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Redação ParanáBlogs

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April 3, 2011 21:00 , par Inconnu - | No one following this article yet.

Mulheres de luta é tema de novo livro-agenda do NPC

October 4, 2016 20:45, par Feed RSS do(a) paranablogs

Brasileiras e estrangeiras que se destacaram em diversas mobilizações são lembradas dia a dia

Capa livro agenda npc 2107O Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC) foi criado há mais de vinte anos com o intuito de colaborar para a fo  rmação dos trabalhadores. Para cumprir esse objetivo, todos os anos a entidade produz um livro-agenda especial, recheado de informações e notícias de lutas variadas que ocorreram no Brasil e no mundo.  

Para 2017, o NPC preparou uma edição sobre Mulheres de luta. A cada página, são apresentadas lutadoras que sonharam com a construção de uma sociedade justa e solidária e batalharam por isso nos mais variados espaços: no campo, nas fábricas, nas manifestações de rua, na guerrilha, nos sindicatos, nas salas de aula, na ciência, na produção intelectual e muitas outras formas mobilização. 

MEMÓRIA E INSPIRAÇÃO

O rico material foi todo revisto e atualizado até meados de 2016. Além de servir para a recuperação da memória de tantas lutadoras brasileiras e estrangeiras, a agenda deve servir de inspiração para os desafios que se apresentam no tempo presente. Flora Tristan, Frida Kahlo, Mercedes Sosa, Ana Montenegro, Clara Zetkin, Patrícia Galvão (Pagu), Laura Brandão, Dona Penha, Violeta Parra, Clarice Lispector, Letícia Sabatela, Dandara dos Palmares são alguns nomes recuperados. Também são lembradas as tantas mulheres que resistiram à ditadura brasileira, muitas chegando a participar diretamente da guerrilha do Araguaia.  

Para a abertura dos meses, foram convidadas escritoras e militantes de diversas áreas para apresentar uma forma de luta específica. Dessa forma, assinam textos a defensora dos direitos humanos Amelinha Teles; a professora de história Virgínia Fontes; a militante do MST Marina dos Santos; as feministas da Marcha Mundial de Mulheres; entre outras. A revolucionária Rosa Luxemburgo, polonesa de nascimento e internacionalista convicta, estampa a capa do material. Os cem anos da Revolução Russa também são lembrados na publicação, pelo marco desse acontecimento na conquista e na defesa dos direitos das mulheres.

O Livro-Agenda do NPC de 2017 permite conhecer operárias, comunistas, escravizadas, camponesas, estudantes, feministas, anarquistas, professoras e tantas outras mulheres de luta. O material custa R$ 25,00. Está à venda na Livraria Antonio Gramsci: Rua Alcindo Guanabara, 17, térreo, Cinelândia – perto da Câmara dos Vereadores. Mais informações e encomendas pelo e-mail livraria@piratininga.org.br

Serviço

Livro-agenda NPC 2017 – Mulheres de Luta

R$ 25,00 (cada)

À venda na Rua Alcindo Guanabara, 17, térreo, Cinelândia
Informações: (21) 2220-4623 / livraria@piratininga.org.br



Como Temer paga pelo apoio ao Golpe

October 3, 2016 18:10, par Feed RSS do(a) paranablogs

Semana passada a a Folha de São Paulo publicou o artigo Governo Temer suspende repasse a blogs pró-PT, onde mostrava os cortes em publicidade que beneficiariam supostos blogs petistas.

De leve a FSP fala que as empresas da mídia patronal também recebem dinheiro de publicidade do Governo Federal, mas não mostra os dados.

Pois, então, o quadro abaixo mostra claramente como o governo Temer aumentou os gastos em publicidade e para quem deu mais dinheiro.

Será que é por isso que a Globo mandou o Faustão meter o pau no Temer? Será?

Temer e a imprensa patronal



Por que saímos da REDE Sustentabilidade

October 3, 2016 13:38, par Feed RSS do(a) paranablogs

Rede Segunda-feira, 3 de outubro de 2016

*Os signatários postergaram a publicização desta carta aberta até o dia seguinte às eleições para evitar seu eventual uso eleitoreiro, prejudicando candidaturas, injustamente.

Por que saímos da REDE Sustentabilidade

Passadas as eleições municipais, seria importante que a REDE realizasse um balanço político. Mais do que o exame dos resultados alcançados em sua primeira participação eleitoral, trata-se de avaliar o percurso político até aqui tendo em conta os propósitos que estiveram presentes na fundação do partido.

