Jornalista Joice Hasselmann é citada em depoimento da Lava Jato
22 de Julho de 2015, 21:31A jornalista Joice Hasselmann foi citada durante um depoimento desta quarta-feira, 22 de julho, da Operação Lava Jato. O depoimento era do intermediário de André Vargas, Clauir Luiz dos Santos.
Clauir, que é ex-diretor de marketing da Caixa Econômica Federal, afirma que era seu papel intermediar anúncios e contratos de publicidade entre o banco e veículos de Comunicação.
Plágio - Essa não é a primeira polêmica envolvendo a jornalista. Recentemente o Comitê de Ética do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná comprovou a prática de plágio quando mantinha seu Blog da Joice.
Por Manolo Ramires
Terra Sem Males
Greve dos petroleiros no dia 24 está aprovada em todas as unidades do Sistema Petrobrás no Paraná e Santa Catarina
22 de Julho de 2015, 16:18Movimento foi aprovado por ampla maioria nas 21 sessões das assembleias realizadas pelo Sindipetro PR/SC
Os petroleiros do Paraná e Santa Catarina fazem paralisação de 24 horas nesta sexta-feira (24). O movimento foi aprovado por ampla maioria dos votos nas 21 sessões de assembleia realizadas pelo Sindipetro entre os dias 08 e 14 de julho.
As assembleias também aprovaram a pauta política em defesa da Petrobrás construída durante a 5ª Plenária Nacional dos Petroleiros. A categoria demonstrou consciência de que a política de investimentos da empresa é a base de sustentação para que não ocorra um retrocesso nos avanços sociais do país, bem como nas melhorias salariais e de benefícios conquistadas na luta pelos petroleiros nos últimos anos.
A Campanha Reivindicatória deste ano prioriza a luta pelo cancelamento do plano de desinvestimentos e venda de ativos, a recomposição do efetivo de trabalhadores próprios e a retomada das obras suspensas, como o Comperj, a Fafen-MS e parte da Refinaria Abreu e Lima (PE).
Davi Macedo
SindiPetro PR/SC
Curitiba: Novo secretário de saúde vai herdar dívida histórica com trabalhadores
22 de Julho de 2015, 15:16Lista de pendências deixada por Adriano Massuda é longa e antiga.

Foto: Manolo Ramires.
Desde segunda-feira (20), já consta no Diário Oficial da União a nomeação de Adriano Massuda para o cargo de Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde. De imediato, ele permanece como secretário municipal de saúde de Curitiba, mas já agendou reunião com o prefeito Gustavo Fruet na sexta-feira (24) para anunciar a saída.
Massuda deixa a pasta com uma grande lista de pendências com os trabalhadores da Saúde. A expectativa do Sismuc, portanto, é que a administração municipal dê condições para que o próximo gestor dê conta do recado. Depois de conquistar as 30 horas em um movimento histórico, a equipe do SUS curitibano viu pouco senão nenhum avanço desde que a gestão atual assumiu a Prefeitura.
Por Phil Batiuk
Sismuc
Fotógrafos militantes apresentarão a exposição “Luta pela Terra” durante 14ª Jornada de Agroecologia
22 de Julho de 2015, 14:28Dentro da programação da 14a Jornada de Agroecologia, acontece a exposição fotográfica “Luta pela Terra”, dos fotógrafos Douglas Mansur, Joka Madruga, Leandro Taques, Pablo Vergara e Paulo Porto. São 100 imagens que retratam a luta agrária no Paraná e Brasil.
Com uma proposta de documentação militante, que faça o contra ponto com a grande mídia, que historicamente criminaliza os movimentos sociais, em especial o MST, a exposição mostra a luta pela terra em vários momentos e espaços. São marchas, ocupações, acampamentos, espaços de formação, produção e congressos.
Segundo Joka Madruga, fotógrafo do Site Terra Sem Males, “graças a fotografia militante, podemos combater a desinformação que a mídia burguesa tenta nos fazer engolir”.
Jornada de Agroecologia começou nesta quarta-feira, 22 de julho. Confira as imagens.
