Início das obras da UHE Baixo Iguaçu é marcado por conflito regional no Paraná
30 de Julho de 2013, 16:58 - sem comentários aindaO belo Rio Iguaçu será represado pela sétima vez. Foto: Joka Madruga / Terra Livre Press
Situada na região da Fronteira do Estado do PR no Rio Iguaçu, abrangendo os municípios de Capanema, Capitão Leônidas Marques, Planalto, Realeza e Nova Prata do Iguaçu a Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu de concessão da multinacional Neoenergia, tem seu inicio marcado por forte tensão e conflito regional.
As obras já iniciaram nas margens do Rio Iguaçu. Foto: Joka Madruga / Terra Livre Press
Licenciada pelo IAP (Instituto Ambiental do Paraná) e aprovada por unanimidade na Assembleia Legislativa do Estado, sob argumento de ser uma obra de interesse social e de desenvolvimento no contexto regional onde esta sendo instalada, o cenário é outro. Mais de 350 famílias vivem momentos de angustia e incerteza, pois podem perder suas terras a qualquer momento e não existe um acordo sobre relocação ou indenização.
Alguns atingidos relataram que a produção de milho tem sido colhida antes do tempo, para não perderem o investimento já feito. Abriram cercas e mandaram prender o gado. E alguns colonos têm reclamado de terem recebido ordem para sair de suas casas em 24 horas.
Tudo que João Pereira dos Santos queria era ficar perto dos amigos. Foto: Joka Madruga / Terra Livre Press
Uma das terras mais produtivas do estado produz arroz, feijão, soja, milho, gado, e a empresa alega que é uma terra de lajes. “Nós temos estradas boas, cascalhadas e disseram que não temos como se locomover. Como eles trouxeram os maquinários? De helicópteros é que não foi”, afirma João Pereira dos Santos, morador há 12 anos em Capanema e que lamenta por ter que deixar os amigos.
Indenizações
Sr. Milton: depois de 50 anos, será expulso de sua terra. Foto: Joka Madruga / Terra Livre Press
Segundo os agricultores, os preços indenizatórios chegam ser menos da metade do valor real. Tem sido ofertado 66 mil reais para propriedades que valem mais de 120 mil reais. “Não somos contra a barragem, mas queremos justiça nas indenizações, queremos que a justiça faça algo por nós. A oferta deles nos humilha, é muito baixa”, diz Milton Sadi Dallago, morador há mais de 50 anos na beira do rio, em Capanema.
A barragem
A Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu terá capacidade para gerar mais de 350 megawatts (MW) e poderá abastecer aproximadamente 1 milhão de consumidores. Serão três turbinas. A altura será de 22 metros e 410 metros de extensão. A área do reservatório está previsto para 31 km quadrados, atingindo mais de 350 famílias de agricultores. É a sétima barragem a ser construída no Rio Iguaçu.
60 anos do assalto ao Quartel Moncada, em Cuba
26 de Julho de 2013, 8:56 - sem comentários aindaPor Mauro Iasi.
No dia 26 de julho de 1953 acontecia o Assalto ao Quartel Moncada que dava início à Revolução Cubana. Muito já se falou desta incrível experiência e muitas são as preocupações que cercam o atual momento e as perspectivas desta Ilha revolucionária. Hoje quero tratá-la de uma maneira diferente.
Evidente que todos nós preocupamos com a situação atual e sabemos que as experiências históricas, por mais valorosas que sejam, não dependem apenas da disposição moral e da decisão política de resistir. Mas falemos um pouco disso, da disposição de seguir em frente, da arte de resistir.
Clique aqui para ler o artigo na íntegra.
TLC amplia fome, miséria e dependência da Guatemala com os EUA
22 de Julho de 2013, 19:00 - sem comentários aindaAo completar sete anos de vigência, Tratado de Livre Comércio devasta social e economicamente o país centro-americano
Leonardo Wexell Severo - ComunicaSul, Guatemala
O Tratado de Livre Comércio (TLC) firmado entre os Estados Unidos e a Guatemala completou sete anos de vigência no dia 1º de julho, estampando as chagas da desnutrição, da miséria e da dependência da nação maia. Ao se ver estimulado a exportar produtos primários com baixo ou nenhum valor agregado – como açúcar, artigos de vestuário, café, pedras e metais, banana e bebidas – o país também acumula sucessivos e crescentes déficits em sua balança comercial com o decadente Império.
