O Secretário da Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, demitiu-se do cargo.
Poderia parecer um problema interno da Administração, mas na verdade é um problema bem maior: Hagel era uma pomba.
Não uma verdadeira ave, nada de penas aqui: mas entre os falcões agressivos de Washington, Hagel tinha uma visão mais "pacifista" (com muitas aspas, claro).
E os resultados não fizeram-se esperar: já na última Sexta-feira, Barack Obama decidiu fazer marcha atrás na questão do Afeganistão, com cerca de 10.000 soldados que permanecerão no País asiático em 2015, tropas que tomarão parte directamente nos combates com o suporte da aviação militar. O contrário de quanto prometido há poucos meses, nada de retirada ou poucas unidades empenhadas em formação e consultoria: o que a Administração quer é combater.
Pelo que, simples entender que no choque entre falcões e pombas, os primeiros ganharam, mudando assim a política até aqui seguida ou anunciada por parte de Washington. Nada de desempenho, nada de redução orçamental no Pentágono: a decisão de Obama, tomada nas últimas semanas após uma complicada reunião na Casa Branca, ignora as objecções de alguns dos seus melhores colaboradores civis para entregar a palavra definitiva aos militares.
Os Estados Unidos estão a mudar o rumo e a nova direcção escolhida parece ser aquela duma política externa mais agressiva: sobretudo um novo impulso na guerra no Afeganistão, País onde os EUA estão atolado há 13 anos. Mas o Afeganistão é apenas uma das aventuras militares americanas no estrangeiro: por enquanto é a questão do ISIS que ocupa os títulos dos jornais, mas a Síria não foi esquecida e, segundo fontes militares turcas, nas últimas semanas os EUA estariam a pensar em Assad como novo objectivo, o que implicaria uma drástico alargamento do conflito.
Nesta altura, os mais prováveis substitutos são Michele Flournoy (NATO, Grupo de Aspen, CIA e Council on Foreing Relations), ex sub-secretário da Defesa; o Senador Jack Reed, ex-militar; Ashton B. Carter (Goldman Sachs , Grupo de Aspen, Council on Foreing Relations), ex-subsecretário da Defesa e membro do staff de Condoleezza Rice.
Num passado muito longínquo, num frio dia norueguês, um grupo de eruditos decidiu entregar ao simpático Obama uma medalha, um diploma e um cheque de 10 milhões de coroas com a seguinte motivação: "O seu extraordinário empenho em reforças a diplomacia internacional e a colaboração entre os povos. [...] Apenas muito raramente alguém conseguiu como Obama capturar a atenção do mundo e dar uma esperança para um futuro melhor", sendo que a diplomacia do Presidente está "baseada no conceito segundo o qual os que governam o mundo têm que fazê-lo com base em valores e atitudes partilhados pela maioria da população".
Doutro lado, o grupo era constituído por eruditos: imaginem se tivessem sido só um bando de deficientes...
Ipse dixit.
Fontes: Strategic Culture Foundation, Il Foglio, The New Yotk Times (1 e 2), Wikipedia (versão italiana).
Max
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