As pessoas que se comprometeram com a construção da REDE, desde quando a contestação às formas tradicionais de fazer política nos aproximou, tiveram em mente a necessidade de um instrumento que fosse capaz de ajudar a mudar o Brasil, reduzindo as desigualdades abissais, enfrentando o racismo estrutural, lutando pelos direitos das sociedades originárias e das minorias, aprofundando a democracia, por meio de ampla reforma política, lançando as bases para o desenvolvimento sustentável e para o protagonismo da sociedade civil e dos indivíduos.  Junto aos princípios que afirmávamos, havia o claro repúdio às condutas que evocam fins grandiosos apenas para justificar vilanias cotidianas, invariavelmente definidas como os “meios” ou “males necessários”. Era evidente, para todos nós, que um pragmatismo desta natureza – descolado de qualquer princípio – havia já conduzido à degradação da política e a seu distanciamento dos valores republicanos.

Desde então, a REDE tem se estruturado sobre um vazio de posicionamentos políticos. Inicialmente, imaginávamos que esta lacuna poderia ser explicada pela fragilidade do próprio partido, pela inexperiência de grande parte de seus dirigentes e militantes e pela enorme diversidade interna que demandaria um processo cuidadoso de construção de “consensos progressivos”. A experiência que tivemos nos foi demonstrando, entretanto, que o deserto de definições a respeito de temas centrais nas disputas políticas contemporâneas não era um subproduto de nossas limitações, mas o produto de uma postura determinada que evita as definições, porque percebe que cada uma delas pressupõe um custo político-eleitoral.

O fato de a REDE ser politicamente dependente de Marina Silva, sua maior figura pública, se constituiu em um fenômeno que, ao invés de ter se tornado menor ao longo do processo de construção partidária, se acentuou ao longo do tempo. Na verdade, as decisões estratégicas que foram conformando o perfil da REDE partiram todas de Marina e apenas dela, desde a decisão de entrar no PSB até a decisão favorável ao impeachment da presidente Dilma.  Em cada um desses momentos cruciais, a maioria da direção nacional simplesmente se inclinou em apoio às posições sustentadas por Marina.

É preciso sublinhar que Marina é uma liderança política com virtudes excepcionais. Entre elas, a honestidade e a integridade de propósitos; a capacidade de se conduzir em meio às disputas políticas sem realimentar a lógica do ódio e da destruição do outro, ainda quando injustamente atacada; a inquietude que a faz refletir sempre com independência e em sintonia com alguns dos desafios de nossa época etc. Ao mesmo tempo, Marina possui, como todos nós, limites relevantes e não lidera a REDE para que o partido assuma definições políticas consistentes, parecendo preferir navegar em meio a uma sucessão de ambiguidades. A maioria da direção nacional a acompanha nesta preferência, como em todas as demais.

Por conta da reduzida definição política, a REDE tem se construído como uma legião de pessoas de boa vontade e nenhum rumo. Alcançada a legalização do partido, foi precisamente essa característica que permitiu que muitos oportunistas e políticos de direita identificassem na REDE um espaço fértil para seus projetos particulares. O que ocorreu em todo o País, então, foi um mergulho da REDE em direção ao passado e às tradições políticas que pretendíamos superar.

As poucas decisões políticas tomadas nacionalmente pela REDE aprofundaram este caminho. Nesse particular, cabe destacar a decisão favorável ao impeachment, em que o partido aliou-se ao movimento que entregou o poder ao PMDB e a um grupo político envolvido nas investigações da Lava Jato e comprometido em aplicar políticas radicalmente contrárias ao que sempre supomos fossem os valores e os objetivos da Rede.

Temer chegou à presidência para impor ao País uma agenda regressiva e reverter as poucas conquistas sociais do último período. Por mais desastroso que fosse o governo Dilma (e o era) e por piores que fossem os crimes perpetrados por políticos do PT (e muitos deles o foram concretamente), o fato é que não foram esses os motivos que pautaram o processo de impedimento. Assim, por intenções nunca explicitadas e sob a liderança de mafiosos, aprovou-se o impeachment, condenando práticas até então comuns aos Executivos, na União e nos Estados, e nunca antes destacadas pelos Tribunais de Contas como razão para a rejeição das contas. De fato, os beneficiários do impeachment são mestres nos desmandos dos quais setores do PT são aprendizes. O grupo hoje no poder, aliás, é muito mais histórica e organicamente vinculado às práticas de corrupção e de apropriação privada do espaço público, o que não isenta o PT de responsabilidade, mas desmascara a hipocrisia que generaliza acusações e gera a ilusão perversa de que, livre do PT, o Brasil estaria a salvo da corrupção. 

