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abril 3, 2011 21:00 , por Desconocido - | No one following this article yet.

Ágora destaca desindustrialização no Brasil em sua edição de dezembro

diciembre 14, 2016 10:41, por Terra Sem Males

Revista também aborda aumento da violência policial contra movimentos sociais, estudantes e sindicatos

Por Manoel Ramires

A última revista Ágora de 2016 reflete a mudança do cenário econômico e político no Brasil desde o golpe parlamentar. A crise, que se arrasta desde 2014, tem como reflexo a desindustrialização do país. Na reportagem de capa, o jornalista Pedro Carrano observa que a redução industrial revela a preferência pelo sistema financeiro no Brasil. A reportagem traz dados de como o setor desaqueceu, principalmente em Curitiba, onde o “linhão do emprego” não deu certo, assim como o abandono da CIC (região industrial).

Outra reportagem significativa da revista editada pelo Sismuc é “Polícia para quem luta”. A jornalista Waleiska Fernandes mostra como tem crescido a repressão policial principalmente contra estudantes, movimentos sociais e sindicatos que se opõe ao golpe e a políticas que retiram direitos da população. Ela mostra que 25 anos após a redemocratização, o Brasil ainda tem uma polícia que não sabe lidar com manifestações.

Ágora também aborda uma das principais lutas a serem travadas em 2017: a reforma da previdência. André Rosendo entrevista Marcelo Gonçalves, da ONG Auditoria Cidadã. Ele aponta outros caminhos que não sejam aumentar o tempo de contribuição do trabalhador. Marcelo argumenta que o país está transferindo recursos do setor produtivo para o financeiro.

Ainda no campo da reportagem, a sessão “3 cliques” publica fotos de Leandro Taques e texto de Gibran Mendes sobre o funeral do líder cubano Fidel Castro. As imagens revelam o amor do povo ao presidente que mudou a realidade da pequena ilha caribenha.

Em suas colunas, o filósofo Pedro Elói aponta 50 anos de regresso social em cinco meses de Michel Temer efetivado no poder. Já Naiara Bittencourt discute aborto em “Mulheres”. O ressurgimento da pauta ocorreu após o STF decidir que abortar até três meses de gestação não é crime.  Em “Coordenadas Sindicais”, o diretor de comunicação da CUT Paraná, Daniel Mittelbach, lança provocação sobre os desafios da comunicação sindical para 2017.

A revista ainda tem “Cartoon” da equipe CtrlS sobre Trump colocando fogo no mundo, “Curtas” abordando a  Zika, “Ponto de Vista” discutindo tática de atuação em protestos, “Nossa Cidade” retornando e mostrando a transformação de Medellin, em texto da jornalista Thea Tavares, o tradicional “Radar da Luta” e “Arte e Cultura em Movimento”.



Mirian Gonçalves encaminha solicitação de direito de resposta à coluna do Jornalista Celso Nascimento, publicada na Gazeta do Povo

diciembre 13, 2016 17:17, por Terra Sem Males

A vice-prefeita de Curitiba Mirian Gonçalves, que assinou, no exercício da Prefeitura, três decretos não publicados posteriormente pelo prefeito Gustavo Fruet, encaminhou pedido de direito de resposta ao colunista Celso Nascimento, da Gazeta do Povo, que o Terra Sem Males publica abaixo:

Em resposta à coluna do jornalista Celso Nascimento de hoje (13/12/2016), intitulada “Uma vice do barulho”, repudia-se conforme abaixo:

Preconiza a ética do jornalismo de que é dever do profissional de imprensa sempre ouvir os dois lados, buscando um equilíbrio entre as partes e, se possível, o que sabemos ser um ideal, atingir a imparcialidade.

Lamentavelmente, lições essas que passaram há anos-luz de distância do que se publica na presente coluna. Não há o outro dos fatos, apenas a evidente versão de um secretário que não cumpriu com o seu dever, impossibilitou o exercício de um mandato legítimo, quebrando hierarquia e agora, comete crime de responsabilidade ao não publicar os decretos assinados pela então prefeita em exercício Mirian Gonçalves, no período de 29 de novembro a quatro de dezembro.

Como respeitamos o direito de expressão, ignoraremos aqui os adjetivos utilizados pelo jornalista.

