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Terra Sem Males

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апреля 3, 2011 21:00 , by Unknown - | No one following this article yet.

Encaixou

июля 4, 2016 23:04, by Terra Sem Males

Manolo Ramires
Terra Sem Males, coluna Avanti Palestrinos

O Palmeiras conquistou uma importante vitória em Recife, contra o Sport, na estreia dos jogos às segundas-feiras do Brasileirão. 100% em casa, o Palestra vinham oscilando demais nos jogos como visitante. Agora, tudo pode mudar.

A vitória sobre o esporte demonstra que o time encaixou. O verdão abriu o placar muito cedo e praticamente administrou todo o primeiro tempo. Na virada de lado, o empate do Sport quase trouxe a cina de time caseiro aos porcos. Mas dois gols rápidos de Gabriel Jesus e Claiton Xavier, que saiu do banco, devolveram a tranquilidade.

Aliás, o próprio treinador Cuca falou recentemente que o Palmeiras precisava encontrar o encaixe fora de seus domínios. Em entrevista, antecipou que contra o Sport tentaria uma nova proposta de jogo, o que deu certo.

O time encaixa na hora certa. Tanto é que nem o rodízio de jogadores sempre apontando como impasse para evolução das equipes é fator primordial nos palestrinos. A zaga já teve Thiago Martins, que deu lugar a Dracena, que deu lugar a Mina. Nas laterais, o jovem João Pedro voltou ao banco após Jean se recuperar de lesão. Do outro lado, Zé Roberto e Egídio se revezam na titularidade. Já no meio, Dudu e Xavier tem jogado sim, noutro não.

O Palmeiras vai precisar muito do seu encaixe para o retorno a sua casa no dia 12 no clássico contra o Santos. O elenco vai rodar novamente por causa de lesões e cartões. Jesus está fora. Guedes e Thiago Santos também. Todos por cartão. Tche Tche e Moisés foram substituídos. Se machucaram. Contra o peixe, o desafio é manter o equilíbrio e a força que colocam o verdão na liderança.

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|PINGA-FOGO| Parem as votações e os debates

июля 4, 2016 14:45, by Terra Sem Males

Por Manolo Ramires
Terra Sem Males

A Câmara Municipal de Curitiba entrou em recesso. Ninguém trabalhar por lá até 31 de julho. É um mês inteirinho sem sessões plenárias, audiências públicas e debates a não ser que o prefeito, o presidente da Casa ou 13 vereadores (por meio de requerimento) peçam regime de urgência. Quer dizer, ninguém trabalha uma pinóia. O recesso é parlamentar, não administrativo. Isso significa que os servidores da CMC e os gabinetes ficam abertos em expediente normal. É uma boa hora para ver o que vossas excelências fazem nos bastidores. Projetos de iniciativa popular, por exemplo, podem ser protocolados na Casa para serem debatidos após o recesso.

Parou em alta

Antes do recesso, a Câmara Municipal realizou importante audiência pública sobre a Cultura do Estupro. O evento se realiza em meio a inauguração da Casa da Mulher Brasileira, que unifica serviços do governo municipal, estadual e federal, no combate à violência contra a mulher. Talvez se insere em um debate nacional, uma vez que o deputado de ultradireita Jair Bolsonaro é réu por apologia ao estupro (e à Ditadura Militar) ao dizer que não estupraria a deputado Maria do Rosário “porque ela é feia”. A cultura do estupro que também está na Câmara Municipal, segundo Vanda de Assis, do Cefuria.

– Ninguém vai se dizer favorável à cultura do estupro, mas na prática, o que vemos são situações como a que ocorreu nessa casa, durante a votação do Plano Municipal de Educação, em que palavras como ‘gênero’ e ‘diversidade’ foram eliminadas do texto final” – alfinetou Vanda.

Parou em baixa

Com a interrupção dos trabalhos, o mundo pode vir a baixo que não será discutido pelos representantes do povo. Os debates meio que se congelam, as demandas urgentes ficam em compasso de espera. Um desses temas trata do parcelamento da previdência dos servidores municipais. O prefeito Gustavo Fruet, após dar calote que já passa dos R$ 250 milhões, agora quer parcelar a dívida em 60 vezes. Quer, portanto, comprometer os dois próximos gestores. Essa pauta é uma das que reabrem a CMC em 1o de agosto.