Nós resistimos o quanto pudemos e nos orgulhamos dos parlamentares que, mesmo sofrendo ataques na REDE, mantiveram, com firmeza, sua posição contrária ao impeachment.  A direção nacional da REDE pretendeu se somar ao  impeachment em nome da bandeira, “Nem Dilma, nem Temer”, indicando que o próximo passo haveria de ser dado pelo TSE, com a cassação da chapa Dilma- Temer. Uma estratégia tão inverossímil quanto ingênua e equivocada. A hipótese TSE só haveria se o impeachment não passasse; só não via essa realidade quem não quisesse – e não faltaram os alertas. Subsidiariamente, ao se posicionar em favor do impeachment, a REDE minou sua interlocução com o campo no qual nasceram seus ideais, ao menos aqueles expressos em sua carta de fundação.

O que estava em curso, verdadeiramente, era um deslocamento político da REDE em direção ao bloco hegemônico. Um exemplo desse fenômeno foi o lamentável processo de aliança com o PMDB em larga composição conservadora em Porto Alegre, onde poderíamos ter composto com Luciana Genro, do PSOL, que nos ofereceu espaço na chapa majoritária e protagonismo na definição programática e na composição de um eventual governo de corte reformador e republicano.

Depois de um ano de existência legal e três anos de construção partidária, a REDE não se posicionou sobre qualquer das grandes questões nacionais – sequer foi capaz de formular uma crítica fundamentada ao governo Temer. Quando esboçou alguma posição, ou proclamou platitudes, ou decepcionou, afastando-se dos compromissos assumidos em sua fundação. O que disse a REDE sobre a economia brasileira e as reformas propostas pelo PMDB e seus aliados: a previdenciária, a trabalhista e a fiscal? E sobre o teto para gastos governamentais? Que reforma política o partido propõe? Que políticas a REDE defende para a educação e a saúde? Qual modelo de desenvolvimento sustentável propõe para o país, objetivamente? Qual sua posição sobre política de drogas, aborto, reforma da segurança, desmilitarização e o casamento homoafetivo? A sociedade brasileira não sabe o que pensa a REDE, nem consegue situá-la no espectro político-ideológico. A auto-indulgente declaração de respeito às diferenças internas não basta para dar identidade a um partido e justificar sua existência. Pluralista, internamente, o PMDB também é, o que, aliás, lhe tem sido muito conveniente.

O mais grave é que há sentido no cultivo de generalidades e na indefinição adotada como estilo e método. Lamentavelmente, a REDE está informando ao distinto público de que lado está, na política brasileira. Paulatinamente, vai se distanciando do campo progressista – sequer reconhece sua existência, o que é outra forma de afastar-se dele. Custa-nos, depois de tantos anos dedicados a esse sonho, mas é nosso dever admitir que antevemos, para 2018, uma inflexão da REDE para o centro político, o qual, no Brasil de hoje, corresponde a alinhamento ideológico indiscutivelmente conservador.

Um partido cuja coesão depende exclusivamente de uma liderança, mesmo que ela tenha a admirável e extraordinária dimensão humana de Marina, não é sustentável. Sem um mínimo de consistência ideológica, sem posicionamentos claros, não há como construir unidade que não seja pelo cálculo de oportunidade ou por circunstâncias eleitorais, tão mais atraentes quão mais nos aproximemos de 2018. Não é sustentável um partido cuja direção vota um tema chave para a história do Brasil, o impeachment, sob o argumento explícito de que “não podemos deixar Marina sozinha”, tendo ela anunciado, na véspera, sozinha e sem consultas, sua surpreendente posição favorável, depois de declarar-se contrária ao longo de meses. Um partido que não faça sentido sem uma liderança individual, torna-se refém de sua vontade e acaba sendo regido por lógica pouco democrática, independentemente das intenções de todas e todos, por mais sinceras que sejam as disposições democráticas, inclusive dessa liderança.

Acreditamos que a tarefa, hoje, dos que percebem a necessidade de resistir à tsunami ultra-conservadora e à temporada caça-direitos é contribuir para a articulação, na sociedade, de uma ampla frente democrática e progressista, da qual, tragicamente, a REDE está se auto excluindo.

