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Navalny, o mártir

28 de Março de 2017, 18:06 , por Informação Incorrecta - | No one following this article yet.
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Alexey Navalny
Fala-se muito nestas horas da violência das autoridades da Rússia contra os pobres manifestantes das ruas.

Em particular, espanto por causa do tratamento reservado ao líder das manifestações, Alexey Navalny, promovido no campo qual mártir da democracia.

Tanto para repor as coisas na justa óptica, vamos lembrar quem é o simpático Navalny.

Formado na universidade norte-americana de Yale, foi escolhido qual membro do Greenberg Fellows Program World, um programa criado em 2002 para o qual são selecionados a cada ano em todo o mundo apenas 16 pessoas com características que podem fazer delas "líderes globais".

Este líderes in pectore fazem parte duma rede de "líderes mundiais que comprometeram-se a tornar o mundo um lugar melhor", composto atualmente por 291 bolsistas de 87 Países, em contacto uns com os outros e todos conectados com o Centros de Yale.

Navalny é também co-fundador do movimento Alternativa Democrática, um dos beneficiários do
National Endowment for Democracy (NED), poderosa fundação privada sem fins lucrativos dos EUA que, com fundos fornecidos pela Congresso dos EUA, financia abertamente ou às escondidas milhares de organizações não-governamentais em mais de 90 Países para "promover a democracia".

Se procuram a origem da guerra na Ucrânia, olhem para a NED: foi esta que organizou a revolução colorida (a "Revolução de Maidan") que derrubou o governo corrupto com o resultado que agora em Kiev há um um governo ainda mais corrupto, cujo carácter democrático é bem representado pelos neonazis que ocupam as posições-chave do País.

Moscovo 2017
As origens do simpático Navalny estão todas aí e não é um acaso que em 2011 ele tenha organizado a "Marcha Russa", que Radio Free Europe descreveu como "um desfile unindo de grupos nacionalistas russos de todos os tipos": na ocasião, Navalny apareceu como orador ao lado dos neonazis russos.

E mais: no caso da manifestação convocada por Navalny, Moscovo tinha concedido a autorização para que a manifestação fosse realizada em outras áreas da cidade, as mesmas zonas onde os eventos públicos ocorrem frequentemente. O simpático Navalny conduziu os seus partidários no centro da cidade, com o evidente intuito de provocar as autoridades e obter o inevitável acidente.

Também curioso é pensar que também no mundo ocidental e nas modernas democracias liberais, qualquer manifestação realizada em locais não autorizados é normalmente bloqueada pela polícia, exactamente como aconteceu nestes dias na Rússia.

Washington 2016
Em 11 de Abril de 2016, nos EUA, 400 pacíficos manifestantes que protestavam contra a corrupção
foram presos fora da Casa Branca com a mesma acusação: "manifestação ilegal".

O presidente era Barack Obama, mas nenhum membro da comunidade internacional e nem as ONGs para os Direitos Humanos disseram algo. Nenhuma reação ou condenação relevante.

Vice-versa, em Moscovo um idêntico facto se torna um incidente diplomático internacional e mediático.

Muito curioso mesmo.


Ipse dixit.

Fontes: Reuters, Il Manifesto (via Come Don Chisciotte), Radio Free Europe, The New York Times

Fonte: http://feedproxy.google.com/~r/InformaoIncorrecta/~3/DLU17YBfMUg/navalny-o-martir.html