Outro tema é a regulamentação do Uber. Nas ruas, os taxistas têm feito verdadeira caça as bruxas aos motoristas do aplicativo. Na Câmara, a discussão só volta depois das férias do plenário. Por enquanto, a matéria está na Comissão de Serviço Público, que pediu informações à URBS. Após a resposta sobre a regulamentação (que se espera não esteja em recesso também), essa comissão delibera, passando a bola para a Comissão de Urbanismo e chegar ao plenário. Por outro lado, com paradinha ou não, o Uber não está na agenda de votação.

Paradinha estratégica

Quem gostaria de uma paradinha estratégica são os deputados estaduais. Principalmente a base governista. Principalmente porque o governador Carlos Alberto Richa já ensaia novo calote nos servidores estaduais. Ou paga o reajuste que finalizou a greve de 2015 ou as progressões e crescimentos dos professores. A “opção” mandrake, em um estado rico, segundo o governador, é mais uma batalha que os deputados do camburão preferem não travar. Mas como a paradinha na AlePR é menor, de 18 a 31 de julho, os deputados se programam para um culto evangélico no dia 6, mantém o grupo de oração às terças-feiras e se preparam para audiência pública sobre o “BBB do ônibus escolar” com a instalação de câmaras de segurança dentro dos veículos.

Paradona

Parada mesmo está a Câmara dos Deputados. Tudo por causa de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que visa se salvar no Conselho de Ética e derrubar Valdir Maranhão para emplacar um novo presidente da Casa aliado seu e com apoio de Michel Temer.

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Acesse versão online do jornal Terra Sem Males sobre assédio moral organizacional na categoria bancária

июля 3, 2016 19:41, by Terra Sem Males

Por Paula Zarth Padilha
Terra Sem Males

A sexta edição do jornal impresso Terra Sem Males – “Assédio moral adoece” – já está disponível para leitura. Nesta edição, o Terra Sem Males aborda o resultado da pesquisa “Vítimas do Itaú”, feita pelo Instituto Declatra em parceria com o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região. A intenção da pesquisa é mostrar que as práticas assediosas promovidas pelas instituições financeiras tem relação direta com o adoecimento dos trabalhadores bancários.

O jornal também aborda os aspectos que definem assédio moral organizacional, para que todos os trabalhadores possam identificar as práticas que são assédio moral e também para que o trabalhador saiba como juntar provar visando uma possível ação judicial. Os entrevistados da edição são o médico do Ministério Público do Trabalho do Paraná, Elver Moronte; a advogada Jane Salvador; o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, Elias Jordão; e a diretora da Secretaria de Saúde do Sindicato, Ana Fideli. Confira, ainda o depoimento de uma bancária do Itaú para perceber em seu relato como se caracterizou o assédio e as quais consequências em sua saúde.

O Terra Sem Males conta, ainda , com ensaio fotográfico de Joka Madruga relacionado ao tema assédio moral.

 

 

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|PINGA-FOGO| Sai do muro

июля 1, 2016 14:06, by Terra Sem Males

Se o assunto é golpe, o prefeito Gustavo Fruet e o deputado Requião Filho estão numa sinuca de bico. E ambos nem podem pedir ajuda aos “universitários”

 Por Manolo Ramires
Pinga-Fogo
Terra Sem Males

Tá certo que muita gente não está nem aí para a eleição municipal. A pauta do momento ainda é o golpe parlamentar, a Operação Lava Jato e as tramoias de Eduardo Cunha e Michel Temer para ficarem no poder. Contudo, esses temas vão respingar na eleição de outubro. Retorne Dilma Rousseff ao poder e chame novas eleições ou fique no Planalto o “sindicado de ladrões”, os prefeitáveis serão chamados a se posicionar. Alguns já falam; outros, matutos, esperam pelo sabor dos ventos. Estão “murando”.