O rombo nos ingressos vem sendo tapado com a remessa de cerca de US$ 4,5 bilhões – cerca de 10% do PIB – feita pelos mais de um milhão e seiscentos mil guatemaltecos que sobrevivem em empregos precários nas plantações da Califórnia, nos subúrbios de Nova Iorque e de grandes cidades estadunidenses.
Com a economia em crise, o governo Obama tem apertado o torniquete migratório e os guatemaltecos deportados nos seis primeiros meses do ano já beiram os 25 mil, superando em 23% o mesmo período de 2012. A Direção Geral de Migração da Guatemala (DGN) avalia que com o debate da “reforma migratória” pelo Congresso dos EUA, estes números serão alavancados nos próximos meses – particularmente entre os setores com maior grau de vulnerabilidade, como mulheres e crianças – e ultrapassarão os 40 mil deportados do ano passado.
Como pudemos ver nos sete dias que percorremos mais de dois mil quilômetros em encontros com trabalhadores das “maquiladoras”, das fazendas de banana e café das multinacionais norte-americanas – com o seu desprezo pelos mais elementares direitos e a arrogância de seus guardas armados de escopeta – a hostilidade ianque é retribuída pelo governo do presidente Otto Pérez Molina com extrema benevolência. Tudo em nome dos interesses ianques e da oligarquia vende-pátria.
No último ano, a somatória de todos os produtos exportados para os Estados Unidos saltou de US$ 2,781 bilhões para US$ 4,977 bilhões. Somente no primeiro quadrimestre de 2013, alcançou US$ 1,327 bilhão, 41,7% do total exportado pelo país.
Realidade dos guatemaltecos abandonados à própria sorte. Foto: Joka Madruga/ComunicaSul/Terra Livre Press
Mas todos os festejos do governo servil, reverberando a alegria dos EUA, de suas transnacionais e meios de comunicação, não conseguem ofuscar a realidade: a de que a balança comercial com o país do Norte segue altamente deficitária. Prova disso é que as importações do “parceiro privilegiado” tiveram um crescimento ainda maior em termos absolutos, pulando de US$ 4,114 bilhões para US$ 6,458 bilhões. O aumento de 57% tem significado um incremento da dependência, o que faz com que qualquer mínima sacudidela nos EUA provoque graves crises na economia satélite.
A coordenadora de Acesso de Mercados da Comissão de Vestuário e Têxteis (Vestex) da Guatemala, Karin de León, apontou que o mercado estadunidense representa 80% das exportações do setor, mantendo-se no patamar dos US$ 1,1 bilhão no último período. Para tornar esta “inserção” possível, abundam no país as “maquiladoras”, empresas que concentram grande contingente de mão de obra em galpões onde os operários sequer podem conversar – quem dirá se associar – recebendo em troca do seu ritmo frenético, que multiplica lesões e mutilações, os menores salários do país.
Mesmo diante de números tão devastadores e esclarecedores, o ministro da Economia guatemalteco Sérgio de la Torre tece loas ao TLC por dar “segurança empresarial de longo prazo” ao capital estadunidense. E o Ministério da Defesa determina a compra de mais armas. Para combater o inimigo interno.
DESNUTRIÇÃO CRÔNICA E AGUDA
Mulher com criança pede esmola na Cidade de Guatemala. Foto: Joka Madruga/ComunicaSul/Terra Livre Press
Grande produtora de alimentos, a Guatemala ocupa atualmente o sexto lugar mundial em desnutrição crônica e aguda – o único país das Américas no grupo liderado por cinco países africanos – enfermidade que alcança mais de 60% da população, com as comunidades indígenas sendo as principais afetadas.
