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EUA já exterminou em torno de 8 milhões de pessoas
30 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaCom Venezuela, Mercosul terá maior reserva mundial de petróleo
30 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaFoto: Divulgação
ENTRADA DO PAÍS, QUE CONTROLA A PDVSA E FAZ PARTE DA OPEP, SERÁ FORMALIZADA NESTA TERÇA, EM BRASÍLIA
247 – Em artigo para a revista Carta Maior, Jeferson Miola, secretário do Mercosul em Montevidéu, argumenta que o bloco entra em nova fase a partir desta terça-feira, quando será formalizado o ingresso da Venezuela. O bloco passa a ser detentor da maior reserva de petróleo do mundo, ampliando sua influência geopolítica internacional. Leia:
O Mercosul na sua segunda geração
A entrada da Venezuela coloca o Mercosul em um novo estágio. O bloco fica ampliado nas dimensões econômicas, comerciais, culturais e demográficas. Territorialmente, incorpora mais de 900 mil quilômetros quadrados, que é praticamente as superfícies de França e Alemanha somadas. Consolida o domínio sobre as maiores reservas energéticas, minerais, naturais e de recursos hídricos do planeta. A partir de agora, o Mercosul passa a ser a região com a maior reserva mundial de petróleo. O artigo é de Jeferson Miola.
Jeferson Miola (*)
No último 13 de julho o Governo da Venezuela formalizou na Secretaria do Mercosul o Instrumento de Ratificação do Protocolo de Adesão da República Bolivariana da Venezuela ao Mercosul, assinado em 04 de julho de 2006. Dessa forma, o país cumpre as formalidades para seu ingresso pleno no bloco, passando da condição de Membro Associado à qualidade de Estado Parte.
O ingresso da Venezuela foi aprovado pelas Presidentas Cristina Kirchner, da Argentina, Dilma Rousseff, do Brasil e pelo Presidente José Mujica, do Uruguai, na Cúpula Presidencial de 29 de junho de 2012, na cidade argentina de Mendoza.
O Mercosul nasceu num contexto histórico e político muito diferente do atual. Menem governava a Argentina, Collor o Brasil, Andrés Rodriguez o Paraguai e Alberto Lacalle presidia o Uruguai. Era o auge da fanfarra neoliberal e das promessas da globalização financeira que supostamente levariam a humanidade a um nirvana que, na verdade, se converteu num tremendo pesadelo. Em 1991, a constituição do “Mercado Comum do Sul” visava coordenar políticas macroeconômicas e de liberalização comercial no marco de uma inserção desfavorável à globalização neoliberal.
O epicentro daquele Mercosul idealizado em 1991 eram as relações comerciais e a coordenação dos interesses das mega-empresas transnacionais e dos monopólios econômicos na maximização dos lucros auferidos regionalmente para a transferência às suas matrizes, radicadas sobretudo na Europa e nos Estados Unidos.
Em 2012 este projeto de integração completou 21 anos, marcado por limites e contradições; mas, também, exibindo avanços em diversos campos. Desde 2003, a partir da assunção de governos de esquerda e progressistas na região, notadamente sob a liderança inicial de Kirchner e Lula, a fisionomia do Mercosul vem sendo transformada.
O comércio intra-bloco passou de 4,5 para 50 bilhões de dólares anuais; foi criado um Parlamento próprio; 100 milhões de dólares ao ano são aplicados pelo FOCEM [Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul] a fundo perdido na execução de investimentos sociais e de infra-estrutura para diminuir as assimetrias e disparidades entre os países; está sendo implementado um Estatuto da Cidadania, e a “integração anti-Condor” converteu as políticas de direitos humanos adotadas no MERCOSUL em paradigma mundial.
A entrada da Venezuela significa o aprofundamento desta transformação, e coloca o Mercosul em um novo estágio. O bloco fica ampliado nas dimensões econômicas, comerciais, culturais e demográficas. Territorialmente, incorpora mais de 900 mil quilômetros quadrados, que é praticamente as superfícies de França e Alemanha somadas. Consolida a jurisdição e o domínio sobre as maiores reservas energéticas, minerais, naturais e de recursos hídricos do planeta. Seguramente deverá ter maior protagonismo no jogo geopolítico internacional.
A ampliação do Mercosul naturalmente será acompanhada de dificuldades, mas também de inúmeras conveniências. Contribui para maior coesão da região, para a estabilidade democrática, para a diminuição de conflitos e aumenta a segurança e a capacidade de defesa. A maior integração também conforma um ambiente comunitário mais favorável à adoção de estratégias comuns de desenvolvimento, aproveitando o mercado regional de massas incrementado em 29 milhões de pessoas e um comércio intraregional de produtos manufaturados com maior valor agregado. A partir de agora, o Mercosul passa a ser a região do globo com a maior reserva mundial de petróleo, adquirindo maior poder de influência na definição das políticas energéticas no mundo.
Desde a assinatura do Tratado de Assunção em 1991, dois acontecimentos marcaram uma inflexão geopolítica e estratégica do Mercosul numa perspectiva pós-neoliberal. O primeiro deles foi o sepultamento, em 2005, da Área de Livre Comércio das Américas, a ALCA, que representava uma perigosa ameaça à soberania, ao desenvolvimento e à independência dos países do hemisfério. O segundo acontecimento marcante está se dando justo neste momento, com o ingresso pleno da Venezuela no Bloco, inaugurando o que se poderia considerar como a segunda geração do MERCOSUL e do processo de integração regional.
A América do Sul foi historicamente prejudicada pelas grandes potências - especialmente pelos Estados Unidos - que preferem nosso rico e promissor continente dividido – ou desunido – a um continente integrado e capaz de construir soberanamente seu destino. Esta realidade faz compreender as razões do conservadorismo que combate - por vezes de forma irascível - o ingresso da Venezuela no Mercosul e o fortalecimento dos laços regionais de amizade, de harmonia e de integração.
O crescimento do Mercosul poderá ser fator de estímulo para o ingresso de outros países nesta comunidade, que já examina com o Equador as condições para sua adesão. A unidade regional, que já é física devido à contiguidade territorial, poderá assumir características de uma integração mais avançada, abrangendo tanto aspectos comerciais e econômicos, como sociais, culturais e políticos. Isto propiciará um melhor posicionamento estratégico e geopolítico da região no mundo, o que será benéfico para cada país individualmente e para o conjunto das nações no enfrentamento dos problemas e na defesa de interesses que são comuns a elas.
O Mercosul altivo e motorizando o fortalecimento da América do Sul é a melhor contribuição que o continente pode dar à paz e à igualdade no mundo. Constitui uma resposta eficiente à prolongada crise do capitalismo mundial, protegendo as conquistas sociais e econômicas logradas na última década pelos atuais Governos da região dos avanços da sanha neoliberal que na Europa trata do desmonte do Estado de Bem-Estar social em nome da austeridade fiscal e da proteção dos interesses da especulação financeira.
(*) Exerce a função de Diretor da Secretaria do MERCOSUL em Montevidéu. Este texto expressa opiniões de caráter pessoal que não devem ser consideradas como sendo da Instituição.
(*) Exerce a função de Diretor da Secretaria do MERCOSUL em Montevidéu. Este texto expressa opiniões de caráter pessoal que não devem ser consideradas como sendo da Instituição.
Comunicado Conjunto Presidencial: Novo Paradigma para a Relação Brasil-Uruguai
30 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda31/07/2012 -
(Versión en español disponible después de la versión en portugués)
A Presidenta da República Federativa do Brasil, Dilma Rousseff, e o Presidente da República Oriental do Uruguai, José Alberto Mujica Cordano, mantiveram reunião, no dia 31 de julho de 2012, em Brasília, para dar seguimento aos temas tratados durante a visita do Presidente Mujica a Brasília, no dia 19 de abril passado. Os Presidentes decidiram criar um novo paradigma para a relação bilateral que deverá traduzir-se em um plano de ação para o desenvolvimento sustentável e a integração Brasil-Uruguai.
1. A Presidenta Dilma Rousseff e o Presidente José Mujica concordaram que os desafios no campo das relações econômicas e políticas internacionais requerem novo ímpeto ao processo de integração, de modo a aumentar a capacidade dos países da região na promoção do desenvolvimento econômico e social, com redução da pobreza e melhoria da qualidade de vida para toda a população. Os Presidentes reconheceram que a integração entre Brasil e Uruguai constitui importante instrumento para enfrentar com êxito esses desafios.
2. Os Presidentes notaram que a convergência de interesses e valores entre as sociedades de seus países representa oportunidade histórica para inaugurar um novo paradigma para o relacionamento bilateral, baseado na construção de um projeto comum de integração profunda entre os dois países, capaz de conferir dimensão concreta às aspirações e aos objetivos consagradas no Tratado de Assunção de 1991, em particular no que diz respeito ao compromisso com a livre circulação de bens, serviços e pessoas. Os Presidentes decidiram empenhar seus melhores esforços e de seus Governos para avançar rapidamente na efetiva realização desses princípios, com a consciência de que a integração Brasil-Uruguai tem a potencialidade de representar exemplo paradigmático de um processo de integração profunda e abrangente.
3. Os Presidentes decidiram que a nova etapa do relacionamento bilateral, ancorada no entendimento político e na histórica amizade entre brasileiros e uruguaios, deverá ser marcada pela intensificação de iniciativas e projetos concretos de cooperação e associação entre atores públicos e privados em áreas estratégicas, com ênfase na busca conjunta do aumento da eficiência e da competitividade sistêmica das respectivas economias, no crescimento com distribuição de renda e na ampliação de oportunidades para todos os brasileiros e uruguaios.
Grupo de Alto Nível e Plano de Ação para o Desenvolvimento Sustentável e a Integração
4. Nesse sentido, os Presidentes determinaram a criação de um “Grupo de Alto Nível Brasil-Uruguai (GAN)” encarregado de consolidar um “Plano de Ação para o Desenvolvimento Sustentável e a Integração Brasil-Uruguai” (Plano de Ação) englobando as áreas prioritárias para o aprofundamento da integração bilateral, em particular: (a) integração produtiva, (b) ciência, tecnologia e inovação, (c) comunicação e informação, (d) integração da infraestrutura de transportes, (e) livre circulação de bens e serviços, e (f) livre circulação de pessoas. Os Presidentes determinaram que o GAN iniciará suas atividades imediatamente.
5. Com relação à integração energética, os Presidentes congratularam-se pelos significativos avanços alcançados e ratificaram a moldura institucional existente para as discussões acerca da integração plena dos sistemas eletro-energéticos de ambos os países. Instruíram as áreas competentes de ambos os Governos a prosseguir o diálogo em curso com vistas à consolidação de proposta de integração dos sistemas eletro-energéticos a ser incorporada em um tratado bilateral sobre a matéria, incluindo aspectos de operação, comercialização, regulação e planejamento da expansão do sistema. Nesse contexto, os Presidentes reconheceram a importância da construção da linha de transmissão de 500 kV entre San Carlos (Uruguai) e Candiota (Brasil), a ser concluída em 2013, abrindo novas possibilidades para o intercâmbio estruturante de energia elétrica em benefício da segurança energética dos dois países. Os Presidentes tomaram nota, com satisfação, da associação entre a Eletrobrás e a UTE para a eventual construção de parque eólico no Uruguai.
6. Com relação às tarefas específicas do GAN e ao escopo do Plano de Ação, a Presidenta Dilma Rousseff e o Presidente José Mujica decidiram que:
6.1. O GAN poderá criar subgrupos para cada uma das áreas prioritárias, identificando pontos focais responsáveis, em ambos os governos, para a consolidação do plano de ação em sua respectiva área de atuação. Os subgrupos serão co-presididos por um funcionário brasileiro e um uruguaio de alta hierarquia. Poderão integrar o GAN e seus subgrupos Ministérios, órgãos públicos, empresas públicas, sociedades de economia mista, institutos de pesquisa e representantes do setor privado, a critério dos respectivos Governos.
6.2. Os subgrupos poderão reunir-se de forma independente, de acordo com a disponibilidade de seus membros, com prazo de 60 dias para apresentar proposta para o plano de ação em sua respectiva área de atuação.
6.3. As respectivas Chancelarias consolidarão as contribuições dos subgrupos em um documento único e, no prazo de 90 dias, convocarão a primeira reunião plenária do GAN para que os co-presidentes de cada subgrupo apresentem suas propostas e seja aprovada a primeira versão do plano de ação, que poderá sofrer atualizações por ocasião das reuniões subseqüentes do GAN.
6.4. O plano de ação deverá prever, para cada projeto ou iniciativa, objetivos gerais e específicos, divisão clara de tarefas e responsabilidades, com a identificação de pontos focais em ambos os Governos, e prazos para a realização de atividades e concretização dos objetivos. Cada subgrupo deverá adotar calendário de reuniões de acordo com a necessidade e o GAN fará reuniões plenárias semestrais com os co-presidentes dos subgrupos para garantir seguimento adequado e consolidar informe regular aos Presidentes.
6.5. O prazo para a realização de um primeiro balanço geral dos resultados alcançados com o Plano de Ação com vistas a assegurar avanços concretos nos objetivos gerais e específicos definidos pelos dois países será dezembro de 2012.
6.6. O Plano de Ação não abrangerá todos os projetos inscritos na agenda bilateral, mas apenas aqueles de grande envergadura ou emblemáticos do novo paradigma de integração profunda que se pretende assegurar ao relacionamento bilateral.
Projetos estratégicos para uma integração profunda
7. No tocante aos projetos e iniciativas que devem constar do Plano de Ação, a Presidenta Dilma Rousseff e o Presidente José Mujica ressaltaram os seguintes:
7.1. Integração produtiva – identificação de oportunidades de complementação industrial na cadeia produtiva do petróleo e gás, na construção naval, em energia eólica e em biotecnologia; cooperação entre órgãos responsáveis pelos padrões de qualidade e certificação de conformidade com vistas a harmonizar regras e procedimentos, facilitando a integração produtiva e as trocas comerciais;
7.2. Ciência, Tecnologia e Inovação – implementação da plataforma de “e-learning” para formação de recursos humanos em tecnologias de informação e da comunicação, e do Centro Binacional de Tecnologias da Informação e da Comunicação no Uruguai; interconexão de redes acadêmicas e uso em telemedicina, por meio de parceria entre a Rede Nacional de Pesquisa (RNP), ANTEL e Telebrás; formalização da integração do Uruguai ao Centro Brasil-Argentina de Biotecnologia (CBAB), a qual já está em fase operacional; fortalecimento da cooperação da EMBRAPA com órgãos congêneres uruguaios na área de inovação agropecuária.
7.3. Comunicação e Informação – aprofundamento da cooperação nos diversos aspectos relacionados à implementação da TV Digital; estabelecimento de mecanismos para o desenvolvimento da radiodifusão pública na região; desenvolvimento de arranjos produtivos locais visando a produção de conteúdos digitais criativos; intercâmbio em projetos de inclusão digital, na área de formação para o uso e desenvolvimento das TICs e na implantação de Cidades Digitais; e avanço na parceria entre a ANTEL e a Telebrás para interconexão de redes e atendimento de áreas de fronteira.
7.4. Integração da Infra-Estrutura de Transportes – intensificação dos esforços para a concretização, no prazo mais breve possível, dos projetos prioritários da área de transportes: nova ponte sobre o Rio Jaguarão, reforma da Ponte Internacional Barão de Mauá, retomada da interconexão ferroviária por Rivera-Santana do Livramento, e implantação da Hidrovia Uruguai-Brasil.
7.5. Livre Circulação de Bens e Serviços – fortalecer os mecanismos de consulta e de facilitação do comércio bilateral; acordar procedimentos que possibilitem o reconhecimento dos sistemas nacionais de controle, inspeção e certificação, assim como a equivalência de medidas sanitárias e fitossanitárias; acordar procedimentos que possibilitem o reconhecimento mútuo entre os organismos de avaliação da conformidade. O Uruguai apresentou um conjunto de propostas sobre o tema que serão analisadas no âmbito do Subgrupo de livre circulação de bens e serviços. Os Presidentes congratularam-se pela conclusão das negociações do Acordo sobre Troca de Informações Tributárias, bem como pelo compromisso de concluir, no prazo de até dois anos após a entrada em vigor do referido Acordo, de um Tratado para Evitar a Dupla Tributação da Renda e do Patrimônio.
7.6. Livre circulação de pessoas – os Presidentes tomaram nota da existência do Grupo de Trabalho Ad Hoc sobre Livre Circulação de Pessoas entre Brasil e Uruguai e instruíram o Grupo a seguir avançando na implementação de procedimentos que facilitem o trânsito de seus nacionais entre os dois países e que fortaleçam os laços de integração que os une.
O Presidente José Alberto Mujica Cordano agradeceu, em seu nome e no de sua Comitiva, as gentilezas e manifestações de apreço e amizade recebidas do Governo e do povo brasileiros durante a sua visita ao Brasil.
Brasília, 31 de julho de 2012.
*****
Comunicado Conjunto Presidencial: Un Nuevo Paradigma para la Relacion Brasil-Uruguay
La Presidenta de la República Federativa del Brasil, Dilma Rousseff, y el Presidente de la República Oriental del Uruguay, José Alberto Mujica Cordano, mantuvieron una reunión, el 31 de julio de 2012, en Brasilia, para dar seguimiento a los temas tratados durante la visita del Presidente Mujica a Brasilia, el pasado día 19 de abril. Los Presidentes decidieron crear un nuevo paradigma para la relación bilateral que deberá traducirse en un plan de acción para el desarrollo sostenible y la integración Brasil-Uruguay.
1. La Presidenta Dilma Rousseff y el Presidente José Mujica acordaron que los desafíos en el campo de las relaciones económicas y políticas internacionales demandan un nuevo ímpetu al proceso de integración, de manera de aumentar la capacidad de los países de la región para la promoción del desarrollo económico y social, con reducción de la pobreza y mejora de la calidad de vida para toda la población. Los Presidentes reconocieron que la integración entre Brasil y Uruguay constituye un importante instrumento para enfrentar con éxito dichos desafíos.