Da turma contra o golpe tem os pré-candidatos Xênia Mello (PSOL) e o deputado estadual Tadeu Veneri (PT). É certo que este não é um tema preferencial dos socialistas paranaenses. Principalmente porque rechaçam o governo Dilma Rousseff. Contudo, em Brasília, contra Cunha e Temer, os deputados do PSOL são os mais aguerridos. Já nas Araucárias, Xênia Mello de vez em quando manda um #foratemer. Não está no muro, mas também não está longe. Tadeu Veneri, com seu perfil aguerrido e sem medo de entrar em uma batalha, se posiciona fortemente contra a saída de Dilma Rousseff. O deputado, que é referência no combate à corrupção, participa de atos e posta nas redes sociais as armações da turma de Cunha e Cia para tomar o poder. “Murar”, portanto, nunca foi uma opção do petista.

Do outro lado do muro também tem pré-candidatos firmes em sua posição. O nome mais forte é de Fernando Francischini. O deputado federal pelo Solidariedade (de Paulinho, aliado de primeira linha de Eduardo Cunha) cresceu na política fazendo campanha anti-PT. Seu eleitorado vibra com suas postagens contra o ex-governo e ele, é claro, votou a favor do processo de impedimento.

Agora, tem uma turma que anda meio calada sobre o assunto: são eles Rafael Greca, Ney Leprevost, Gustavo Fruet e Requião Filho. Greca, por exemplo, tenta surfar apenas na onda do #voltacuritiba, seu mote pré-eleitoral. Por outro lado, sua base vai se formando com apoios conservadores e de políticos pró-golpe. São os casos dos deputados federais Christiane Yared e Luciano Ducci, que votaram pró-golpe. Ducci, por exemplo, Greca criticava fortemente em 2012, mas oportunamente virou aliado. Já Ney Leprevost não faz do debate nacional seu cavalo de batalha. Pelo menos não diretamente. O deputado estadual é defensor da Lava Jato, tira fotos com Sérgio Moro e faz o combate “conservador” à corrupção. Seu partido (PSD), no entanto, outrora base de Dilma, embarcou de cabeça na administração interina de Michel Temer.

Agora, vida fácil não tem o atual prefeito Gustavo Fruet e o deputado estadual Requião Filho. Estes estão convictos do muro e de lá só descem quando os jornalistas perguntarem demais. Fruet, por exemplo, foi se desvinculando do PT e de Dilma na medida que entrava água na canoa do governo federal. Mas lá atrás, quando o impedimento era só especulação, ele participou de ato de prefeitos em apoio à presidente. Mudou o governo, mudou a postura. Não a do muro, uma vez que Gustavo Fruet é indeciso por convicção. O que está diferente é sua relação com o governo golpista, o qual ele tenta manter diálogo. Recentemente, na inauguração da Casa da Mulher Brasileira, o prefeito de Curitiba esboçava um sorriso amarelo ao ver os representantes do governo interino cancelarem a participação no evento por causa de protestos. Escracho que de fato ocorreu com mulheres lembrando a todo momento que o local foi idealizado e pago por Dilma Rousseff, presidente que Fruet não tem mais relações.

Sinuca de bico igual a Requião Filho também não tem. Ele tenta a todo custo “imitar” o perfil aguerrido do pai. Mas no tema golpe, tem saído pela direita. Ou seria murado como ninguém? Líder da oposição, não aprofunda sobre o golpe quando o assunto ganha os microfones da Assembleia Legislativa do Paraná. Requiãozinho se limita a dizer que se houve crime de responsabilidade, é impeachment, e que ele apóia a saída de Beto Richa pelo mesmo motivo. O pior é que não pode nem pedir ajuda à família, uma vez que o primo, João Arruda, votou sim e o pai, o Senador Roberto Requião, é um dos generais contra o golpe no senado. Nessa indecisão, Requiãozinho perde apoio da esquerda, que não ficará no muro.

Nem Uber, nem taxi

O muro é, com certeza, o local que o prefeito Gustavo Fruet mais aparece na foto. Após a batalha entre motoristas de taxi e uber, o prefeito, por ser prefeito da cidade, foi cobrado a tomar uma posição. O deputado e pré-candidato Tadeu Veneri chamou para o debate: “É preciso que a Prefeitura se posicione. Ou proíbe em definitivo ou regulamenta com debate entre todos os interessados. O que não dá é fazer de conta que nada acontece”, cobrou. Fruet, por sua vez, se limitou a eleger o sistema de táxi, que detém uma poderosa categoria organizada, e a dizer que “esse tema (Uber) não é prioritário nem pauta número um da cidade”.