A anemia materna faz com que o país registre graves doenças congênitas, como hidrocefalia e anencefalia, em percentuais alarmantes que ultrapassam o dobro da média mundial.
Contribuindo para esse calvário, o aumento dos preços dos alimentos e da energia nos últimos anos têm deteriorado o mercado de trabalho guatemalteco, alerta a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal). Com o custo de vida nas alturas, 7,5 milhões de pessoas vivem na pobreza, das quais 2,2 milhões na pobreza extrema, catástrofe que afeta toda a área rural.
Dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) apontam que a alarmante desnutrição que atinge as crianças guatemaltecas gera enorme impacto – atual e futuro – para o progresso do país. A Unicef destaca que esta é uma forma cruel de condenar uma nação ao subdesenvolvimento permanente, pois seus filhos padecerão ao longo da vida em “condições frágeis e delicadas de saúde”, com o nível intelectual limitado ou atrofiado pela deficiente ingestão de nutrientes nos três primeiros anos de vida.
FASCISMO ARMADO POR EUA E ISRAEL
Conforme dados do próprio Banco de Guatemala (Banguat), foi o setor agrícola – marcado pelos sangrentos enfrentamentos, desocupações e desalojamentos forçados em prol do latifúndio e das transnacionais – o que mais “avanços econômicos” obteve.
Na base da repressão e da militarização – com o apoio dos EUA e de Israel – foram “duplicadas as exportações” para a terra do Tio Sam, uma vez que as relações bilaterais ficaram ainda mais carnais desde a vigência do Tratado de Livre Comércio.
“No sul guatemalteco, as grandes extensões de terra necessárias à produção de açúcar para exportação requerem água abundante, que está sendo garantida com o desvio de rios e crescente contaminação, comprometendo a sobrevivência de muitas comunidades”, denuncia o líder indígena Kim Sanik, secretário do Conselho dos Povos do Ocidente, articulação que congrega o povo maia.
A derrubada indiscriminada dos bosques – 90% dos cortes são feitos sem qualquer controle pelas autoridades – informa a Coordenação Nacional para a Redução dos Desastres (Conred), também tem afetado gravemente o ecossistema, com o comprometimento dos taludes e da absorção da água se refletindo no aumento dos desastres naturais ocorridos com frequência no interior do país.
Kim também alerta para a “criminosa devastação” proporcionada pela lei de mineração, “que presenteia as transnacionais com minas de ouro e prata, além de jazidas petrolíferas”. Em favor de indústrias mineradoras e extrativistas estrangeiras, denuncia, milhares de indígenas vão sendo obrigados a deixar as terras mais férteis, “jogados entre a pobreza e a extrema pobreza”, com o país perdendo por completo qualquer perspectiva de soberania alimentar.
Frente à crescente revolta diante da denúncia que as mineradoras estrangeiras vinham pagando somente 1% de impostos, lembra Otto Rottmann, diretor da televisão comunitária Vea Canal, um dos principais meios de comunicação da oposição, ”o atual presidente Pérez Molina teve de prometer durante a campanha eleitoral elevar a cobrança para 40%, mas não cumpriu”.
“Houve uma transação completamente obscura na transição do mando de governo em que as mineradoras de ouro e prata anunciaram que aumentariam unilateralmente em 4% o pagamento de impostos, mas de forma voluntária e sempre que o preço destes metais preciosos não sofresse oscilações. E assim ficou”, frisou Rottmann.
Enquanto abunda em demagogia, o presidente fantoche Pérez Molina não estampa qualquer resquício de democracia. Comandante militar da época da ditadura do general Ríos Montt, o ex-presidente condenado por genocídio pela Corte Suprema da Guatemala e sentenciado a mais de 80 anos de prisão pelo desaparecimento, tortura e assassinato de milhares de pessoas – o “mano dura” tem criminalizado os protestos, qualificando as manifestações populares de resistência aos seus desmandos como “atos delinquentes e terroristas”.
Assim, enfatizou Rottmann, “o que está em curso é uma política de enfrentamento social aberto e armado com a população, com a decretação de estados de sítio e de exceção para garantir os interesses das empresas estrangeiras em nosso país”.