2. Los Presidentes notaron que la convergencia de intereses y valores entre las sociedades de sus países representa una oportunidad histórica para inaugurar un nuevo paradigma para el relacionamento bilateral, basado en la construcción de un proyecto común de integración profunda entre los dos países, capaz de otorgar una dimensión concreta a las aspiraciones y a los objetivos consagrados en el Tratado de Asunción de 1991, en particular en lo que establece respecto al compromiso con la libre circulación de bienes, servicios y personas. Los Presidentes decidieron realizar sus mayores esfuerzos y el de sus Gobiernos para avanzar rápidamente en la efectiva realización de esos principios, con la conciencia de que la integración Brasil-Uruguay tiene la potencialidad de representar un ejemplo paradigmático de un proceso de integración profunda y amplia.
3. Los Presidentes decidieron que la nueva etapa de relacionamiento bilateral, arraigada en el entendimiento político y en la histórica amistad entre brasileños y uruguayos, deberá estar marcada por la intensificación de iniciativas y proyectos concretos de cooperación y asociación entre actores públicos y privados en áreas estratégicas, con énfasis en la búsqueda conjunta del aumento de la eficiencia y de la competitividad sistémica de las respectivas economías, en el crecimiento con distribución de la renta y en la ampliación de oportunidades para todos los brasileños y uruguayos.
Grupo de Alto Nivel y Plan de Acción para el Desarrollo Sostenible y la Integración
4. En este sentido, los Presidentes determinaron la creación de un “Grupo de Alto Nivel Brasil-Uruguay (GAN)” encargado de consolidar un “Plan de Acción para el Desarrollo Sostenible y la Integración Brasil-Uruguay” (Plan de Acción) englobando las áreas prioritarias para la profundización de la integración bilateral, en particular: (a) integración productiva, (b) ciencia, tecnología e innovación, (c) comunicación e información, (d) integración de la infraestructura de transportes, (e) libre circulación de bienes y servicios, y (f) libre circulación de personas. Los Presidentes determinaron que el GAN iniciará sus actividades inmediatamente.
5. Con relación a la integración energética, los Presidentes se congratularon por los significativos avances alcanzados y ratificaron el diseño institucional existente para el diálogo sobre la integración plena de los sistemas electro-energéticos de ambos países. Instruyeron a las áreas competentes de ambos Gobiernos a continuar el diálogo en curso con vistas a la consolidación de una propuesta de integración de los sistemas electro-energéticos a ser incorporada en un tratado bilateral sobre la materia, incluyendo aspectos de operación, comercialización, regulación y planeamiento de la expansión del sistema. En ese contexto, los Presidentes reconocieron la importancia de la construcción de la línea de transmisión de 500 kV entre San Carlos (Uruguay) y Candiota (Brasil), a ser concluida en 2013, abriendo nuevas posibilidades para el intercambio estructural de energía eléctrica en beneficio de la seguridad energética de los dos países. Los Presidentes tomaron nota, con satisfacción, de la asociación entre Eletrobras y UTE para la eventual construcción de un parque eólico en Uruguay.
6. Con relación a las tareas específicas del GAN y al objetivo del Plan de Acción, la Presidenta Dilma Rousseff y el Presidente José Mujica decidieron que:
6.1. El GAN podrá crear subgrupos para cada una de las áreas prioritarias, identificando puntos focales responsables, en ambos gobiernos, para la consolidación del Plan de Acción en su respectiva área de actuación. Los subgrupos serán copresididos por un funcionario brasileño y un uruguayo de alta jerarquía. Podrán integrar el GAN y sus subgrupos, Ministerios, órganos públicos, empresas públicas, sociedades de economía mixta, institutos de investigación y representantes del sector privado, a criterio de los respectivos Gobiernos.
6.2. Los subgrupos se podrán reunir de forma independiente, de acuerdo con la disponibilidad de sus miembros, con un plazo de 60 días para presentar una propuesta para el Plan de Acción en su respectiva área de actuación.
6.3. Las respectivas Cancillerías consolidarán las contribuciones de los subgrupos en un documento único y, en un plazo de 90 días, convocarán a una primera reunión plenaria del GAN para que los co-presidentes de cada subgrupo presenten sus propuestas y sea aprobada la primera versión del Plan de Acción, que podrá sufrir actualizaciones como resultado de las reuniones subsecuentes del GAN.
6.4. El Plan de Acción deberá prever, para cada proyecto o iniciativa, objetivos generales y específicos, división clara de tareas y responsabilidades, con la identificación de puntos focales en ambos Gobiernos, y plazos para la realización de actividades y concretización de los objetivos. Cada subgrupo deberá adoptar un calendario de reuniones de acuerdo con su necesidad, y el GAN hará reuniones plenarias semestrales con los co-presidentes de los subgrupos para garantizar un seguimiento adecuado y consolidar un informe regular a los Presidentes.
6.5. El plazo para la realización de un primer balance general de los resultados alcanzados con el Plan de Acción con vistas a asegurar avances concretos en los objetivos generales y específicos definidos por los dos países, será el mes de diciembre de 2012.
6.6. El Plan de Acción no comprenderá todos los proyectos inscriptos en la agenda bilateral, sino únicamente aquellos de gran envergadura o emblemáticos del nuevo paradigma de integración profunda que se pretende asegurar al relacionamiento bilateral.
Proyectos estratégicos para una integración profunda
7. Respecto a los proyectos e iniciativas que deben constar en el Plan de Acción, la Presidenta Dilma Rousseff y el Presidente José Mujica resaltaron los siguientes:
7.1. Integración productiva – identificación de oportunidades de complementación industrial en la cadena productiva del petróleo y gas, en la construcción naval, en la energía eólica y en biotecnología; cooperación entre órganos responsables por los padrones de calidad y certificación de la conformidad con vistas a armonizar reglas y procedimientos, facilitando la integración productiva y los intercambios comerciales;
7.2. Ciencia, Tecnología e Innovación – implementación de la plataforma de “e-learning” para la formación de recursos humanos en tecnologías de la información y de la comunicación, y del Centro Binacional de Tecnologías de la Información y de la Comunicación Uruguay; interconexión de redes académicas y uso en telemedicina, por medio de una asociación entre la Rede Nacional de Pesquisa (RNP), ANTEL y Telebras; formalización de la integración del Uruguay al Centro Brasil-Argentina de Biotecnología (CBAB), el cual ya se encuentra en fase operacional; fortalecimiento de la cooperación de EMBRAPA con órganos congéneres uruguayos en el área de la innovación agropecuaria;
7.3. Comunicación e Información –profundización de la cooperación en los diversos aspectos relacionados a la implementación de la TV Digital; establecimiento de mecanismos para el desarrollo de la radiodifusión pública en la región; desarrollo de acuerdos productivos locales enfocados a la producción de contenidos digitales creativos; intercambio en proyectos de inclusión digital, en el área de formación para el uso y desarrollo de las TICs y en la implantación de Ciudades Digitales; y en el avance de la asociación entre ANTEL y Telebras para la interconexión de redes y atención de las áreas de frontera;
7.4. Integración de la Infraestructura de Transportes – intensificación de los esfuerzos para la concretización, en el plazo más breve posible, de los proyectos prioritarios del área de transportes: nuevo puente sobre el Río Yaguarón, restauración del Puente Internacional Barón de Mauá, restablecer la conexión ferroviaria por Rivera - Santana do Livramento, e implementación de la Hidrovía Uruguay-Brasil;
7.5. Libre Circulación de Bienes y Servicios – fortalecer los mecanismos de consulta y de facilitación del comercio bilateral; acordar procedimientos que posibiliten el reconocimiento de los sistemas de control, inspección y certificación, así como la equivalencia de medidas sanitarias y fitosanitarias; acordar procedimientos que posibiliten el reconocimiento mutuo entre los organismos de evaluación de la conformidad. Uruguay presentó un conjunto de propuestas sobre el tema que serán analizadas en el ámbito del Subgrupo de libre circulación de bienes y servicios. Los Presidentes se congratularon por la conclusión de las negociaciones del Acuerdo sobre Intercambio de Información Tributaria así como por el compromiso de concluir, en el plazo de dos años a partir de la entrada en vigor del referido Acuerdo, de un Tratado para Evitar la Doble Tributación de la Renta y del Patrimonio;
7.6. Libre circulación de personas – los Presidentes tomaron nota de la existencia del Grupo de Trabajo Ad Hoc sobre Libre Circulación de Personas entre Brasil y Uruguay e instruyeron al Grupo a continuar avanzando en la implementación de procedimientos que faciliten el tránsito de sus nacionales entre ambos países y que fortalezcan los lazos de integración que los une.
El Presidente José Alberto Mujica Cordano agradeció, en su nombre y en el de su Comitiva, las gentilezas y manifestaciones de aprecio y amistad recibidas del Gobierno y del pueblo brasileño durante su visita al Brasil.
El Presidente José Alberto Mujica Cordano agradeció, en su nombre y en el de su Comitiva, las gentilezas y manifestaciones de aprecio y amistad recibidas del Gobierno y del pueblo brasileño durante su visita al Brasil.
Brasilia, 31 de julio de 2012
Fonte: Itamaraty
Fonte: Itamaraty
“EEUU ES UN CASO APARTE”, AFIRMA CON PETULANCIA Y DESCARO CONDOLEEZZA RICE
30 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda“EEUU ES UN CASO APARTE”, AFIRMA CON PETULANCIA Y DESCARO CONDOLEEZZA RICE
Leía yo ayer sábado en CubaDebate una entrevista que al Financial Times le había concedido la ex Secretaria de Estado Condoleezza Rice, persona muy apreciada por cierto, por el ex Ministro de Asuntos Exteriores español Miguel Ángel Moratinos. La pajarraca sostenía sin pudor que su Homeland es “excepcional”, que no es “del montón”.
Que esta señora es más bushista que el propio Walker Bush es tan evidente, que sólo con prestar una elemental atención a las burradas que larga para rellenar un periódico anglosajón de larga solera, nos hacemos mucho más que una idea acerca de la mala sangre que sigue caracterizando a este peso pesado femenino afroamericano que piensa como una W.A.S.P. de Manhattan y no como una sobreviviente de Harlem, a pesar de que esta tipa es del profundo Sur, de Alabama; algo parecido a una renegada que, como demostró cuando el Katrina pasó por New Orleans, los dramas sociales de sus “hermanos” pobres/empobrecidos le importan un cucumber en vinagre.
Voy a ir transcribiendo cada párrafo, traducido al castellano y escrito en negrita, de la entrevista mencionada para ayudar al lector, si es que le hace falta, a ver entre líneas qué se reserva para sí cuando habla como loba disfrazada de cordero la “Condi”. No es un ejercicio de telepatía ni tampoco es que esta mujer disimule bien su condición. Pero es un pequeño placer añadirle palabras y oraciones a lo que la prensa burguesa y acrítica presenta sin más, para que nos lo traguemos y nos atragantemos.
“Estados Unidos no es cualquier país, somos excepcionales en la claridad de nuestras convicciones respecto a que el libre mercado y las personas libres tienen la clave del futuro”.
Las convicciones del Imperio, y decir Imperio es decir poco, usamericano se basan en la libertad del esclavista para azotar con látigo y mediante otros instrumentos, no siempre físicos, a los esclavos a los que conviene mantener en una ignorancia insalvablemente permanente. Las personas libres que tienen la llave del porvenir, o desean tenerla, al menos, son las que integran las poco numerosas familias de grandes fortunas de EEUU, las cuales son las únicas llamadas a ejercer el poder o las más decisivas influencias sobre el mismo, así como el ascendiente necesario para convencer a las oligarquías plutocráticas nacionales de los países cuyos gobiernos sirven sin rechistar al Tío Sam y atentan constantemente contra sus propios pueblos y los intereses de éstos.
“EEUU debe recordar que no es cualquier país”.A renglón seguido, alude a “hablar en nombre de la disidencia” de Estados como Cuba, Nicaragua y Venezuela, con la supuesta finalidad última de exportar democracia en una mayor medida.
La Perla de las Antillas es la gran chincheta en el zapato imperial, como se sabe; la mafia cubanoamericana no sabe qué hacer para impulsar montajes que siempre les salen mal; se destina una millonada de dólares para lograr la desestabilización de la Patria soñada por Martí, porque la práctica totalidad del pueblo cubano es dignamente celoso de su independencia y su soberanía. Eso explica, como ya he dicho, las sucesiones de fracasos para el colonialismo yanqui.
Y como colonia petrolera ha tenido Washington a Venezuela décadas y décadas. La Revolución Bolivariana cuenta con graves amenazas internas (la burguesía fascistoide del país) y externas (encabezadas por la Embajada estadounidense en Caracas). El fiasco que se llevarán unos y otros el 7 de octubre de este año demostrará una vez más que el apoyo popular a la construcción de una sociedad nueva es imparable.
Con Nicaragua nunca estará el régimen de United States medianamente contento. No tuvo bastante con la sangría provocada contra el sandinismo y sus simpatizantes, con la utilización de la Contra para impedir el progreso y para hacer negocios con el narcotráfico para beneficio de quien se erige en su enemigo acérrimo por excelencia a nivel mundial, pero, sobre todo, continental. No tuvo suficiente con imponer el neoliberalismo en la nación centroamericana hasta que éste empezó a ser derrotado por el regreso a las altas instancias de los legatarios del pensamiento de Augusto Sandino.
¿De qué modelo ejemplar de “democracia” habla, pues, esta tía? Para empezar, del que pretende estorbar los procesos de integración regional que llevan tiempo dándose en el “patio trasero”.
“No debemos perder de vista la manera en la que democracia se fortalece en el hemisferio occidental. La ayuda de EEUU y las políticas de comercio pueden contribuir con las democracias en América Latina para responder a los dictadores populistas”.
Lo dicho arriba: negativa a reconocer el derecho de autodeterminación de los pueblos. Pero con la añadidura de nombrar, mas no mostrar en su cruda desnudez, las mortíferas políticas mercantiles internacionales de los Estados Unidos: Políticas que, en el caso del genocida bloqueo anticubano ni jama ni deja jamar, cobrando por adelantado y exigiendo al contado el dinero al Gobierno de la Isla para que este país pueda importar alimentos procedentes del decadente coloso del Norte. O sancionando y amenazando cada dos por tres a cualquier persona jurídica de cualquier rincón del planeta que se salte o trate de saltarse el articulado de la muy inhumana Ley Helms-Burton.
Podrán imponerle a la sumisa Colombia (sumisa por su dirigencia demofóbica) los tratados de libre comercio que les plazcan; lo mismo podríamos decir del Perú y de Chile, por citar unos ejemplos de muelas cariadas de la América Latina. Porque el resto de la región, sin embargo, ha decidido continuar su camino, eludiendo trampas que podrían volver a sumir en la más inaceptable de las miserias al área, cada día más rebelde.
“Una política sólida de libre comercio fortalecerá nuestra economía e influencia en el exterior, también contribuiría con el desarrollo de nuestros recursos internos, tal como la plataforma de energía norteamericana”.
Los altos precios del petróleo fortalecen Venezuela, Rusia e Irán. Estamos desarrollando fuentes alternativas de energía, pero ellas no reemplazarán los hidrocarburos en mucho tiempo. Es una dicha que gran parte de nuestra demanda, tal vez toda, se pueda cubrir internamente y en cooperación con los aliados de EEUU, México y Canadá.
La economía norteamericana está más muerta que viva. De la influencia ultraautoritaria y macarra de la Casa Blanca estamos hasta las narices. Los recursos internos de este gigante de chocolate que se derrite se han basado durante más de un siglo en la explotación desmesurada del oro negro, del que empezó a disponer en abundancia desde el punto y hora, o casi, en que expropió ilegítima y obscenamente cenetenares y centenares de miles de kilómetros cuadrados a México. Ahora que el petróleo allá escasea, y aun con el saqueo de hidrocarburos practicado en las zonas ocupadas militarmente por sus Fuerzas Armadas, el Imperio ve con los peores ojos la riqueza en el preciado recurso natural que poseen potencias emergentes y/u obstaculizadoras de los planes expansionistas y ladrones de las multinacionales de USA.
Durante el segundo mandato de W. Bush, y esto lo tiene muy metido en su mente Mrs Rice, se propagó a los cuatro vientos la “necesidad” de emplear agrocombustibles como carburantes alternativos al más famoso recurso natural no renovable. De ese modo se pensaba, y se piensa, que, a expensas de provocar hambrunas tremendamente trágicas en el Tercer Mundo, por sustituir alimentos por combustible, se podría derribar a cualquier rival económico y geoestratégico capaz de conquistar mercados, sin necesidad de violencia militar y sin depender de aprobaciones de los Estados Unidos.
Por eso Yankeeland engatusó hace como 20 años a Canadá y a los Estados Unidos Mexicanos, tan dispares entre sí, con la esperanza de extender el neoliberal Consenso de Washington a cualquier parte del mundo. Cosa que ni ha conseguido ni conseguirá. Por tanto, la demanda interna en una sociedad tan consumista como aquella de la que Condoleezza ha salido no se verá satisfecha, ni mucho menos. Podemos anticiparnos a los hechos diciendo: “misión no cumplida”.
A propósito de Barack Obama, la señora Arroz destaca que “el apuro por cortejar nuestros adversarios ha eclipsado las relaciones con aliados de confianza. Nuestro compromiso con Europa ha sido esporádico y, en ocasiones, desdeñoso.
Las relaciones estratégicas con la India, Brasil y Turquía no se han fortalecido, ni profundizado en los últimos años. Hugo Chávez, junto con los iraníes, han transgredido nuestro gesto de amistad”.
A Europa la tiene Yanquilandia bien doblegada todavía, especialmente desde el punto de vista diplomático. Lógicamente, me refiero a la UE, no a Bielorrusia ni ala eurasiática Federación Rusa.