22 de Julho de 2015, 13:51Teve início na manhã desta quarta-feira, 22 de julho, em Irati (PR), a 14ª Jornada de Agroecologia. Confira as imagens da mística de abertura, registradas por Leandro Taques.
Saiba mais sobre a 14ª Jornada de Agroecologia:
Terra Sem Males
Sindicatos entram com ação no STF contra lei que altera a ParanáPrevidência
22 de Julho de 2015, 13:14Para Sindicatos, nova lei da ParanaPrevidência é ilegal
A Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) e o Fórum das Entidades Sindicais (FES) entraram, nesta terça-feira (21), com uma ação de inconstitucionalidade sobre a Lei Estadual 18.469/2015. Conhecida também como a lei que alterou o regime previdenciário no Estado do Paraná.
Sob tiros e bombas, os(as) trabalhadores(as) em educação protestaram até o último momento da votação. Mesmo assim, o projeto foi aprovado em caráter de urgência pela base de apoio do governador paranaense em uma sessão legislativa que entrou para a história do Paraná como a mais sangrenta.
APP Sindicato
Crônica: A Curitiba que queremos
21 de Julho de 2015, 16:46Dois assuntos se instalaram diante dos meus olhos nesta semana e se cruzaram no trajeto do transporte coletivo, que eu não utilizava há algum tempo. Vou falar de humanos e de cachorros, então se você for um defensor de animais fervoroso, no sentido de tratá-los como filhos, não me julgue.
Mas me deparei ontem com um belo dum vira-lata (bonito cor caramelo e viçoso de verdade) muito bem instalado no terminal de ônibus Centenário. Achei bem legal, ele dormia numa espécie de beliche, já que sua cama estava separada do chão por um tapume de madeira. Logo acima um colchãozinho, uma coberta, e o cachorro louco de faceiro.
Achei fofo, de verdade. Não tenho cachorros em casa, mas gosto dos bichos, que sejam bem tratados. Pois esse do terminal de ônibus recebe regalias dos passageiros. Nos 10 minutos de espera do ônibus presenciei uma senhora tirar de sua sacola duas vinas recém compradas e deu na boca do cachorro. Em seguida, uma garota brincava com o bichinho como se fosse seu de estimação. Afagou, fez ele pular, quase que vi um abraço. E pensei que nem pulgas ele aparentava ter.
Busquei em sites oficiais se essa caminha estilosa era ação de algum órgão, como a prefeitura, por exemplo, ou se seria mera solidariedade de passageiros ou funcionários do transporte coletivo. Obtive poucas referências ligadas a cães de terminais, como uma parceria entre a UFPR e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, mas especificamente para cuidados de boa saúde, nada oficial sobre as caminhas.
Mas a verdade, independente de onde surgiu a ideia, é que esses cãezinhos estão com seu direito de permanecer onde querem (no terminal) garantidos. Ali eles têm teto, carinho, comida e abrigo da chuva.
Pois no dia seguinte constatei uma situação oposta.
Em Curitiba era constante a presença de andarilhos, moradores de rua e quem mais se sentisse à vontade para tanto, embaixo do Viaduto do Capanema. Aquele viaduto colorido próximo à rodoviária, que tinha um restaurante popular, da prefeitura, há alguns anos. E quando vi imensas floreiras no local, que inviabilizam a presença dessas pessoas por lá, fiquei um pouco chocada.
Eu não acho legal pessoas viverem assim, entendo o discurso da preocupação com a segurança. Mas logo adiante, em marquises de comércios próximos da rodoviária, ali estavam os moradores de rua deitados, instalados, dormindo.
Não quero aqui fazer juízo de valor. Mas uma notícia da Prefeitura de Curitiba, de janeiro desse ano, sobre a implantação das floreiras, divulgava isso:
Após a transferência de famílias indígenas que estavam abrigadas sob o viaduto, a Prefeitura colocou as floreiras para ocupar o espaço (que gera perigo, como de atropelamento para quem fica no local) e também serviu para humanizar o espaço, evitando a permanência de usuários de droga e pessoas em situação de rua no local.
