Lembro de ter já falado disso mas não me lembro quando. Tenham paciência.
E tenham paciência também porque o artigo é comprido: façam o favor de ler até o fim. Aliás, se estão com pressa, leiam só a parte final.
É importante.
Obrigado.
Informação Alternativa: um meio nas mãos do Poder
Então vamos repetir porque há uns comentários entre os últimos artigos que despertam perguntam. O que é sempre excelente, como é óbvio.
Phi:
Depois estás a subestimar as ferramentas ao nosso alcance. A informação alternativa faz mossa. Ora repara bem na contenção de danos que os Mass Media têm vindo a fazer, ora é campanhas pró-vacinação, pró-sistema, anti-paz. A informação alternativa está a entrar na rotina de um cada vez maior número de pessoas, principalmente nas gerações mais novas. É o poder que está agora a se adaptar...Se a informação alternativa fizesse mossa já teria sido eliminada. A informação alternativa (I.A. ,da qual este blog faz parte) vive porque tem algumas funções:
- desacreditar assuntos importantes
- reforçar os media de regime
- entreter e controlar as pessoas insatisfeitas do sistema
- direccionar a atenção do público para determinado assuntos.
O ponto nº 2 é um pouco mais complexo. Aparentemente é consequência directa do nº 1 (uma pessoa se assusta com os assuntos que encontra na I.A. então decide voltar para os media tradicionais que tratam de "coisas sérias"). Na verdade não é tão simples assim. Os assuntos tratados no mundo da I.A. são muitas vezes a) complexos b) exasperados na discussão. E as pessoas a) não querem coisas complexas b) não querem ficar envolvidos em rixas digitais.
O clássico telejornal, pelo contrário, é muito simples: é só sentar-se e absorver. Tudo é explicado de forma simples (e simplistas), não há contraditório (e se houver é moderado). Depois é curto, um fast news perfeito para o ritmo da vida "moderna".
O ponto nº 3 é muito importante: quem não gosta do actual sistema, cedo ou tarde encontra um ou mais blogues/sites decentes e começa a frequenta-los. Dado que internet é pesadamente vigiada, isso permite ter uma ideia do que se passa no mundo dos "insatisfeitos", quais as propostas, as aspirações, os desejos. E também é simples individuar elementos mais "perigosos" (entre aspas, não estamos aqui a falar de terroristas).
O ponto nº 4 é o mais importante de todos. A I.A. não está livre, de todo. Eu tenho uma série de bookmarks (acho ser "marcadores" em português) de blogues e sites que frequento diariamente. São lugares que seleccionei ao longo da minha vida na internet, porque achei serem os melhores em determinados assuntos.
Mesmo assim, há alguns dias fiz uma comparação: na quase totalidade tratavam de assuntos que outras coisas não eram senão as notícias que circulam nos media. Nada mais do que isso. E a coisa divertida, por assim dizer, é que eu faço o mesmo. Todos funcionamos assim, pelo que a pergunta deve ser: quem escolhe os assuntos tratados na I.A.? Os autores da I.A.? Nem por isso: eles (eu incluído) seguem o endereço fornecido pelos media.
Sim, verdade: o media diz azul e eu, acerca do mesmo assunto, posso dizer amarelo. Mas quem decidiu tratar das cores não fui eu, foi o media.
Ainda Phi:
A informação alternativa está a entrar na rotina de um cada vez maior número de pessoasA frase teria sido perfeita com um ponto após a palavra "rotina".
Se conseguirmos entender tudo isso, conseguimos parcialmente responder à pergunta de Maquiavel:
As pessoas precisam de um incentivo, de algo que as faça sair da frente do PC, estamos todos acomodados, tanto a qualidade como a quantidade. Qual o "click" que falta?
Os únicos que até agora foram capazes de criar o tal "click" foram Facebook e Twitter no caso da Primavera Árabe. Mas sabemos também quem estava atrás: George Soros, isso é, um bilionário que utilizou não apenas internet como também uma série de infiltrados e outros meios ainda para construir (literalmente) uns movimentos populares.
E o mesmo aconteceu com Occupy Wall Street.
Depois houve a tal manifestação em Portugal: um milhão de pessoas que reuniram-se após um apelo no Facebook. Notável, mas não deu em nada.
Mais Phi:
Acho que seja errado, se te guias pela quantidade e não pela qualidade dos leitores. As revoluções, regra geral, nunca são feitas pelas massas, mas sim por um pequeno grupo de indivíduos.