India no es tan fácil de manejar como se creía, y eso que es, salvo en Kerala, aunque no nos olvidamos de movimientos revolucionarios armados en el territorio subcontinental, duramente capitalista. Es precisamente a otro de los BRIC a quien el ascendente Estado asiático se ha acercado “más de la cuenta” recientemente: Brasil, el Brasil no socialista, pero sí posneoliberal, y no presidido por José Serra. En cuanto a Turquía, no caben dudas de que si este país le sigue bailando el agua a los sionistas de Tel Aviv, el Gobierno estadunidense no lo va a incluir en “Axis of evil”.
Incomodan y escandalizan a la Rice las estrechas relaciones entre la República Bolivariana de Venezuela y la República Islámica de Irán. A la primera no la supo comprender ella durante su secretariado, y, desde luego, tampoco Barack, quien con casi total certeza ni siquiera ha hojeado el libro de Galeano que Chávez le regalara en la Cumbre de Trinidad y Tobago. ¿Cuándo Obama se ha mostrado amistoso con Mahmud o con Hugo? Lo de las bombas antibúnkeres no habrá caído muy bien en Teherán, digo yo. La “Cocolisa” alucina.
La “dama” desvergonzada y soberbia concluye la entrevista con esta declaración, que es mucho más que de principios, desgraciadamente: “el pueblo estadounidense debe inspirarse para liderar de nuevo. (…) Si fallamos, habría un vacío, que probablemente pueden llenar aquellos que no defienden el balance del poder en pro de la libertad. Esto sería una tragedia para los intereses estadounidenses y los valores de quienes los comparten”.
Genial, Condoleezza, genial. Gracias, mil gracias por preocuparte por toda la Humanidad, por la carga que tu glorioso establishment soporta sobre sus altruitas, sufridos y responsables hombros. Los intereses corporativos y depredadores de los United States of America son los de cualquiera, eso es impepinable. Peor para los que no compartan los loables valores de dichos intereses.
La especie humana actual, merced a las ansias libertadoras de la Nation que te vio nacer, Arrocito, no ha conocido tragedia alguna en ningún momento. Y mucho menos originada por la buena voluntad del Complejo Militar-Industrial-Fascista-Terrorista del que tú no has dicho en la interviú ni media palabra.
Que cada cual arribe, después de haber recibido la información y las apostillas, a sus propias conclusiones.
¡Salud!
Fonte: The Scarlet Revolutionary
Tudo sobre a fabulosa história dos jatinhos apreendidos
29 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaComo a polícia Federal, a Receita Federal e o ministério público desvendaram o suposto esquema de importação de jatinhos por empresários e banqueiros, causando nervosismo na elite econômica do país.
Por Tatiana BAUTZER e Marcelo CABRAL
Cena 1: No dia 20 de junho, em plena Rio + 20, Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente realizada no Rio de Janeiro, um delegado da Polícia Federal chega pela manhã a um dos aeroportos de São Paulo para apreender um jatinho avaliado em R$ 52 milhões.
Surpreende-se com a informação de que a aeronave estava voando para o Rio e manda que seus agentes cariocas abordem o avião logo após o pouso. A ordem cria estresse na área de controle de tráfego aéreo. “Não dá, essa aeronave está a serviço da delegação oficial do Congo”, diz um controlador. O Bombardier CL-600-2, de um empresário de São Paulo que tem negócios na África, estava emprestado à delegação. O delegado da PF levanta a voz. “Não interessa, tenho ordem judicial.” As autoridades aeroportuárias permitem o acesso e o avião é apreendido no Galeão.
Cena 2: Auditores e policiais esperam no dia 21 de junho a chegada de um avião num aeroporto de São Paulo. Mas, no horário informado no pedido de autorização temporária para entrada no País, o piloto muda a rota e pousa no Uruguai.
Cena 3: No dia 27 de julho, inspetores da Receita Federal em diversos aeroportos do País contabilizam apenas cinco pedidos de autorização temporária para o pouso de jatinhos estrangeiros. Número 95% menor ao que estavam acostumados a avaliar. Em aeroportos dos Estados Unidos e de países próximos, como o Uruguai, dezenas de aeronaves de luxo aguardam ações de advogados contra a operação Pouso Forçado, iniciada pela Receita, Polícia Federal e Ministério Público Federal, para voltar a voar ao Brasil. Doze jatinhos estão parados sob ordens judiciais nos aeroportos de Viracopos (em Campinas), Guarulhos, Galeão e Jundiaí.
Os três momentos ilustram os efeitos da Operação Pouso Forçado, que mobilizou 50 policiais e 25 auditores da Receita em aeroportos de todo o País. As investigações estão mostrando que mais de uma centena de empresários, banqueiros e companhias utilizaram a mesma estratégia para evitar pagar impostos na compra de aeronaves. Até agora, as autoridades conseguiram indícios suficientes para que os juízes federais Jorge Alberto Araújo de Araújo, da 1a Vara da Justiça Federal em Guarulhos, e Haroldo Nader, da 9a Vara de Campinas, ordenassem o sequestro de 22 aviões, que valeriam, somados, mais de R$ 1 bilhão. Doze deles foram encontrados; os outros estão fora do País e dificilmente voltarão.
O Fisco e a PF negociam mecanismos internacionais para cumprir os mandados no Exterior. Na lista de investigados, estão grandes empresários, banqueiros, igrejas e algumas das maiores companhias brasileiras. O que todos têm em comum é a compra de aviões por empresas sediadas no Exterior, principalmente nos Estados Unidos. As aeronaves entravam no Brasil utilizando um decreto que permite a permanência de aviões estrangeiros por até 60 dias sem pagar impostos, desde que sejam usados para transporte de diretores da empresa proprietária. Mas, segundo os registros da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Receita, usando autorizações sucessivas, os aviões ficaram entre 50% e 82% do tempo no País. Este é um dos principais argumentos acatados pelo juiz Araújo, de Guarulhos, ao mandar apreender os aviões.
“O regime do decreto, que é de trânsito, não pode ser aplicado à aeronave que opera na maior parte do tempo em território nacional”, afirma o magistrado na sentença. O estratagema para evitar pagar IPI e ICMS de até 34% sobre o valor dos aviões já chamou a atenção, inclusive, do governo americano. O Departamento de Justiça dos EUA pediu informações sobre as investigações, e os primeiros relatórios devem ser enviados à embaixada americana em Brasília nas próximas semanas. A forma com que foram usados os prefixos americanos dos aviões e os contratos com ‘trusts’ (figura jurídica de proprietário fiduciário, inexistente no Brasil), montados por bancos americanos para driblar exigências das autoridades aeroportuárias de lá (os aviões precisam ficar ao menos 60% do tempo nos EUA), pode ter infringido também as leis do país.
Ao contrário de outras discussões fiscais, resolvidas com o pagamento de multas, a Receita Federal quer decretar o “perdimento”, ou confisco das aeronaves, transferindo-as à União. Esse é o procedimento adotado para bens considerados produto de contrabando, ou descaminho, no linguajar jurídico. A situação do bem não é regularizável. Quando as investigações terminarem, em 60 dias, poderão resultar em acusações criminais. Os procuradores da República Maurício Fabretti, de Guarulhos, e Edilson Vitorelli, de Campinas, decidirão se há ou não provas para indiciar criminalmente os envolvidos por descaminho e falsidade ideológica (por tentar simular que aeronaves usadas no Brasil eram estrangeiras).
As penas máximas são, respectivamente, de 4 e 5 anos de prisão. “Determinar essas responsabilidades é um segundo passo”, afirma o procurador Maurício Fabretti, de Guarulhos. As investigações, que começaram há um ano e meio com uma observação meticulosa do inspetor-chefe da alfândega de Viracopos, Antônio Andrade Leal, das autorizações temporárias para a entrada de jatinhos, criaram um clima de nervosismo entre milionários, seus pilotos e advogados, nas últimas semanas. Durante meses, Receita e PF levantaram dados para comprovar que os reais proprietários são empresários brasileiros. A investigação incluiu as listas de passageiros dos aviões, contratos sociais das empresas estrangeiras, registros de voos da Anac, pagamentos de taxas à Infraero e declarações de imposto de renda dos empresários, companhias e pilotos.
“Há algumas empresas claramente fantasmas, criadas com capital de US$ 1 mil, que compraram um jatinho de US$ 40 milhões”, afirma Leal. Os inquéritos abertos em Guarulhos e Campinas, aos quais a DINHEIRO teve acesso, citam nomes de destaque em diversos setores empresariais. Um dos aviões mais caros, um Gulfstream 550 de prefixo N332MM, avaliado em R$ 100 milhões, pertenceria a Paulo Malzoni e seu irmão Victor Malzoni, do Grupo Malzoni, um dos maiores incorporadores imobiliários do País. O avião é operado pela empresa Argentre Enterprises, sediada nas Ilhas Virgens Britânicas e tem ambos como diretores. Consultado, Malzoni não comentou o assunto. Segundo os inquéritos, boa parte das aeronaves pertence a donos de fortunas construídas no mercado financeiro.
O dono da Tendência Asset Management, Leo Kryss, seria proprietário do outro avião de maior valor da operação, outro Gulfstream 550, com o prefixo N818LK. Embora não apareçam como proprietários diretos dos aviões, muitos empresários, a exemplo de Kryss, colocam as iniciais de seus nomes nos prefixos. Também banqueiro, Antonio Carlos Freitas Valle (conhecido como Tom), um dos fundadores do banco de investimentos Garantia e ex-sócio do Matrix, é apontado pelas autoridades como dono de um Legacy 600 de prefixo N909TT, oficialmente de propriedade da empresa Transcon International, sediada em Delaware, um Estado nos EUA onde é notoriamente fácil abrir empresas de propósito específico.
Contatados, Kryss e Vale não comentaram. O controlador do banco Crefisa, José Roberto Lamacchia, seria dono do Citation Sovereign C680 de prefixo VPCAV, registrado nas Ilhas Cayman sob o nome da empresa Toby LLC. Além de Lamacchia são diretores da empresa sua esposa e seu filho. Ele também não se pronunciou até o fechamento desta edição. Além de José Roberto, estão listados como diretores da empresa offshore sua esposa, Leila, e seu filho, Marcos. Lamacchia também não se pronunciou até o fechamento desta edição. Outro banqueiro citado nos autos é Marcelo Kalim, sócio do BTG Pactual. Seu Gulfstream 450, avaliado em R$ 72 milhões, entrou no País pela primeira vez no ano passado.
O inquérito menciona erroneamente o BTG Pactual como proprietário da aeronave, que pertence a Kalim. Seu sócio, André Esteves, também citado, chegou a utilizar o avião em algumas viagens. O advogado Luiz Fernando Pacheco, do escritório Ráo, Pacheco, Pires & Penón, que defende o Kalim, contesta o entendimento da Receita Federal. Pacheco afirma que o jato de prefixo N450FK não deveria ter sido nacionalizado e sua aquisição por uma empresa estrangeira, da qual o banqueiro é diretor, não infringe nenhuma lei. “Essa aeronave é usada apenas para voos ao Exterior e, portanto, se enquadra na hipótese permitida pelo decreto”, diz o advogado, que pediu à Justiça a reconsideração da decisão.
Outro empresário citado é José Serpieri Júnior, controlador da empresa de gestão de benefícios de saúde Qualicorp, que lançou ações na bolsa no ano passado. Serpieri é dono do avião N450JR, um Gulfstream 450 avaliado em R$ 80 milhões, operado pela Global Management, sediada nas Ilhas Virgens Britânicas. Também aparecem no inquérito Joaquim Salles Leite Neto, controlador do grupo Iguaçu, que atua na comercialização, geração e distribuição de energia elétrica, como proprietário de um Falcon 2000 de prefixo N955SL. Ainda segundo as investigações, o fundador da DM Farmacêutica, Yoshimi (conhecido como Nélson) Morizono, que vendeu sua empresa para a Hypermarcas há cinco anos, seria dono do avião de prefixo N947GA.
A DM era proprietária de marcas muito conhecidas de remédios e cosméticos, como Avanço, Benegrip, Doril, Melhoral e Biotônico Fontoura. O Gulfstream 550 é conhecido no aeroporto de Congonhas como “jatinho da Monange”. Procurados, os três empresários não deram declarações. Em Viracopos, foi apreendido o avião de Cláudio Dahruj Filho, dono de diversas concessionárias de automóveis na região de Campinas. Contatado, Dahruj não retornou até o fechamento desta edição. Um dos maiores grupos investigados é o Cutrale, do empresário José Luiz Cutrale Júnior, segundo maior exportador de suco de laranja do mundo. O grupo é dono de um Falcon 900EX de prefixo N264C. Em nota à DINHEIRO, a empresa afirma que o processo está em segredo de Justiça e que o avião é de propriedade da subsidiária do grupo nos EUA.
“A Cutrale North America Inc. esclarece que todas as operações foram realizadas em conformidade com a lei e em seu exclusivo interesse social, mais especificamente na compra de milhares de toneladas de produtos brasileiros em prol de sua respectiva balança comercial.” Outra companhia que não esconde ser dona de avião envolvido nas investigações é a Vulcabras. Dona do Raytheon Beechjet 400 de prefixo N48PL, a empresa está em disputa com a Receita Federal desde o ano passado, defendendo que a aeronave não precisa ser nacionalizada. No ano passado, a alfândega do aeroporto de Viracopos negou sua admissão temporária por entender que a aeronave, usada com frequência pelo presidente do grupo, Mílton Cardoso, não é estrangeira.
Em nota, a Vulcabras afirma que o avião é usado há três anos pelos seus executivos e que não há “absolutamente nenhuma irregularidade”. A empresa recorreu da decisão da alfândega e ganhou. Em nota, cita a sentença do juiz, que afirma que “não há dúvida quanto à correta utilização da aeronave bem como o seu direito ao registro automático com regime especial de suspensão tributária”. A Vulcabras afirma que tem mais de 5 mil empregados no Exterior e que seu registro nos Estados Unidos se deu por razões aeronáuticas e não por economia tributária. A Vulcabras argumenta que sai mais caro manter o avião nos EUA do que nacionalizá-lo. O grupo Asperbras, dos irmãos José Roberto e Francisco Colnaghi, também admite a propriedade do avião N769CC, por uma de suas controladas no Exterior.
A empresa, fabricante de tubos de aço, atua nos EUA, na África e Europa. “Não havia qualquer razão operacional, negocial e tampouco dever jurídico de registrá-la no Brasil”, informou em nota à DINHEIRO o advogado do grupo, Luiz Guilherme Moreira Porto. O avião, segundo ele, vinha ao Brasil pelo interesse dos negócios das empresas estrangeiras. Vários advogados, aliás, argumentam que a Receita foi truculenta na operação e pretendem revertê-la na Justiça. O tributarista Luiz Carlos Andrezani, que está recorrendo de uma das apreensões, afirma que a Receita feriu os princípios de “razoabilidade e proporcionalidade” ao confiscar um avião de R$ 40 milhões pelo não pagamento de impostos de R$ 4 milhões.
Na gaiola: aeronave apreendida pela PF na Operação Pouso Forçado, que já tirou do ar 12 aeronaves
e procura outras dez para apreender.
Ele afirma que há dúvidas sobre se os aviões podem ser considerados como mercadorias contrabandeadas e a Receita está usando os termos de admissão temporária como uma “armadilha” para os contribuintes. Deveria simplesmente negar a entrada se considera os aviões nacionais. Há alguns casos polêmicos, como o de um ex-banqueiro, cuja residência oficial é fora do Brasil. Dois advogados já teriam conseguido liberar as aeronaves. O principal argumento de todos é que a lei foi cumprida. Sem discutir casos específicos, o procurador Vitorelli diz que “o argumento da licitude das operações é meramente formal” e diz que o histórico de voos demonstra que o objetivo real é importar aeronaves sem pagar tributos.
Da lista de proprietários constam ainda ricas igrejas evangélicas. Uma delas seria a Igreja Mundial do Poder de Deus, do pastor Valdemiro Santiago. O consultor da Igreja, Ricardo Arruda Nunes, nega a propriedade. Diz que o pastor apenas viajou no avião. “Esse avião foi emprestado por um tempo por um fiel, e nessa época a Igreja pagou os custos de combustível e hangaragem”, disse Nunes. “A polícia que prove que o avião é da Igreja.” Segundo Nunes, o advogado da Igreja compareceu à Receita para informar que ela não é proprietária. Há ainda outros quatro empresários e uma empresa sob investigação: um ligado a uma montadora, um do ramo imobiliário e dois ex-banqueiros.
Outras três aeronaves, de prefixos N350FK, N401FT e N402FT, são de propriedade de uma empresa que vende cotas de compartilhamento de jatos a executivos. Essa é a empresa que está mais abertamente infringindo a lei, porque obtém remuneração com os aviões, vendendo cotas a empresários, o que é expressamente proibido pelo decreto. Chamou a atenção das autoridades o envolvimento, em diversos casos, da empresa C-Fly Aviation, uma intermediária na aquisição de aeronaves (ou ‘broker’). Um de seus sócios, Francisco de Assis Souza Lyra, é piloto e ex-presidente da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), assina documentos relacionados a três aeronaves. Por isso, a PF fez uma busca na sede da C-Fly.
Não há elementos para acusá-lo, mas há suspeitas, segundo o inquérito, de que Lyra “possa ser responsável pela montagem do esquema fraudulento”. O advogado de Lyra, Antônio Sérgio de Moraes Pitombo, não comentou o assunto, alegando que os autos estão sob sigilo. Mas até mesmo autoridades envolvidas na investigação afirmam que o planejamento tributário é de responsabilidade do comprador, e não do intermediário das aquisições. O comandante e os outros dois sócios da C-Fly são também diretores da empresa de táxi aéreo Morro Vermelho. O hangar usado pela C-Fly é o mesmo da Morro Vermelho no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, mas não há ligação societária entre as empresas.
Exército Sírio Livre: Revolucionários ou Contras?