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Envolvidos em conflitos fundiários poderão ser excluídos do Programa de Reforma Agrária

июня 28, 2016 17:29, by Terra Sem Males

Por Paula Zarth Padilha
Terra Sem Males

O Ministério Público Federal (MPF) de Pernambuco publicou a Recomendação nº 20/2016 direcionada à presidência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para que o órgão implante um banco de dados nacional de pessoas envolvidas em conflitos fundiários, que terá como consequência a exclusão do Programa de Reforma Agrária do Governo Federal.

O MPF justificou a recomendação para que seja cumprida a lei 8629/1993, que determina a exclusão de pessoas identificadas como participantes diretos ou indiretos em conflito fundiário (“invasão a imóvel rural e prédios públicos, atos de ameaça ou sequestro de servidores públicos ou atos de violência nessas situações”).

Oficialmente, o objetivo do MPF com a recomendação ao Incra é “permitir notificação e direito de defesa antes de a pessoa ser identificada como efetivamente envolvida em conflito fundiário e excluída do programa de reforma agrária”.

O Incra tem 90 dias para informar se vai cumprir a recomendação e em caso de negativa o MPF “poderá adotar as medidas administrativas e judiciais cabíveis”.

Com informações do MPF/PE

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Trabalhadores da Embrapa paralisam as atividades no dia 29 de junho

июня 28, 2016 16:59, by Terra Sem Males

Por Joka Madruga
Terra Sem Males, com informações do Sinpaf.

Os trabalhadores e trabalhadoras da Embrapa Floresta decidiram numa assembleia, realizada na segunda-feira, 27, que irão cruzar os braços em protesto contra a diretoria da empresa, que abandonou as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho.

A decisão reforça a Campanha Salarial Nacional da categoria, levada a frente pela Comissão Nacional de Negociação do SINPAF (Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário) e pressiona a Embrapa para voltar à Mesa de Negociação.

Os representantes da empresa haviam abandonado unilateralmente as negociações após anunciarem um reajuste de 8,28% para a categoria, (valor abaixo da inflação do período que é de 9,28%), e que proporciona perdas salariais aos trabalhadores. Outras cláusulas do Acordo Coletivo tiveram sua discussão interrompida. Em especial, as cláusulas sociais.

A paralisação vai durar o dia inteiro, com a interrupção das atividades administrativas, de pesquisa e transferência de tecnologia. Outras unidades da Embrapa pelo Brasil também fecharão.

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Belo Monte: ribeirinhos não precisavam ter saído das áreas de onde foram desalojados

июня 28, 2016 11:37, by Terra Sem Males

Por Paula Zarth Padilha
Terra Sem Males

A procuradora do Ministério Público Federal de Altamira (PA), Thaís Santi, participou na noite de segunda-feira, 27 de junho, em Curitiba, do X Seminário de Direito Socioambiental com o tema “Barragens da Amazônia – a perversidade do modelo energético para os povos e comunidades tradicionais”.

Thaís Santi trouxe uma pilha de documentos sobre os processos que envolvem os atingidos pela construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte para acompanhar seus relatos. Entre as informações mais impressionantes que ela trouxe foi esclarecer que, atualmente, com a barragem constituída e alagada, algumas famílias estão retornando aos seus locais de origem, de onde foram desalojados e de onde nem precisavam ter saído.

São os ribeirinhos que, de acordo com a procuradora, passaram por reuniões com a empresa Norte Energia, para tentar provar que moravam à beira do Rio Xingu para suas subsistências com a pesca ou o garimpo artesanal, mas que também tinham a dupla moradia em Altamira, para que seus filhos pudessem estudar e eles tivessem acesso a tratamento médico e outras estruturas fornecidas pelo Estado. “O reconhecimento da dupla moradia durante o processo foi um avanço”, confirmou Taís, mas releva que as famílias, que queriam ser indenizadas com moradia, acabaram aceitando dinheiro, em valores insuficientes.