A humanização do espaço tirando “usuários de droga e pessoas em situação de rua no local” e inserindo floreiras. Imensas floreiras.
Não sei o que vocês pensam, mas para mim, o único espaço humanizado nestas duas situações é o destinado aos cães.
Por Paula Zarth Padilha
Terra Sem Males
Servidores federais em greve cobram reajuste salarial
21 de Julho de 2015, 15:27De acordo com os trabalhadores, salário está congelado desde 2006.
Os servidores federais em greve fizeram caminhada pelas ruas de Curitiba nesta terça-feira, 21 de julho. Eles cobram reajuste salarial que está congelado desde 2006. No último dia 20 de julho, o Governo Federal propôs reajustar os benefícios dos servidores do Executivo, mas não apresentou nova proposta de reajuste dos salários. As reuniões com os servidores ocorrem desde março.
Os servidores ligados ao Fórum Nacional dos Servidores Públicos Federais cobram a sanção do Projeto de Lei Complementar (PLC) 28/2015. Este projeto trata do Plano de Carreiras dos Servidores do Poder Judiciário da União. Ele aborda as diferenças salariais dos servidores e a reposição da inflação. Também pedem reajuste salarial de 27,3%. Por outro lado, o governo oferece um reajuste de 21,3% parcelado em quatro anos, e entende que as perdas já foram compensadas desde 2003.
Na reunião realizada entre o secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Sérgio Mendonça, e as 23 entidades, o governo propôs reajustar o auxílio-alimentação e auxílio-saúde em 22,8%. Com isso, os trabalhadores passam a receber para a alimentação, que segue o mesmo valor – R$ 458. . Também foi proposto o reajuste do auxílio-creche em 317,3%, já que o valor não é reajustado desde 1995.
No entanto, na passeata, os valores parecem desagradar os grevistas. Eles afirmam que querem “condições dignas de trabalho e melhores salários”. Querem também “a realização de concurso público para que os atendimentos possam ser feitos com mais agilidade”.
Greve
Além da passeata que ocorreu nesta tarde feita pelos servidores federais do Poder Judiciário, também marcharam pela manhã cerca de 400 pessoas organizadas pelo Sinditest. Dos oito sindicatos que compuseram o ato, quatro estão em greve, incluindo o Sinditest-PR. O último ato unificado das categorias havia acontecido em 2012.
Por Manolo Ramires
Terra Sem Males
Planejamento: Sindijor debate e busca novas formas de organização
21 de Julho de 2015, 12:26O primeiro planejamento da Gestão Luta Jornalista a frente do Sindicato de Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR), realizado nos dias 4 e 5 de julho, no Assentamento Contestado, na Lapa (PR), colocou em evidência os problemas organizativos vividos no sindicato e no sindicalismo brasileiro de modo geral.
Grande parte do impedimento a uma melhor organização sindical dos trabalhadores vem do modelo sindical corporativista, estruturado no período do governo de Getúlio Vargas, na década de 1930.
Diretoria do SindijorPR
Morte na estrada
20 de Julho de 2015, 17:51Nos últimos dias a família do músico Cristiano Araújo entrou com um processo por danos morais contra o jornalista Zeca Camargo. Isso após a análise do jornalista sobre a comoção do público e da mídia em relação à morte do cantor sertanejo.
É verdade que a estrada da vida é um mistério e que nunca iremos saber quem de nós irá morrer primeiro. E a questão aqui não é necessariamente o músico.
Quando o acidente de carro levou o jovem Cristiano Araújo, logo me lembrei de Chico Science, que foi vítima da mesma tragédia.
E a morte traz nostalgia.
Veja como são as coisas, no último dia 17 de julho o poeta e músico curitibano Francisco Soares Neto morreu durante uma apresentação no TUC (Teatro Universitário de Curitiba). Ao empunhar seu violão, ele sofreu um mal súbito. Foi assim também que perdemos Mark Sandman, líder do Morphine, durante um show na Itália, em 1999. Ambos morreram em atividade, literalmente.