29 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaVideo: Thierry Meyssan hace el balance de la batalla de Damasco (24 de julio de 2012)
por Thierry Meyssan
Fonte: SiriaNews
Mientras la prensa occidental presenta al Ejército Sirio Libre como una organización revolucionaria armada, Thierry Meyssan viene señalando desde hace un año que en realidad se trata de un ente contrarrevolucionario y explica que poco a poco fue pasando de manos de las monarquías reaccionarias del Golfo al control de Turquía, que a su vez actúa por cuenta de la OTAN. Una afirmación a contracorriente que exige una demostración bien bien argumentada…
RED VOLTAIRE | DAMASCO (SIRIA) | 26 DE JULIO DE 2012
Desde hace 18 meses, Siria se ha visto inmersa en una serie de desórdenes que han ido en aumento hasta convertirse en un conflicto que ya ha causado la muerte de unas 20 000 personas. Si bien existe un consenso sobre estos hechos, también es cierto que existen importantes divergencias en las narraciones e interpretaciones de esos hechos.
Según los Estados occidentales y sus medios de prensa, los sirios aspiran a vivir en democracias de mercado al estilo occidental. Así que, siguiendo los escenarios de Túnez, Egipto y Libia correspondientes a la «primavera árabe», los sirios se habrían levantado para derrocar al dictador Bachar al-Assad, quien a su vez no tardó en reprimir las manifestaciones de forma sangrienta. Los occidentales quisieran poner fin a la masacre, pero los rusos y los chinos se oponen a ello, ya sea por interés o por desprecio a la vida humana.
Mientras tanto, los Estados que no aceptan la dominación estadounidense y sus medios de prensa estiman, por el contrario, que Estados Unidos ha desatado contra Siria una acción ya preparada desde hace mucho tiempo. También estiman que, procediendo al principio a través de sus aliados regionales y, ya más tarde, de forma directa, Estados Unidos ha infiltrado en Siria bandas armadas que han desestabilizado el país, siguiendo el modelo de los Contras ya utilizados anteriormente en Nicaragua. Pero estos elementos han logrado muy poco apoyo en el plano interno y se han visto derrotados mientras Rusia y China impiden que la OTAN liquide al ejército sirio, lo cual invertiría la ecuación regional.
¿Quién dice la verdad? ¿Quién se equivoca?
En Siria, los grupos armados no defienden la democracia sino que luchan contra ella
En primer lugar, la interpretación de los acontecimientos registrados en Siria como un episodio de la «primavera árabe» es una ilusión en la medida en que la llamada «primavera» está lejos de ser una realidad. No es más que un eslogan publicitario tendiente a dar una imagen positiva a toda una serie de hechos heteróclitos. Si bien es cierto que en Túnez, Yemen y Bahréin sí se produjeron revueltas populares, tal cosa no sucedió ni en Egipto ni en Libia. En Egipto, las manifestaciones en las calles se limitaron a la capital y a la participación de un sector de la burguesía. El pueblo egipcio nunca se sintió, absolutamente en ningún momento, implicado en el espectáculo televisivo de la plaza Tahrir [1]. En Libia tampoco se produjo una revuelta política sino un movimiento separatista surgido en la región de Cirenaica en contra del poder de Trípoli y que sirvió de pretexto a la intervención militar de la OTAN, intervención militar que costó la vida a unas 160 000 personas.
La estación libanesa NourTV se anotó un resonante éxito con la transmisión de una serie de programas de Hassan Hamade y Georges Rahme titulada «La primavera árabe, de Lawrence de Arabia a Bernard-Henri Levy». Los autores de la serie desarrollan la idea de que la «primavera árabe» es un remake de la «revuelta árabe» de 1916-1918, orquestada por los británicos en contra de los otomanos. Esta vez, los occidentales han manipulado las situaciones para derrocar a una generación de líderes e imponer a la Hermandad Musulmana. De hecho, la «primavera árabe» cae en la categoría de publicidad engañosa. En estos momentos, Marruecos, Túnez, Libia, Egipto y Gaza están siendo gobernados por una hermandad que, por un lado, impone un orden moral mientras que, por el otro, apoya el sionismo y el capitalismo seudoliberal, o sea los intereses de Israel y de los anglosajones. Desaparece así la ilusión. Varios autores, como el sirio Said Hilal Alcharifi hablan ahora, en tono de burla, de la «primavera otánica».
En segundo lugar, los dirigentes del Consejo Nacional Sirio (CNS) y los comandantes del Ejército Sirio Libre (ASL) no son precisamente demócratas en el sentido de que estén dispuestos a favorecer «un gobierno del pueblo, por el pueblo y para el pueblo», según la fórmula de Abraham Lincoln, recogida en la Constitución francesa. Por ejemplo, el primer presidente del CNS fue Burhan Galioun, profesor en una universidad francesa. Ghalioum no era para nada «un opositor sirio perseguido por el regimen» ya que entraba y salía libremente de Siria. Tampoco era, como ahora pretende serlo, un «intelectual laico» ya que era el consejero político del argelino Abbassi Madani, presidente del Frente Islámico de Salvación (FIS), actualmente refugiado en Qatar. Su sucesor, Abdel Basset Syda [2], sólo hizo su aparición en el mundo de la política en estos últimos meses y rápidamente resultó ser un simple ejecutor de los deseos estadounidenses. Desde el momento mismo de su elección a la cabeza del CNS, el señor Syda se comprometió no a defender la voluntad de su pueblo sino a aplicar la «hoja de ruta» que Washington redactó para Siria, titulada The Day after. Los combatientes del Ejército Sirio Libre también están lejos de ser militantes de la democracia. Reconocen la autoridad espiritual del jeque Adnan al-Arour, predicador takfirista que llama a derrocar y matar a Bachar al-Assad, no por motivos políticos sino únicamente porque el presidente sirio es alauita, lo cual lo convierte en un hereje a los ojos del jeque. Todos los oficiales del ESL que han podido ser identificados son sunnitas y todas las brigadas del ESL llevan nombres de figuras históricas sunnitas. Los «tribunales revolucionarios» del ESL condenan a muerte a sus opositores políticos (no sólo a los partidarios de Bachar al-Assad) y a los infieles, que son degollados en público. El programa del ESL consiste en acabar con el régimen laico instaurado por el Baas, el PSNS y los comunistas y prevé la instauración de un régimen confesional estrictamente sunnita.
El conflicto sirio fue planeado por los occidentales
Es de público conocimiento el deseo occidental de acabar con Siria, y ese elemento es más que suficiente para explicar los actuales acontecimientos. Recordemos algunos hechos que no dejan lugar a dudas sobre la premeditación que caracteriza los acontecimientos [3].
La decisión de imponer la guerra a Siria fue adoptada en una reunión en Camp David, por el presidente George W. Bush, el 15 de diciembre de 2001, justo después de los espectaculares atentados de Nueva York y de Washington. En aquel momento, lo previsto era intervenir simultáneamente en Siria y en Libia para demostrar que Estados Unidos podía intervenir en dos teatros de operaciones al mismo tiempo. El testimonio del general Wesley Clark, ex comandante supremo de la OTAN, demuestra la existencia de esa decisión, que encontró la oposición del propio Clark.
En 2003, en el momento de la caída de Bagdad, el Congreso estadounidense adoptó dos leyes que instruían al presidente de Estados Unidos para que preparara una guerra contra Libia y otra contra Siria (la Syria Accountability Act).
En 2004, Washington acusó a Siria de esconder en su territorio las armas de destrucción masiva que no lograba encontrar en Irak. Aquella acusación naufragó cuando se admitió que nunca existieron las famosas armas de destrucción masiva y que sólo fueron un pretexto para invadir Irak.
En 2005, después del asesinato de Rafik Hariri, Washington trató de entrar en guerra contra Siria, pero no pudo hacerlo porque el país árabe retiró su ejército del Líbano. Estados Unidos montó entonces una serie de testimonios falsos para acusar al presidente al-Assad de haber ordenado el atentado y creó un tribunal internacional de excepción para juzgarlo. A la larga, Estados Unidos se vio obligado a retirar sus acusaciones falsas al ser reveladas sus propias manipulaciones.
En 2006, Estados Unidos comenzó a preparar la «revolución siria» mediante la creación del Syria Democracy Program. Se trataba de crear y financiar grupos prooccidentales de oposición, como el Movimiento por la Justicia y el Desarrollo. Al financiamiento oficial del Departamento de Estado se agregó un financiamiento secreto de la CIA, a través de una asociación californiana llamada Democracy Council.
También en 2006, Estados Unidos puso en manos de Israel el desencadenamiento de una guerra contra el Líbano, con la esperanza de implicar a Siria para poder intervenir. Pero la rápida victoria del Hezbollah hizo fracasar aquel plan.
En 2007, Israel atacó a Siria al bombardear una instalación militar en la llamada Operación Orchard. Una vez más Siria mantuvo su sangre fría y no se dejó arrastrar a la guerra. Posteriores verificaciones del Organismo Internacional de Energía Atómica demostraron que el blanco del ataque no era una instalación nuclear, desmintiendo así las afirmaciones de los israelíes.
En 2008, en la reunión que la OTAN organiza bajo la denominación de Grupo de Bilderberg, la directora del Arab Reform Initiative, Bassma Kodmani, y el director de la Stiftung Wissenschaft und Politik, Volker Perthes, expusieron brevemente ante la crema y nata de Estados Unidos y Europa las ventajas económicas, políticas y militares de una posible intervención de la OTAN en Siria.
En 2009, la CIA creó varios instrumentos de propaganda dirigidos hacia Siria, como los canales BaradaTV, con sede en Londres, y OrientTV, en Dubai.
Agreguemos a esos elementos históricos la realización en El Cairo, durante la segunda semana de febrero de 2011, de una reunión a la que asistieron John McCain, Joe Lieberman y Bernard-Henri Lévy, personalidades libias como Mahmud Jibril –el entonces segundo personaje en importancia de la Yamahiria– y personalidades sirias como Malik al-Abdeh y Ammar Qurabi. Aquella reunión dio la señal para las operaciones secretas que comenzaron simultáneamente en Libia y Siria (el 15 de febrero en Bengazi y el 17 en Damasco).
En enero de 2012, los departamentos estadounidenses de Estado y de Defensa crearon el grupo de trabajo The Day After. Supporting a democratic transition in Syria, que redactó simultáneamente una nueva constitución para Siria y un programa de gobierno [4].
En mayo de 2012, la OTAN y el Consejo de Cooperación del Golfo (CCG) crearon elWorking Group on Economic Recovery and Development of the Friends of the Syrian People, bajo la copresidencia de Alemania y de los Emiratos Árabes Unidos. En el marco de ese grupo, el economista sirio-británico Ossam el-Kadi elaboró una repartición de las riquezas sirias entre los países miembros de la coalición, repartición que se aplicaría a partir del «día siguiente», o sea después del derrocamiento del régimen sirio por parte de la OTAN y del CCG [5].
¿Revolucionarios o contrarrevolucionarios?
Los grupos armados no surgieron de las manifestaciones pacificas de febrero de 2011. Aquellas manifestaciones denunciaban, efectivamente, la corrupción y reclamaban más libertades, mientras que los grupos armados –como acabamos de ver– provienen del islamismo.
Una terrible crisis económica afectó las regiones rurales durante los últimos años, debido a las malas cosechas, erróneamente interpretadas como desgracias pasajeras, cuando en realidad eran consecuencia de cambios climáticos duraderos. A lo anterior se agregaron errores cometidos en la aplicación de reformas económicas que desorganizaron el sector primario. Ello provocó un importante éxodo rural que el gobierno ha sabido enfrentar y una deriva sectaria de campesinos que el gobierno no tuvo en cuenta. En numerosas regiones, el hábitat rural no estaba concentrado en aldeas sino disperso en forma de granjas aisladas. Nadie se dio cuenta de la verdadera envergadura de ese fenómeno, hasta que se reagruparon sus adeptos.
En definitiva, en el seno de la sociedad siria, que representa el paradigma de la tolerancia religiosa, se desarrolló una corriente takfirista. Esa corriente sirvió de base a los grupos armados, que a su vez han sido abundantemente financiados por las monarquías wahabitas (Arabia Saudita, Qatar, Sharjah) [6]. Ese dinero proveniente del exterior atrajo nuevos combatientes, entre los que se hayan parientes de víctimas de la represión masiva del sangriento y fracasado golpe de Estado de la Hermandad Musulmana, en 1982. El móvil de esas personas es a menudo más personal que ideológico. Se trata sobre todo de una búsqueda de venganza. Atraídos por el dinero fácil, numerosos delincuentes e individuos que ya tenían problemas con la justicia se unieron a esos elementos: cada «revolucionario» recibe una suma que representa 7 veces el salario medio sirio. Y finalmente, también comenzaron a llegar profesionales que ya han combatido en Afganistán, Bosnia, Chechenia o Irak. En primera fila de estos se encuentran los hombres de al-Qaeda en Libia, lidereados por el propio Abdelhakim Belhaj [7]. Los medios de prensa los presentan como yihadistas, lo cual es totalmente inapropiado ya que en el Islam no se concibe la guerra santa contra correligionarios. Se trata, ante todo, de mercenarios.
La prensa occidental y la prensa de los países del Golfo insisten en la presencia de desertores entre los miembros del ESL, lo cual no deja de ser cierto. Lo que sí es falso es que hayan desertado luego de haberse negado a reprimir manifestaciones políticas. El perfil de los mencionados desertores corresponde casi siempre a los casos ya descritos anteriormente. En todo caso, en un ejército de 300 000 hombres siempre será posible encontrar fanáticos religiosos y delincuentes.
Los grupos armados utilizan una bandera que sustituye la franja roja de la actual bandera siria por una franja verde y que presenta tres estrellas, en vez de dos. La prensa occidental califica esa bandera de la franja verde y las tres estrellas como «la bandera de la independencia», ya que estuvo en vigor al proclamarse la independencia de Siria, en 1946. Esa es, en realidad, la bandera del mandato francés que se mantuvo en vigor durante la época de la independencia formal del país (de 1932 a 1958). Las tres estrellas representan los tres distritos confesionales de la época del colonialismo (alauita, druso y cristiano). Así que esa bandera no es ciertamente un símbolo revolucionario. En realidad es todo lo contrario, ya que equivale a proclamar el deseo de prolongar el proyecto colonial, el proyecto del Acuerdo Sykes-Picot de 1916 y del rediseño del «Medio Oriente ampliado».
Durante los 18 meses de acciones armadas, estos grupos armados se han estructurado y, más o menos, han ido coordinándose. La gran mayoría se encuentra actualmente bajo las órdenes de Turquía, con la etiqueta del Ejército Sirio Libre. Pero la realidad es que se han convertido en milicias de la OTAN, ya que el cuartel general del ESL se encuentra incluso en la base aérea de la OTAN de Incirlik, en Turquía. Los islamistas más duros han formado sus propias organizaciones o se han unido a al-Qaeda. Se hallan bajo control de Qatar o de la rama sudairi de la familia real saudita [8]. De hecho, dependen de la CIA.
Esta conformación progresiva, que comienza entre campesinos pobres para terminar con un flujo de mercenarios, es idéntica a la que tuvo que enfrentar Nicaragua cuando la CIA organizó a los Contras para derrocar a los sandinistas, o a lo que enfrentó Cuba cuando la CIA organizó el desembarco de Bahía de Cochinos para derrocar a los castristas. Y es ese precisamente el modelo que hoy siguen los grupos armados sirios: en mayo de 2012, los contrarrevolucionarios cubanos organizaron en Miami una serie de seminarios para entrenar a sus homólogos sirios en la realización de acciones de guerrilla urbana [9].
La CIA aplica los mismos métodos en todas partes. Fue por eso que los Contras sirios concentraron su accionar militar en la creación de bases fijas (aunque ninguna de ellas logró sobrevivir, ni siquiera el emirato islámico de Baba Amro), en la realización de sabotajes contra la economía (destrucción de la infraestructura e incendios intencionales en las grandes fábricas) y, finalmente, en el terrorismo (descarrilamiento de trenes de pasajeros, atentados con autos-bomba en lugares céntricos y asesinatos contra líderes religiosos, políticos y militares).
Como consecuencia de esas acciones, el sector de la población siria que, al principio de estos acontecimientos, podía albergar alguna simpatía hacia los grupos armados creyendo que estos representaban una alternativa al régimen actual, poco a poco ha ido alejándose de ellos.
De manera para nada sorprendente, la batalla de Damasco consistió en hacer converger hacia la capital los 7 000 combatientes que se hallaban dispersos en el país y ejércitos de mercenarios que estaban a la espera en los países limítrofes. Decenas de miles de Contras trataron de penetrar en Siria desplazándose simultáneamente en numerosas columnas de camionetas (pick-up) y prefiriendo atravesar el desierto en vez de circular por las autopistas. Los bombardeos aéreos frenaron a una parte de esos invasores, que se vieron obligados a regresar por donde mismo vinieron. Otros, luego de apoderarse de varios puestos fronterizos, lograron llegar hasta la capital, pero no encontraron allí el apoyo popular que esperaban. Por el contrario, la propia población guió a los soldados del ejército nacional en la tarea de identificarlos y sacarlos de sus posiciones. Al final, los Contras tuvieron que batirse en retirada y anunciaron que, a falta de tomar Damasco, tomarían Alepo. Eso demuestra que los participantes en las revueltas no son los habitantes de Damasco ni los de Alepo sino combatientes provenientes del exterior.
Infiltración de Contras a través del desierto, cerca de Dara.
En contraste con la impopularidad de los grupos armados, hay que señalar la popularidad del ejército nacional sirio y de las milicias de autodefensa. El Ejército Árabe Sirio es un ejército de reclutas, o sea un ejército popular. Resulta impensable que ese ejército pueda ser utilizado como instrumento de represión política. Desde hace poco, el gobierno autorizó la formación de milicias por barrios, y distribuyó armas a los ciudadanos que se comprometieron a dedicar 2 horas de su tiempo a la defensa de su barrio, bajo las órdenes de miembros del ejército.