Vamos aos fatos:

O decreto que declara de utilidade pública para fins de habitação popular área de 210 mil m² na CIC é perfeitamente legal e não acarreta gasto público. Isso só ocorrerá no prazo máximo de cinco anos se houver a desapropriação dos terrenos. Especificamente, o decreto, ao designar tal área de utilidade pública, gera maior tranquilidade a 1300 famílias de baixa renda ameaçadas por iminente despejo e que serão levadas à própria sorte, vagando pela cidade, uma vez que todos os abrigamentos estão com sua capacidade saturada.

O segundo decreto trata justamente de ação já tomada, inclusive pelo Prefeito Gustavo Fruet, conforme decreto 747/2013 que determinou a retirada das anotações de falta ao trabalho dos servidores municipais que participaram de greve, em período muito maior, de 2007 a 2012. Já o decreto da Prefeita Mirian Gonçalves de igual teor (retirada das anotações de falta ao trabalho dos servidores municipais por motivo de greve) se concentra apenas na atual gestão, no período de 2014 e 2015. Não se trata, portanto, de abonar faltas, o que, nesse caso, geraria custos ao município.

O terceiro decreto se restringe a uma homenagem póstuma a um dos maiores advogados de trabalhadores da América Latina e que influenciou inúmeras gerações por estar à frente de seu tempo, Dr. Edésio Franco Passos, falecido em agosto deste ano. Inclusive em ofício ao Secretário de Governo reiterou-se que na impossibilidade de o munícipio custear a elaboração do busto, poderia se recorrer à sociedade civil, o que certa e rapidamente, financiaria relevante homenagem.

Por fim, quanto a “liderar” manifestação contra o Prefeito Gustavo Fruet como o jornalista expressa em sua coluna, é lamentável tal forma de encobrir com factoides o mérito dos decretos (lembra-se aqui da última terça-feira (06), quando o GOE da Guarda Municipal cercou, sem necessidade alguma, o Palácio 29 de Março, para “protegê-lo” de manifestação, que não ocorreu). Também é também infeliz o jornalista ao noticiar fato inverídico e que fere a liberdade de expressão daqueles que lutam por seus direitos.

Uma pena o jornalista não ter querido ouvir o outro lado da história.

Saiba mais: “Sou diferente de Fruet”, destaca Mirian Gonçalves
Secretário de governo quebrou hierarquia em Curitiba
“O secretário de governo está criando problemas”, define Mirian Gonçalves


 

 



#PublicaFruet: MTST, SISMUC e movimentos culturais convocam mobilização no dia 15/12 em Curitiba

diciembre 13, 2016 15:04, por Terra Sem Males

Por MTST

No próximo dia 15 de dezembro, quinta-feira, os movimentos sociais eculturais, em apoio ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto do Paraná (MTST), e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), convocam uma manifestação popular pela publicação dos decretos assinados no início do mês pela prefeita em exercício Mirian Gonçalves, que declara como áreas de utilidade pública terrenos que envolvem as ocupações Tiradentes, Nova Primavera, 29 de Março e Dona Cida na Cidade Industrial e exclui as faltas dos servidores municipais que participaram de greves no período de 2014 e 2015.

A concentração será às 9h00 na Praça 19 de Dezembro (do homem e da mulher nua) e seguirá em marcha até a Prefeitura, pelo Centro Cívico, onde será feito um abraço simbólico e um coral com crianças das ocupações da CIC.

Acesse a fanpage da campanha #PublicaFruet

 

 



“Sou diferente de Fruet”, destaca Mirian Gonçalves

diciembre 13, 2016 11:46, por Terra Sem Males

“O que eu consegui fazer na secretaria do trabalho foi incrível. Ganhamos prêmios. Inovamos em ações que foram copiadas por outras cidades. O carro elétrico, por exemplo, foi inovador”.

Por Manoel Ramires
Sismuc/Terra Sem Males

Há pouco mais de uma semana, uma polêmica se instalou na Prefeitura de Curitiba. Ela começou quando o secretário de governo Ricardo Mac Donald “decidiu” não publicar três decretos assinados pela prefeita em exercício Mirian Gonçalves. Os decretos tratavam de anistia a servidores municipais, área de utilidade pública para ocupações na CIC e uma homenagem ao advogado Edésio Passos. A insubordinação de Mac Donald revela o perfil de indecisão de Gustavo Fruet, algo que marcou sua gestão. Uma semana após, ele não publicou os decretos. Isso fez com que o sindicato e movimentos lançassem a campanha #PublicaFruet. No dia 15, um protesto em frente à Prefeitura de Curitiba deve cobrar essa indecisão do prefeito. Já para Mirian Gonçalves, isso deixa clara a diferença de estilos: “Ele não tomou uma decisão. Eu decidi fazer e fiz”.

