A história mais famosa sobre o Golem é aquela do rabino Judah Loew ben Bezalel, também conhecido como Maharal de Praga (1513-1609). Diz-se que Maharal criou um Golem de argila para proteger os judeus da acusação de sangue (a acusação, generalizada no século XI, segundo a qual os judeus utilizavam sangue humano por razões rituais) e apoiá-los no trabalho físico.
Mais tarde, o Golem chegou em israel. Hoje, os palestinianos estão habituados a ser constantemente supervisionados por um grupo de Golem voadores israelitas, também conhecidos como "drones kosher".
Mas a Organização Mundial Sionista (WZO) decidiu ir além e investir num novo tipo de Golem: o ciber-Golem, desenvolvido especificamente para espionar todos nós. Sniper (este o nome da criatura) utiliza um algoritmo específico para procurar na internet conteúdos anti-judaicos.
O novo Golem vai procurar certas palavras-chave em diferentes idiomas. Uma equipa de membros da WZO vai monitorizar os resultados para reagir imediatamente. Assim que for descoberto um "culpado", a WZO entrará em contacto com as autoridades no País do infractor ou enviará um Golem-voador para descobrir o suspeito que fala mal dos judeus.
O programa Sniper quer actuar como uma deterrência, afirmam os empresários que o criaram:
Não vai ser fácil publicar uma declaração [nas redes sociais, ndt] que apela para a matança de judeus.Em muitos anos como frequentador da net nunca consegui encontrar sequer um único apelo que invocasse ao homicídio dos judeus, ainda menos "matanças". E ainda bem que assim foi. Portanto, é óbvio que o objectivo de Sniper não será este, pena ficar sem trabalho após poucos minutos desde a entrada em função. Nada disso. Sniper irá vasculhar a rede à procura de páginas que falam de israel, páginas que depois serão avaliadas pela WZO: porque na verdade o ciber-Golem já existe (é só procurar na internet "Unidade 8200"), simplesmente Sniper constituirá a versão mais sofisticada.
Tudo isso parece expressão bastante séria duma síndrome, algo que faz fronteira com a psicose. E que em nada ajuda o povo hebraico, bem pelo contrário. O moderno anti-semitismo (mas seria mais correcto falar de anti-sionismo, coisa muito diferente) não se apoia em antigas teorias racistas mas está intimamente ligado à atitude que o governo de Tel Avive tem perante os seus vizinhos, Palestinianos em primeiro lugar. Para que o moderno "anti-semitismo" (com aspas necessárias) desapareça, não serve o ciber-Golem mas um novo paradigma que abandone o imperialismo sionista.
Ipse dixit.
Fonte: Ynet News, Sott