Pasando gato por liebre
En su época, al presidente estadounidense Ronald Reagan le costó mucho trabajo presentar a sus Contras como «revolucionarios». Creó para ello una estructura de propaganda, el Buró de Diplomacia Pública, cuya dirección puso en manos de Otto Reich [10]. Este último sobornó a periodistas en la mayoría de los grandes medios de la prensa estadounidense y de Europa occidental para que intoxicaran al público. Entre otras cosas, echó a rodar el rumor de los que sandinistas disponían de armas químicas y que existía el riesgo de que las utilizaran contra su propio pueblo. Hoy en día, la propaganda se dirige desde la Casa Blanca, y lo hace el consejero adjunto para la seguridad nacional a cargo de las comunicaciones estratégicas, Ben Rhodes, quien está aplicando los mismos viejos métodos y nuevamente ha recurrido, contra al Assad, al rumor de las armas químicas.
En colaboración con el MI6 británico, Rhodes ha logrado imponer una estructura fantasma como principal fuente de información de las agencias de prensa occidentales: el Observatorio Sirio de los Derechos Humanos (OSDH). Los medios no han cuestionado nunca la credibilidad de esta firma, a pesar de que sus afirmaciones han sido desmentidas por los observadores de la Liga Árabe y por los observadores de la ONU. Esa estructura fantasma, sin locales, personal ni conocimientos, se ha convertido incluso en LA fuente de información de las cancillerías europeas desde que la Casa Blanca convenció a estas últimas de retirar de Siria a su personal diplomático.
En espera del contacto para una transmisión en vivo, el corresponsal de Al-Jazeera Khaled Abu Saleh se comunica telefónicamente con su redacción, sostiene que Baba Amro está siendo bombardeada y organiza una serie de efectos sonoros para demostrarlo. El señor Abu Saleh participó en la 3ª Conferencia de los Amigos de Siria como invitado de honor del presidente francés Francois Hollande.
Ben Rhodes organizó también una serie de espectáculos para periodistas en busca de emociones fuertes. Para ello se crearon dos turoperadores, uno en el gabinete del primer ministro turco Edogan y el segundo en el gabinete del ex primer ministro libanes Fouad Siniora. Se invitó a los periodistas a entrar ilegalmente en Siria con la ayuda de guías contratados al efecto. Durante meses se estuvo ofreciendo la posibilidad de viajar, desde la frontera turca, para visitar una aldea en la montaña, donde era posible hacer sesiones fotográficas con los «revolucionarios» y «compartir la vida diaria de los combatientes». Posteriormente, a los más deportivos se les proponía un viaje desde la frontera libanesa para ir a visitar el emirato islámico de Baba Amro.
Lo más extraño es que numerosos periodistas descubrieron falsificaciones enormes, sin que ello los llevara a sacar conclusión alguna. Por ejemplo, un célebre reportero fotográfico filmó a los «revolucionarios» de Baba Amro quemando neumáticos para producir un humo negro que daría la impresión de que el barrio estaba siendo bombardeado. Ese reportero transmitió las imágenes a traves de Channel4 [11], pero siguió afirmando que había sido testigo del bombardeo contra Baba Amro que reportaba el Observatorio Sirio de los Derechos Humanos.
Por su parte, el New York Times reveló que fotos e imágenes de video transmitidas por el servicio de prensa del Ejército Sirio Libre en las que aparecen sus valerosos combatientes fueron montadas como una obra de teatro [12]. Las armas que aparecen en esas imágenes son en realidad juguetes que reproducen armas reales. A pesar de ello, el New york Timesno pone en duda la existencia de un ejército de desertores que contaría con unos 100 000 hombres.
Lectura de una declaración del Ejército Sirio Libre. Los valerosos «desertores» son actores que portan armas de juguete.
Siguiendo un esquema clásico, los periodistas prefieren mentir antes que reconocer que han sido manipulados. Después de ser engañados una vez, siguen participando, ya conscientemente, en el desarrollo de la mentira a pesar de haberla descubierto. Queda por saber si ustedes, lectores de este artículo, también prefieren mirar para otro lado o apoyar al pueblo sirio frente a la agresión de los Contras.
Fuente
El-Akhbar (Algérie)
El-Akhbar (Algérie)
[1] Contrariamente a lo que se ha afirmado, la plaza Tahrir no es la más grande del Cairo. Fue escogida únicamente por razones demarketing, ya que la palabra árabe Tahrir se traduce a los idiomas europeos como Libertad. Es evidente que no fueron los egipcios quienes escogieron ese símbolo ya que la lengua árabe tiene diferentes términos para designar la Libertad. El término árabeTahrir hace referencia a la libertad concedida, no a la libertad conquistada.
[2] Al transcribir el nombre del señor Syda, la prensa occidental agrega una «a» para evitar la confusión con la enfermedad del mismo nombre. NdlR.
[3] «Premeditación» es un término de uso común en derecho criminal. En política, el término más adecuado sería «complot», pero el autor se ha abstenido de utilizarlo debido a la reacción histérica que suscita esa palabra entre quienes creen que la política occidental es transparente y democrática. NdlR.
[4] «Washington a rédigé une nouvelle constitution pour la Syrie»,Réseau Voltaire, 21 de julio de 2012.
[5] «Les « Amis de la Syrie » se partagent l’économie syrienne avant de l’avoir conquise», por German Foreign Policy, traducción de Horizons et débats, Réseau Voltaire, 14 de junio de 2012.
[6] Sharjah es uno de los siete emiratos que componen los Emiratos Árabes Unidos
[7] «L’Armée syrienne libre est commandée par le gouverneur militaire de Tripoli», por Thierry Meyssan, Réseau Voltaire, 18 de diciembre de 2011.
[8] Para más detalles, ver «La Contre-révolution au Proche-Orient», por Thierry Meyssan, Komsomolskaya Pravda/Réseau Voltaire, 11 de mayo de 2011.
[9] «L’opposition syrienne prend ses quartiers d’été à Miami», porAgencia Cubana de Noticias, Jean Guy Allard, Réseau Voltaire, 25 de mayo de 2012.
[10] «Otto Reich et la contre-révolution», por Arthur Lepic, Paul Labarique, Réseau Voltaire, 14 de mayo de 2004.
[11] «Syria’s video journalists battle to telle the ’truth’», Channel4, 27 de marzo de 2011.
[12] “Syrian Liberators, Bearing Toy Guns”, por C. J. Chivers, The New York Times, 14 de junio.
Democracia e Desigualdade: Mulheres e STF
27 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaDemocracia e Desigualdade: Mulheres e STF
No final de 2012 a Presidenta Dilma terá a possibilidade de reduzir a desigualdade de gênero no Poder Judiciário, em seu órgão máximo, o STF, o que terá efeito extraordinário para a imagem da mulher na sociedade brasileira e para o reconhecimento de sua capacidade. A Presidenta poderá, com a aposentadoria compulsória do Ministro Cezar Peluso, em setembro, e do Ministro Ayres Britto, em novembro, indicar duas mulheres para o STF. Poderá também inovar e tornar mais democrática a escolha dos membros do Supremo Tribunal Federal. O artigo é de Samuel Pinheiro Guimarães.
Fonte; Carta Maior
“Mas o meu país, como todos os países do mundo, ainda precisa fazer muito mais pela valorização e afirmação da mulher”.
Presidenta Dilma Rousseff, na abertura da 66ª Assembléia Geral da ONU, em 21 de setembro de 2011
1. Quanto mais complexa uma sociedade, quanto mais diversa, quanto maiores as diferenças regionais, étnicas, religiosas, de gênero e de riqueza, mais difícil é a tarefa de elaborar normas para reger as relações de toda ordem entre as pessoas, as empresas e as agências do Estado.
2. Uma sociedade é tanto mais democrática quanto maior a participação de seus cidadãos (e cidadãs...) na elaboração e na execução das normas que regem a sua vida.
3. Em sociedades de grande dimensão territorial e populacional e de grande complexidade econômica e social a participação direta dos cidadãos na elaboração dessas normas não é possível.
4. Este é o caso do Brasil, ainda que entre nós, o recente sistema de organização de conferências nacionais, as leis de iniciativa popular, como foi a da ficha limpa, e o referendo, são certamente avanços importantes no sentido de maior democratização do país, enfrentando a resistência dos inimigos da participação popular que se apresentam como indignados adversários da “democracia direta”.
5. De toda forma, nas grandes sociedades e devido à complexidade de certos temas, os cidadãos têm de escolher representantes para elaborar essas normas, outros tantos indivíduos para executá-las e ainda outros para dirimir os conflitos que decorrem da interpretação das normas.
6. O sistema de representação popular será tão mais democrático quanto melhor refletir os interesses dos diferentes segmentos da sociedade.
7. Isto não ocorre no Brasil. Nem no Legislativo, nem no Executivo nem no Judiciário.
8. As disparidades políticas, econômicas e sociais são a principal característica da sociedade brasileira.
9. Uma dessas disparidades é a disparidade de gênero, de grande importância, pois afeta direta ou indiretamente a todos os brasileiros.
10. As disparidades entre homens e mulheres são de toda ordem. As mulheres recebem remuneração menor por trabalho igual; as mulheres ocupam menor percentual de cargos de chefia nas empresas; as mulheres são, com muito maior frequência, vítimas de violência doméstica e de violência sexual; as mulheres chefiam a maioria das famílias uniparentais. Embora uma mulher ocupe, pela primeira, vez a Presidência da República, as mulheres estão espantosamente sub-representadas nos cargos mais elevados dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
11. 51% dos brasileiros são mulheres. Entretanto, há apenas 45 mulheres na Câmara em um conjunto de 513 Deputados, ou seja, menos de 9% do total. No Senado Federal, são nove Senadoras e 72 Senadores homens, em um total de 81. Esta situação de desigualdade vem se repetindo a cada Legislatura que é eleita desde 1988.
12. A superação das desigualdades entre homens e mulheres no Poder Legislativo é uma tarefa de grande complexidade e que demandaria, para se tornar efetiva, uma reforma da Constituição. A lei 9504/97, que obriga os Partidos políticos a apresentarem 30% de candidatas mulheres, não surtiu os efeitos esperados. Será necessário, ao ritmo atual, aguardar décadas e talvez até séculos, para atingir a paridade de gênero no Poder Legislativo e assim corrigir uma (a outra é a de riqueza) das duas principais desigualdades que caracterizam o Brasil.
13. Em 2010, na Índia, apesar de todos os desafios que sua sociedade enfrenta, foi aprovada lei que atribui às mulheres um terço das cadeiras do Parlamento.
14. Assim, não se pode dizer que o Estado brasileiro seja democrático, do ponto de vista da representação do principal grupo de sua população, que são as mulheres, no Poder Legislativo. E o mesmo ocorre no Executivo e no Judiciário.
15. Na chefia do Poder Executivo, está a Presidenta Dilma, que não veio a ser eleita por força do funcionamento do sistema partidário tradicional, mas sim por uma iniciativa política de extraordinário alcance do ex-Presidente Lula que ousou lançar sua candidatura. No Ministério, em um total de 38 Ministros, dez são Ministras, de Ministérios de relativamente pouca verba e pouco pessoal, ainda que alguns deles tenham grande poder político, como a Casa Civil, a Secretaria de Relações Institucionais e o Ministério do Planejamento.
16. Os Secretários Executivos são uma espécie de Vice-Ministros. Há 38 deles, dos quais somente sete são mulheres.
17. São 535 mil o total de funcionários dos Ministérios comandados por homens enquanto que o número de funcionários dos Ministérios chefiados por mulheres não ultrapassa 40 mil.
18. Nos Ministérios, existem cerca de 2400 cargos de alta chefia e assessoria que são ocupados por 1700 homens, 70%, e por 700 mulheres, cerca de 30%.
19. Os orçamentos, em 2012, dos Ministérios chefiados por homens somam em seu conjunto R$ 629 bilhões enquanto que os orçamentos dos Ministérios chefiados por mulheres somam R$ 11 bilhões.
20. É verdade que Maria das Graças Foster chefia a Petrobrás, empresa que é uma das maiores do mundo e que, no sentido orçamentário e de influência, vale mais do que muitos Ministérios, isolados ou em conjunto.
21. Mas, no total das 120 empresas estatais somente três são chefiadas por mulheres.
22. São 10 as agências reguladoras no Brasil, e apenas uma delas, recentemente, veio a ser chefiada por uma mulher.
23. A mesma dificuldade de reduzir a desigualdade de gênero que se encontra no Legislativo, ainda que em muito menor escala, se encontraria no Poder Executivo, onde, porém, a vontade política, a começar pela designação dos Secretários Executivos, poderia contribuir para enfrentar este desafio.
24. Uma minoria de homens (49% da população) domina, se sobrepõe, quem sabe se poderia até dizer que oprime, de forma sutil as mulheres, que são 51% da população, através da ocupação majoritária dos cargos no Legislativo e no Executivo, isto é, controlam o processo de elaboração e de execução das normas que regem toda a vida social do país.
25. O Poder Judiciário é o menos democrático dos três Poderes da República devido à forma pela qual são escolhidos os integrantes dos Tribunais Superiores.
26. No Poder Judiciário, seu órgão de cúpula, o Supremo Tribunal Federal, é integrado por onze Ministros, dos quais dois são mulheres. Nos demais tribunais superiores (Superior Tribunal de Justiça - STJ, Tribunal Superior do Trabalho – TST e Superior Tribunal Militar - STM) são, ao todo, 71 Ministros, dos quais apenas 11 são mulheres. A relação é de cinco mulheres para 26 homens no STJ; de cinco mulheres para 20 homens no TST; de uma mulher para 14 homens no STM.
27. Somente em 2000, pela primeira vez na história do Brasil, uma mulher, a Ministra Ellen Gracie, foi escolhida para integrar o STF, onde hoje há duas Ministras mulheres, as Ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber, e nove homens.
28. No final de 2012 a Presidenta Dilma terá a possibilidade de reduzir a desigualdade de gênero no Poder Judiciário, em seu órgão máximo, o STF, o que terá efeito extraordinário para a imagem da mulher na sociedade brasileira e para o reconhecimento de sua capacidade.
29. A Presidenta poderá, com a aposentadoria compulsória do Ministro Cezar Peluso, em setembro, e do Ministro Ayres Britto, em novembro, indicar duas mulheres para o STF. Poderá também inovar e tornar mais democrática a escolha dos membros do Supremo Tribunal Federal.
30. Poderá a Presidenta Dilma, se assim o quiser, solicitar a cada Tribunal de Justiça estadual uma lista tríplice de juízas e advogadas, assim como poderá consultar cada seção regional da OAB para que cada uma indique os nomes de três advogadas, com mais de vinte anos de militância jurídica ou de ensino do Direito. A partir do exame do mérito dos nomes incluídos nessas listas, e de outros nomes de mulheres de notável saber jurídico, a Presidenta poderá fazer suas indicações para as duas vagas no STF.
31. Caso isto ocorra, a Presidenta Dilma terá dado um passo decisivo para aumentar a participação da sociedade brasileira na escolha dos membros do Poder Judiciário, para tornar o Brasil mais democrático e terá reduzido o extraordinário desequilíbrio de gênero em um dos três Poderes da República.
32. A indicação de duas mulheres para o Supremo Tribunal Federal depende apenas da vontade política da Presidenta Dilma Rousseff, a primeira mulher presidenta do Brasil.
Presidenta Dilma Rousseff, na abertura da 66ª Assembléia Geral da ONU, em 21 de setembro de 2011
1. Quanto mais complexa uma sociedade, quanto mais diversa, quanto maiores as diferenças regionais, étnicas, religiosas, de gênero e de riqueza, mais difícil é a tarefa de elaborar normas para reger as relações de toda ordem entre as pessoas, as empresas e as agências do Estado.
2. Uma sociedade é tanto mais democrática quanto maior a participação de seus cidadãos (e cidadãs...) na elaboração e na execução das normas que regem a sua vida.
3. Em sociedades de grande dimensão territorial e populacional e de grande complexidade econômica e social a participação direta dos cidadãos na elaboração dessas normas não é possível.
4. Este é o caso do Brasil, ainda que entre nós, o recente sistema de organização de conferências nacionais, as leis de iniciativa popular, como foi a da ficha limpa, e o referendo, são certamente avanços importantes no sentido de maior democratização do país, enfrentando a resistência dos inimigos da participação popular que se apresentam como indignados adversários da “democracia direta”.
5. De toda forma, nas grandes sociedades e devido à complexidade de certos temas, os cidadãos têm de escolher representantes para elaborar essas normas, outros tantos indivíduos para executá-las e ainda outros para dirimir os conflitos que decorrem da interpretação das normas.
6. O sistema de representação popular será tão mais democrático quanto melhor refletir os interesses dos diferentes segmentos da sociedade.
7. Isto não ocorre no Brasil. Nem no Legislativo, nem no Executivo nem no Judiciário.
8. As disparidades políticas, econômicas e sociais são a principal característica da sociedade brasileira.
9. Uma dessas disparidades é a disparidade de gênero, de grande importância, pois afeta direta ou indiretamente a todos os brasileiros.
10. As disparidades entre homens e mulheres são de toda ordem. As mulheres recebem remuneração menor por trabalho igual; as mulheres ocupam menor percentual de cargos de chefia nas empresas; as mulheres são, com muito maior frequência, vítimas de violência doméstica e de violência sexual; as mulheres chefiam a maioria das famílias uniparentais. Embora uma mulher ocupe, pela primeira, vez a Presidência da República, as mulheres estão espantosamente sub-representadas nos cargos mais elevados dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
11. 51% dos brasileiros são mulheres. Entretanto, há apenas 45 mulheres na Câmara em um conjunto de 513 Deputados, ou seja, menos de 9% do total. No Senado Federal, são nove Senadoras e 72 Senadores homens, em um total de 81. Esta situação de desigualdade vem se repetindo a cada Legislatura que é eleita desde 1988.
