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Polaco Doido

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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Muito mais que um simples bolsa-estupro

6 de Junho de 2013, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Nem é preciso ser muito experto para se chegar à conclusão de que ninguém, gozando de perfeita saúde mental, é favorável ao aborto. A vida é um bem muito precioso e deve ser protegida e preservada em todos os casos.

Porém, o Estatuto do Nascituro, em pauta na Câmara Federal, ao contrário do que possa parecer, não é um documento que pretende defender ou preservar a vida é simplesmente, um documento que pretende transformar em lei, mais um de tantos outros preceitos religiosos.

Acha que não? Então dê uma olhada no texto proposto, aqui.

Já em seu Artigo 2°. o texto confunde o conceito metafísico da alma, com o conceito científico da vida e afirma categoricamente que a vida tem origem no ato da concepção, ou seja: quando o espermatozoide une-se ao óvulo. Um conceito extremamente controverso.

Sendo assim, segundo o projeto de lei, uma massaroca de células sem diferenciação nenhuma, resultante de uma fecundação in-vitro, já é considerada como pessoa e possui tantos direitos quanto este que aqui escreve ou você que lê.

Como afirma o parágrafo único do Art. 2° do projeto de lei:

Parágrafo único. O conceito de nascituro inclui os seres humanos concebidos “in vitro”, os produzidos através de clonagem ou por outro meio científica e eticamente aceito.

Ao longo do documento fica muito clara sua conotação muito mais teológica do que, necessariamente legal. Até chegar ao absurdo de considerar as mulheres, vítimas de estupro, como cidadãos de terceira categoria, cujas funções na sociedade são simplesmente gestar, parir e cuidar da prole.

Sei que entre a meia dúzia de leitores deste blogue deletério e periférico exitem muitos que, diferente deste escrevedor, professam alguma fé num criador universal, são fiéis a alguma agremiação religiosa e provavelmente consideram as propostas do Estatuto do Nascituro até positivas.

A estes leitores, peço que pelas próximas linhas desconsiderem suas convicções religiosas e acompanhem munidos apenas de senso crítico e boa vontade.

Nos nossos dias, com a disponibilidade de métodos anti-conceptivos modernos e eficazes, tratamentos para fertilidade e planejamento familiar. Ter um filho, muito mais do que um golpe do destino, sorte ou azar é uma opção. Uma opção que evolve muitas responsabilidades, certos riscos e muita grana com médicos, remédios, fraldas, educação e tudo mais.

Apesar dos tantos empecilhos, casais de todo o mundo continuam planejando, gerando, criando e preparando as novas gerações, cada vez melhores que as gerações anteriores

Então, suponha que, por uma infelicidade, você, ou sua esposa, ou sua mãe, ou sua filha seja vítima de violência e estupro e que, este ato de violência, resulte na concepção de um novo “ser humano.”

Pelo proposto na PL do Estatuto do Nascituro, em seu atrigo 13, a vítima desta violência é quem sofrerá punições suscetivas pela violência recebida. Sendo punida até, de ter que estabelecer vínculos pessoais com seu agressor.

Chaga a ser surreal um negócio desses!

É evidente que uma legislação que proteja a vida intra-uterina e a mulher gestante é muito mais do que positiva e necessária, mas esta lei também deveria considerar a mãe, a gestante como parte do processo da geração da vida, mas não.

Como proposto pelo atual texto do Estatuto do Nascituro, a mulher, a mãe é completamente desconsiderada, tratada como um simples objeto, um vaso, uma simples reprodutora, como um animal na fazenda.

Não é a toa que o tal Projeto de Lei foi escrito e proposto por homens. Eles, raramente são vítimas de estupro e eles nunca irão engravidar e parir uma criança.

A lei, como apresentada, é nada mais que um retrocesso.

Um retrocesso que proibirá por lei uma das mais promissoras fronteiras do progresso cientifico, a pesquisa com células tronco.

E principalmente, um retrocesso social, que retira de mais de 50% da população brasileira, as mulheres, o direito de tomar decisões sobre sua própria vida, seu futuro e seu corpo.

Por outro lado, a proposta pode ser considerada como um re-avanço no processo de re-teocratização da legislação brasileira, mais um passo a caminho do fim do estado laico e rumo a um pais teocrático, regido pelas leis da bíblia e de líderes religiosos democraticamente eleitos.