PERSEGUIÇÃO, TORTURA E ASSASSINATOS
Nesta toada, o governo pró-Washington comemora que em 2012 ingressaram via exportações da indústria agropecuária US$ 1,552 bilhão em divisas, mais do que o dobro dos US$ 658,1 milhões registrados no primeiro ano do TLC. No período, os ganhos dos trabalhadores foram ainda mais arrochados, com o irrisório salário mínimo de dois mil quetzales (cerca de trezentos dólares) servindo apenas como referência, pois as empresas não pagam sequer um terço deste valor.
O método para garantir o arrocho foi multiplicar a violência o assassinato de sindicalistas, e a transformação da Guatemala no país “mais perigoso do mundo” para os que defendem os salários e os direitos, lembra Carlos Mancilla, secretário geral da Confederação da Unidade Sindical da Guatemala (CUSG).
Presente à 102ª Conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Mancilla lembrou que 57 lideranças sindicais foram assassinadas desde a vigência do TLC com os EUA, e que “se multiplicam as perseguições, sequestros, ameaças de mortes, demissões massivas e fechamento de sindicatos para inviabilizar qualquer negociação coletiva”.
Em 2013 já foram mortos os dirigentes sindicais Joel González Pérez, Juan Martínez Matute, Carlos Antonio Hernández, Santa Alvarado, Mayro Rodolfo Juárez Galdámez e Kira Zulueta Enríquez. Secretária geral do Sindicato dos Servidores Municipais de Nueva Concepción, Kira foi baleada na cabeça na biblioteca onde trabalhava.
“À medida que os movimentos se fortalecem, também aumenta a violência contra os que combatem pela justiça”, frisou Mancilla, destacando o papel da solidariedade internacional “para virarmos a página de impunidade e terror”.
Imprensa comunitária pede a democratização da mídia em Honduras
20 de Julho de 2013, 11:13 - sem comentários aindaLa recientemente creada Asociación de Medios de Comunicación Comunitarios de Honduras, AMCH, demandó la democratización de la comunicación.
La población hondureña necesita tener sus propios medios de comunicación, en sus manos para ejercer el verdadero derecho de la libertad de expresión, porque ha estado secuestrada en nuestro país, dijo el coordinador de la AMCH, Carlos Enamorado.
Según expresó, aunque los grupos mediáticos lo nieguen, tienen secuestradas las frecuencias de radio y televisión, y ante eso queremos incidir para que la población tenga acceso a los diferentes medios y contribuir a libertad de expresión.
El directivo de la Asociación de medios comunitarios explicó que la organización se conformó con la finalidad de fomentar la participación activa de la población para el ejercicio de los derechos a la información, expresión y comunicación, a través de los medios sonoros, impresos y digitales comunitarios.
La Asociación se conformó el 29 de junio pasado, en que se reunieron representantes de 45 organizaciones sociales, radios comunitarias y movimientos de base de todo el país y aprobaron los estatutos de la AMCH, que contempla la incidencia a través de medios de comunicación comunitarios -radio, televisión, internet, telefonía, servicios de cable, publicaciones digitales e impresas, centros de producción de géneros y formatos comunicativos-, en el marco de un régimen de opinión pública que profundice la democracia.
Para el coordinador de la AMCH, Carlos Enamorado, esta Asociación apenas tiene unos días de formación, pero con un largo recorrido, pues hay medios comunitarios con décadas de labor, ha estado presente en la vida nacional.
Hay organizaciones sociales, campesinas, indígenas, afro-descendientes, organizaciones no gubernamentales, por lo que será algo histórico, ya que se verá la diversidad de mensajes, programación, defensa de ideas, derechos y temas que interesen a cada comunidad.
Al menos 25 radios comunitarias a nivel nacional ya están operando, y que representan esperanzas para las comunidades, tal como lo establece el convenio 169 sobre sobre Pueblos Indígenas Y Tribales en Países Independientes.