12. A superação das desigualdades entre homens e mulheres no Poder Legislativo é uma tarefa de grande complexidade e que demandaria, para se tornar efetiva, uma reforma da Constituição. A lei 9504/97, que obriga os Partidos políticos a apresentarem 30% de candidatas mulheres, não surtiu os efeitos esperados. Será necessário, ao ritmo atual, aguardar décadas e talvez até séculos, para atingir a paridade de gênero no Poder Legislativo e assim corrigir uma (a outra é a de riqueza) das duas principais desigualdades que caracterizam o Brasil.
13. Em 2010, na Índia, apesar de todos os desafios que sua sociedade enfrenta, foi aprovada lei que atribui às mulheres um terço das cadeiras do Parlamento.
14. Assim, não se pode dizer que o Estado brasileiro seja democrático, do ponto de vista da representação do principal grupo de sua população, que são as mulheres, no Poder Legislativo. E o mesmo ocorre no Executivo e no Judiciário.
15. Na chefia do Poder Executivo, está a Presidenta Dilma, que não veio a ser eleita por força do funcionamento do sistema partidário tradicional, mas sim por uma iniciativa política de extraordinário alcance do ex-Presidente Lula que ousou lançar sua candidatura. No Ministério, em um total de 38 Ministros, dez são Ministras, de Ministérios de relativamente pouca verba e pouco pessoal, ainda que alguns deles tenham grande poder político, como a Casa Civil, a Secretaria de Relações Institucionais e o Ministério do Planejamento.
16. Os Secretários Executivos são uma espécie de Vice-Ministros. Há 38 deles, dos quais somente sete são mulheres.
17. São 535 mil o total de funcionários dos Ministérios comandados por homens enquanto que o número de funcionários dos Ministérios chefiados por mulheres não ultrapassa 40 mil.
18. Nos Ministérios, existem cerca de 2400 cargos de alta chefia e assessoria que são ocupados por 1700 homens, 70%, e por 700 mulheres, cerca de 30%.
19. Os orçamentos, em 2012, dos Ministérios chefiados por homens somam em seu conjunto R$ 629 bilhões enquanto que os orçamentos dos Ministérios chefiados por mulheres somam R$ 11 bilhões.
20. É verdade que Maria das Graças Foster chefia a Petrobrás, empresa que é uma das maiores do mundo e que, no sentido orçamentário e de influência, vale mais do que muitos Ministérios, isolados ou em conjunto.
21. Mas, no total das 120 empresas estatais somente três são chefiadas por mulheres.
22. São 10 as agências reguladoras no Brasil, e apenas uma delas, recentemente, veio a ser chefiada por uma mulher.
23. A mesma dificuldade de reduzir a desigualdade de gênero que se encontra no Legislativo, ainda que em muito menor escala, se encontraria no Poder Executivo, onde, porém, a vontade política, a começar pela designação dos Secretários Executivos, poderia contribuir para enfrentar este desafio.
24. Uma minoria de homens (49% da população) domina, se sobrepõe, quem sabe se poderia até dizer que oprime, de forma sutil as mulheres, que são 51% da população, através da ocupação majoritária dos cargos no Legislativo e no Executivo, isto é, controlam o processo de elaboração e de execução das normas que regem toda a vida social do país.
25. O Poder Judiciário é o menos democrático dos três Poderes da República devido à forma pela qual são escolhidos os integrantes dos Tribunais Superiores.
26. No Poder Judiciário, seu órgão de cúpula, o Supremo Tribunal Federal, é integrado por onze Ministros, dos quais dois são mulheres. Nos demais tribunais superiores (Superior Tribunal de Justiça - STJ, Tribunal Superior do Trabalho – TST e Superior Tribunal Militar - STM) são, ao todo, 71 Ministros, dos quais apenas 11 são mulheres. A relação é de cinco mulheres para 26 homens no STJ; de cinco mulheres para 20 homens no TST; de uma mulher para 14 homens no STM.
27. Somente em 2000, pela primeira vez na história do Brasil, uma mulher, a Ministra Ellen Gracie, foi escolhida para integrar o STF, onde hoje há duas Ministras mulheres, as Ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber, e nove homens.
28. No final de 2012 a Presidenta Dilma terá a possibilidade de reduzir a desigualdade de gênero no Poder Judiciário, em seu órgão máximo, o STF, o que terá efeito extraordinário para a imagem da mulher na sociedade brasileira e para o reconhecimento de sua capacidade.
29. A Presidenta poderá, com a aposentadoria compulsória do Ministro Cezar Peluso, em setembro, e do Ministro Ayres Britto, em novembro, indicar duas mulheres para o STF. Poderá também inovar e tornar mais democrática a escolha dos membros do Supremo Tribunal Federal.
30. Poderá a Presidenta Dilma, se assim o quiser, solicitar a cada Tribunal de Justiça estadual uma lista tríplice de juízas e advogadas, assim como poderá consultar cada seção regional da OAB para que cada uma indique os nomes de três advogadas, com mais de vinte anos de militância jurídica ou de ensino do Direito. A partir do exame do mérito dos nomes incluídos nessas listas, e de outros nomes de mulheres de notável saber jurídico, a Presidenta poderá fazer suas indicações para as duas vagas no STF.
31. Caso isto ocorra, a Presidenta Dilma terá dado um passo decisivo para aumentar a participação da sociedade brasileira na escolha dos membros do Poder Judiciário, para tornar o Brasil mais democrático e terá reduzido o extraordinário desequilíbrio de gênero em um dos três Poderes da República.
32. A indicação de duas mulheres para o Supremo Tribunal Federal depende apenas da vontade política da Presidenta Dilma Rousseff, a primeira mulher presidenta do Brasil.
Conheça os itens de segurança das novas notas de Real 22/07/2012
27 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaAs novas notas da segunda família do Real possuem novos elementos de segurança, o que evita falsificações e fraudes. Veja neste vídeo, quais são esses elementos e como identificá-los. A partir de segunda-feira, começam a circular as novas notas de R$10 e R$20. (Vídeo: Banco Central)
Fonte: EBC
Brasil e seus atletas #BolsaAtleta Brasil
27 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaCategoria Judô - abaixo outras categorias - acesse o link
Sarah Menezes Prova: até 48 kg Bolsa-Atleta: Olímpico Data de Nascimento: 26/03/1990 Local: Teresina (PI) Twitter: Facebook: |
Erika Miranda Prova: até 52 kg Bolsa-Atleta: Olímpico Data de Nascimento: 04/06/1987 Local: Teresina (PI) Twitter: @donaerika Facebook: |
Rafaela SIlva Prova: até 57 kg Bolsa-Atleta: Nacional Data de Nascimento: 24/04/1992 Local: Rio de Janeiro (RJ) Twitter: Facebook: |
Mariana SIlva Prova: até 63 kg Bolsa-Atleta: Internacional Data de Nascimento: 22/02/1990 Local: Peruíbe (SP) Twitter: Facebook: |
Maria Portela Prova: até 70 kg Bolsa-Atleta: Nacional Data de Nascimento: 14/01/1988 Local: Júlio de Castilhos (RS) Twitter: Facebook: |
Mayra Aguiar Prova: até 78 kg Bolsa-Atleta: Olímpico Data de Nascimento: 03/06/1991 Local: Porto Alegre (RS) Twitter: Facebook: /profile.php?id=1756466033&sk=info |
Felipe Kitadai Prova: até 60 kg Bolsa-Atleta: Internacional Data de Nascimento: 28/07/1989 Local: São Paulo (SP) Twitter: Facebook: |
Tiago Camilo Prova: até 91 kg Bolsa-Atleta: Olímpico Data de Nascimento: 24/05/1982 Local: Tupã (SP) Twitter: @tiagocamilojudo Facebook: |
Luciano Correa Prova: até 100 kg Bolsa-Atleta: Olímpico Data de Nascimento: 25/11/1982 Local: Brasília (DF) Twitter: @correaluciano Facebook: /luciano.correa.773 |
Rafael Silva Prova: mais de 100 kg Bolsa-Atleta: Internacional Data de Nascimento: 11/05/1987 Local: Campo Grande (MS) Twitter: Facebook: /rafael.s.judo |
Maria Suelen Altheman Prova: mais de 78kg Data de nascimento: 12/08/1988 Local: São Paulo (SP) Twitter: Facebook: |
Leandro Guilheiro Prova: até 81 kg Data de nascimento: 07/08/1983 Local: Suzano (SP) Twitter: @lguilheiro Facebook: /leandro.guilheiro |
Bruno Mendonça Prova: até 73 kg Data de nascimento: 04/04/1985 Local: Santos (SP) Twitter: Facebook: |
Leandro Cunha Prova: até 66 kg Data de nascimento: 13/10/1980 Local: São José dos Campos (SP) Twitter: @coxinha_Judo Facebook: |
Fonte; Ministério dos Esportes
Dilma rejeita agressão à Síria, é a favor das Malvinas e do Irã
26 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaPresidenta expôs a posição brasileira durante encontro com o primeiro-ministro britânico
A presidente Dilma Rousseff disse ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, nesta quarta-feira (25), que o Brasil é contra uma intervenção militar estrangeira na Síria. A afirmação foi feita em uma reunião entre os dois chefes de governo, realizada em Londres. Dilma condenou a insistência dos ingleses e americanos em atacar militarmente a Síria. "O Brasil se preocupa que uma intervenção possa colocar a Síria em situações semelhantes às de Iraque e Afeganistão", destacou a presidenta.
Na reunião, Cameron também citou a situação do Irã e tentou obter apoio do Brasil para mais sanções contra Teerã. Uma vez mais, porém, Dilma rejeitou qualquer intervenção, alertando que o risco de um conflito regional teria um profundo impacto sobre os preços do petróleo e agravaria a crise econômica global. De acordo com Dilma, uma intervenção militar internacional na Síria ou no Irã prejudicaria os próprios esforços dos europeus para resgatar suas economias. A presidente defende o diálogo com Teerã e insiste que seu governo não apóia o uso de energia nuclear para fins que não sejam pacíficos.
A posição do Brasil, segundo Dilma, reflete a tentativa do país de seguir mediando uma negociação com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, sobre o enriquecimento de urânio, feita em parceria com a Turquia, em 2010. Ela reiterou que o diálogo é a única maneira de lidar com a situação do Irã. Segundo o ministro Antônio Patriota (Relações Exteriores), Dilma afirmou ainda a Cameron que o Brasil é solidário à Argentina na questão das Malvinas.
As Ilhas Malvinas estão ocupadas pela Inglaterra, mas a presidente Cristina Kirchner não aceita essa situação e reivindica a soberania de seu país sobre o arquipélago.
Os britânicos, sob orientação de Washington, estão pressionando o Conselho de Segurança da ONU para aprovar uma resolução que determine sanções contra o presidente sírio, Bashar al-Assad. Londres vem alardeando sua campanha de agressão e assumindo o papel que tradicionalmente é cumprido pelos EUA. Em campanha presidencial, o presidente americano, Barack Obama, tem evitado informar a verdade ao país sobre seus planos de intervenções militares, inclusive contra a Síria. No entanto, China e Rússia já disseram que não aceitam qualquer iniciativa nesse sentido e vêm minando as ações belicistas dos britânicos e dos americanos.
"A presidente disse que uma intervenção militar não vai solucionar a questão na Síria", explicou o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. "A militarização não funciona", acrescentou o chanceler brasileiro, após o encontro. O governo do Brasil também pediu um "cessar fogo urgente" e apoio ao plano de paz proposto pelo enviado especial da ONU à Síria, Kofi Annan.
Dilma chegou a Londres nesta quarta e não falou com a imprensa. A presidente veio para cidade inglesa participar da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2012 na sexta-feira, promover os Jogos de 2016 no Rio, e ter encontros políticos. Nesta sexta-feira (27) ela terá um encontro com o líder do Partido Trabalhista e da oposição, Ed Milliband.
A presidente ainda vai participar de um coquetel que a rainha Elizabeth 2ª oferecerá a chefes de Estado na sexta à tarde, antes da cerimônia de abertura dos jogos. Dilma também vai visitar o Museu de Ciências de Londres. Pelo menos seis ministros foram na comitiva da presidente, além do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS).
Fonte: Hora do Povo
Leandro Fortes: A blogofobia de José Serra
24 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaCandidato tucano amarga a quebra da hegemonia da mídia que o apóia
Escrito por: Blog do Leandro Fortes
De Nicaragua a Siria - ¡Ha muerto el periodismo, viva la psico-guerra!
20 de Julho de 2012, 21:00 - Um comentárioPor Jorge Capelán y Toni Solo
Tribuna Popular TP – AGRESIÓN IMPERIALISTA.- El periodismo se ha hecho obsoleto por la manera en que lo practican los medios de los países de la OTAN y sus aliados. Las recientes guerras, desde la Costa Marfil hasta Libia y ahora Siria, solo confirman lo que ya había quedado claro después de la cadena de guerras de los años 1990s en la ex Yugoslavia, Iraq, Somalía, Rwanda, el Congo, y muchos lugares más. Los medios informativos de los países de la OTAN a lo largo del espectro político, son, de una manera u otra, un componente vital de la planificación militar y la práctica de la guerra psicológica. Lo mismo vale para el caso de las organizaciones no-gubernamentales de asistencia al desarrollo y de los derechos humanos.
Los conflictos en Libia y Siria demuestran que la mayoría de las corrientes progresistas y radicales de la opinión política están siempre dispuestas a colaborar con las campañas de guerra psicológica de la OTAN contra los países que son blancos de agresión. En general, casi toda la opinión progresista occidental permite que la intimiden con la falsa retórica de la democracia y los derechos humanos desplegada por la maquinaria de guerra psicológica de la OTAN. La expresión más común de este hecho es que los representantes de la opinión progresista busquen una posición neutral que en la práctica facilita la agresión de la OTAN contra sus víctimas.
América Latina
Esto a su vez demuestra que es fácil satanizar sistemas políticos y movimientos aun si cuentan con un apoyo popular masivo, como pasó en los casos de la Jamahiriya libia o del partido Baaz en Siria. Tácticas similares se usan contra todos los países en América Latina que no se someten a los imperativos de los países de la OTAN. También se ataca la solidaridad entre esos países y la que reciben de terceros países, como Rusia o Irán.
Estas campañas siempre se enfocan sobre una nación diferente, dependiendo de la coyuntura específica. Aparte de la constante campaña contra Venezuela, uno puede recordar también la de la llamada “Primavera Negra” de Cuba en 2003 o la de las semanas y meses antes del golpe abortado contra el Presidente Correa en Ecuador en 2010. Ahora se ven las protestas contra Evo Morales en Bolivia y Cristina Fernández en Argentina, así como el “golpe express” contra Fernando Lugo en Paraguay.
Estas campañas de satanización siempre buscan establecer diferencias entre los países latinoamericanos rebeldes. Mientras la CNN y otros medios imperiales a veces se enfocan en el “realismo” de Lula en contraste al “imprevisible” Chávez, en otros momentos subrayan la voluntad de Correa de dialogar con, digamos, Hillary Clinton contraponiéndolo a un Daniel Ortega “sospechoso” y “taimado”. Los papeles de ángeles y demonios que las campañas asignan a los dirigentes latinoamericanos pueden variar de la noche a la mañana. No tienen ninguna conexión con la realidad de las cosas sino con las necesidades y la lógica de la guerra psicológica de los países de la OTAN y sus aliados.
Como un coro complementario a la cacofonía satanizadora de los medios corporativos, existe un mundo paralelo de debate en los llamados medios “alternativos” - un universo diverso en el que sin embargo las voces occidentales llevan un peso desproporcionado en términos de su relevancia política real. Estas voces a menudo tienen mucha influencia en los círculos progresistas occidentales. Distribuyen pequeñas estrellas de aprobación izquierdista para condecorar con legitimidad a los movimientos o procesos políticos. Se entregan estas estrellas de acuerdo a criterios como las credenciales democráticas, el tratamiento hacia diferentes minorías, la huella ecológica y las políticas económicas, entre otros.
En esta arena supuestamente alternativa de debate se complementa la guerra psicológica de los medios corporativos occidentales. En ella se refuerzan las diferencias y se agudizan las contradicciones. Igual que los medios corporativos, poca o ninguna atención se presta a la verdadera situación y las discusiones entre los sujetos y movimientos que construyen y moldean los procesos y movimientos por el cambio. El resultado final de todo esto sirve de una manera muy funcional las metas de los planificadores de la OTAN y sus aliados. Estas metas incluyen aislar y sembrar la división entre sus blancos de agresión, crear confusión entre las fuerzas que podrían organizar una resistencia eficaz y, finalmente, provocar una parálisis frente a las intervenciones.
Históricamente, el síndrome “ni...ni...”, conocido anteriormente como el “síndrome de los dos demonios”, ha dado resultados catastróficos en la lucha contra el imperialismo. Solo es un asunto de tiempo antes de que estas campañas de guerra psicológica contra la región se intensifiquen a niveles sin precedentes. Esto sucederá a medida que la voz de las democracias más radicales de América Latina, especialmente de los países del ALBA, se haga más prominente en la creación del nuevo orden mundial multipolar.
Estas campañas también se dirigen contra los logros concretos de los modelos basados en el socialismo que superan dramáticamente el modelo fracasado del capitalismo de “mercado libre”. Un artículo reciente en Le Monde Diplomatique, la prestigiosa revista mensual de las élites progresistas occidentales, sugiere que la maquinaria de guerra psicológica se está engrasando para subir a niveles más activos en relación a Nicaragua. Se trata del artículo “El por qué Nicaragua eligió a Ortega”, publicado en la edición de junio y escrito por Maurice Lemoine.
La estructura y contenido del artículo demuestran claramente cómo la estrategia de guerra psicológica de la OTAN fácilmente puede cooptar los medios supuestamente progresistas. Vale la pena analizar con un poco de detalle como funciona esta maquinaria. Los paralelos con la campaña de guerra psicológica contra Siria ofrecen poco consuelo a las personas que creen que los Estados Unidos y sus aliados tendrían dificultades para cooptar sectores importantes de la opinión progresista en América Latina como lo lograron en el Medio Oriente y el Norte de África.
