Prezados, participantes do Serpros,
A diretoria da patrocinadora, a do Serpros e seu Conselho Deliberativo estão tratando da transferência do Serpros para Brasília. Informem-se sobre este assunto no CASPAS, endereço https://tinyurl.com/y9pd9kuy e participe das discussões, abaixo-assinados, manifestações, enfim, entre na luta para impedir que façam isto, ou receberá uma conta para pagar.
DE QUEM ESTAMOS FALANDO
A diretoria e conselhos do Serpros são formados por pessoas que ocupam ou já ocuparam altos cargos na patrocinadora quando a empresa estava sendo destruída e os empregados sendo massacrados, e alguns deles participaram ou conviveram, pacificamente, com tudo isto. Outrora, nas demissões (as famosas barcas), os PDVais, congelamentos de salários, esvaziamento das regionais, terceirização de serviços(lembram da Montreal?), estagnação da empresa, com um parque de equipamentos para jogar no lixo e sem comercialização de novos serviços. E nos dois últimos anos, a volta do arrocho salarial, o controle de frequência do pré Taylorismo, o esvaziamento do quadro funcional, eliminação de algumas áreas (extinção da Universidade Corporativa, segmentos de comercialização e produção), junção de outras num mesmo espaço físico, misturando gato com lebre, sem qualquer preocupação com o tipo de trabalho desenvolvido e a qualidade do resultado, como se fosse um depósito de empregados, para caber todos num canto, liberar espaços para acabar com alguns endereços do Serpro, como deve ocorrer com o Andaraí/RJ e a Luz/SP. Em resumo, a volta do passado de agonias, com muitos dos antigos feitores.
E O QUE ESPERAR DOS CONSELHEIROS ELEITOS
Se dentre os indicados pela patrocinadora existem perfis demolidores, cruéis, também entre os eleitos não encontramos coisa muito diferente. Para alguns destes, ordem da patrocinadora é para ser cumprida, porque nela também exercem cargos de confiança e têm receio de serem destituídos. Da ASPAS? Esqueçam! Ela abraçou a política rasteira e desviou seus foco. A propósito, os leitores sabem que alguns colegas do Serpro estão trabalhando no Serpros levados pela atual diretoria? Houve algum concurso para isso? O fundo virou um emprego garantido para os amigos? Nada contra os colegas, mas TUDO PELA TRANSPARÊNCIA, coisa que não encontramos nesta turma.
Face ao exposto, os participantes não devem esperar reação contrária a esta desgraça anunciada, que seria a transferência da sede do Serpros para Brasília. Os "supostos" representantes dos participantes também estão associados nesta empreitada; vestem a camisa de um time, mas torcem para o adversário. Fato que não deixa dúvidas quanto a isto foi a atitude dos conselheiros do CDE ao divulgarem uma nota para explicar a instalação do escritório do Serpros em Brasília. Serviram de escudo para a diretoria do fundo, a responsável por dar explicações ou calar-se, como têm feito em outros episódios. E o mais grave é que MENTIRAM dizendo que era uma DETERMINAÇÃO DO ESTATUTO DO SERPROS(vejam que o Art. 4º do Estatuto não ordena, não impõe, não exige, apenas permite). Depois confessaram que a patrocinadora havia encomendado um ESTUDO sobre a transferência, e os conselheiros baixaram a cabeça e disseram SIM, SENHORA, mesmo diante do Art. 1º do Estatuto que diz: "....o Serpros tem autonomia administrativa....". Resta perguntar: a patrocinadora é quem administra o Serpros? Por que o CDE aceitou esta demanda? Caberá ao Serpros pagar à consultoria por este estudo? É muita falta de atitude dos conselheiros eleitos.
Este comportamento dos conselheiros eleitos em manter os participantes afastados de informações relevantes, impedindo-os de reagirem a elas, como ocorreu com a instalação do escritório em Brasília e a intenção de transferência da sede do Serpros, e a falta de independência deles em relação às diretorias do fundo e da patrocinadora, deixa claro que FORMOU-SE UMA IRMANDADE NO ENTORNO DO SERPROS. Não fosse o CASPAS ter suspeitado da intenção de levar a sede do Serpros para Brasília, ninguém estaria sabendo de nada. O Serpros está às escuras. Notícias do óbito só após o sepultamento.
ESTA IRMANDADE MANTÉM SOB UM MANTO O ANTIGO DÉFICIT DO PSI E SUA PRINCIPAL CAUSA
A respeito do PSI e seu antigo déficit, que obrigou o aumento de 35% nas contribuições dos participantes e o saldamento do plano em 2013: tem algum leitor que já tenha ouvido falar sobre a principal causa? DUVIDO! O papo sempre foi imputá-la à tábua de mortalidade(estamos vivendo mais) e serviço passado(aporte que a patrocinadora teria deixado de fazer). Sim, estas questões contribuíram, mas comparado com as perdas dos investimentos nas LETRAS DE SANTA CATARINA, CHAPECÓ, KEPLER WEBER, TERRA ENCANTADA e o TERRENO NA BARRA DA TIJUCA/RJ( adquirido por R$ 30 MILHÕES, segundo informado à época)são como uma entorse de tornozelo diante de uma fratura da tíbia para um jogador de futebol. Tais perdas foram a causa principal do déficit no PSI. Em valores corrigidos monetariamente, somariam hoje algumas centenas de milhões, e se considerarmos o que poderia ter sido obtido de retorno se o dinheiro perdido em tais aplicações tivesse sido empregado em negócios rentáveis, certamente estaríamos falando de valores próximos a R$ 2 BILHÕES. POR QUE NUNCA SE FALOU SOBRE OS RESPONSÁVEIS POR ESTAS PERDAS, se há quem saiba delas dentre os diretores atuais, conselheiros( especialmente os eleitos, pois há dentre eles quem conheça as entranhas do Serpros há mais de 20 anos) e a ASPAS(que possui em sua estrutura pessoa que dirigiu o Serpros neste passado tenebroso)?