Promovido pela Escola de Direito da universidade PUC Paraná, o Seminário contou com relatos diversos de ativistas ambientais e de povos originários, que explanaram com mais detalhes os dramas vividos pelos atingidos, direta ou indiretamente, pela construção de Belo Monte. A cidade de Altamira, por exemplo, conta com uma mega infraestrutura de saneamento que foi construída pela empreiteira como condicionante para a instalação da usina mas, de acordo com a procuradora, o município não tem a menor condição de viabilizar seu funcionamento. Atualmente, o que era o rio Xingu na cidade virou um lago e todo o esgoto desemboca nesse lago, que não tem mais a correnteza do rio. E as pessoas estariam frequentando as praias que se formaram, sem se dar conta do risco à saúde.

Os relatos também deram conta da falta de identificação de povos indígenas com sua nova realidade quando deslocados. Com o acesso a bens de consumo, alteração de rotina, até mesmo do tipo de peixe que antes eles tinham acesso e agora não têm mais. Ou dos pescadores, que com o rio cheio ou em épocas de seca, viram sua subsistência pela pesca não ser mais possível.

Das pessoas de Altamira que conseguiram realocação em moradias prontas, a vida ficou mais difícil, por estarem distantes 10, 15 quilômetros do centro da cidade. Demoram duas horas para fazer seus trajetos a pé.

Thais Santi e Bruna Balbi. Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

Thais Santi e Bruna Balbi. Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

Tudo pela mineração

O repórter fotográfico Joka Madruga, editor do Terra Sem Males, que esteve em Altamira para retratar os atingidos de Belo Monte pelo seu projeto autoral Águas Para Vida, pediu à procuradora para falar sobre a presença da mineradora canadense Belo Sun, instalada, ainda sem autorização ambiental, em Volta Grande do Xingu. “Eu nem sei o que dizer”. Taís concordou que todo o processo de construção de Belo Monte seria para viabilizar Belo Sun. Esse aspecto da construção da usina já foi abordado pelo Terra Sem Males.

Acesse aqui a versão online da edição 1 do Terra Sem Males impresso, sobre os atingidos de Belo Monte.

Nicinha, presente!

O Seminário começou com homenagens a ambientalista Teresa Urban e para Nicinha, militante do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) em Porto Velho, que desapareceu em janeiro de 2016 e seu corpo foi encontrado semana passada no fundo do Rio Madeira, a 800 metros de onde morava.

O evento continua nesta terça, às 18h30, no auditório 2 do bloco vermelho da PUC, com exibição do documentário “Jirau e Santo Antônio: relatos de uma guerra amazônica”, que conta com depoimentos de ribeirinhos do Rio Madeira, em Rondônia, atingidos pela construção destas hidrelétricas. Joka Madruga também acompanhou essa expedição pelo seu projeto fotográfico Águas Para Vida e Nicinha foi uma das entrevistadas. Acesse aqui a entrevista com  Nicinha publicada pelo Terra Sem Males.

Assista na íntegra o documentário:

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MEA-CULPA DA MÍDIA TRADICIONAL

июня 27, 2016 16:43, by Terra Sem Males

Por Marcio Kieller
Secretário Geral da CUT/PR e mestre em Sociologia Política pela UFPR    

Não deixar que a opinião pública tivesse livre arbítrio, mas pelo contrário construir uma opinião publica a cerca da conjuntura política nacional era a tarefa dos grandes veículos de comunicação televisivos, radiofônicos e escritos de nosso país. Capitaneados pela rede Globo da família Marinho, ou como a chama o humorista Marcelo Adnet no seu programa semanal Tevê na tevê: A Vênus prateada e mais quatro ou cinco grandes famílias que controlam tudo que se produz na mídia escrita, falada e televisiva no Brasil.

E esse objetivo foi cumprido à risca e com todas as características que uma imprensa independente não deve ter. Pois os leitores e telespectadores mais atentos ao mundo da política puderam observar nesses quase um ano e meio após as eleições nacionais que reelegeram a Presidenta Dilma Rousseff do PT, que sumiram as opiniões contrárias ou falas de defesa do governo e contra golpe institucional que estava sendo arquitetado no Brasil.

