
No começo do ano passado estava à espera de:
- Guerras (que não é grande coisa como previsão, admitimos)
- Um despertar espiritual (não especificamente cristão)
- Aumento do fracking
- A "geração Y", os com um futuro incerto e uma economia de dificuldades.
- O enchimento da bolha dos "T-bonds" (os Títulos ligados ao Dólar)
- A explosão da instrução digital
- O aumento dos desejos secessionistas
E acerca do ano 2014?
Vamos ver também neste caso quais as próximas "previsões".
- A loucura económica de Março
Celente, por exemplo, tinha previsto o colapso de 1987, a crise monetária asiática de 1997 e o pânico de 2008, mas errou acerca de 2010, porque a Federal Reserve e bancos centrais de todo o mundo começaram a bombear dezenas de triliões de Dólares no sistema financeiro.
E agora? Agora podemos razoavelmente esperar que no mês de Março, mais tarde até o final do segundo trimestre, haja uma onda de choque económico que vai abalar os mercados accionários globais?
Celente acredita nisso. E ao ouvir o chefe do Banco Central Europeu, Mario Draghi, afirmar que "a crise passou", eu também.
- Chinaworld
Minas de carvão na Zâmbia, apartamentos de luxo em New Iorque, terras agrícolas na Ucrânia ... uma variedade infinita de projetos chineses estão a incubar em todo o mundo . Se existe uma possibilidade comercial ou uma necessidade ainda não atendida, aí vão encontrar um chinês.
Ricos investidores, licenciados desempregados, trabalhadores qualificados e não qualificados, todos irão migrar duma Nação super-povoada, congestionada e altamente poluída.
- O alarme que toca
Em 2013, a Casa Branca e o Congresso dos EUA têm mostrado uma extrema incompetência através de uma longa série de fracassos. A partir da "paralisação do governo" (o shut down, causado pela falta de acordo sobre o orçamento), do fracasso no "tecto da dívida", a atitude sem sentido na Síria...
As pesquisas mostram que a maioria dos cidadãos tem vindo a acumular contra os políticos um desprezo e um senso de ridículo sem precedentes na América moderna. Mas este fenômeno não se limita apenas à América: a desconfiança dos cidadãos em todo o mundo está a tornar-se um desprezo universal para os partidos políticos. As medidas de austeridade draconianas e as políticas económicas punitivas atiraram milhões de pessoas para a pobreza e trouxeram milhões de manifestantes nas ruas.
Quais as possíveis consequências? Guerras civis, revoltas, rebeliões, motins? São estas as possibilidades duma população cansada, que em alguns casos não tem mais nada a perder.
Luta de classes? Sim, mas esqueçam Marx.
- Os idosos e os social media
O leque de possibilidades é grande: casas de repouso, campanhas políticas, direitos civis.
- Populismo
Com os Países atolados numa longa recessão e forçados a seguir as medidas de austeridade do trio UE- BCE - FMI, com as pessoas revoltadas com a corrupção dos partidos políticos, os movimentos populistas irão tentar recuperar a identidade nacional e livrar-se da dominação do Euro e de Bruxelas. Esses movimentos vão querer derrubar os partidos do governo e construir novos.
A insatisfação na Zona Euro é tão profunda que os populistas ganharão cerca de 25% dos assentos no Parlamento Europeu nas eleições deste ano.
Diz o primeiro-ministro italiano, Enrico Letta:
Corremos o risco de ter um Parlamento Europeu mais anti-europeu como nunca houve. O aumento do populismo é hoje o principal problema social e político europeu. Combater o populismo, na minha opinião, é uma missão, tanto na Itália como em outros Países.
Bravo Letta. Mas antes de começar o combate, pergunta-te por qual razão explodiu o "populismo". E, em caso de dúvidas, compra um espelho.
- A Terra dos Escravos
Numa uma economia agrícola baseada na produção em massa de alguns produtos, feitos em grandes plantações e impulsionada pelas necessidades de lucro das empresas, o resultado mais óbvio é um tipo de trabalho part-time, de baixa remuneração, projetados para fugir das responsabilidades sociais das empresas. O que aumenta o número de trabalhadores pobres, um grupo que inclui agora também licenciados, devedores, subempregados e idosos.
Entretanto, quase metade dos pedidos de auxílio (aqueles feitos para evitar a fome ou a falta duma habitação) vêm de pessoas com empregos a tempo inteiro. O que obriga a reflectir.
As greves de 2013 dos trabalhadores dos fast-foods, que exigiam um salário mínimo mais elevado, são apenas uma amostra do que está por vir.
- O novo altruísmo
Mais voluntariado, mais busca do sentido da vida, mais consciência acerca do planeta, dos recursos dele: isso também para combater a pobreza e uma cultura mercantilizada.
Neste sentido, internet terá um papel de primeiro plano: as pessoas querem descobrir um lado mais humano e humanista da nossa sociedade.
- A saúde privada
Os dados sobre o estado de saúde dos indivíduos, a conduta deles, os seus marcadores genéticos: tudo isso foi canalizado para uma ampla gama de bancos de dados. E isso tem implicações positivas e negativas.
Os pesquisadores, por exemplo, terão mais facilidade para antecipar e potencialmente prevenir as doenças. Mas, colocados nas mãos erradas, os dados podem ser usados para explorar os indivíduos em prol dos lucros.
- A nova geração
Se for verdade (e é bem verdade) que a crise atirou para a pobreza centenas de milhões de pessoas, é também verdade que nas condições negativas podemos encontrar as energias para renascer. É disso que falemos.
Trata-se de sobrevivência, trata-se de deixar de pensar numa reforma que provavelmente não existirá. Seja qual for a razão, há uma geração que será obrigada a repensar o próprio futuro e tomar novas decisões.
Sobrevivência, como afirmado, mas também vontade de expressão duma potencialidade cada vez mais enterrada por parte duma sociedade que não consegue dar respostas e oportunidades.
Mais empreendedorismo, mas também auto-realização e não apenas no âmbito material.
- O ensino online
As implicações serão enormes. E as possibilidades também para melhorar a própria formação e cultura.
Ipse dixit.
Fonte: King World News
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