A TRANSFERÊNCIA DA SEDE E SUAS IMPLICAÇÕES
A transferência é, obviamente, inoportuna, desnecessária, dispendiosa. Só trará despesas para o fundo e nenhuma vantagem, exceção feita ao conforto e facilidade que proporcionará aos dirigentes e conselheiros que residem em Brasília, notadamente para os primeiros, pois os voos BSB / RIO / BSB , saindo às segundas-feiras e retornando às sextas, são muito concorridos. De fato é difícil encontrar vaga no horário desejado, mas eles sabiam disso quando aceitaram a missão e não cabe um “jeitinho” para aliviar o sacrifício às custas dos participantes, como afirmou o CASPAS.
Serão gastos milhões com indenizações de empregados do Serpros dispensados( alguns com mais de 25 anos, outros com mais de 30 anos, cuja multa de 40 % do FGTS representa uma fortuna), e com as passagens aéreas dos responsáveis para operar a mudança, despesas com transporte de mobiliário e equipamentos, obras de infraestrutura no endereço de Brasília(layout do ambiente, elétrica e lógica) etc. Mas há outros fatores que irão afetar sobremaneira o futuro do fundo e os participantes, que terão reflexo por muitos anos, como a perda de conhecimento acumulada pelos empregados desligados, a afetação de serviços, ainda que temporária, podendo ocorrer atrasos nos pagamentos e interrupção do sistema de empréstimos. Isto sem falar no desemprego de dezenas de pessoas, estima-se em 40 empregados. Todo este gasto que desejam impor ao Serpros, sem que ele esteja obrigado a suportar, chega no exato momento em que foi anunciado grande déficit no PSI, que poderá significar aumento na contribuição de seus participantes.
O Serpros é proprietário de uma área no Centro Empresarial Varig, local para onde seria feita a transferência da sede do fundo, segundo dizem. Este imóvel foi adquirido pelo Serpros há muitos anos, com a finalidade de ALUGUEL ou VENDA, o que não será possível com a ocupação dele, e restará ao Serpros pagar a cota condominial altíssima para sempre (Vide imagem do prédio no endereço http://www.edificiovarig.com.br/ e imaginem quanto deve ser a taxa condominial).
Os diretores e conselheiros poderão argumentar que isto seria compensado pela desocupação do prédio do Serpros no Rio de Janeiro, liberando-o para renda, mas este discurso NÃO SERÁ HONESTO, porque há muitas dificuldades para alugar ou vender o prédio da atual sede do fundo, pelas seguintes razões:
- Ele tem vários andares, com alas à direita e à esquerda, MAS APENAS UM ELEVADOR, grande complicador para que seja ocupado por mais de um locatário, ainda que sejam escritórios;
Para os seguimentos de Indústria, comércio, as dificuldades são maiores:
- Tem uma única entrada e saída de garagem, com rampas e pouca altura de pé direito, que impede o acesso de veículos de carga;
- O estacionamento é pequeno e possui muitas colunas, tornando impossível a manobra de veículos de carga, mesmo os pequenos;
- O prédio situa-se numa rua estreita, de mão única, que só permite a passagem de um veículo;
- No Rio de Janeiro há proibição de circulação de caminhões nos dias úteis em determinados horários e vias na cidade.
Observa-se, portanto, que as características do prédio onde se situa o Serpros no Rio de Janeiro tem enormes limitações para ser alugado ou vendido, o que não ocorre com o endereço de Brasília que, por estar desocupado e ser destinado a escritórios, tudo é mais fácil e menos dispendioso para os interessados.
POR QUE OCORREM SIMULTANEAMENTE A PROPOSTA DE REVISÃO DO ESTATUTO DO SERPROS E A ENCOMENDA DO TAL ESTUDO PARA A TRANSFERÊNCIA DE SUA SEDE PARA BRASÍLIA
O Estatuto do Serpros impede que seja feita a transferência de sua sede para outra cidade, conforme estabelecido em seu Art. 4º, que diz: “ O SERPROS terá sede e foro na Cidade do Rio de Janeiro, podendo ter escritórios, agentes ou representantes em outras cidades.( Fonte: site do Serpros > Institucional > Documentos > Estatuto do Serpros).
É uma mera coincidência ou a diretoria do Serpros abriu uma consulta pública para fazer uma REVISÃO no Estatuto e aproveitar para alterar o Art. 4º, eliminando o citado impedimento?
TRANSFERÊNCIA, NÃO! VAMOS À LUTA!