Según el comunicado ofrecido en la conferencia de prensa, la junta directiva de la AMCH, fue electa tomando en cuenta los criterios de proporcionalidad territorial, determinación para servir, compromiso con el proceso de formación anti hegemónico, pasión por la comunicación alternativa, equidad e interculturalidad.
Fonte: OCLACC e ALBA TV
Irã produz novo sistema de defesa em massa
21 de Maio de 2013, 8:34 - sem comentários aindaNovo Sistema de Defesa do Irã
A linha de produção em massa de um novo sistema de defesa aérea iraniana foi inaugurada na presença do Ministro da Defesa da República Islâmica do Irã, brigadeiro-general Ahmad Vahidi.
Durante a inauguração da linha de produção chamada “Protector Ninth” (Herz nono) Vahidi anunciou que o sistema de defesa aérea desfruta de alta mobilidade, facilidade de uso, e pode ser usado à noite, têm a capacidade de detectar e processar alvo em baixas altitudes e destrui-lo automaticamente e de forma inteligente.
Segundo o ministro, o “Protector Nona” tem a capacidade de se conectar com a rede de defesa do país e poderá ativado em apenas alguns segundos para combater as ameaças.
De acordo com o general de brigada, Irã goza de grande poder defensivo, graças à experiência adquirida ao longo de oito anos de defesa sagrada durante a guerra do Iraque imposta contra a nação persa. Vahidi disse que as forças armadas estão prontas para enfrentar qualquer ataque de inimigos. ‘
O “Nona Protector” foi projetado e criado por especialistas e peritos do Departamento de Industrias Aeroespacial do Ministério da Defesa.
Nos últimos anos, o Irã tem obtido grandes realizações no setor de defesa e alcançado assim uma autossuficiência na produção de equipamentos e sistemas militar essencial. No entanto, a doutrina de defesa do Irã é baseada na dissuasão e não representa uma ameaça para outros países.
Fonte: Irã News
Causa Palestina em destaque na Assembléia Legislativa do Paraná
20 de Maio de 2013, 15:48 - sem comentários aindaNa tarde desta segunda-feira (20/05), a Causa Palestina foi pauta do Grande Expediente na Assembleia Legislativa do Paraná. A convite do deputado e presidente da Comissão do Mercosul e Assuntos Internacionais, Professor Lemos, Ualid Rabah, diretor da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), explanou sobre a situação em que os palestinos se encontram no Oriente Médio. “A Causa Palestina é uma causa a qual advogamos, a ocupação que ocorre hoje na Palestina é uma agressão à humanidade. Lutamos para que esse quadro mude. Apoiamos um Estado Palestino independente, livre e soberano”, comentou Lemos ao convidar Ualid à tribuna.
Por pouco mais de quinze minutos Ualid descreveu os horrores vividos pelos Palestinos que vivem sob ocupação israelense. “Já é noite na Palestina ocupada e para os palestinos à noite o perigo é maior, pois sob o manto das trevas as forças de ocupação são mais tenebrosas e cruéis: em Gaza porque não há energia elétrica, não há gás, não há comida, não há segurança, não há teto, pois até agora não foram reconstruídas as quase 40% das residências destruídas ou severamente danificadas no morticínio imposto por Israel, em dezembro de 2008 e janeiro de 2009, e neste território cercado desde 2006, no qual tomate só pôde entrar a partir de maio do ano passado e chocolate e brinquedos ainda não podem ingressar a pretexto da segurança do agressor israelense, acreditem, a esmagadora maioria das crianças que se preparam para dormir o farão, daqui a pouco, com medo e fome, diante dos olhares tristes de seus pais, desde há muito desterrados de seus lares”, discursou.
Ualid também lembrou os mais de 600 postos de controle israelenses em terras da Cisjordânia, na Palestina. “As cidades estão cercadas, as pessoas não podem se movimentar de cidade a cidade, de aldeia a aldeia, de vila a vila, às vezes de bairro a bairro, pois o ocupante israelenses os impede de ir e vir, bem como porque suas terras continuam sendo confiscadas, seus olivais milenares erradicados, suas escolas e universidades não raro fechadas, seus recursos hídricos confiscados, quando não poluídos propositalmente”, comentou.