Por conta dessa avaliação, consideramos que nossa presença na REDE não faz mais sentido. Permanecer, especialmente em um quadro onde o debate interno substantivo é uma ficção, seria apenas legitimar um processo que, rapidamente, repete a doença senil dos partidos. 

Assim, desejando que esta carta contribua para a reflexão interna da REDE e anime sua militância em direção a um caminho diverso desse que nos parece frustrante e melancólico, seguimos em frente, sem partido, mas com a mesma disposição de lutar por nossos sonhos.

Rio de Janeiro e Porto Alegre, 3 de outubro de 2016,

Luiz Eduardo Soares

Miriam Krenzinger

Marcos Rolim

Liszt Vieira

Tite Borges

Carla Rodrigues Duarte

Sonia Bernardes

Fonte: Justificando.com



Câmara de Vereadores do Rio lança campanha contra a privatização da BR e da Liquigás

September 27, 2016 14:20, par Feed RSS do(a) paranablogs

PetrobrasCom informações da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro

 No dia 28 de setembro acontece o lançamento da Frente Parlamentar do Município do Rio contra a Privatização da BR Liquigás. O evento está previsto para as 18h e será realizado no anfiteatro da câmara dos vereadores do Rio. Além da participação de políticos, sindicalistas e trabalhadores, o evento é aberto para toda sociedade. O movimento segue uma série de ações, organizadas pelo SITRAMICO-RJ para barrar a venda da Petrobras Distribuidora e da Liquigás realizadas no último ano.

A iniciativa

A Câmara do Rio criou, através da Resolução da Mesa Diretora no 9273/2016, a Frente Parlamentar Contra a Privatização da BR Distribuidora e Liquigás. Uma frente parlamentar é a associação suprapartidária, ou seja, composta de integrantes de diversos partidos políticos do Poder Legislativo. O objetivo é a orientação e o posicionamento político sobre um tema específico e que seja de relevante interesse da coletividade. Neste caso, os vereadores posicionam-se contrários à privatização dessas duas subsidiárias da Petrobras, defendendo a permanência da BR Distribuidora e da Liquigás no comando da estatal.

O Conselho de Administração da Petrobras já aprovou a venda e abertura parciais do capital da BR Distribuidora. Caso isso ocorra, o controle da subsidiária seria dividido com outros acionistas. Também há uma intenção da estatal de vender a Liquigás, líder no mercado de distribuição de botijões de gás e sob o controle da Petrobras desde 2005.

Compõem a frente parlamentar os seguintes vereadores: Reimont (PT), Babá (PSOL), Cesar Maia (DEM), Chiquinho Brazão (PMDB), Dr. Carlos Eduardo (SD), Dr. Gilberto (PMN), Dr. Jairinho (PMDB), Edson Zanata (PT), Eduardão (PMDB), Eliseu Kesseler (PSD), Elton Babú (PT), Jefferson Moura (REDE), João Mendes de Jesus (PRB), Jorge Felippe (PMDB), Junior da Lucinha (PMDB), Leonel Brizola Neto (PSOL), Paulo Pinheiro (PSOL), Prof. Célio Luparelli (DEM), Renato Cinco (PSOL), Rosa Fernandes (PMDB), Tânia Bastos (PRB), Teresa Bergher (PSDB), Thiago K. Ribeiro (PMDB), Verônica Costa (PMDB), Willian Coelho (PMDB) e Zico (PTB).

Por ter o caráter suprapartidário, a frente poderá ser integrada por qualquer outro parlamentar que tenha interesse em participar, desde que mediante solicitação.

Crowdfunding contra a privatização da BR e Liquigás

Para barrar o desmantelamento do Sistema Petrobrás, trabalhadores da BR organizaram uma Campanha no site Catarse a fim de financiar ações em torno da manutenção da companhia como empresa pública. A página, que está no ar desde o fim de agosto, pretende levantar recursos custear movimentos necessários para combater a privatização da Petrobrás Distribuidora e Liquigás, duas empresas tão importantes para a população brasileira.

O dinheiro arrecadado será usado pelo SITRAMICO-RJ, Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo do Estado do Rio de Janeiro, para ações promocionais, viagens, transporte de pessoal e hospedagens necessárias para a realização da campanha junto a varias instituições, pagamento de assessorias técnicas, perícias, editais, entre outros itens necessários as atividades da campanha.