TSM: A imprensa noticiou que a senhora assinaria três decretos. Um anistiando paralisações de servidores, outro regularizando moradias e o terceiro homenageando Edésio Passos. O que aconteceu que nada foi publicado?

Mirian Gonçalves: Eu assumi quando o prefeito Gustavo Fruet viajou ao México. Foi a última oportunidade em que eu tomei posse. Se isso tivesse ocorrido há seis meses, eu teria assinado os decretos. Eu havia combinado com o prefeito a homenagem ao Edésio Passos. A gente trocou mensagens e não foi feito desde agosto. O segundo decreto foi de retirada das faltas das fichas funcionais dos trabalhadores. Isso é muito tranquilo. Em outras duas negociações já tinha feito isso. Minha atitude não contraria em nada Fruet, pois em março de 2013, no início do governo, ele editou decreto do mesmo teor retirando faltas de 2007 a 2012. Eu fiz isso no meu mandato. E eu mudo de cargo, mas não mudo de lado. Sempre estive do lado das questões sociais, dos trabalhadores e mais vulneráveis. No terceiro decreto, há quase três anos essa pauta era adiada. São 1,3 mil famílias que podem ser despejadas. É inaceitável que isso aconteça. Eu não desapropriei terras. Apenas declarei a área de utilidade pública para habitação de fins de baixa renda. Ali não existem especuladores, mas pessoas com grandes necessidades e riscos.

TSM: A senhora, enquanto prefeita em exercício se sentiu sabotada ou tentou sabotar Fruet?

Mirian: Eu não estou subordinada ao prefeito. Fui eleita na mesma chapa, como determina a constituição. Se Fruet conseguisse se eleger sem o PT, não teria chamado para a coligação. (Na verdade), o secretário de governo (Ricardo Mac Donald) tem feito o que mais sabe: criar problemas. Ele não quis publicar os decretos. O problema do LegislaDoc poderia ser resolvido de outra forma. Pra isso existe o site da Prefeitura, os jornais de grande circulação.  De que forma eu posso ter sabotado o prefeito? Ele não tomou uma decisão. Eu decidi fazer e fiz. É final do mandato dele. Não tem como eu prejudicá-lo. Ele não foi reeleito. O problema é que o secretário quer mostrar que tem poder. É lamentável, pois a última coisa que se preocupa aqui é com a população. Se gerasse crime de responsabilidade, seria para mim. Que se publicassem esses decretos. O que houve foi quebra de hierarquia.

TSM: Esse é um motivo para que houvesse o rompimento?

Mirian: O que nós tivemos foram divergências na candidatura. Isso é legítimo.  O PT lançou candidatura própria e eu fui a primeira a avisar o prefeito, em maio de 2015.  Em novembro se confirmou. Na sequência eu entreguei meu cargo de secretária do trabalho.

TSM: A gestão ficou marcada pela indecisão? Nada ou pouco fez na questão do transporte público, não decidiu sobre o Uber, recuou quando pressionada no plano municipal de educação quando tratou de diversidade de gênero.

Mirian: É o perfil do prefeito. A população reconheceu isso. Quando ele está aqui, ele que decide. Ele fez ou deixou de fazer as suas escolhas. Eu acho que nesse sentido sou diferente. O que eu lamento é que esse final de gestão tenha deixado isso tão exposto. O ato do secretário (de não publicar os decretos) é que expôs o prefeito. Quero deixar claro: não sou política profissional e não venho de família de políticos. Exerci meu mandato defendendo minhas posições sob uma desconfiança daqui de dentro de que minhas decisões eram de ambição política. Parece que desapareceu do “ser público” que a motivação é o bem estar das pessoas.

TSM: Essa foi sua primeira experiência em um cargo público. O que te empolgou e o que te decepcionou?

Mirian: O que eu consegui fazer na secretaria do trabalho foi incrível. Ganhamos prêmios. Inovamos em ações que foram copiadas por outras cidades. O carro elétrico, por exemplo, foi inovador e é considerada a ação mais importante da Cidade Digital. Ainda incluímos na merenda escolar a destinação de 30% de agricultura familiar, que não tinha.

TSM: Que outros méritos?

Mirian: Casa da Mulher Brasileira, um programa da Dilma. Patrulha Maria da Penha. Toda gestão poderia fazer mais. Eu não tiro os méritos dessa gestão. Mas podíamos fazer mais.

TSM: A senhora ainda vai lutar pelos decretos?