Mas Ualid também apontou as vitórias do povo Palestino, apesar da ocupação. “Mesmo enquanto refugiados, graças à política da OLP neste sentido, fomos o primeiro povo árabe a erradicar o analfabetismo, feito alcançado, em campos refugiados miseráveis por todo o Oriente Médio. E somos hoje a porção árabe que mais doutorandos tem, quesito no qual, inclusive, superamos os israelenses”, salientou.
Ualid finalizou seu discurso agradecendo a oportunidade e salientou o papel do Brasil, da solidariedade brasileira junto à causa Palestina. “Em termos de Estado, o reconhecimento do Brasil ao estado da Palestina, no fim de 2010, que levou à enxurrada de reconhecimentos, na América Latina, foi fundamental para o atual reconhecimento da ONU. Aliás, o Comitê Brasileiro pelo Estado da Palestina Já, constituído em 2011, foi um dos mais ativos do mundo. E claro, o Paraná dá exemplos. Em 2012, a recepção calorosa, por essa casa, ao Embaixador Palestino, Ibrahim Alzeben, e a aprovação do Projeto de Lei que instituiu o dia 29 de novembro como o Dia Estadual de Solidariedade ao Povo Palestino”, concluiu.
Foto e texto: Leandro Taques / Deputado Professor Lemos
Em 2012 foram resgatados quase 3 mil pessoas em trabalho escravo
15 de Maio de 2013, 20:01 - sem comentários aindaAutoridades veem regularidade na quantidade de casos de trabalho escravo no Brasil, no período dos últimos cinco anos, apesar de leve aumento em comparação com o ano de 2011
Homem trabalhava em condições degradantes, na produção de carvão vegetal (Foto: MTE)
Números divulgados nesta segunda-feira (13) pela Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae), órgão do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), indicam que no Brasil 2.849 trabalhadores foram resgatados de condições análogas às de escravo no ano de 2012. Os resgates decorreram de 255 ações de fiscalização, ao todo, realizadas pelo MTE. O total representa aumento de 14,3% na quantidade de casos de escravidão contemporânea no ano de 2011, quando houve o flagrante de 2.491 vítimas. O ano passado também superou a marca de 2010, que contabilizou 2.628 pessoas resgatadas.
Para autoridades engajadas no combate à escravidão, a quantidade de resgatados em 2012 coincide com certa regularidade nos resultados das ações de fiscalização nos últimos cinco anos, mas pode indicar também uma mudança nas características dos casos. “Hoje, a gente não pode entender a quantidade de vítimas sem se debruçar mais sobre os números. Pode estar acontecendo uma redução significativa ou pode também estar acontecendo uma mudança no perfil com uma ‘sofisticação’ dos casos de trabalho escravo”, ressalta José Guerra, coordenador da Comissão Nacional de Combate ao Trabalho Escravo (Conatrae) e integrante da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR).
Segundo o membro da Conatrae, a partir de 2007 (veja os números desde 2007 no gráfico abaixo), ano em que 5.999 pessoas foram libertadas, houve uma redução significativa na quantidade de vítimas resgatadas mesmo com o aprimoramento das estruturas de combate e prevenção ao trabalho escravo. “Temos de saber o que isso significa, se é uma redução absoluta no período ou se pode indicar a necessidade de mudanças nas formas de fiscalização”, ressalta.
Clique aqui para ver o infográfico.
Fonte: Repórter Brasil
Guatemala tem um dos maiores índices de sindicalistas assassinados, nas Américas
15 de Maio de 2013, 19:03 - sem comentários aindaVictor Báez Mosqueira, secretário geral da CSA
O secretário geral da CSA (Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas), Víctor Báez Mosqueira, redigiu uma carta sublinhando a importância da solidariedade internacional com os trabalhadores guatemaltecos, vítimas de uma onda de assassinatos fortalecida pela impunidade. Pela relevância da convocação do Dia de Ação pela Guatemala, que será realizado na próxima sexta-feira, 17 de maio, o Portal do Mundo do Trabalho reproduz abaixo a íntegra do documento.