O Golpe no Brasil Triunfará Soberano e Sem Resistência de Fato

September 26, 2016 10:12, par Feed RSS do(a) paranablogs

É realmente aterrador que mesmo com este golpe sórdido da direita, dos conservadores, dos especuladores financeiros contra a democracia e o estado de direito no Brasil, o povão não esteja tomando as ruas em peso em manifestações contrárias a perdas de direitos e a entrega do patrimônio nacional aos interesses neo liberais e de mercado.

 

Mesmo sem entender patavinas de sociologia, arrisco um diagnóstico a respeito deste torpor coletivo, esta inércia popular que choca a todos nós que estamos conscientes da gravidade dos fatos a que estamos sendo submetidos ultimamente.

 

Ora, as massas só se unem por um objetivo quando se sentem inseridas dentro de um grupo que represente fortemente cada um dos indivíduos que compõe esta massa. Foi assim com a burguesia francesa em fins do século 18, com os proletários ingleses, os camponeses da russos e tantos outros movimentos populares até o século vinte. Os indivíduos sentiam-se inseridos dentro de um grupo, ou classe social e como esta classe tinha necessidades comuns, a união dos indivíduos resultava em força e esta força da união de classe resultava, em boa parte dos casos, em conquistas de direitos.

 

Dos anos 1980 pra cá, esta identificação do indivíduo com a classe foi ficando cada vez mais dispersa, com grupos menores em suas causas específicas. Como no Brasil de hoje onde temos como exemplos mais fortes os Sem terra, os sem teto, os professores, petroleiros, bancários, LGBTs, movimentos das periferias e, lógico também, os coxinhas das micaretas golpistas. Cada um destes grupos pautando causas próprias muito pontuais sem se darem conta que os indivíduos componentes destes grupos, todos eles, não fazem parte da elite econômica que dita as regras e é o alvo principal em defesa de suas pautas, tão pouco, fazem parte dos excluídos, sem eira, nem beira, nem lugar no sociedade que não seja debaixo das marquises dos grandes centros. Ou seja, são todos classe média na definição mais purista do termo.

 

Esta dispersão de pautas e objetivos, transformou o cidadão comum, que não se encaixa, nem se identifica com nenhum destes grupos do parágrafo acima num ser sem representatividade em seu extrato social e por isso, este cidadão tornou-se extremamente individualista, quando muito, seu grupo social não vai além da própria família ou de seu círculo de amizades.

 

Esta imensa multidão de indivíduos da classe média, sem identificação ou representação na própria classe, tornaram-se alvos fáceis de pastores das igrejas neopentecostais e outras, de grupos políticos herdeiros do coronelismo, do ardil capitalista do empreendedorismo, dos programas policialescos de TV e outros.

 

Esta multidão milita fortemente em favor de seus cooptadores, sem se dar conta de que esta militância vai contra seus próprios interesses individuais ou mesmo coletivos, como por exemplo, a reforma agrária, legalização do aborto, descriminalização do comércio de drogas recreativas. No que estas pautas afetariam a vida do cidadão médio que não possui latifúndio improdutivo, não tem motivo para abortar e até, em certos casos, consome drogas recreativas? Absolutamente nada ou então, seriam até positivas, mas como este indivíduo foi cooptado a defender interesses alheios aos seus, condena estas pautas como se fossem questões negativas e cruciais à sua própria existência.

 

Assim, esta multidão de indivíduos sem identificação ou representação na própria classe social a que pertence, vai se tornando cada vez mais individualista cujas únicas preocupações sociais são aquelas pautadas por seus cooptadores, tornam-se assim, nada mais que massa de manobra dos interesses dos grandes especuladores do capital, de seus líderes políticos e religiosos e desde que, mantenham viva a esperança de que, no ano que vem, possam trocar o carro, o celular por um modelo mais moderno, de que seus filhos conquistem um diploma, independente de conquistarem conhecimento, está tudo bem, tendo ou não um golpe de estado, tendo ou não soberania nacional.

 

Para esta multidão de indivíduos individualistas, só lhes importa o próprio umbigo. Seu vizinho, seu irmão, seu companheiro de estudos, igreja ou trabalho é só outro indivíduo e seu futuro, sua qualidade de vida não lhe dizem respeito.

Isto, infelizmente, é só o começo do fim, não só do Brasil como nação, mas da própria humanidade humanista que se perdeu em algum ponto recente da história.

 

O golpe triunfará e será o pior de todos pois não há sequer a intenção de resistência, há apenas o instinto de sobrevivência de cada um. Cada um, no sentido mais individualista que se possa ter.