São similaridades mórbidas que fazem o atual nos levar ao passado.
Por isso a estrada da morte que Cristiano Araújo acabou de entrar me levou a andar “por entre os becos, andando em coletivos”, no sentido anti-horário; até chegar ao fatídico dia 2 de fevereiro de 1997.
Nesta data, aos 30 anos, Chico Science morreu.
Não cabe aqui comparar artistas. A semelhança, neste caso, está na morte. Assim como a do Gonzaguinha, que também morreu de acidente de carro em Pato Branco, no Paraná; e tantos outros músicos que se foram da mesma forma.
O motivo que eu trouxe Chico Science de volta está ligado ao legado. De fato, cada um tem seu herói, suas referências e suas preferências. E não existe regra para se admirar alguém. O que posso dizer é que a morte de um me levou ao resgate do outro. Nessa última semana “Da Lama ao Caos” e “Afrociberdelia” não saíram da minha vitrola!
E ao ouvir os álbuns, uma dúvida cruzou meu caminho; essa em relação à nova geração: será que os álbuns do músico sertanejo serão relevantes no futuro?
O fato é que a repercussão da grande mídia precisa ser justificada de alguma forma; espero que no futuro em forma de arte. Caso contrário, o retrato de tudo que vimos relativo ao mega velório transmitido em rede nacional não se sustentará.
E volto à questão artística.
Na música existe a cena. E criar a tal da cena é uma revolução. É complexo e raro. O mais difícil ainda é fazer com que um nicho de amigos consiga extrapolar o limite do underground e ganhar vida própria.
Nesse sentido, seria Chico Science o último grande revolucionário da musica brasileira?
Quando se pensa em mudança no cenário do entretenimento, nada se compara ao que o Mangue Beat fez na década de 1990. O movimento encabeçado por Chico Science e Nação Zumbi e Mundo Livro S/A, mudou o foco dos holofotes, antes voltados preferencialmente para Brasília e região sudeste e sul.
O Mangue Beat colocou o nordeste no mapa mundial. Deu ao maracatu uma popularidade jamais vista anteriormente. Culpa do Chico.
Foi aquele lance: da periferia para o mundo.
Portanto, foi em Recife o último grito heroico do que se pode chamar de revolução musical no Brasil. A mistura matadora de maracatu, rap, rock e outros ritmos regionais, deu a Chico Science e Nação Zumbi, Mundo Livre S/A, Jorge Cabeleira e o Dia em que Seremos Todos Inúteis, Devotos do Ódio, Sheik Tosado e muitos outros, cada um com a sua peculiaridade, o título de revolucionários.
Dizem que o Mangue Beat foi como o Grunge de Seattle (EUA): diversas bandas com sonoridades diferentes se ajudando; uma cena totalmente independente e que ganhou relevância dentro de um cenário pouco provável.
“Modernizar o passado
É uma evolução musical
Cadê as notas que estavam aqui?
Não preciso delas!
Basta deixar tudo soando bem aos ouvidos
O medo dá origem ao mal
O homem coletivo sente a necessidade de lutar
O orgulho, a arrogância, a glória
Enche a imaginação de domínio
São demônios os que destroem o poder
Bravio da humanidade
Viva Zapata!
Viva Sandino!
Viva Zumbi
Antônio conselheiro!
Todos os panteras negras
Lampião sua imagem e semelhança
Eu tenho certeza eles também cantaram um dia” – Monólogo ao Pé do Ouvido (Chico Science).
E de uma reunião entre amigos, foi criado um release de divulgação de uma festa dos mangueboys e das manguegirls; esse que virou o manifesto escrito em 1992 por Fred Zero Quatro – líder do Mundo Livre S/A.
A referência é esta… um nicho que extrapolou barreiras. Levou cultura. Levou ideias. E elas permanecem até hoje. Nação Zumbi e Mundo Livre S/A continuam relevantes. O festival Abril ProRock segue… assim como outras bandas do movimento.
