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O sucesso: armas, doenças & aço

noviembre 28, 2012 22:00 , por Desconocido - 0no comments yet | No one following this article yet.
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O quê? Um artigo de História?
Tá bom, pessoal, não é o caso para ficar escandalizados, nem é o primeiro. Depois sim, é História, mas não só: há mais do que isso.
Vamos ver.

No dia 16 de Novembro de 1532, o conquistador espanhol Francisco Pizarro, com um grupo de 168 soldados, derrotou e massacrou 7.000 dos 80.000 guerreiros Incas presentes na cidade de Cajamarca, no actual Peru. Foi o fim da civilização Inca, um fim excepcionalmente rápido. Ainda hoje é um episódio emblemático: os Incas foram apenas um dos povos que os Europeus conseguiram submeter em todo o planeta.

A pergunta é: porque os Europeus? Porque, por exemplo, não foram os Incas a invadir a Europa? Porque não foram os nativos da América do Norte? Ou um povo qualquer da África, da Ásia, da Oceania?

É uma questão central, pois falamos de eventos que determinaram o mundo tal como é conhecido hoje.

Até os primeiros anos do século passado, era normal pensar que homem branco, aquele caucásico, fosse uma raça superior: tal visão explicava e justificava a hegemonia dos Estados europeus sobre o resto do mundo. Hoje esta teoria é ultrapassada, sabemos que os únicos homens brancos superiores são aqueles nascidos em Genova e que muitas vezes vivem no estrangeiro e abrem blogues em Português.

Por isso a pergunta faz ainda mais sentido: se não houve uma superioridade intelectual, porque foram os Europeus? Porque a supremacia tecnológica do brancos não pode ser razoavelmente posta em discussão.

Uma óptima tentativa de resposta é presente no livro do biólogo estadounidense Jared Diamons, Guns, Germs, and Steel ("Armas, germes e aço" em Portugal e no Brasil). Um livro que é um marco e que como tal mereceu um Prémio Pulizter, um Prémio Aventis (que não sei o que raio seja), um documentário da National Geographic Society e até o novo prémio de Informação Incorrecta, o "Mais Melhor Livro Muito Bom De Facto".

O título já diz alguma coisa, mas não tudo. O autor não apenas lista as prováveis causas da tal supremacia, como também vai mais em profundidade: porque além das armas, das doenças e do metalurgia, há mais.

Em primeiro lugar há o facto da Europa ser a Europa. Goza duma posição geográfica particularmente vantajosa, ficando bem perto da África, do Médio Oriente e com uma grande costa à beira do oceano. Não é pouco.

Um habitante do Brasil, por exemplo, para visitar um outro continente, tem que apanhar um avião ou atravessar um oceano. Mas como na Antiguidade os voos eram escassos e muito caros, sobravam apenas os barcos e um imenso oceano atrás do qual ficava o desconhecido.

Isso não pode favorecer as trocas comerciais, por exemplo, essenciais para o desenvolvimento de técnicas diferenciadas.

A conformação do território é também determinante: na Europa há abundância de rios, de terras férteis e um pequeno e tranquilo mar aí perto (o Mediterrâneo) que desde sempre foi uma autêntica autoestrada para quem desejasse viajar. Até os primeiros homens chegaram no Velho Continente da África por via das reduzias dimensões deste mar (hipótese de atravessamento do Estreito de Gibraltar).

Só isso? O clima, uma boa terra e um mar pequeno?
Não. A obra de Diamons vai além disso.

Os animais, por exemplo.
Na Europa, desde sempre, houve animais de grande portes, mamíferos que puderam ser domesticados com facilidade.

Eis uma tabela cujos dados provêm do livro em questão:
Ter um animal de grande porte domesticado é uma grande vantagem: experimentem convencer um macaco a trabalhar a terra. Além disso, não podemos esquecer que, sempre no caso do Império Inca, os guerreiros ficaram aterrorizados com os cavalos, animais desconhecidos até então. E depois há o factor comida: as vacas, por exemplo, fornecem leite, manteiga e, obviamente, carne, enquanto os cavalos não fornecem leite nem manteiga, mas são simpáticos.

Mas a vantagem de viver perto de animais domesticados não pára aqui: os Europeus ficaram em contacto com os animais de grande porte ao longo de séculos e tiveram o tempo necessário para desenvolver anticorpos contra as doenças transmitidas. Sempre no caso da América do Sul, os conquistadores foram facilitados pelas epidemias que dizimaram os povos locais, desprovidos de anticorpos.

A obra de Diamond é profunda e sintetizar toda a pesquisa não é simples.
Na segunda parte serão encarados outros dos factores que concorreram para determinar a "supremacia" branca, entre os quais o fundamental capítulo "Porque na América do Sul não conseguem pôr os macacos a trabalhar a terra?".
Ok, admito, esta foi inventada...


Ipse dixit.

Fontes: Tra Cielo e Terra

Livro: "Armas, germes e aço", Autor: Jared Diamond
Portugal - Editora Relógio d'Agua, ISBN 9789727086955
Brasil - Editora: Record, ISBN 9788501056009

Origen: http://feedproxy.google.com/~r/InformaoIncorrecta/~3/MBLVhby_4U0/o-sucesso-armas-doencas-aco.html

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