Lenine, tanto para fazer um exemplo, não é que acordou um dia e pensou "Ok, agora vou para a Rússia e vou fazer uma revolução, tanto não televisão hoje não dão nada de jeito". Passou anos a planear, não sozinho, e explorou uma situação de grande fricção e mal estar que já existia entre os súbditos do Czar. Mesma coisa com a Revolução Francesa.
Em ambos estes casos, é necessário realçar algo que acho ser absolutamente fundamental: o povo vivia mal, mas mal mesmo. É esta a segunda parte que compõe e o tal "click" que pode tirar as pessoas do computador. Até quando houver dinheiro para comida, gás e electricidade, uma peça de roupa nova de vez em quando, gasolina para o carro, carregar o telemóvel, comprar uma televisão e o bilhete para o estádio, o único click será aquele dos smartphones que tiram fotografias.
Chaplin:
Mas o que é que sabemos sobre o que se discute no ambiente diplomático?Krowler:
O problema, é que o sistema está a adaptar-se bem e rapidamente a esta nova realidade.Exacto. A Grécia é um bom exemplo de tudo isso. Não há internet aí? Não há uma I.A.? Não há um povo farto? E qual o resultado? O "Não" no referendo de Domingo não está nada prometido: as Mentes Pensantes de Bruxelas (e não só elas) já puseram em marcha a maquina da propaganda e há boas possibilidades que ganhe o "Sim". O que significaria: demissões de Tripas, novo voto, vitória dum partido tradicional e tudo que volta ao costume.
E pensar que Tripas tinha conseguido mobilizar as massas, com ideias claras, objectivos precisos, tudo em aparente contradição com as ordens do poder financeiro internacional. Depois sabemos o que aconteceu. Até chegámos ao ponto em que Tripas fixa o referendo para Domingo mas já na Quarta envia uma carta onde diz estar disposto a aceitar a proposta europeia com apenas "5 leves modificações".
Então? Então é a hora da Revolução
Então, está tudo perdido? Não.
Como sempre, não tenho a verdade no bolso. Pelo que vou seguir-vos. Ou vou vos seguir. Vou vos-seguir-vos (existe alguém capaz de explicar-me esta raio de regra?!?).
Ponho o blog a completa disposição para organizar algo. Não apenas como espaço de discussão, é possível fazer mais do que isso: por exemplo, contactar outros blogues/sites para que seja organizado algo.
Andam por aqui algumas ideias que acho excelentes.
Anónimo:
Acabar com a usura, com as forcas armadas. Acabar com a obsolescência dos produtos me parece uma questão muito importante.
Temos internet, temos meios para contactar tudo e todos. É claro, chegará uma altura em que será preciso sair do virtual para o real. Mas, como começo, internet constitui um óptimo começo (Soros ensina).
Repito: blog a total disposição dos Leitores.
Escolham:
- querem um fórum? Ok, vou inserir um fórum.
- querem uma chat? Ok, vou inserir uma chat (eu acho o fórum melhor por uma questão de horários e não só).
- querem interagir com outros blogues ou sites? Pode ser feitos, sem esforços nenhum (portugueses, brasileiros, italianos, ingleses, estão ao meu alcance, mas se os Leitores conhecem outros idiomas é possível ampliar).
- querem abrir outro blog paralelo onde os artigos possam ser escritos não só por mim? Óptimo, vamos abrir um novo blog ou site.
- querem apresentar propostas? Boa ideia. Aliás, necessária, pois se o fim e´"revolucionar-se" não seria mal fixar alguns objectivos.
Há Informação Incorrecta no Blogger, há Wordpress, temos Facebook, temos Twitter (somos como Soros!). Pode haver também Tor, que um pouco ajuda (mas implica riscos de outra natureza). Há até o Club de Hello Kitty, mas este acho não ser de grande utilidade.
Se for para organizar algo sério (mas sério mesmo), não vou poupar esforços, esta é uma promessa que faço perante todos os Leitores. Não é muito? Lamento, é o que tenho.
Agora, não esperem que faça tudo sozinho, aqui não há Superman, há uma pessoa normal, como vocês. Para já são precisas:
- ideias
- que depois devem tornar-se objectivos
- para os quais é preciso encontrar uma maneira para que sejam implementados.
Têm por aqui uma pessoa disposta a trabalhar seriamente nisso.
A minha decisão está tomada.
Agora tomem a vossa.
O contacto é: informacaoincorrecta@gmail.com
E, como sabem, eu sou Max.
Ipse dixit.