Contexto
Antes de examinar la desinformación de Maurice Lemoine sobre Nicaragua, podría ser útil considerar el contexto inmediato con respecto a la agresión contra Siria por los gobiernos terroristas de la OTAN y sus aliados regionales. Tal como fue en el caso de Libia, la mayoría de la opinión progresista rechaza expresar solidaridad con el gobierno sirio. Se sugiere que existe un tipo de tercera posición distinto de la de los gobiernos genocidas de la OTAN y la del gobierno sirio.
Sobre este fenómeno, la escritora libanesa Amal Saad Ghorayeb ha escrito con mucha percepción en el medio Al-Akhbar. Como recompensa, ha experimentado toda una ola de respuestas indignadas y previsibles de personas progresistas. Los que critican a Ghorayeb creen irrefutable la tesis de que el gobierno de Siria es único en su maldad y que la rebelión en Siria tiene un apoyo popular mayoritario. Pero ninguna de estas suposiciones es acertada.
El expediente de los derechos humanos en Siria es mejor que los de Israel, Turquía, Arabia Saudita o cualquiera de las monarquías feudales del Golfo. La respuesta del gobierno sirio a la insurgencia armada ha sido obviamente más moderada que la práctica de Estados Unidos, Francia, el Reino Unido o sus aliados Israel y Turquía en los lugares donde esos gobiernos han enfrentado rebeliones armadas. Además, el gobierno sirio claramente tiene el apoyo mayoritario de la población en la mayor parte de su territorio.
Lo que es impresionante para alguien en Nicaragua son los fuertes paralelos entre el tipo de argumentos usados en el caso de Siria y los argumentos desplegados para desprestigiar y denigrar al gobierno Sandinista en Nicaragua. Más notable todavía es la completa falta de autocrítica en el uso de las palabras claves de siempre como “democracia”, “instituciones democráticas”, “derechos humanos” y “libertad de expresión”. La suposición subyacente es siempre que los norteamericanos y europeos entienden y disfrutan de la democracia, los derechos humanos y la libertad de expresión, mientras que las poblaciones de países como Siria y Nicaragua ni los conocen ni los entienden.
Esos argumentos niegan o esconden de manera deliberada el hecho de que las mayorías en ambos países apoyan a sus gobiernos. En el caso de Siria, ese apoyo popular se ha sostenido firme a pesar del despiadado asalto terrorista apoyado por la OTAN. En el caso de Nicaragua, el apoyo de la población al gobierno sandinista se sostiene haciendo frente a una campaña masiva de calumnia mediática y al hostigamiento económico, ahora con un nuevo recorte de la cooperación para el desarrollo de parte de los Estados Unidos.
Los expedientes de derechos humanos de los Estados Unidos y de Europa con respecto a los inmigrantes y las minorías étnicas son universalmente espantosos. Las historias de los muy graves abusos del Reino Unido en Irlanda o de España en Euskal Herria son notorios. El horroroso expediente doméstico de los Estados Unidos tiene pocos rivales en toda la gama de abusos, desde los presos políticos y la rutinaria desaparición administrativa de inmigrantes, hasta la brutalidad a menudo letal de la policía y el sistema penitenciario, y el uso rutinario de la tortura y otras abiertas violaciones de las normas judiciales internacionales.
Aparte de su complacencia con respecto a los expedientes de derechos humanos de sus propios países, las y los fariseos de los países de la OTAN que critican países como Siria y Nicaragua callan completamente ante la transferencia anti-democrática de riqueza, la más enorme en la historia, que ha ocurrido en los Estados Unidos y en Europa. Millones de millones de dólares y euros se han trasladado de las mayorías en aquellos países para apoyar a sus oligarquías plutócratas corporativas. Una fracción de esos montos sería suficiente para erradicar el hambre a nivel mundial. Y todavía los norteamericanos y los europeos esperan que la gente se trague el cuento del benigno “humanismo” occidental.
Las élites dominantes que controlan las economías de los países de la OTAN se aseguran de que sus poblaciones vivan en zozobra por medio de la intimidación política y económica, así como del hostigamiento mediático. Así evitan una resistencia coherente y consistente a las exigencias del podrido sistema financiero occidental. Además, la realidad de los derechos humanos y la democracia en los países de la OTAN es poco diferente de la realidad en cualquiera de los demás países del mundo. La corrupción, las élites compinches, la impunidad de los poderosos, todo esto es normal. Los medios progresistas generalmente omiten comparar y contrastar esa realidad innegable con la realidad en países como Siria y Nicaragua.
En casi todo lo que tiene que ver con las relaciones internacionales, tanto los medios corporativos como los alternativos concuerdan con la realidad falsa y virtualmente construida por los medios corporativos de la guerra psicológica. La masacre de Houla en Siria es el ejemplo más reciente y más claro. A lo largo del espectro político se distorsionan los hechos y se exageran los rumores, precisamente porque cualquier presentación justa y verdadera de los hechos dejaría al descubierto lo absurdo de los pretextos ofrecidos para justificar los ataques contra los países blancos de los gobiernos de la OTAN.
Ese es el contexto general en que Le Monde Diplomatique ha publicado la versión desleal de Maurice Lemoine de la situación actual en Nicaragua y de su historia reciente. En efecto, ese contexto revela que la función de los medios supuestamente progresistas como Le Monde Diplomatique es la de servir como cámaras de eco pos-modernas para el nefasto proyecto globalizador, neoconservador de la OTAN. Consciente o inconscientemente, esos medios siguen postulando una inexistente superioridad moral de Occidente. Al hacerlo, refuerzan el componente de agresión psicológica de la despiadada guerra contra la humanidad de los países de Norte América y Europa.
Nicaragua
El artículo de Maurice Lemoine es un ejercicio clásico en la desinformación de la izquierda neocolonial. El contenido desleal y tendencioso junto con sus omisiones injustificables siguen el formato típico de la psico-guerra otanista contra los gobiernos que son un estorbo para los intereses geoestratégicos occidentales. Para Le Monde Diplomatique esto no es nuevo. Pocos buenos conocedores de la realidad de los países que han estado en la mira de los gobiernos de la OTAN como Nicaragua podrían considerar a Le Monde Diplomatique una fuente fidedigna de información confiable sobre las relaciones internacionales.
Los argumentos en este artículo de Le Monde Diplomatique recuecen una y otra vez la desmentida propaganda de la oposición política en Nicaragua, alineada entusiasta tras las políticas imperialistas de los países de la OTAN. Lemoine y sus redactores intentan salvar las credenciales progresistas de Le Monde Diplomatique citando las palabras de los ex-revolucionarios del mal llamado Movimiento Renovador Sandinista (MRS). Pero el MRS es parte integral de la oposición nicaragüense, totalmente subordinada a la agenda regional de Canadá, Estados Unidos y la Unión Europea.
Entre las características más deshonestas de este artículo está la de citar a miembros del MRS y sus simpatizantes sin mencionar que ellos y sus organizaciones han sido financiados directamente por los gobiernos occidentales o por el sector no-gubernamental occidental que a su vez está financiado por esos mismos gobiernos. Lemoine inicia su texto con dos descaradas mentiras en una sola oración. Alega que “para mantenerse en el poder, el gobierno sandinista ha abandonado muchos de sus principios, especialmente con respecto a los derechos de la mujer.”
Sin embargo, el programa histórico el Frente Sandinista de Liberación Nacional siempre ha estado basado en el pluralismo político, el no-alineamiento internacional y la economía mixta. Así fue en los años 1980s y así ha sido desde enero de 2007, cuando el FSLN volvió al gobierno. Esos principios no han variado en más de 30 años y han sido absolutamente vindicados por la práctica del Presidente Daniel Ortega y sus colegas en los últimos seis años.
Maurice Lemoine y sus redactores sencillamente han reciclado una interpretación enemiga desde fuentes ex-Sandinistas que hace mucho tiempo abandonaron el vestigio más mínimo del anti-imperialismo, otro principio fundamental del Sandinismo. Le Monde Diplomatique cita a personas que han traicionado profundamente su propio pasado sandinista para calumniar al gobierno del FSLN como un gobierno sin principios. En seguida, el artículo multiplica esa evidente deshonestidad con la aseveración absurda de que el FSLN ha abandonado su apoyo a los derechos de la mujer.
La verdad es completamente lo contrario. La posición de las mujeres en Nicaragua ha mejorado radicalmente desde enero 2007. Ahora, Nicaragua está entre los países líderes en el mundo en cuanto al número de mujeres legisladores y en la representación de las mujeres en altos cargos del gobierno. Los programas sociales del gobierno del FSLN priorizan cientos de miles de mujeres antes excluidas económicamente y las ha llevado a una participación económica activa muy importante. En abril de 2012, el FSLN patrocinó una ley que garantiza que 50% de los candidatos y candidatas en las elecciones nacionales y locales tienen que ser mujeres.
En junio 2012 entró en vigencia otra ley promovida por el FSLN desde abril de 2012 que penaliza una amplia gama de comportamientos misóginos, tratando el femicidio como un delito distinto al homicidio y otorgando un mandato para realizar una campaña nacional contra la violencia hacia la mujer. A pesar de estas políticas y leyes sin precedentes a favor de las mujeres, el artículo de Maurice Lemoine repite de la manera más mediocre las falsedades rutinarias en su variedad socialdemócrata de la psico-guerra otanista contra el FSLN.
De igual manera, Maurice Lemoine ofrece un resumen favorable al MRS de la feroz lucha intestina por el poder dentro del FSLN después de las elecciones de 1990. Omite el despiadado cinismo con que Sergio Ramirez y sus colegas intentaron imponer sobre los sandinistas de base un golpe socialdemócrata dentro del partido. Tampoco menciona en su artículo el papel desvergonzado de la colega de Ramirez, Rosa Marina Zelaya, como presidenta del Consejo Supremo Electoral en las elecciones descaradamente fraudulentas de 1996.
Para hacer que sus lectores sean más receptivos hacia su versión de los hechos, Maurice Lemoine acompaña este tipo de omisiones con el uso de descripciones que desprestigian el FSLN. De esta manera, escribe sobre la “camarilla” de Ortega. Lemoine repite las acusaciones de la oposición contra Daniel Ortega y el FSLN sin hacer ningún esfuerzo para valorar la certeza de las mismas. Esas acusaciones quedan en el aire sin respuesta e inmediatamente el lector aprende de Lemoine que “Esta valoración de los hechos (compartida por muchos), sugiere que el FSLN ha perdido el camino.”
Ciertamente, es correcto observar que mucha gente comparte estas falsas percepciones, precisamente entre las clases intelectuales-gerenciales socialdemócratas y progresistas de los países de la OTAN, que son de hecho la audiencia natural de Le Monde Diplomatique. Al llegar a este punto nos encontramos metidos en el circuito infinito de la desinformación retroalimentada, que es el mecanismo fundamental de la guerra psicológica de los gobiernos de la OTAN: Una oposición pequeña, minoritaria, difunde falsedades venenosas contra el gobierno. Los medios de guerra psicológica de los países de la OTAN reciclan esas falsedades. Las mentiras luego son convertidas en “hechos verdaderos” y se envían de regreso a su punto de origen para ayudar ampliar el apoyo a la oposición local en el exterior.
En ese contexto estratégico, el artículo de Maurice Lemoine también sigue las tácticas convencionales de los medios de psico-guerra de la OTAN en la manera en que dispone su texto. Primero, el artículo establece un contexto en el que los lectores llegan a conocer su contenido en términos que desprestigian el calibre moral del gobierno del FSLN en Nicaragua, a la vez que critica severamente sus políticas concretas. Luego, el resto del artículo ofrece de manera casual algunas calificaciones moderadas de la imagen extremamente negativa creada anteriormente para así dar una impresión falsa de “equilibrio”.
Así, en la primera parte de su artículo, Maurice Lemoine cita sin crítica alguna a representantes de la oposición y ofrece un resumen muy crudo del enorme desafío político para el FSLN durante la segunda parte de la década de los 1990s y la primera parte de la década de los 2000. Descarta los profundos esfuerzos del FSLN para superar la extrema hostilidad y división heredadas de la guerra de los 1980s. Con mucho desdeño, Lemoine caracteriza esos esfuerzos como “un juego de reconciliación”. Elige palabras cuidadosamente seleccionadas del asesor presidencial Orlando Nuñez Soto para dar la impresión de que el liderazgo del FSLN siente en algún sentido que debe de pedir perdón por su política de alianzas en las elecciones de 2001 y 2006, algo que es totalmente falso.
Implícito, pero escondido en el texto del artículo, está el hecho de que el resultado directo de la política de alianzas del FSLN, desde 1998 hasta la presente, ha sido el categórico resquebrajamiento de la derecha política en Nicaragua, una derecha que había dominado la política del país desde 1990 hasta 2006. Ese resultado reivindicó la aguda y profunda sabiduría política de una dirigencia sandinista compuesta de diferentes corrientes y que ha sabido enterrar sus claras diferencias para mantener la unidad. Asimismo, deja como un risible pseudosilogismo la observación de Lemoine de que el FSLN perdió simpatía entre la izquierda occidental, como si esa izquierda tuviera algún voto en las elecciones nicaragüenses.
Este último punto es muy relevante en relación al tema del aborto en Nicaragua, que fue completamente penalizado en octubre de 2006, solo semanas antes de las elecciones nacionales de ese año, ganadas por Daniel Ortega. Lemoine intenta poner el tema en algún contexto pero omite notar que para la gran mayoría de mujeres en Nicaragua, el derecho al aborto no es una prioridad. Lemoine tampoco menciona que la mortalidad materna ha caído significativamente desde que el FSLN asumió el gobierno en enero 2007. Solo los adversarios más rancios del FSLN rechazan las cifras gubernamentales que señalan que la mortalidad materna ha disminuido a unos 70 por cada 100,000 nacimientos.
El artículo cita a Sergio Ramírez diciendo: “Los Sandinistas de base no abandonaron a su dirigente, aunque para seguirlo se requería coraje.” Este sinsentido auto-exculpatorio da la impresión de que un número más o menos grande de sandinistas de base simpatizaban con Ramírez y sus colegas socialdemócratas oportunistas. Jamás fue así. La enorme mayoría de los sandinistas de base siempre confiaron en Daniel Ortega porque es el único dirigente político en Nicaragua que de verdad representa los intereses de la mayoría empobrecida del país.
Otro ejemplo del despliegue cínico de acusaciones falsas revela el odio abierto y misógino de la oposición nicaragüense hacia Rosario Murillo, la esposa de Daniel Ortega. Lemoine cita a la feminista centro-derechista Sofía Montenegro. Montenegro es directora de la ONG CINCO, financiado por USAID. Hace poco, un cable de Wikileaks reveló que ella solicitó del antiguo embajador estadounidense en Managua, Robert Callahan, la cantidad de US$100,000. Esa es la fuente de Lemoine que describe a Rosario Murillo como “una oportunista supersticiosa que solo habla todo el día de Dios y la Virgen María.”
No sorprende que Montenegro odie a Rosario Murillo, porque Murillo ha sido la persona que más ha impulsado la revolución en los derechos de la mujer que ha estado teniendo lugar en Nicaragua desde enero de 2007. Esta revolución en la situación de las mujeres ha hecho del FSLN la fuerza más dinámica para el cambio revolucionario en América Central. De igual manera, su papel como contraparte al lado del Presidente Daniel Ortega en la formulación y ejecución de las políticas del gobierno es un ejemplo inspirador para las mujeres y los jóvenes en Nicaragua cuyo impacto es imposible de sobrevalorar.
El reportaje de Lemoine ignora deliberadamente esta realidad. Prefiere reciclar las mentiras de las feministas socialdemócratas que ya desde hace mucho tiempo han sido desacreditadas dentro de Nicaragua. Solo personas ignorantes de la Nicaragua contemporánea podrían tomar en serio la versión ofrecida por el artículo de Lemoine.
La naturaleza de doble cara de Le Monde Diplomatique y de escritores como Maurice Lemoine se ve claramente en los últimos párrafos de su artículo sobre Nicaragua. Lemoine nota que “Nadie menciona el socialismo”, al referirse a algunos comentarios de la población que apoya las políticas del gobierno sandinista. Acto seguido, de la esfera de la voz del pueblo salta hacia la esfera de la política macro-económica. Yuxtapone de una manera falsa e injustamente selectiva dos tipos de realidad totalmente diferentes para justificar un argumento espurio por defecto sobre la naturaleza socialista del gobierno del FSLN.
Esa maniobra oscurantista permite a Lemoine insertar un comentario banal e ignorante sobre el Alternativa Bolivariana de las Américas (ALBA) en Nicaragua, “Enormes cantidades de ayuda de la Venezuela de Hugo Chávez – “la seudo-izquierda ortodoxa, estéril, reaccionaria y autoritaria” que enfada tanto al MRS – ha impulsado los programas sociales del FSLN”. Este comentario por sí solo ofrece un resumen de la mala fe de todo el artículo.
Es risible sugerir que el MRS juega un papel importante en la vida nacional de Nicaragua. Dentro del país los únicos que toman en serio al MRS son sus aliados, dirigentes de la derecha como el banquero corrupto Eduardo Montealegre, el fallido gerontócrata Fabio Gadea y la oligárquica familia Chamorro. Para sobrevivir, aunque sea de una manera mínima, el MRS depende totalmente de su alianza con la derecha nicaragüense y de sus padrinos de los países de la OTAN.
Maurice Lemoine ayuda a difundir la distorsión de los medios de los países de la OTAN también con respecto a la cooperación para el desarrollo de parte del ALBA y el financiamiento derivados de las transacciones petroleras con PDVSA. El artículo de Le Monde Diplomatique resume esa compleja relación de cooperación y comercio con la caricatura de las “Enormes cantidades de ayuda de la Venezuela de Hugo Chávez.” Lemoine descarta la gran cantidad de información disponible sobre la relación de Nicaragua adentro del ALBA, tanto con Cuba como con Venezuela.
