Dívida Externa:
- Brasil 842 biliões de Dólares
- Índia 427 biliões de Dólares
- África do Sul 140 biliões de Dólares
- Brasil 359 biliões de Dólares
- Índia 298 biliões de Dólares
- África do Sul 50 biliões de Dólares
A situação da África do Sul é particularmente cinzenta, com uma dívida que é quase três vezes as reservas do Banco Central. Melhor a situação da Índia, pouco alegre aquela do Brasil. Nestas condições, introduzir uma nova moeda é impossível: nasceria já morta. Portanto, a moeda de referência continuará a ser o Dólar.
Prova: tanto o AIIB (Asian Infrastructure Investment Bank) quanto o NDB (Development Bank) e a reserva para acidentes de percursos (Contingency Reserve Arrangement) têm todos como única base a moeda de Washington.
Agora, como faz notar Michel Chossudovsky, docente de Economia, tudo isso não enfraquece o Dólar. É exactamente o contrário: tende a apoiar o volume de empréstimos em Dólares. Além disso, este é um percurso já previsto (e bem visto) nos acordos de Bretton Woods.
Uma moeda dos BRICS teria desenvolvido o comércio entre as partes, atraído (e de que maneira!) os investimentos. Mas Índia, África do Sul e Brasil abdicaram da ideia. Isso implica alguns problemas no caso destes Países.
Sempre Chossudovsky avança com um exemplo.
Em 2014, os BRICS assinaram um acordo para criar o já citado NDB. Uma instituição com uma reserva de 100 bilhões de Dólares. Depois há um fundo de segurança: outros 100 biliões.
Cada um dos Países tem que participar, como é óbvio. Falando apenas da reserva de segurança, eis cotas por cada Estado-Membro:
- Brasil 18 biliões de Dólares
- Rússia 18 biliões de Dólares
- Índia 18 biliões de Dólares
- China 41 biliões de Dólares
- África do Sul 5 biliões de Dólares
E onde é que Índia, África do Sul e Brasil querem encontrar este dinheiro? Simples: com um financiamento (não há muitas outras hipóteses).
Mas os financiamento internacionais são todos geridos em Dólares. O que significaria aumentar a Dívida externa, isso é, contrair um empréstimo e aumentar ainda mais a exposição externa, tudo em prol da moeda dos EUA.
E no médio prazo (fim do ano?) a Federal Reserve irá subir as taxas de interesse, o que tornará mais caro contrair um empréstimo e, sobretudo, devolve-lo.
Até quando não será criada uma moeda dos BRICS, o Dólar não correrá riscos (o Euro não assusta, no limite diverte). Mas é mesmo neste ponto que todas as últimas decisões tomadas falham: vão no sentido inverso. De de-dolarização não se fala. E que sejam mesmo os BRICS a manter em vida ou até ajudar o Dólar é coisa pelo menos esquisita, não é?
Ou talvez não.
Mas para evitar as iras dos apoiantes de Dilma, fico por aqui.
Ipse dixit.
Fontes: Global Research, Valori