Do modo como proposto, a mulheres e famílias com melhores condições financeiras, continuarão a realizar seus abortos clandestinos na segurança de clínicas “especializadas” e ao alto custo de toda essa clandestinidade.

As outras, sem contatos influentes, sem dinheiro e sem os benefícios da nossa moderna meritocracia estabelecida, continuarão se sujeitando a envenenamentos, ao uso de objetos pontiagudos e arriscando a própria vida, apenas para satisfazer os ditames de uma minoria de teocratas que se julgam acima do bem e do mal e com o direito de tomar decisões sobre as vidas que não lhes dizem respeito.

Eu aqui, Polaco Doido e sem nenhum conhecimento de absolutamente nada, continuo achando que as decisões sobre uma gravidez cabem primeiramente ao casal e a última palavra deve ser sempre da mãe da gestante ou da vítima.

Se as convicções religiosas da mãe não permitem que ela interrompa uma gravidez e ela concorda com isso, ótimo, continue, vá em frente!

Se não, cabe somente a ela decidir o que fazer e essa decisão deve sim, ser completamente amparada pela legislação e pelo poder público.

Infelizmente, nesta democracia teocrática quase que plenamente estabelecida, as opiniões do Polaco ou de qualquer outro que discorde, são simplesmente ignoradas.

Bem vindos à Pátria da Bíblia, sob a proteção de deus, da ignorância e do poder dizimo!

Polaco Doido



A perda da hegemonia cultural da esquerda no Brasil

5 de Junho de 2013, 21:00, por Bertoni - 0sem comentários ainda

Artigo Sugerido por Beto Mafra

A perda de hegemonia
Durante décadas, a esquerda conseguiu sustentar uma certa hegemonia no campo cultural nacional. Mesmo na época da ditadura, tal hegemonia não se quebrou. Vivíamos em uma ditadura na qual era possível comprar Marx nas bancas e músicas de protesto ocupavam o topo das paradas de sucesso. Essa aparente legalidade que visava desarticular mobilizações mais profundas da sociedade nacional.
A ditadura brasileira compreendeu rapidamente que não era necessário um controle total da cultura. Os nazistas usaram um modelo parecido quando ocuparam Paris. Um controle parcial bastava, com direito a censura e perseguição em momentos arbitrariamente escolhidos. Dessa forma, liberdade e restrição confundiam-se em uma situação cada vez mais bizarra de anomia e desorientação da crítica.
Deve, porém, ter pesado no cálculo da ditadura a compreensão de que o custo para quebrar a hegemonia da esquerda no campo da cultura seria alto demais. Neste caso, melhor operar por intervenções cirúrgicas. Durante os anos 50 e 60, o País vivera uma impressionante consolidação cultural e intelectual que continuaria dando frutos nas próximas décadas. Colaborou para a propagação dessa hegemonia na classe média brasileira a guinada progressista da Igreja Católica, feita a partir do pontificado de João XXIII e do Concílio Vaticano 2º.
Com o fim da ditadura, a força cultural da esquerda permaneceu. Nossos jornais, por exemplo, seguiam o esquizofrênico princípio: conservador na política, liberal na economia e revolucionário na cultura. Mesmo que figuras como Paulo Francis e José Guilherme Merquior estivessem constantemente a representar o pensamento conservador, suas vozes eram em larga medida minoritárias. Vale lembrar que eles não representavam o conservadorismo mais puro e duro, com direito a pregação moralista de costumes e relação com os setores mais reacionários da Igreja.
Poderíamos acreditar que a perda de tal hegemonia seria resultado direto da queda do Muro de Berlim. Sem desmerecer o fenômeno, não é certo, no entanto, que ele tenha papel tão determinante. Pois vale lembrar como a esquerda cultural brasileira estava longe de ser a emulação do centralismo do Partido Comunista, com sua orientação soviética. Na verdade, as causas devem ser procuradas em outro lugar.
Primeiro, há de se lembrar como, desde o fim dos anos 80, as universidades brasileiras não conseguiam mais formar professores dispostos a desempenhar o papel de ­intelectuais públicos. Os intelectuais que tínhamos vieram da geração que entrou na universidade nos anos 70. Geração que viveu de maneira brutal a necessidade de mobilização política. As gerações que vieram compreenderam-se com uma certa timidez. Elas, em larga medida, foram marcadas pelo desejo de agir no âmbito mais restrito da universidade.
Segundo, há de se colocar a perda da hegemonia cultural como um dos sintomas da era Lula. Do ponto de vista político, o esforço da classe intelectual brasileira parece ter se esgotado com a eleição do ex-metalúrgico. Boa parte dos descaminhos do governo foi colocada na conta da legitimidade dos intelectuais que um dia o apoiaram ou que continuaram apoiando. O simples abandono do apoio não foi uma operação bem-sucedida. Como os intelectuais não tiveram discernimento suficiente para imaginar o que poderia ocorrer? Por outro lado, a repetição reiterada do lado bem sucedido do governo soava, para muitos, como estratégia para diminuir a força crítica diante dos erros, que não eram mais comentados no espaço público, devido ao medo de instrumentalização pela mídia conservadora.
Aos poucos, parte da mídia criou seus intelectuais conservadores, repetindo, algumas dezenas de degraus abaixo, um fenômeno que os franceses viram nos anos 70 com os nouveaux philosophes. Como se não bastasse, o próprio governo foi paulatinamente se afastando da órbita dos intelectuais de esquerda. A troca de comando do Ipea, por exemplo, com o convite ao economista liberal Marcelo Néri, está longe de ser um acontecimento isolado. Há de se notar como este governo é, desde os tempos de Fernando Henrique Cardoso, aquele que tem menos intelectuais em seus quadros. Sequer o ministro da Educação é alguém vindo da vida universitária (como foram Paulo Renato Souza, Cristovam Buarque e Fernando Haddad).
Nesse contexto, sela-se uma situação nova no Brasil. Pela primeira vez em décadas a esquerda é minoritária no campo cultural. Há de se compreender como chegamos a esse ponto, já que este artigo é apenas um ­tateamento provisório.