Mirian: Eu solicitei reunião com o prefeito e estou aguardando ser chamada.

TSM: Pensa em concorrer a outro cargo público como o legislativo?

Mirian: Eu não penso em sair para o legislativo. Meu perfil é executivo. Sou dinâmica e gosto de fazer. Não tenho interesse em disputar cargo de deputada estadual ou federal. A minha missão foi concluída. Eu quero discutir a cidade daqui para frente. Ninguém passa por um período de quatro anos sem aprender muito ou desperdiça depois esse conhecimento. Isso independente de cargo público.

 



Fotos da homenagem dos paranaenses à Chapecoense em Curitiba

diciembre 8, 2016 22:16, por Terra Sem Males

Estádio Couto Pereira, em Curitiba foi escolhido para receber a final da Copa Sul-Americana entre Chapecoense e Atlético Nacional, da Colômbia. Infelizmente o trágico acidente aéreo vitimou quase todo o time catarinense. Mas a Conmebol, acertadamente, declarou a equipe brasileira como campeã da competição.

E no dia que era para ser a final, torcedores paranaenses se uniram e prestaram uma linda homenagem aos jogadores, dirigentes, jornalistas e tripulação que estavam no avião. Confira abaixo algumas fotos feitas pelo repórter fotográfico Joka Madruga.

Foto: Joka Madruga Foto: Joka Madruga Foto: Joka Madruga Foto: Joka Madruga Foto: Joka Madruga Foto: Joka Madruga Foto: Joka Madruga Foto: Joka Madruga Foto: Joka Madruga Foto: Joka Madruga Foto: Joka Madruga Foto: Joka Madruga Foto: Joka Madruga



Bradesco impede acesso de Sindicato a centros administrativos incorporados do HSBC

diciembre 8, 2016 16:52, por Terra Sem Males

Entidade realizou atos nos locais de trabalho durante a semana e entregou jornal da categoria do lado de fora

Por Paula Zarth Padilha
Terra Sem Males

O Sindicato dos Bancários de Curitiba e região realizou atos, nos dias 6, 7 e 8 de dezembro, em frente aos centros administrativos do Bradesco Hauer, Xaxim e Kennedy, todos oriundos do HSBC. Após o banco integrar sistemas e trabalhadores e mudar a fachada das agências, o Sindicato denuncia que não teve mais acesso aos funcionários dentro dos locais de trabalho.

As atividades foram paralisadas por uma hora nesses locais para que os dirigentes explicassem as medidas cabíveis que o Sindicato está realizando para amenizar as dificuldades que os trabalhadores estão passando na transição, como falta de treinamento adequado, que causa insatisfação de clientes e pressão sobre os bancários.

O Sindicato pediu intervenção do Ministério Público do Trabalho para retomar o acesso aos locais de trabalho.

Saiba mais:  Trabalhadores protestam contra intransigência do Bradesco
                          Sindicato realiza ato no CA Xaxim para distribuir Folha Bancária
                          Reuniões por local de trabalho foram realizadas na entrada dos centros administrativos

 

 



Presidente da CUT, Vagner Freitas quer impeachment de Temer e eleições diretas já

diciembre 8, 2016 14:19, por Terra Sem Males

“Se tivemos um impeachment sem crime, não podemos ter crime sem impeachment”

Confira pronunciamento de Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores, que tenta entregar na Câmara Federal pedido de impeachment de Michel Temer e de eleições diretas para presidência:

 

Publicado por Vagner Freitas em Quinta, 8 de dezembro de 2016



CALOTE DE NOVO. Há três meses sem pagar, dívida com IPMC já chega a R$ 90 mi em Curitiba

diciembre 8, 2016 14:07, por Terra Sem Males

Prefeito de Curitiba Gustavo Fruet faz nova dívida milionária com o IPMC

Por Manoel Ramires
Sismuc/Terra Sem Males

O prefeito Gustavo Fruet está encerrando seu mandato deixando diversas dívidas para o município. A mais nova trata do aporte financeiro que a gestão municipal tem que pagar à previdência dos servidores municipais. Em reunião ocorrida ontem (7), sindicatos e técnicos do Instituto de Previdência Municipal de Curitiba (IPMC) discutiram as finanças da entidade. Foi revelado que Fruet não paga há três meses as suas parcelas. O montante ultrapassa os R$ 90 milhões, segundo os técnicos durante a reunião. Mais uma vez, a presidente do IPMC, Meroujy Cavet, que acumula o cargo de secretária de recursos humanos, não compareceu ao debate.

