CASPAS está de volta, com o que poderia ser chamado de VAZA JATO do Serpros. Sua última publicação ocorreu durante a consulta pública para alteração do estatuto da entidade, levada a efeito pela atual presidente do fundo, ainda com a Srª Glória Guimarães no comando da patrocinadora, aliás, assunto que sumiu do mapa, tal qual a proposta de transferência do Serpros para Brasília, que traria um enorme custo e perda de capacidades à instituição, e cujo único benefício que se podia vislumbrar era o de evitar a viagem para o Rio de Janeiro dos diretores e conselheiros que moram em Brasília. Esta é a transparência que a atual diretoria do Serpros proporciona e que a ASPAS e os conselheiros eleitos que formavam o CDE à época convivem pacificamente.
Feitas as considerações iniciais, vamos à motivação para este retorno: trata-se da divulgação do Informe Institucional nº 33, de 4 de novembro de 2019, divulgado pelo Serpros(https://serpros.com.br/2019/11/04/esclarecimentos-sobre-o-superavit/).
Tudo inicia quando os participantes receberam um informe anunciando a distribuição de Superavit referentes aos anos de 2015, 2016 e 2017 e pedindo que aguardassem a definição de como a distribuição seria feita. Houve até palestra gravada pelo Diretor de Administração. Eis que, de forma tresloucada e sem qualquer sentido prático e lógico, a diretoria do Serpros resolveu divulgar um novo boletim (supra citado), que caberia melhor nas páginas de inquéritos policiais ou nos programas da tarde de alguns canais abertos,
parecendo ter sido urdido numa roda com muita bebida, em que o redator tomou tantas, que fugiu ao tema para atacar o dono do bar, pois nada diz sobre aquilo que todos esperam: COMO e QUANDO será feita a distribuição. Haverá redução das contribuições, aumento dos benefícios ou a reversão dos valores aos participantes/assistidos/patrocinadora? Seu título, “Esclarecimento sobre Superavit”, foi apenas para fomentar a curiosidade, pois o conteúdo é nefasto, cheio de calúnia e futrica, já tão em voga no atual governo.
A atitude não foi apenas um desvio de finalidade, mas uma clara irresponsabilidade, a ponto de fazerem acusações que imputam irregularidades à última diretoria que sofreu o golpe da 2ª intervenção, uma calúnia desmedida, que sujeita seus responsáveis a responder por ela, pois a própria Comissão de Sindicância afirmou não ter encontrado nada que desabonasse aqueles dirigentes. O que restou para sustentar a intervenção golpista que os afastou foi uma “interpretação do estatuto”, mortadela disfarçada de presunto, pois nele está literalmente escrito aquilo que aqueles dirigentes praticaram. Cumpriram a lei, mas…..golpe é golpe e a luta acaba com uma mordida na orelha, como já assistimos. Foi como as tais pedaladas.
Não fosse suficiente esta barbárie - um corte e cola do que temos visto ocorrer com uma família que habita Brasília - gestada por dirigentes dos quais se espera equilíbrio e capacidade para não expor o Serpros a críticas, controvérsias e litígios desnecessários, o informe ainda escamoteia a realidade, ao afirmar que os superavits foram fruto das intervenções, uma mentira estrondosa, pois o interventor nada mais fez do que aplicar tudo que podia em títulos públicos, uma solução simplista, que todos minimamente iniciados em como investir adotariam, porque eles são a aplicação de menor risco e naquela época rendiam satisfatoriamente, MAS NÃO A PONTO DE GERAR OS CITADOS SUPERAVITS.
Para esclarecer a verdade, CASPAS recorreu ao Google e encontrou SERPROS ENCAMINHA PROPOSTA DE UTILIZAÇÃO DE SUPERÁVIT*, notícia Serpros datada de 14/10/2014, que faz referência a Superavits do plano PS II relativos aos exercícios de 2010, 2011, 2012 e 2013 (e assim também ocorreu em 2014). Só não foi distribuído aquele Superavit, porque o interventor afirmou que primeiro teria que verificar os impactos que algumas perdas poderiam causar ao fundo. Mas SAIBAM TODOS QUE FORAM AQUELES SUPERAVITS PASSADOS QUE SUSTENTARAM ESTES QUE SERÃO DISTRIBUÍDOS.