Minha dúvida hoje é se os novos artistas deixarão algum legado revolucionário ou se a comoção é pra celebrar a perda de tudo em relação ao nada; o vice versa também é verdadeiro.
Eis a questão: o que a música atual, inserida nessa indústria de massa e virtual, deixará de relevante para uma futura geração?
Segue manifesto de 1992:
“Caranguejos com cérebro”
Mangue, o conceito.
Estuário. Parte terminal de rio ou lagoa. Porção de rio com água salobra. Em suas margens se encontram os manguezais, comunidades de plantas tropicais ou subtropicais inundadas pelos movimentos das marés. Pela troca de matéria orgânica entre a água doce e a água salgada, os mangues estão entre os ecossistemas mais produtivos do mundo.
Estima-se que duas mil espécies de microorganismos e animais vertebrados e invertebrados estejam associados à vegetação do mangue. Os estuários fornecem áreas de desova e criação para dois terços da produção anual de pescados do mundo inteiro. Pelo menos oitenta espécies comercialmente importantes dependem do alagadiço costeiro.
Não é por acaso que os mangues são considerados um elo básico da cadeia alimentar marinha. Apesar das muriçocas, mosquitos e mutucas, inimigos das donas-de-casa, para os cientistas são tidos como símbolos de fertilidade, diversidade e riqueza.
Manguetown, a cidade
A planície costeira onde a cidade do Recife foi fundada é cortada por seis rios. Após a expulsão dos holandeses, no século XVII, a (ex)cidade *maurícia* passou desordenadamente às custas do aterramento indiscriminado e da destruição de seus manguezais.
Em contrapartida, o desvairio irresistível de uma cínica noção de *progresso*, que elevou a cidade ao posto de *metrópole* do Nordeste, não tardou a revelar sua fragilidade.
Bastaram pequenas mudanças nos ventos da história, para que os primeiros sinais de esclerose econômica se manifestassem, no início dos anos setenta. Nos últimos trinta anos, a síndrome da estagnação, aliada a permanência do mito da *metrópole* só tem levado ao agravamento acelerado do quadro de miséria e caos urbano.
Mangue, a cena
Emergência! Um choque rápido ou o Recife morre de infarto! Não é preciso ser médico para saber que a maneira mais simples de parar o coração de um sujeito é obstruindo as suas veias. O modo mais rápido, também, de infartar e esvaziar a alma de uma cidade como o Recife é matar os seus rios e aterrar os seus estuários. O que fazer para não afundar na depressão crônica que paralisa os cidadãos? Como devolver o ânimo, deslobotomizar e recarregar as baterias da cidade? Simples! Basta injetar um pouco de energia na lama e estimular o que ainda resta de fertilidade nas veias do Recife.
Em meados de 91, começou a ser gerado e articulado em vários pontos da cidade um núcleo de pesquisa e produção de ideias pop. O objetivo era engendrar um *circuito energético*, capaz de conectar as boas vibrações dos mangues com a rede mundial de circulação de conceitos pop. Imagem símbolo: uma antena parabólica enfiada na lama.
Hoje, Os mangueboys e manguegirls são indivíduos interessados em hip-hop, colapso da modernidade, Caos, ataques de predadores marítimos (principalmente tubarões), moda, Jackson do Pandeiro, Josué de Castro, rádio, sexo não-virtual, sabotagem, música de rua, conflitos étnicos, midiotia, Malcom Maclaren, Os Simpsons e todos os avanços da química aplicados no terreno da alteração e expansão da consciência.
Bastaram poucos anos para os produtos da fábrica mangue invadirem o Recife e começarem a se espalhar pelos quatro cantos do mundo. A descarga inicial de energia gerou uma cena musical com mais de cem bandas. No rastro dela, surgiram programas de rádio, desfiles de moda, vídeo clipes, filmes e muito mais. Pouco a pouco, as artérias vão sendo desbloqueadas e o sangue volta a circular pelas veias da Manguetown.
Por Regis Luís Cardoso
LP Crônicas Musicais