A Assembléia Legislativa do RS foi tomada de assalto (ou não?) pela Brigada Militar. De dentro da Assembléia, suposta casa do povo, onde estão acantonados, os soldados partem nos ataques constantes contra servidores e trabalhadores mobilizados na Praça da Matriz. É a face policial militar da ditadura do judiciário instalada no Brasil. Outra face é a servilidade com a qual os Deputados gaúchos, de todos os matizes, diga-se de passagem, se submetem a tal aberração. Submissão, servilidade e humilhação. Mas não para por aí. Já durante a semana, Servidores da SUSEPE (presídios) e Polícia Civil, mesmo de joelhos, foram humilhados pela Brigada Militar . Mesmo assim, a Polícia de Sartori (e de Temer) continua no afã de humilhar não só os servidores, mas todos os gaúchos e gaúchas. Nesta tarde de quinta-feira, a mesma Brigada Militar, utiliza um Helicóptero adquirido com Recursos do Sistema único de Saúde, para ser um SAMU aéreo, para ameaçar e amedrontar servidores e trabalhadores que protestam na Praça da Matriz contra o Desmonte do Estado. Isto é símbolo do Desmonte do Estado: Um Helicóptero SAMU – adquirido para atender vítimas de acidentes ou emergências de saúde, utilizado para que soldados da Brigada Militar (Ou seriam da Força Nacional?) para ameaçarem de Carabina na mão, quem exerce seu direito de protestar.
A Marca da SAMU, que aparece bem visível ali na parte de trás do Helicóptero
Sartori humilha, pisoteia e ri da desgraça do povo gaúcho, que ele deveria ajudar a sanar. Por outro lado, é escabroso como a esquerda continua achando que vivemos sob uma suposta democracia e negocia com o governo que impõe tamanha vergonha ao povo gaúcho. Tiraram tudo que puderam até então do Rio Grande e dos gaúchos. Só restaram as Estatais de Energia (CEEE,CRM e SULGÁS). Não conseguiram votos suficientes. Tem um tempo para comprar o que lhes falta. A única forma de acabar com o celerado avanço do privatismo e do fascismo é a esquerda retomando a sua relação com a base, construindo um programa mínimo e uma Frente Política Ampla o Suficiente não só para resistir, mas para apontar ao povo um caminho contra a destruição total do Estado de Direito. Chega de “audiências públicas” na ex casa do povo, que hoje é ocupada pela Polícia Militar de acordo com o interesse do governante de plantão. É tempo de assembleias populares nas vilas, nas portas de fábricas e onde esta o povo que pagará, mesmo sem saber, a conta desta tragédia premeditada pelo Governo da Classe dominante. Opa. Falei em Classe? Sim. A Luta de Classes esta efervescente. E da esquerda espera-se que esteja com a Classe trabalhadora, onde a Classe Trabalhadora está, mora e trabalha. E com certeza não é na Praça da Matriz. Mas para aqueles que acreditam que ainda há uma nesga de democracia, não é o caso de cobrar o Governo do Estado o uso absolutamente indevido deste helicóptero?