Violência gratuita, despreparo ou simplesmente burrice? #2

3 de Junho de 2013, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Historiazinha muito mal contada até aqui.

Ainda não apareceu nenhum vídeo da suposta agressão e truculência relatadas pela suposta vítima.

Ainda nenhuma declaração oficial do comando da Guarda Municipal ou da Prefeitura.

Informações preliminares e carentes de confirmação formal dão conta que:

Um dos Guardas municipais envolvidos faz parte da liderança sindical dento da Guarda Municipal e já sofreu perseguições parecidas durante as administrações anteriores de Richa e Ducci.

A suposta vítima da agressão tem forte relação de parentesco com um famoso e influente delegado da capital.

Pelo que parece, nunca teremos conhecimento do que realmente ocorreu, se houve mesmo a violência desproporcional relatada ou se a vítima é mesmo tão inocente quanto alega.

 

Mais uma vez, vai sobrar para os elos mais fracos da corrente social, os guardas envolvidos na abordagem.

Claro que nada justifica a violência e o ato de se apontar uma arma para uma criança de colo.

Mas pode ter certeza de que tem caroço nesse angu!

Polaco Doido



Violência gratuita, despreparo ou simplesmente burrice?

1 de Junho de 2013, 21:00, por Desconhecido - 1Um comentário

Dê uma olhada no relato enviado para o blog agora a pouco:

Eduardo Zem

Ontem por volta das 09:00 da noite na rua Alberto Foloni no bairro Juveve, estava chegando na casa da minha mãe para deixar meu filho de 1 ano e 9 meses. Eu estava acompanhado da minha esposa e de um amigo da familia, foi quando coloquei o carro na calçada de frente para o portão do prédio e desci do carro para interfonar para minha mãe abrir o portão, nesse momento uma viatura da GUARDA MUNICIPAL, me abordou de forma muito violenta. Minha primeira reação foi informar aos guardas que o meu filho se encontrava no interior do veiculo, o guarda de Nome Christian começou a me xingar de animal e abriu a porta do carro onde meu filho estava sentado e APONTOU A ARMA NA DIREÇÃO DA CABEÇA DELE, então eu me desesperei e comecei a discutir com os guardas que por sua vez começaram a me bater e eu não deixei por menos e lutei contras os guardas que me deram voz de prisão por desacato, nesse instante estava ocorrendo a saída da IGREJA QUADRANGULAR que presenciaram o abuso de autoridade por parte dos policiais, que nao se intimidaram com a GRANDE PRESENÇA de câmeras filmando a ação deles. Nesse momento minha mãe e minha irmã desceram para me ajudar E FORAM BRUTALMENTE AGREDIDAS PELOS GUARDAS CHRISTIAN E SAVIO, AMBOS DA GUARDA MUNICIPAL. Eles conseguiram algemar a minha mão esquerda, porém eu consegui fugir e entrar dentro da casa da minha família, e solicitei a presença da POLICIA MILITAR ao local para preservar a minha integridade física, pois os guardas tentavam de qualquer forma me colocar dentro do PORTA-MALAS DA VIATURA, não tiveram êxito. Com a chegada da policia militar a coisa tomou um pouco mais de controle, afinal 15 viaturas foram deslocadas para atender o ocorrido. Eles invadiram a casa da minha mãe e deram voz de prisão PARA MIM, PARA MINHA MÃE, MINHA IRMÃ E MEU AMIGO, por resistência a prisão e desacato a autoridade. SAI ALGEMADO de dentro de casa, frente a mais de 200 pessoas que estavam no local. Já na delegacia fui acusado de praticar racha, estar bêbado, entrar na contra-mão e fugir da viatura!!! 

