
Do Jornal GGN
A situação da Polícia Civil de São Paulo é de quase paralisação. O congelamento de salários provocou uma evasão das áreas de apoio. Em muitas delegacias, delegados precisam ver o trabalho dos escrivães. Exige-se curso superior dos escrivães e paga-se um salário de R$ 3 mil. Na primeira oportunidade, pulam fora.
Além disso, a expectativa da reforma da Previdência provocou uma corrida inédita para aposentadoria. O total de pedidos de aposentadoria ultrapassou várias vezes o número de delegados aprovados nos concursos de 2013.
Nas delegacias falta tudo. Os próprios delegados compram do bolso papel, café e até canetas. E, segundo o governador Geraldo Alckmin, não haverá nenhum concurso antes de 2018. O que significa, não haverá um quadro a mais até 2.020.
O álibi Paulo Hartung – de que toda corporação que reivindica direitos está contra os direitos do cidadão – não cola. O serviço público depende da condição de trabalho e do nível dos servidores públicos. O achatamento dos salários das categorias diretamente envolvidas com serviço público resulta inevitavelmente na degradação dos serviços.
O resultado é este: evasão de funcionários e falta de condições de trabalho.