Uma informação também nunca divulgada foram os excelentes resultados obtidos pelas diretoria passadas, que conseguiram passar o patrimônio do Serpros de um patamar inferior a UM MILHÃO PARA CINCO BILHÕES. Isto ocorreu de 2003 até 2014. Notem que o Serpros foi fundado em 1978, com um quadro de empregados que chegou a 21 mil pessoas, filiação compulsória no ato da admissão, com a patrocinadora contribuindo com valor superior a mais de duas vezes a dos participantes e sem pedidos de aposentadorias, pois o quadro era jovem. Ou seja, mesmo com estas significativas diferenças apontadas, em 24 anos (de 1978 a 2002) o Serpros formou um patrimônio inferior a UM MILHÃO, e em 11 anos (2003 a 2014) o patrimônio do fundo passou para CINCO BILHÕES, quintuplicou. Este crescimento do patrimônio foi conseguido também com investimentos que apresentavam risco. Uns resultaram em perdas e outros renderam muito, mas a politicalha de alguns conselheiros eleitos, com a ajuda da ASPAS, que assolou o Serpros nos últimos 5 anos, só mostra aquilo que não deu certo, as perdas, absolutamente naturais no mundo dos investimentos. Quem comprou ações das Petrobras em 2008 sabe que perdeu muito até 2016 e quem comprou em 2017 ganhou muito até hoje.
Eventuais erros na avaliação de garantias contra riscos, pode-se admitir, mas nada além disso que ponha em dúvida a honestidade das pessoas. Isto é maldade. Interessante é que nunca ouvimos sequer comentários sobre as perdas milionárias que o Serpros teve com Terra Encantada, Letras de Santa Catarina, Chapecó e Kepler Weber, empresa na qual a atual presidente do Serpros foi conselheira. Isto sem falar na aquisição de um terreno na Barra da Tijuca/RJ, que apenas depois de comprado se descobriu pertencer a uma área de proteção ambiental, frustrando a expectativa de negociá-lo com o mercado imobiliário. QUEM FORAM OS DIRIGENTES DO SERPROS QUE REALIZARAM ESTES INVESTIMENTOS? QUEM ERAM OS CONSELHEIROS QUE APROVARAM? As perdas geradas por eles devem significar hoje algo próximo de 1,5 bilhão, e foram as responsáveis pelo enorme Déficit do PS I, que resultou no aumento de 35 % nas contribuições dos participantes ativos e aposentados, que até hoje suportam este ônus, assim como no saldamento do PS I. POR QUE OS PALADINOS DE MEIA TIGELA E A ASPAS NUNCA FALARAM SOBRE ISTO?
A diretoria do Serpros, se mais competente e menos maldosa fosse, deveria ter aproveitado o informe para se dirigir àqueles que ficam em dúvida se devem retirar suas reservas de poupança, por medo do Serpros não cumprir com os compromissos assumidos. Fica aqui a dica do CASPAS e autorização para seu uso.
Com relação à exaltação que o informe faz ao árduo trabalho da equipe atual do Serpros, CASPAS lembra que a atual é a mesma que sempre esteve lá, e que sofreu o “pão que o Diabo amassou” com as duas intervenções seguidas, com jeito de faroeste, e ares de satisfação dos conselheiros caluniadores golpistas. ÀQUELA EQUIPE OS PARABÉNS DO CASPAS, que não se estendem à diretoria atual, porque mostra-se sem equilíbrio para a gestão e em nada contribuiu para estes Superavits, tendo tomado posse em 18 de agosto de 2017, já com o jogo ganho.
(*) https://serpros.com.br/2014/10/14/serpros-encaminha-proposta-de-utilizacao-de-superavit/
Serpros divulga informativo sem pé nem cabeça e com calúnia
8 de Novembro de 2019, 16:13 - | No one following this article yet.
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