El artículo termina con la admisión auto-exculpatoria de Maria López Vigil, del colectivo de la Revista Envío: “La Alianza PLI-MRS no se basa en un proyecto o programa o ideología social compartidas. Su único propósito es el de impedir las tendencias dictatoriales del FSLN y de Ortega.” Aquí, López Vigil intenta poner distancia entre ella misma y sus cómplices del MRS y su pacto sucio y cínico con la extrema derecha nicaragüense. Pero se encuentra enredada de manera ineluctable en su complicidad de más de siete años de colaboración con la agenda imperialista de los Estados Unidos, Canadá y la Unión Europea.
En su ensayo “Otro Dios es posible” López Vigil escribió:
“Pienso y escribo esto desde Nicaragua, desde Centroamérica, desde sociedades del “Occidente cristiano” que en su conciencia colectiva no han superado aún los traumas de la Conquista de hace quinientos años ni el entramado jerárquico de los siglos de Colonia que siguieron. A diario lo comprobamos. Somos países que hace poco más de siglo y medio se hicieron independientes formalmente, pero que siguen albergando a millones de personas, la mayoría, que carecen de autonomía personal, que nunca la han saboreado. Somos sociedades con la institucionalidad -y también con la teatralidad- de la democracia (separación de poderes, elecciones periódicas, instituciones, cargos, delegados en los organismos internacionales, costosos procesos de modernización estatal), pero que desconocen todo o casi todo de la cultura democrática.”
Desde que escribió eso nada ha cambiado para López Vigil y sus simpatizantes del MRS. Ellas y ellos siguen hablando como si hubiera un acuerdo universal sobre lo que constituye la “cultura democrática”. Obviamente, ellas y ellos siguen pensando que saben y entienden lo que es cultura una cultura democrática, mientras que la gran mayoría de la gente en América Central no sabe y no entiende. Este intento absurdo de monopolizar la terminología de la democracia es totalmente acorde a la guerra psicológica de la OTAN en general y en particular a la propaganda anti-FSLN.
Es natural que Le Monde Diplomatique ofrezca una plataforma al periodismo que simpatiza abiertamente con las y los elitistas, así como con fraudes intelectuales como Maria López Vigil, Sofia Montenegro, Sergio Ramirez y sus colegas. Desde la guerra contra Libia, ha llegado a ser muy claro que el papel de medios seudo-progresistas como Le Monde Diplomatique ha sido el de oscurecer realidades inconvenientes y el de confundir y censurar debates genuinos. Bajo el gobierno del Presidente Daniel Ortega, Nicaragua ha hecho avances verdaderamente dramáticos en cada esfera de la vida nacional y el país ha experimentado cambios a nivel de base que han sido verdaderamente revolucionarios. Los escritores y medios que esconden esta verdad innegable se han alineado de la manera más evidente con los enemigos de la humanidad.
Tomado de ANNCOL
Fonte:Tribuna Popular
¿Dónde está el escándalo Netanyahu en el NY Times?
19 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaFoto: Reuters |
Assista também: A verdade tem uma língua?
En un informe que subrayaba los efectos del bloqueo israelí, la agencia de la ONU dijo que 27 por cientos de las muertes en Gaza fueron mujeres y niños.
Hace seis años, Israel impuso a Gaza su bloqueo por tierra y por mar. Bajo el bloqueo, las exportaciones de Gaza han disminuido a menos del 3 por ciento de los niveles de 2006.
UNOCHA dijo que "la continua prohibición al traslado de bienes desde Gaza a sus mercados tradicionales en la Margen Occidental e Israel, junto con las severas restricciones al acceso a las tierras agrícolas y a las aguas de pesca impiden el desarrollo sostenible y perpetúa los altos niveles de desempleo, inseguridad alimentaria y dependencia en la ayuda".
El bloqueo naval de Israel también ha socavado el nivel de vida de 35 000 pescadores, y los agricultores de Gaza han perdido como 75 000 toneladas de producto cada año debido a las restricciones israelíes a lo largo de la frontera terrestre de Gaza, dijo el informe de UNOCHA.
La mitad de los jóvenes de Gaza están desempleados y 44 por ciento de sus habitantes no tienen seguridad alimentaria.
Mark Regev, vocero del primer ministro israelí Benjamín Netanyahu, dijo el jueves que debido a que el partido en el poder en Gaza, Hamas, es "una organización terrorista, el bloqueo es necesario".
"Toda la carga que vaya hacia Haza debe ser revisada porque Gaza está controlada por Hamas, una organización internacionalmente reconocida como terrorista", dijo Regev a Reuters en respuesta a una petición de 50 grupos de ayuda, incluidas seis agencias de la ONU, que pidieron a Israel que eliminara el bloqueo.
Occidente aborrece al gobierno (desobediente) de Siria, aliado de Irán, y adora a Israel, no importa lo que haga a los palestinos. Los medios hacen poco por dramatizar los evidentes criterios de doble moral que se usan para medir la valía de los dos gobiernos vecinos. Irán, el tipo malo del Oeste posterior a la Guerra Fría, encontró un amigo en Siria y tan solo ese hecho ha condenado al gobierno sirio. El hecho de que Arabia Saudí ha armado y financiado a los rebeldes que penetran en Siria a nombre de la "democracia" debiera hacer que algunos absorbentes de noticias sientan escepticismo por la campaña anti Siria.
No parece importar lo que haga Israel. Por ejemplo, Aruzt Sheva, la prensa nacionalista israelí, informó que "documentos desclasificados por el FBI de una investigación entre 1985 y 2002, implican al primer ministro Binyamin Netanyahu en una iniciativa para comprar ilegalmente a Estados Unidos tecnología nuclear para el programa nuclear israelí.
"Supuestamente Netanyahu recibió ayuda de Arnon Milchan, un productor de Hollywood vinculado a primeros ministros israelíes y a presidentes norteamericanos".
En antiwar.com, Grant Smith reportó que "Netanyahu trabajó como parte de la red de contrabando nuclear". He aquí un ejemplo de lo que se encuentra en el informe:
"El 27 de junio de 2012, el FBI desclasificó parcialmente y dio a conocer siete páginas adicionales de una investigación entre 1985 y 2002 acerca de cómo una red de compañías de fachada conectadas al ministro israelí de Defensa contrabandeó ilegalmente disparadores nucleares desde EE.UU. Los recién liberados archivos del FBI detallan la manera en que Richard Kelly Smyth –quien fue condenado por dirigir una compañía de fachada de EE.UU. – se reunió con Benjamin Netanyahu en Israel durante la operación de contrabando. Por esa época, Netanyahu trabajaba en el nudo israelí de la red de contrabando, Heli Trading Company. Netanyahu, quien actualmente es el primer ministro de Israel, recientemente emitió una orden de restricción al cabecilla de la red de contrabando, aún no procesado, para que no discutiera el `Proyecto Pinto'".
El periódico en hebreo Ma'ariv continuó el informe de este incidente: "Según documentos del FBI dadas a la publicidad por Estados Unidos, en la década de 1970 el primer ministro Benjamin Netanyahu estuvo implicado en el contrabando de componentes norteamericanos del programa nuclear israelí, y fue asistido por el hombre de negocios Arnon Milchan, el cual según anteriores publicaciones era agente del Mossad.
"Los documentos describen los resultados de la investigación… realizada entre los 1985 y 2002 acerca de cómo por medio de una red de compañías de fachada una firma de seguridad de EE.UU. contrabandeó ilegalmente equipos utilizados para desarrollar armas fuera de EE.UU." (Lo último de Modoweiss para 7/7/2012.)
Vivimos en la época dorada del imperio del judaísmo, dijo el profesor Marc Ellis.
El "Gran Israel" significa la expansión judía de colonos y una negación de los palestinos y sus derechos. También significa un conflicto perpetuo en la región –y quizás la guerra. ¿Será por esto que nuestro Congreso jura amor eterno a Israel? ¿Será por esto que el cabildo israelí paga y amenaza a nuestro Congreso?
¿Cuándo las potencias occidentales se reunirán para decidir qué hacer acerca de Israel, de manera que disminuya el daño que Israel causa a los palestinos, sus vecinos y la región? Israel ha confundido al aparato político de EE.UU. Se sale con la suya imponiendo el apartheid contra los palestinos, robando sus tierras y provocando la guerra contra sus vecinos. Una palabra negativa de parte de un político norteamericano provoca una gran presión, intimidación y dinero para los candidatos opuestos –junto con acusaciones de antisemitismo.
Qué patético que un pequeño grupo de judíos derechistas aliados a partidos israelíes de derecha haya confundido a los políticos y medios norteamericanos. Un excongresista describió al cabildo israelí como el equivalente de un pit bull que muerde a un congresista en la mañana y no lo suelta durante el almuerzo y la tarde. El congresista duerme con los dientes del perro en su pierna y se despierta con él al día siguiente. No es de extrañar que los miembros del Congreso quieran antagonizar a este fiero perro.
No estoy sugiriendo que los palestinos formen un cabildo similar, sino que los medios muestren un poco de valor y reporten con justicia los hechos en Israel y Palestina. Solo tienen que reproducir las críticas del nuevo film 5 Broken Camera, en el cual un agricultor de la Margen Occidental demuestre la invasión por colonos apoyados por el ejército que arrasaron con buldóceres los olivares de su aldea para construir edificios de apartamentos. El tratamiento de los palestinos de la Margen Occidental por parte de Israel no es mejor que su comportamiento hacia los residentes de Gaza.
Fuente: Progreso Semanal via Islamiacu
"Os países sem memória são anêmicos e conformistas"
19 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda"Os países sem memória são anêmicos e conformistas"
Em entrevista à Carta Maior, o documentarista chileno Patrício Guzmán fala sobre o golpe contra Allende e a ditadura de Pinochet. E faz uma apaixonada defesa da memória: "Os países que praticam a memória são mais vívidos, mais criativos, fazem melhores negócios, melhor turismo, são mais distintos. Os países sem memória são anêmicos, não se movem, são conformistas, e caem numa espécie de cultura de sofá, gente que está sentada no sofá assistindo a televisão… E não se movem. Acredito que a memória é um conceito tão importante quanto a circulação do sangue".
Redação
São Paulo - Em entrevista à Carta Maior, o documentarista chileno Patrício Guzmán fala sobre as relações entre a direita e a esquerda no periodo do golpe contra o presidente Salvador Allende em 1973 e as medidas tomadas pelo ditador Augusto Pinochet para tentar apagar da história a memória do presidente deposto.
Durante a exibição de seu filme “Nostalgia da Luz” que fechou o evento “Memória e Transformação”, promovido pelo Instituto Vladimir Herzog e Cinemateca Brasileira, Guzmán falou sobre a importância e necessidade da memória, como instrumento politico de identidade do país e de seus indivíduos. Sua obra, segundo ele, é permeada pela tensão entre memória e esquecimento.
Conhecido por seus filmes sobre o Chile, os anos Allende e o golpe militar de Pinochet, o documentarista, também falou sobre o movimento estudantil chileno, que em suas palavras, “quer não só melhor educação, mas uma sociedade mais humana”. Guzmán ainda falou sobre a mídia e o papel vital do documentário na história de uma nação, “um país sem documentário é como uma família sem álbum de fotografias”.
Veja acima vídeo com a entrevista e, abaixo, a transcrição da fala de Guzmán.
"Eu cheguei muito tarde na política, quero dizer, que quando fui para Espanha para estudar Cinema não tinha uma posição clara. Eu queria mudança, não a mudança radical. Era, se preferir, uma pessoa neutra. Eu me conscientizei estando em Madri, porque a ditadura franquista estava vivendo seus últimos momentos e a Escola del Cine estava no meio da faculdade de Ciências Políticas, de História e Filosofia para chegar até a faculdade tinha que atravessar o campus e via os policiais em confronto com os estudantes, digamos que estávamos em meio um campo de guerra urbana, portanto, foi dentro da faculdade que comecei a entender o que estava passando na América Latina.
Nesse espaço de cultura efervescente que comecei a ter uma consciência mais forte. E quando Allende saiu, eu disse a mim mesmo “tenho que voltar imediatamente, não posso ficar aqui”. Cheguei tarde, cheguei tarde. 4 meses depois que Allende já tinha tomado o poder. Então, os postos já estavam todos ocupados e como não era militante tinha menos possibilidade. Então fui até a escola de Cinema onde tinha estudado no Chile, e disse ao diretor : “O que está passando é tão bonito, tão extraordinário, há uma efervescência tão grande, uma participação massiva enorme que temos que filmar. Imediatamente”
Tratava-se que Allende tinha que renovar o parlamento e a direita queria destituí-lo. A direita pensava que ao obter 60% dos votos e com isso podiam destituir o presidente… Então saímos às ruas e filmamos imediatamente, porque não podíamos não filmá-lo. Bom, Allende conseguiu 43, 44%, ou seja, conseguiu a mais alta votação depois de dois anos de desgastes de um governo chileno. E não puderam destituí-lo, a partir daí a direita entende que precisa dar um golpe de estado, que já não se pode tirar pela via legal um governo popular. E aí eu parei, deixei de filmar e nos reunímos.
Fizemos uma semana de reunião para estabelecer um método de trabalho. Pusemos, fizemos um esquema em cartolinas com os principais problemas, divididos em políticos, ideológicos e econômicos, que é uma análise marxista elementar, então colocamos muitas chaves com tudo o que derivava dali. Se era economia, era a nacionalização das riquezas básicas, a fábrica, a produção, a batalha da produção. Se era ideologia: as rádios, as televisões, os novos partidos da direita etc. E no outro lado, outro esquema íamos colocando o que filmávamos e comparando uma coisa com a outra. O resultado foi um filme com muitos contra-pontos, digo, a uma ação da esquerda uma resposta da direita. A um contra ataque da direito outra resposta da esquerda, o qual era um documentário ideal. Digamos… que haja um diálogo de contrários, se não há diálogo de contrários não existe linha de desenvolvimento. O filme fica monótono.
Era tal a aceleração da história que Allende produziu, e tal a quantidade de acontecimentos que passava que você acreditava que estava vivendo em um caos total.
Digamos que tínhamos que filmar dois rolos (de filme) diários, essa era minha divisão, se de repente sobrava, então teríamos 3 para o próximo dia. E se no terceiro dia havia outro dia ruim, teríamos 4 para uma boa sequência. E assim fomos equilibrando a tal ponto que quando veio o Golpe de Estado só nos sobraram dois rolos, ou seja, quando se acabou o filme, acabou-se o projeto político. Isso foi muito curioso.
O Chile dos anos 70, o Chile Allende é um dos países mais cultos politicamente que existiu na América Latina, com um desenvolvimento, um amadurecimento da esquerda insólito, com um partido comunista de quase cem anos, partido socialista igualmente velho, uma social-democracia avançada,uma esquerda radical interessante e uma leitura política entre os trabalhadores e estudantes alta.
Depois da repressão de Pinochet não ficou nada.
E os dezoito anos de completa amnésia, Pinochet quis fazer tábula-rasa, apagou a história, apagou Allende da história e transformou comunismo, demonizou o comunismo a graus grotescos. Insultou Allende de todas as maneira que quis, disse tudo o que lhe passou na cabeça contra Allende. Quase tudo falso. E deixou o país, portanto, como que em uma espécie de deserto de memória, de recordações políticas até hoje. De tal maneira que a única coisa que temos é um movimento estudantil magnífico, é a quarta geração que já não tem medo, são inteligentes, querem ir adiante, são contestadores e querem não só melhor educação, mas também querem melhor saúde, melhor moradia, melhores condições de trabalho, melhor vida, uma sociedade mais humana. Não lutam só pelos seus.
Mas só dependemos deles, digamos que não há nenhum outro grupo da sociedade que esteja em plano de luta frontal contra a amnésia, contra os torturadores que andam soltos, contra uma justiça lenta, contra uma Constituição que todavia tenha inimigos internos que é um conceito que causa divisão e ódio, contra uma constituição que fala que os mapuches (etnia indígena) são terroristas. Então, há muito coisa a fazer.
A televisão nasceu como o meio mais importante e pedagógico do século XX e foi convertido em um terrorismo áudio-visual espantoso, nossa televisão latino-americana é imoral e insuportável.
Acredito que a memória não é um conceito intelectual, não é um conceito universitário, não é um conceito acadêmico. A memória é completamente dinâmica, digamos, está dentro do nosso corpo. Os países que praticam a memória são mais vívidos, mais criativos, fazem melhores negócios, melhor turismo, são mais distintos, são melhores. Os países sem memória são anêmicos, não se movem, são conformistas, e caem numa espécie de cultura de sofá, gente que está sentada no sofá assistindo a televisão… E não se movem. Acredito que a memória é um conceito tão importante quanto a circulação do sangue.
Existe uma historiografia científica na América Latina que se pode chamar de moderna? Não. Foi a classe alta que escreveu a história a seu próprio gosto, como no Chile. Eu não acredito em nenhum herói chileno. Não acredito em nenhum deles. Tenho certeza que nos mentiram sistematicamente. Como nos mentiram sobre Allende, sobre Balmaceda, sobre tantos outros heróis que tivemos no Chile.
Tem que se começar apoiando uma nova geração de historiadores que revisem o que passou de um ponto de vista moderno… para estabelecer as bases onde nos apoiaremos e ter um plano de fundo de verdadeiros heróis para seguir adiante. Assim como a ecologia não se conhecia há 30 anos, os direitos das mulheres não eram conhecidos, ou não eram respeitados, há 70 anos… Assim como os direitos dos indígenas ou a liberdade sexual não eram reconhecidos.. Hoje em dia a memória chegou ao mundo contemporâneo para ficar. Não é passageira, já está instalada. E vai ficar até que nós mesmos a desenvolvamos. É fundamental.
O documentário é um direito do cidadão. Assim como há um dever público em prover saneamento básico, tem que haver documentários, por lei, por obrigação. É o registro de um país, é o álbum de fotos de um país.
Tradução: Caio Sarack
Fonte; Carta Maior
Aborto: entrevista com Maria Luiza Heilborn
19 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaAssista à entrevista da antropóloga Maria Luiza Heilborn no programa Canal Saúde, do Ministério da Saúde em 28/06/2012:
Fonte: AbortoenDebate