‘A miséria está batendo nas ruas’, disse Alexandre Lindenmeyer, relatando que foram fechados 18 mil postos de trabalho em um ano

Da Rádio Guaiba
O prefeito de Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer (PT), disse hoje que o crise econômica provocada na Metade Sul por conta da retirada de investimentos da Petrobras gera fortes reflexos sociais no município. Segundo ele, a estatal, no governo de Michel Temer, mudou a política de fornecedores, deixando de comprar navios e plataformas construídos no Brasil e passando a importar esse material de países como a China. Segundo o prefeito de Rio Grande, a miséria nos municípios está aumentando e os indicadores de violência também.
“Em janeiro e fevereiro, tivemos 200% de aumento no número de homicídios em Rio Grande. A droga começa a cambiar de forma mais intensa. O desemprego causa pressão na área social e a demanda por saúde aumenta. A miséria está batendo nas ruas. É uma situação de extrema gravidade”, relatou Lindenmeyer.
Conforme o prefeito, a indústria naval de Rio Grande e São José do Norte gerava, há um ano, 21 mil postos diretos de trabalho. Hoje, segundo o prefeito, são 3 mil empregos. Para cada posto direto na indústria naval, segundo o prefeito, são gerados ao menos cinco outros postos indiretos, não só na região, mas também em áreas de metalurgia, como Caxias do Sul e Canoas.
Nesta terça-feira, a Assembleia Legislativa gaúcha instalou uma Frente Parlamentar em Defesa do Polo Naval de Rio Grande. A Frente, proposta pelo deputado Nelsinho Metalurgico, contou com assinaturas de deputados da base aliada de Sartori, como Sérgio Turra, do PP, e Catarina Paladini, do PSB. Entre os objetivos da Frente está a busca por envolvimento do governador Sartori no tema.