Como telespectador assíduo de um programa semanal de debates da tevê aberta brasileira, que passa aos domingos na rede Band tevê, chamado Canal Livre, que tem como condutores os jornalistas Boris Casoy e por vezes era conduzido pelos jornalistas Fábio Panuzzo e Ricardo Boechat, que em tempos não golpistas, porque impeachment sem crime é golpe. Em tempos que antecediam as eleições mesmo que com poucas participações, mas eventualmente eram chamados a esse programa ministros e técnicos do governo como também eram convidados intelectuais e pensadores de esquerda, sempre colocados com intelectuais e pensadores da oposição e dos partidos mais conservadores para debaterem temas na maioria das vezes ligados a política e a conjuntura nacional.

Mas com a clara reorientação política das elites de que era necessário tirar a presidenta Dilma a qualquer custo para evitar que a Lava Jato fosse além do que deveria ir, ou seja, de só punir os dirigentes do partido dos trabalhadores. Começamos a observar que depois das eleições presidenciais de 2014, isso mudou. Sumiram os contraditórios desse programa e da mídia convencional. Aprofundou se a ofensiva geral do ponto de vista da desqualificação política e ideológica do governo, aliada a uma orientação do empresariado de tirar o pé da produção para a profundar à crise. Demonstrando que esses veículos de canal aberto mudaram suas linhas editoriais e apontaram a metralhadora giratória no intento de desmoralizar o governo perante a opinião publica.

E isso era nítido nos dias das manifestações com takes ao vivo desde as primeiras horas do dia, como sendo um incentivo para que todos fossem para as ruas. As abordagens usadas nas reportagens e nas interrupções que os âncoras dos programas faziam na grade de programas, como por ex. os programas Esporte Espetacular, The Voice Kids entre outros era de incentivar a participação nas manifestações. Chegando ao absurdo de a rede Globo de televisão ser a interlocutora indireta da organização das manifestações pró-impeachment se encarregado da construção do discurso golpista fantasiado sob o manto do combate à corrupção e ao projeto de “poder infinito” que alegavam tinha o partido dos trabalhadores a intenção de implementar no Brasil.

E a turbulência social causada pela mídia golpista foi quem fez os milhões de cidadãos brasileiros irem às ruas, pois eram bombardeados diuturnamente com a pressão para a participação nos comícios de rua. Que mostravam imagens das manifestações dizendo que estavam chegando gente, que muitas pessoas ainda estavam para chegar. Isso sem falar das chamadas subliminares durante a semana nos jornais da emissora que o funcionaria o impeachment se as pessoas atendem os chamados das manifestações convocadas pelo Movimento Brasil Livre.

Em contrapartida quando se tratava de manifestações de apoio ao governo e contra o golpe institucional organizada pelos movimentos sociais, pelos movimentos sindical e popular, nenhum espaço importante era dado. Pois nas manifestações que a mídia tradicional cobriu, não estavam os milhões de incluídos dizendo que não ter atraso nos seus programas sociais. Não vimos ir às ruas a juventude das periferias que tem acesso ao lazer e ao esporte. Não vimos ir às ruas os beneficiários das políticas de gênero que precisam de sua autoafirmação cotidiana, pois a ainda é gritante percentual de mulheres e crianças que sofrem com a violência doméstica. Não vimos ir às ruas as juventudes que estão nos programas sociais de inclusão nas universidades, não vimos ir às ruas as trabalhadoras e trabalhadores assalariados e nem mesmos desempregados protestando por causa do emprego.