A Guatemala é um dos países nas Américas com as mais altas taxas de assassinatos de sindicalistas em exercício da atividade sindical, assassinatos que ficam na mais absoluta impunidade. Esta situação contribui de forma especial para aproximar o país aos mais graves níveis de pobreza e iniquidade internacional.
Por este motivo, a CSI (Confederação Sindical Internacional) e a CSA (Confederação dos Trabalhadores/as das Américas ) organizaram em 2008 a I Conferência Internacional Contra a Impunidade na Guatemala e logo, em 2011, a II Conferência Internacional Contra a Impunidade. Esses eventos trouxeram à luz a violência antissindical no país, aproximaram as centrais sindicais e exigiram do governo investigações e punição pelos crimes contra os trabalhadores.
Transcorridos alguns anos desde essas duas Conferências, a sensação é de que nada mudou, ou melhor, que a situação de desrespeito aos direitos humanos e a criminalização dos protestos se agravaram. Uma das maiores preocupações dos trabalhadores são os assassinatos de líderes sindicais em exercício de sua atividade e a impunidade desses crimes. De acordo com os sindicatos locais, o país apresenta uma média de 15 assassinatos anuais.
Por isso em 2012 foi lançada a campanha “Guatemala: Trabalho Digno, Vida Digna”, que tem como objetivo fortalecer a luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho e pela liberdade sindical, apoiada pela CSA; a CSI e o Movimento Sindical e Popular Autônomo Guatemalteco que reúne a Confederação de Unidade Sindical da Guatemala (CUSG), a Confederação Central Geral de Trabalhadores da Guatemala (CGTG), a União Sindical de Trabalhadores de Guatemala (UNSITRAGUA) e o Movimento de Trabalhadores Camponeses e Camponesas de San Marcos (MTC).
Os trabalhadores/as guatemaltecos/as não terão a vida que buscam, com trabalho decente e coesão social, enquanto a vida dos/as sindicalistas não esteja garantida, não sejam respeitadas e cumpridas as Convenções da OIT, os abusos continuem impunes e não se ponha fim aos massacres. A CSI e a CSA têm acompanhado e continuarão apoiando passo a passo os acontecimentos na Guatemala, porque todos os sindicatos filiados são conscientes da importância do que ocorre no país para o mundo sindical.
Dia de Ação pela Guatemala
Para chamar a atenção frente à crescente violência, à alarmante impunidade e, portanto, à grave situação de atropelo aos direitos humanos e sindicais na Guatemala – que longe de melhorar tem piorado – a CSA convoca as suas filiadas para que nesta data se unam numa forte e contundente ação de solidariedade em apoio aos/ as companheiros/as deste país, protestando contra a falta de respostas por parte do governo.
Solicitamos a todas as filiadas para que enviem cartas de protesto às Embaixadas e Consulados em seus países, assim como promovam ações frente a estas representações para protestar pela situação de violência constante na Guatemala.
Contamos com a solidariedade de todos.
Atenciosamente,
Víctor Báez Mosqueira
Secretário geral da CSA
Fonte: CUT Nacional
Foz do Iguaçu é quarta cidade brasileira em eventos internacionais
11 de Maio de 2013, 7:05 - sem comentários aindaUma boa notícia para o Paraná. Segundo Gilmar Piolla, da comunicação da Itaipu-Binacional, Foz do Iguaçu é a quarta cidade brasileira que mais recebe eventos internacionais no ranking de 2012, da Associação Internacional de Congressos e Convenções (ICCA, na sigla em inglês), que acaba de ser divulgado. A cidade das Cataratas subiu da oitava para a quarta posição em um ano, ficando atrás somente do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. “Aos poucos, com dedicação, profissionalismo e seriedade, estamos consolidando Foz do Iguaçu como um dos principais destinos de eventos nacionais e internacionais. Parabéns ao Iguassu Convention & Visitors Bureau e a todos os parceiros por essa importante conquista”, disse Piolla.