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Nem FHC aguenta mais a grande mídia

9 de Junho de 2012, 21:00 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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O debate sobre a regulamentação da mídia passou a ser uma das discussões mais atrativas a FHC. 

Nesse domingo, ele, pela grande mídia, escrevendo no Globo e no Estadão, sendo reproduzido pelas mídias regionais, se mostra entendiado. Reclama que falta o contraditório. Onde faltam controvérsias, meu caro FHC? Justamente, na mídia que o acolhe. 

Os argumentos devem ser os que são favoráveis e os que são desfavoráveis. Mas, quem diz que a grande mídia, que enche de tédio o ex-presidente, acolhe o seu oposto? 

Não há os dois lados em confronto, para que leitores e leitoras se informem e tomem partido. O que ocorre por parte do poder midiático oligopolizado é uma cruzada destinada a veicular apenas o seu lado, não o do outro. MANIPULAÇÃO. 

Ainda não foi possível, seja no Estadão, seja no Globo etc, o debate aberto entre diversas tendências, a favor ou contra a regulamentação/desregulamentação do poder midiático. Sua desregulamentação seria ou não conveniente? 

Ora, mentes sofisticadas, como a de FHC, se irritam, enquanto a sociedade, que não vai vendo correspondência entre a sua vida real e aquela que tenta construir no abstrato o poder midiático, para sustentar ponto de vista ideológico sem utilidade concreta, também, fica de saco cheio. 

Por isso, claro, a grande mídia vai perdendo leitores e leitoras. Não dá para enganar o tempo todo todo o tempo.


Por Cesar Fonseca no Independência SulAmericana


O que deixa preocupada a gente conservadora que comanda a grande mídia nacional é que de tanto ela falar sozinha, para dentro do seu umbigo, para os seus interesses de classe, acaba incomodando os próprios interesses que julga representar.


Deixa, por isso, de ser útil.


O artigo de FHC , no Globo, nesse domingo, que leio aqui na praia da bela Barra, no Rio, é o sintoma dessa preguiça que a elite passa a ter de si mesma.
Não tem autocrítica, não se abre para o contraditório.
Assista, por exemplo, cara leitora, caro leitor, a um programa de debate do William Wack, no Globo News Painel.


Já está enchendo o saco.


Só se vê o ponto de vista que interessa ao patrão global.
Não há a controvérsia.


São pontos de vistas semelhantes que se intercambiam como se estivesse havendo entre eles uma polêmica.
Algo meramente aparente.
É tudo complementação em torno de uma nota só.
Não há coragem para o confronto de idéias.
Não comparece a eletricidade criativa, que se viu no debate político entre Hollandé e Sarkozy, cara a cara, sem mediação, energia humana a fluir.


Isso é consideerado terror por aqui.


Nem FHC aguenta mais a grande mídia nacional na qual escreve e da qual mereceu mesuras para governar sob o comando do FMI e do Consenso de Washington.
FHC é um tremendo gozador, isso sim.


De um jeito bem dele, diz que falta o contraditório, e sugere essa iniciativa, justamente, no veículo onde as divergências ideológicas não ocorrem por falta do outro lado.
Haveria um tapa de luva mais explícito do que esse?


O fato é que a grande mídia está se envenando no próprio discurso, porque as respostas prontas que os pontos de vistas que ela defende deixaram de ser úteis.
A crise do sistema capitalista é a crise da ideologia capitalista, cujo suprassumo é o utilitarismo ideológico cínico.


“Tudo que é útil é verdadeiro. Se deixa de ser útil, deixa de ser verdade”, diz, cinicamente, Keynes, suprassumo do utilitarismo cínico inglês.


A grande mídia e o seu utilitarismo estão sendo ultrapassados porque estão sem utilidades para vender, no compasso da bancarrota financeira global.


Não pode enfrentar a verdade – dizer que o capitalismo está em crise, que deixou de ser útil.
O capital, sob o utilitarismo financeiro especulativo, deixou de se reproduzir na especulação.


Precisa da produção, mas os consumidores precisam ser o povo, cuja ascensão incomoda essa elite, pois coloca-se em cena a repartição da riqueza, tema incômodo às mentes conservadoras, abaladas psicologicamente pela crise global.


O sistema deixou, portanto, de ser útil, de acordo com o próprio ponto de vista dos que elaboraram o conceito de utilidade como verdade que se desmoraliza na bancarrota do capital.


FHC, marxista teórico, que fugiu da prática do marxismo, sabe muito bem o que está acontecendo.


Finge de morto.


O tédio fernandista somente é curado com a ausência dele do país, para sentir outros ares, ao participar, brilhantemente, de diversas iniciativas internacionais, relacionadas às atividades de ex-presidentes que não tem mais o que fazer senão ensinar.
Nem ele está suportando viver sob comando de um poder midiático ideologicamente monoglota oligopolizado que o neoliberalismo fracassado deixou de herança.


Logo, ele, poliglota cultural!


Não é à toa, portanto, que os comentaristas conservadores se desesperam com a discussão em torno do destino da mídia.


Sobretudo, têm medo do debate, não se abrem às razões que estão levando ao emburrecimento próprio.


O tédio de FHC se explica.


Quando ele reclama da falta do contraditório, justamente, no veículo, O Globo, onde a controvérsia é proibida, estaria ou não favorendo a regulamentação do poder midiático, visto que o que está aí, desregulamentado, trabalha para impedir a liberdade de expressão que o entedia?


Fonte: http://amigosdatvbrasil.blogspot.com/2012/06/nem-fhc-aguenta-mais-grande-midia.html

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