FICA AQUI MINHA INDIGNAÇÃO POR MAIS UMA ABORDAGEM VIOLENTA POR PARTA DA NOSSA POLICIA DESPREPARADA, COLOCANO EM RISCO A VIDA DO MEU FILHO E DE TODA A MINHA FAMILIA!!!! VOU ATÉ O FINAL NA JUSTIÇA PARA QUE ESSES LIXOS DA SOCIEDADE SOFRAM AS DEVIDAS CONSEQUENCIAS.

Ainda não recebi nenhuma confirmação ou desmentido a respeito desta ocorrência, mas se o relato for realmente verídico, temos um sério problema de disciplina e comando na nossa gloriosa Guarda Municipal de Curitiba.

Vamos supor que nosso amigo Eduardo tenha cometido alguma infração  durante o trajeto até a casa de sua mãe, ou então, que seu veículo tenha sido confundido com algum veículo suspeito.

Em nenhum destes casos justifica-se a ação da GM em abrir a porta do veículo e apontar armas em direção aos ocupantes, ainda mais quando entre eles existe uma criança pequena.

Para piorar a situação, o dois guardas municipais não conseguiram imobilizar o rapaz, que pelo que parece, não domina técnicas de defesa pessoal num nível suficiente para se livrar de dois “profissionais” da segurança pública.

E o mais grave:

A Guarda Municipal de Curitiba foi criada em 1986 com o objetivo de atuar na vigilância do patrimônio público. A GM não é um órgão de segurança, não tem poder de polícia. Segundo a Constituição federal de 1988, as Guardas Municipais têm como única atribuição a proteção dos bens, dos serviços e das instalações do município, dentro dos limites impostos pela lei.

Segundo a lei orgânica do Município:

São atribuições da Guarda Municipal de Curitiba

I. exercer a vigilância interna e externa sobre os próprios municipais, parques, jardins, escolas, teatros, museus, bibliotecas, cemitérios, mercados, feiras livres, no sentido de:
a) protegê-Ios dos crimes contra o patrimônio;
b) orientar o público e o trânsito de veículos,em caráter auxiliar à Policia Militar;
c) prevenir a ocorrência, internamente, de qualquer ilícito penal;
d) controlar a entrada e a saída de veículos;
e) prevenir sinistros, atos de vandalismo e danos ao patrimônio.
II.Garantir os serviços de responsabilidade do Município e, bem assim, sua ação fiscalizadora no desempenho de atividade de polícia administrativa, nos termos das Constituições Federal e Estadual e da Lei Orgânica.

E a lei, até onde eu sei, não delega poderes para que guardas municipais, de arma em punho, abordem qualquer cidadão.

Por mais que nosso amigo tivesse feito qualquer cagadinha, nada, absolutamente nada, justifica a ação truculenta e gratuita destes Guarda Municipais.

Talvez, na tentativa de mostrar serviço. Talvez, só para se sentirem poderosos, ou talvez, essa presepada é resultado da ordem de comando de algum superior.

Com a palavra, a prefeitura da Cidade e o comando da nossa Guarda Municipal…

Polaco Doido



ReperCUT Paraná: Soberania Tecnológica

27 de Maio de 2013, 21:00, por Bertoni - 0sem comentários ainda