O último episódio, diligentemente relatado pelos órgãos de comunicação social, aconteceu na Alemanha, onde um grupo de assassinos atacou dois jovens hebraicos, que agora lutam entre a vida e a morte.
Pronta a intervenção do governo alemão: como explicou a porta-voz de Angela Merkel, Ulrike Demmer, a partir de 1 de Maio um delegado será responsável pelo anti-semitismo:
Queremos que se sintam seguros na Alemanha.A ministra da Justiça, Katarina Barley, twittou:
É insuportável que judeus na Alemanha sejam atacados nas ruas de Berlim, é uma vergonha para o nosso País, o anti-semitismo nunca mais deve encontrar um lugar na Alemanha: devemos fazer todo o possível para proteger as vidas dos judeus na Alemanha.
É insuportável que os jovens sejam atacados aqui só porque usam o kipá: os judeus nunca devem sentir-se ameaçados, somos responsáveis por proteger a vida dos judeus.
ATENÇÂO
O seguinte vídeo mostra imagem que podem ferir as pessoas mais sensíveis.
O seguinte vídeo mostra imagem que podem ferir as pessoas mais sensíveis.
Ok, não era um "grupo" mas apenas dois deficientes. Que nem europeus eram. E os hebraicos não estão moribundos, nada têm. E não há "anti-semitismo clássico" aqui: há dois sírios que armaram-se em justiceiros de treta após os recentes acontecimentos bélicos.
Mas os media não perderam tempo e decidiram cavalgar logo a "nova onda anti-semita". Não falou Macron em Estrasburgo duma "espécie de guerra civil europeia", de "egoísmos nacionais"? Eis a prova provada: o regresso do anti-semitismo, a descida do Velho Continente para o inferno do totalitarismo fascista.
Tem que ficar extremamente claro: este acto é profundamente estúpido, não tem justificação e deve ser condenado. Os atacantes deveriam ser procurados e condenados pela justiça. Ponto final.
Mas o que podemos esperar quando as máximas autoridades mundiais passam o tempo a atirar gasolina para a fogueira? Quando um Primeiro Ministro israelita continua a ameaçar a Síria com ataques "cada vez mais letais"? É verosímil não prever consequências como estas?
Quando um ministro alemão diz desejar que os judeus "se sintam seguros na Alemanha" não está a esquecer algo? Não foi a Chancelera Merkel a definir o ataque contra a Síria "uma resposta necessária e pertinente“? Será que os Sírios não têm o direito de sentir-se seguros no País deles? E os Palestinianos, aos quais o País foi subtraído? Porque estes dois pesos e duas medidas? Por qual razão este racismo?
Mentes débeis existem em todos os lados e são as primeiras a cair vítimas do clima de tensão que a política e as ações irresponsáveis do Ocidente cria de propósito. Os atacantes de Berlim fazem parte deste grupo: indivíduos que têm absorvido o ódio destilado a cada dia por uma classe política irresponsável, com a cumplicidade dos órgãos de comunicação, pessoas que não conseguem separar a narrativa oficial da realidade e baseiam as suas acções apenas no instinto. Isso deve ser firmemente condenado.
Mas tentamos não cair no ridículo: não é suficiente agitar o espectro do "anti-semitismo" para conseguir esconder as culpas de quem deseja, procura e faz a guerra, de quem só quer inflamar os ânimos.
Pessoalmente faço votos para que os assaltantes sejam identificados e julgados e para que as duas vítimas possam esquecer rapidamente o triste episódio. Nós, pelo contrário, não podemos esquecer quem é o artífice deste clima.
Ipse dixit.