Conseguido o seu intento depois de mais de um ano e alguns meses a fio nesse processo de desqualificação política e econômica e até pessoal do governo Dilma e de seus apoiadores. Com o estrago feito o jogo de alienação política, patrocinado pelos editoriais dos grandes veículos de comunicação levaram a instalação do processo de impeachment/golpe autorizado pela câmara. Dias depois do processo de Impeachment ser admitido na câmara dos deputados e a denuncia ser encaminhada para o senado. Era a hora de a mídia tradicional reconquistar seu espaço e começamos a ver os movimentos social e sindical e suas lideranças ganharem algum espaço na mídia, ou seja, um claro indício de que se pretende fazer um mea-culpa, fornecendo certo espaço de tempo nos noticiários da para os movimentos de esquerda e os movimentos sociais. O que torna ainda mais grave a situação, por que não assumem a postura antiética que tiveram durante todo esse tempo. Pois em nenhum momento poderiam influenciar na opinião publica, pois essas emissoras todas são uma concessão de serviço estatal, que tem a missão de informar, não formar conforme sua ideologia as cidadãs e cidadãos brasileiros.

Esse papel que a mídia oligopolista do Brasil tem tido é extremamente prejudicial para a consolidação da democracia em nosso país. Pois nos passa a impressão que a economia pode sobrepor a política e a representatividade do povo que teve nesse episódio da aceitação do pedido de impeachment seu direito sagrado ao voto dado por mais de 54 milhões de pessoa a presidenta Dilma, Revogado por uma decisão unilateral da câmara dos Deputados. Motivado pela vingança e por perseguição do Presidente da câmara dos deputados Eduardo Cunha que teve seu processo de cassação admitido pelo conselho de ética da casa, com apoio dos deputados petistas.

E mais uma vez, pois não é primeira vez que a Rede Globo apoia um golpe no Brasil, depois de 51 anos novamente tomou o lado dos grandes grupos econômicos e das elites políticas, empresarias e do latifúndio contra povo. Pois essa interrupção na democracia trará muitos prejuízos para a classe trabalhadora e para os menos favorecidos, por que sem dúvida nenhuma a tentativa de retirada da presidenta Dilma Rousseff se constitui num ato de classe para desconstituir direitos já históricos das trabalhadoras e dos trabalhadores. Por esses motivos de desmonte do Estado e dos direitos é que não podemos admitir que a Rede Globo, o Big Brother (termo do livro 1984 – de George Orwells) diga para a sociedade toda o que é certo ou não. E por isso que precisamos lutar pela democratização da mídia, para a construção de um país mais igual e solidário.

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A fatura do golpe

июня 27, 2016 13:41, by Terra Sem Males

Por Manoel Ramires
Terra Sem Males
Pinga-fogo

Ninguém quer tocar no assunto ou destacar em letras garrafais, mesmo assim a cada dia que passa o golpe fica mais caro a Temer e ao país. E mesmo se comprando o afastamento em definitivo da presidente Dilma, nem a política, nem a economia conseguem pagar em curto prazo essa dívida com a democracia.

Temer tem pouco se importado em passar cheques sem fundo assinados com a CLT do trabalhador. O aumento do déficit de 69 bilhões para mais de 170 bilhões é o custo de vestir a faixa presidencial sem o menor escrúpulo. Compra-se o reajuste do judiciário e dos servidores federais. Paga-se a conta dos governadores e mais a gorjeta, pendurando até dezembro na base do cafézinho com uma boa média. Passa-se recibo sem registro para todo senador que pede uma verba extra ou uma boquinha estatal.

O governo golpista extrapola todos os limites já conhecidos da corrupção porque corrompe a luz do dia. E no dia seguinte estará decretada a falência de nosso país. Pouco adiantará passar o pires ao povo que de seus bolsos nem mais as migalhas se acumulam.

Quanto custa

Não é só no Brasil. O mundo está se endireitando. E o discurso dessa gente tem faturado justamente apostando onde mais se critica a esquerda: na divisão. É vendendo essa ideia de “nós contra eles (latinos) que Trump se mantém no ápice das apostas eleitorais. O mesmo vale a uma parcela da sociedade brasileira que deposita suas fichas na derrota do outro. Que percam o pobre, o negro, o homossexual se eu ganho com isso. E é nessa lógica, por fim, que a Grã-bretanha decidiu deixar a União Europeia. Acreditaram que ganham mais não sustentando o continente. Aposta cara.

Pagando para ver

Em São Paulo, na onda da Grã-Bretanha, se fala em separação. Fico a imaginar os bandeirantes tendo que comprar energia do Paraná e Belo Monte e gasolina do Rio de Janeiro. Mal sabem eles, mas SP está separado do Brasil desde a eleição de Covas, há 20 e poucos anos. Separado e sitiado, se bem me entendem.

