma clara rejeição. E agora as declarações do Secretário da Defesa, James "Mad Dog" Mattis: uma confissão.

Mattis afirmou explicitamente que a notícia do uso de gás sarin por parte do exército sírio vem "de relatórios do campo de batalha, de pessoas que dizem que foi usado". E conclui:
Não temos provas, estamos à procura de provas.
Não têm provas. Mas então o ataque com 59 mísseis Tomahawks ordenado por Donald Trump na noite entre 6 e 7 de Abril de 2017 como "punição"? Uma agressão gratuita, um ataque deliberado.
Estamos à procura de evidências uma vez que estamos a lidar com o regime de Assad que costuma usar a negação e o engano para esconder as suas ações fora da lei.
Portanto: não há provas, mas deve haver. Passou quase um ano e ainda não foram encontradas? É porque Assad tem o mau hábito de esconde-las. E a conclusão é "lógica":
Estamos ainda mais preocupados com a possibilidade do uso de sarin
Claro: porque Assad esconde o gás, seu malandro. Parece um raciocínio um pouco infantil? Verdade, mas funciona.

Especialistas em armas químicas e pesquisadores experientes como Hans Blix, Scott Ritter, Gareth Porter e Theodore Postol exprimiram dúvidas sobre a narrativa americana oficial. Estes analistas concentraram-se nos aspectos técnicos dos ataques e descobriram que não eram consistentes com o uso de munições sarin. E lembramos um pormenor: Assad supostamente lançou o ataque com sarin nos mesmos dias em que os especialistas da ONU estavam na Síria para analisar os tipos de armas utilizadas no conflito.

Apesar disso, ainda este mês o governo de Trump acusou Assad de produzir e usar "novos tipos de armas" nos ataques químicos e funcionários da Administração não descartam a hipótese de ações militares adicionais para "proteger a população".

É a prova de que não estamos perante um simples "erro de avaliação" mas dum modus operandi da "comunidade internacional" na era unipolar. Real ou percebido como tal, um alegado massacre serve para condicionar os meios de comunicação e conduzir a opinião pública na direcção desejada: legitimar as decisões "democráticas", as reuniões do Conselho de Segurança da ONU, as sanções, os embargos, os "bombardeios humanitários".

Resultou no Iraque, resultou no Afeganistão, porque não deveria resultar agora e no futuro também?


Ipse dixit.

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Fontes: Newsweek, Associated Press 


Fonte: http://feedproxy.google.com/~r/InformaoIncorrecta/~3/e27vT4LzT1M/a-siria-nao-utilizou-armas-quimicas.html