Os sindicatos veem com muita preocupação o novo acumulo de dividas dessa gestão. O prefeito Gustavo Fruet, contra o interesse dos trabalhadores, já havia aprovado uma lei em que parcelava dívidas de R$ 210 milhões em sessenta vezes. Os atrasos nas parcelas haviam começado em 2014.
Para o Sismuc, essa nova divida confirma a característica de caloteira dessa gestão. Em mesa, os técnicos do IPMC não sabem como o valor devido será quitado. Eles disseram que aguardam um parecer da secretaria de finanças sobre a dívida. A secretaria é comandada por Eleonora Fruet, irmão do prefeito.
Segundo Irene Rodrigues, coordenadora geral do Sismuc, os sindicatos cobraram uma posição do conselho. Também solicitam que o prefeito Gustavo Fruet se manifeste oficialmente sobre o assunto. “Na aprovação da lei que parcelou a dívida, a gestão assumiu o compromisso de honrar com os pagamentos. Mais uma vez, ela rompe com os acordos”, cobra Irene.

Dívida do IPMC
Em agosto de 2016, os vereadores aprovaram a autorização para o Executivo quitar os débitos previdenciários em até 60 prestações (005.00069.2016). O fundo previdenciário deixou de receber R$ 212.063.449,34 – uma consequência de aportes estipulados pela lei municipal 12.821/2008, entre agosto de 2015 e abril deste ano, não terem ocorrido. A divida será corrigida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), acrescida de 6% de juros ao ano (0,5% ao mês). O impacto financeiro do parcelamento, de acordo com a mensagem, será de R$ 27,3 milhões neste ano, de R$ 51,4 milhões em 2017 e de R$ 57,8 milhões em 2018. (José Lazaro Jr/CMC).
Na época, o Sismuc protestou contra o parcelamento. “A gente sabe que a previdência permite o parcelamento. No entanto, essa dívida não foi herdada por Fruet. Ela foi construída nesta gestão, mas deixa passivo para os dois próximos prefeitos”, disse Irene Rodrigues, coordenadora geral do sindicato.

Calote recente vence dia 9
A Prefeitura de Curitiba deixou de fazer o pagamento do Descanso Semanal Remunerado, horas extras, férias e verbas transitórias de diversas categorias. O calote não foi anunciado pelo prefeito Gustavo Fruet, que estava em viagem no México. Os servidores só ficaram sabendo que não seriam pagos quando receberam o contra cheque, que foi liberado no dia 28 de novembro, no fim da tarde.
A gestão admitiu o não pagamento desses rendimentos variáveis referentes ao mês de outubro. “Tivemos dificuldades, mas vamos fazer pagamento no dia 9 (dezembro) em folha suplementar, de horas extras e DSR”, garantiu a secretária de recursos humanos Meroujy Cavet, em reunião no dia 29 de novembro.



STF no acordo do golpe

diciembre 8, 2016 9:58, por Terra Sem Males

Por Manoel Ramires
Terra Sem Males

A decisão do Supremo Tribunal Federal de manter Renan Calheiros (PMDB) na presidência do Senado, mas fora da linha sucessória, é apenas mais um passo dentro do golpe ocorrido em 2016. Pouco importa as “razões legais” que justificam a decisão. O que interessa são os fatores políticos que fizeram os togados mudarem uma iminente decisão em pouco mais de um mês. Como diria um contemporâneo Montesquieu, “é o espírito das leis, estúpido”.

Esse fantasma rondou Brasília na madrugada da decisão, no intervalo da negativa de Renan Calheiros de se afastar do cargo até a sessão que lhe deu poderes divinos para ser réu de qualquer coisa nesta galáxia sem ser punido. Realmente o crime compensa. Ocorreu um grande acordo entre judiciário e legislativo, com apoio do executivo, para que Renan tivesse liberdade de pautar a PEC do Fim do Mundo, ameaçada com a promoção de Jorge Vianna à presidência do Senado.

Decisão política

Em 3 de novembro, quando o ministro Dias Toffoli sentou em cima do processo pedido pela Rede Sustentabilidade sobre o afastamento de políticos na linha sucessória da presidência, o placar já estava seis a zero. Em tese, se concluído o julgamento, Renan Calheiros seria afastado. Na prática, o STF inovou e disse que presidente do Brasil não pode ser, mas de outros poderes, sim. É a decisão tomada ao sabor dos ventos. Pior para Eduardo Cunha.