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“A voz da defesa nunca teve espaço”, diz advogada sobre divulgações da Operação Lava Jato

июня 25, 2016 20:30, by Terra Sem Males

Por Paula Zarth Padilha
De São Paulo
Terra Sem Males

“O Ministério Público Federal tem acesso a todas as denúncias, o Juiz tem acesso a todas as provas. Mas a defesa não tem acesso a tudo que é disponibilizado para a imprensa. É a minha percepção, temos que repensar. A voz da defesa nunca teve espaço”. Esse é o posicionamento defendido pela advogada Flávia Rahal, do Instituto de Defesa do Direito à Defesa (IDDD), nesta sábado, 25 de junho. Ela foi uma das convidadas pela Associação Brasileira de Jornalistas Investigativos (Abraji) para palestrar sobre o tema “Os limites da transparência da Lava Jato”, durante o Congresso Internacional da entidade.

Flávia também criticou os vazamentos do judiciário para a imprensa que, segundo ela, acontecem “o tempo todo”, antes mesmo dos documentos e movimentações processuais serem inseridos na tramitação dos processos eletrônicos. “Eu sou cerceada, não tenho acesso a tudo”. Era 19h30, meia hora antes do Jornal Nacional (Rede Globo) entrar ao ar e Flávia foi procurada pela emissora para comentar, em nome de um de seus clientes, cerca de mil páginas de documentos que foram inseridos naquele momento na tramitação do processo. Ela respondeu que não tinha a mínima condição de se pronunciar nessa situação. E mesmo assim o tema foi ao ar naquele dia, diz ela, com todos os detalhes abordados na reportagem.

Para a advogada, a questão da transparência na Lava Jato tem dois pesos e duas medidas. “O indicativo do sucesso da operação é a publicidade. Mas ela não é ampla dos dois lados”, explica Flávia, referindo-se a situações em que ela tem, por exemplo, dez dias de prazo para apresentar defesa, mas documentos citados amplamente pela imprensa nem sempre estão disponíveis na íntegra para os advogados.

“A Lava Jato virou uma ditadura dos rumos do país”

Flávia Rahal iniciou sua exposição explicando que o conceito de “transparência” em processos judiciais, que ela define como “publicidade”, tem a conotação que a justiça tem que acontecer “aos olhos da população” e que surgiu como “garantia individual de defesa”, referindo-se aos réus. Ela também explicou que os atos processuais são públicos em regra mas que nas fases pré-processuais, do inquérito policial, da investigação, podem ser sigilosos.

Ela aponta o que considera erros da Lava Jato considerando os limites da transparência: a divulgação de conversas interceptadas, como no caso que envolvia o ex-presidente Lula. “Foi uma barbaridade”, pois  interceptação telefônica, em regra, tem que ser sigilosa. Ela não entra no mérito da divulgação pela imprensa do teor das conversas, mas sim da autorização em tirar o sigilo e dar publicidade.

Flávia afirma que tem processo que ela atua que suas conversas telefônicas com clientes, que deveriam ser protegidas pelo sigilo, foram interceptadas e ainda constam as transcrições na tramitação. Flávia trabalha na defesa de duas pessoas com algum tipo de envolvimento na Lava Jato.

“A Lava Jato virou uma ditadura dos rumos do país”, finalizou.

Os limites de transparência da Lava Jato

A intervenção da advogada foi em conjunto com o jornalista Diego Escosteguy, editor-chefe da revista Época, apresentado como referência na cobertura da operação. Ele defendeu que tanto os vazamentos quanto os acessos da imprensa a todo o conteúdo que envolve os processos devem ser avaliados e checados, que o jornalista deve ter responsabilidade sobre as consequências das informações que publicar.

Para ele, houve uma mudança de postura do judiciário nos últimos anos sobre o conceito de dar publicidade às fases dos processos judiciais com o objetivo da opinião pública ser uma ferramente de pressão contra a impunidade. Ele afirmou que, no local onde trabalha, a maioria de toda informação que tem acesso não é publicada.

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