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Guatemala tem um dos maiores índices de sindicalistas assassinados, nas Américas

15 de Maio de 2013, 19:03 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Victor Báez Mosqueira, secretário geral da CSA

O secretário geral da CSA (Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas), Víctor Báez Mosqueira, redigiu uma carta sublinhando a importância da solidariedade internacional com os trabalhadores guatemaltecos, vítimas de uma onda de assassinatos fortalecida pela impunidade. Pela relevância da convocação do Dia de Ação pela Guatemala, que será realizado na próxima sexta-feira, 17 de maio, o Portal do Mundo do Trabalho reproduz abaixo a íntegra do documento.

A Guatemala é um dos países nas Américas com as mais altas taxas de assassinatos de sindicalistas em exercício da atividade sindical, assassinatos que ficam na mais absoluta impunidade. Esta situação contribui de forma especial para aproximar o país aos mais graves níveis de pobreza e iniquidade internacional.

Por este motivo, a CSI (Confederação Sindical Internacional) e a CSA (Confederação dos Trabalhadores/as das Américas ) organizaram em 2008 a I Conferência Internacional Contra a Impunidade na Guatemala e logo, em 2011, a II Conferência Internacional Contra a Impunidade. Esses eventos trouxeram à luz a violência antissindical no país, aproximaram as centrais sindicais e exigiram do governo investigações e punição pelos crimes contra os trabalhadores.

Transcorridos alguns anos desde essas duas Conferências, a sensação é de que nada mudou, ou melhor, que a situação de desrespeito aos direitos humanos e a criminalização dos protestos se agravaram. Uma das maiores preocupações dos trabalhadores são os assassinatos de líderes sindicais em exercício de sua atividade e a impunidade desses crimes. De acordo com os sindicatos locais, o país apresenta uma média de 15 assassinatos anuais.

Por isso em 2012 foi lançada a campanha “Guatemala: Trabalho Digno, Vida Digna”, que tem como objetivo fortalecer a luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho e pela liberdade sindical, apoiada pela CSA; a CSI e o Movimento Sindical e Popular Autônomo Guatemalteco que reúne a Confederação de Unidade Sindical da Guatemala (CUSG), a Confederação Central Geral de Trabalhadores da Guatemala (CGTG), a União Sindical de Trabalhadores de Guatemala (UNSITRAGUA) e o Movimento de Trabalhadores Camponeses e Camponesas de San Marcos (MTC).

Os trabalhadores/as guatemaltecos/as não terão a vida que buscam, com trabalho decente e coesão social, enquanto a vida dos/as sindicalistas não esteja garantida, não sejam respeitadas e cumpridas as Convenções da OIT, os abusos continuem impunes e não se ponha fim aos massacres. A CSI e a CSA têm acompanhado e continuarão apoiando passo a passo os acontecimentos na Guatemala, porque todos os sindicatos filiados são conscientes da importância do que ocorre no país para o mundo sindical.

Dia de Ação pela Guatemala

Para chamar a atenção frente à crescente violência, à alarmante impunidade e, portanto, à grave situação de atropelo aos direitos humanos e sindicais na Guatemala – que longe de melhorar tem piorado – a CSA convoca as suas filiadas para que nesta data se unam numa forte e contundente ação de solidariedade em apoio aos/ as companheiros/as deste país, protestando contra a falta de respostas por parte do governo.

Solicitamos a todas as filiadas para que enviem cartas de protesto às Embaixadas e Consulados em seus países, assim como promovam ações frente a estas representações para protestar pela situação de violência constante na Guatemala.

Contamos com a solidariedade de todos.

Atenciosamente,

Víctor Báez Mosqueira

Secretário geral da CSA

Fonte: CUT Nacional


Fonte: http://www.terrasemmales.com.br/guatemala-tem-um-dos-maiores-indices-de-assassinatos-de-sindicalistas/

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