Cunha < Renan

Ao justificar seu voto, o ministro Marco Aurélio Mello, recordou do afastamento de Eduardo Cunha (PMDB). A presidência da Câmara dos Deputados é a primeira na linha sucessória após o vice-presidente Michel Temer assumir. Só depois que vem a presidência do Senado. Marco Aurélio argumentou que se Cunha foi defenestrado, Renan também devia. Sem essa de poder presidir um poder da República. O procurador geral, Rodrigo Janot, concordou: “Pau que dá em Chico tem que dar em Francisco”. Mas Renan, no máximo, ganhou um puxão de orelha por não ter assinado o afastamento. Tá valendo tudo.

Jucá, o profeta

A decisão do STF remete automaticamente ao diálogo gravado de Romero Jucá com Sérgio Machado. Ele fez três previsões que nenhum oráculo conseguiria ser tão preciso. Disse que era preciso tirar Dilma e colocar Temer para estancar a sangria em um grande acordo nacional, com STF e tudo. Recorde:

Sérgio Machado: É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional.

Romero Jucá: Com o Supremo, com tudo.

Eis que Dilma Rousseff foi golpeada. Eis que Michel Temer tem estancado a sangria. Eis que o STF colocou mais uma vez suas pegadas no golpe.

Desobediência civil

Se a justiça não nos respeita, por que devemos respeitar a justiça? Esse contrato social está perto de romper.

Inocentes úteis

Curioso observar a esquerda golpeada pregar legalismo…

 

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Sindicatos do Paraná reorganizam lutas dos servidores para 2017

diciembre 7, 2016 20:41, por Terra Sem Males

Uma das prioridades da Plenária Estadual dos FES é a defesa da previdência

 

Por Gustavo Henrique Vidal

Fórum dos Servidores

 

Com a intensificação dos ataques aos direitos dos servidores públicos, tanto no Paraná como no Brasil, a pauta de lutas das categorias se amplia. Com perspectivas de mobilizações para este fim de ano e inicio de 2017, o Fórum das Entidades Sindicais (FES) realizou hoje (07) Plenária Estadual para avaliar as ações e preparar as lutas dos servidores estaduais.

Mobilização, Greve, atos e audiências serão construídos desde o início do ano para discutirem, primeiro, os impactos de os servidores não receberem a reposição da inflação em janeiro. Para além do calote na Data Base, num segundo momento, outras frentes serão estabelecidas. O FES vai realizar ações de combate ao assédio moral, às práticas antissindicais (intensificadas após o Massacre de 29 de Abril) e por melhores condições de trabalho, expondo a falta de estrutura física e humana dos serviços públicos, sucateados ao longo dos últimos seis anos por Beto Richa.

Depois de ter a Data Base descumprida pelo governo, servidores iniciam o próximo ano atentos às aposentadorias e pensões. Uma das prioridades do funcionalismo será a Previdência. Desde os ataques propostos por Michel Temer na reforma nacional, que aumenta o tempo de contribuição do sistema público e privado para 49 anos, por exemplo, até a arrecadação da Paranaprevidência, servidores devem acompanhar qualquer andamento dos governos para não correrem o risco de perderem ainda mais direitos.

Na pauta nacional, o FES vai intensificar o combate contra as medidas de austeridade. Entram na linha de frente da luta dos servidores as PECS 55 e 287, congelamento dos gastos por 20 anos e reforma da previdência, respectivamente. Os PLCs 30, das terceirizações, e 54, que afronta os serviços públicos, os servidores, e prevê o congelamento do salário mínimo, também serão alvo de outras ações dos servidores em todo o país.

Para o FES, a pauta de retrocessos em andamento no Congresso Nacional deve ser um dos focos iniciais das lutas de 2017. O Fórum acredita que as medidas serão aplicadas imediatamente pelos governos estaduais reduzindo, ainda mais, direitos consolidados dos servidores. A conclusão é que governadores utilizarão os mesmos mecanismos para atacar o funcionalismo e sustentar pacotes de redução de gastos nas suas gestões.

O desafio, diante deste cenário de enfrentamento, coloca os servidores como protagonistas das lutas em defesa de direitos. Os retrocessos colocados como “medidas de salvação” do Estado, precarizam os serviços à população com a redução de recursos e atingem diretamente direitos consolidados pela luta dos trabalhadores.

O momento é de conscientização da necessidade de que o Estado deve ser fortalecido, garantindo serviços públicos de qualidade, que beneficiem cada um dos usuários que dependem do sistema público. Isso é o que todos servidores sempre devem defender, isso é defender os próprios servidores.