Todos às ruas dia 20/08 contra a intolerância e pela Democracia
августа 19, 2015 1:30Nem palmas ao governo Dilma Rousseff, nem golpe.
Os atos programados para a próxima quinta-feira (20) em todo o país defenderão uma agenda de reformas à esquerda, que fuja da atual política econômica recessiva e, aliado a isso, reunirão indignados com a intolerância e a revolta seletiva das marchas do último dia 16.
Em coletiva no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo na segunda (17), dirigentes da CUT, MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), UJS (União da Juventude Socialista), UNE (União Nacional dos Estudantes) e Intersindical ressaltaram que as manifestações serão de cobrança e crítica, mas muito distantes das manifestações de ódio que tomaram o país.
Embora a mídia tradicional tenha falado em manifestações “pacíficas”, os atos de domingo tiveram até pregações de morte a quem pensa diferente.
Em São Paulo, os manifestantes se concentrarão às 17 horas, no Largo da Batata, em Pinheiros, e seguirão em marcha até o vão livre do MASP, na Avenida Paulista.
Em Curitiba, a concentração será as 11h na Praça Santos Andrade.
Também estão confirmados atos em mais outras 11 cidades: Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Salvador, Goiânia, Fortaleza, Belém, Belo Horizonte, Porto Alegre e Florianópolis. Outras cidades também devem divulgar a mobilização até o final do dia.
Continue lendo no site da CUT.
Luiz Carvalho, CUT Brasil
Edição: Joka Madruga, Terra Sem Males
Carta do 3º Curso de Comunicação Popular do Paraná em repúdio à criminalização a acampamentos rurais no Paraná
августа 19, 2015 0:36Curta a página Essa Terra é nossa e apoie os acampamentos Dom Tomás Balduíno e Herdeiros da Terra de 1° de Maio
O III Curso de Comunicação Popular, realizado em Curitiba, Paraná, entre 14 a 16 de agosto, reunindo mais de 200 comunicadoras e comunicadores, estudantes, entidades e movimentos sociais, de vários municípios do Paraná e de outros estados, expressa repúdio a contínua criminalização feita por empresas de comunicação aos acampamentos Dom Tomás Balduíno e Herdeiros da Terra de 1° de Maio.
Cerca de 3 mil famílias acampadas permanecem em resistência desde 17 de Julho de 2014, completando um ano de luta, localizado na 3ª parte das áreas exploradas pela empresa madeireira ARAUPEL S/A, em Rio Bonito do Iguaçu, Região Centro do Paraná.
A área foi grilada pela empresa, que atua principalmente na exportação de madeira de floresta nativa e de madeiras plantadas. Desde 2004, tramita na justiça uma ação promovida pelo Incra contra a Araupel. Desde a abertura do processo, os Sem Terra já conquistaram dois assentamentos sobre as terras em disputa: o Assentamento Celso Furtado, em Quedas do Iguaçu, e 10 de Maio, em Rio Bonito do Iguaçu.
A posse de ambas as áreas concedida pelo juiz responsável da Comarca de Cascavel foi dada sem que a empresa fosse indenizada, já que se apropriada ilegalmente da área.
Por isso, as famílias reivindicam a desapropriação da fazenda de cerca de 35 mil hectares para fins de Reforma Agrária. As famílias moram, trabalham, produzem e lutam naquela terra, com a organização da produção agroecológica; escola itinerante com 560 crianças e adolescentes, além de duas turmas de EJA; coletivos de gênero, comunicação e cultura.
Desde a ocupação da área, os meios de comunicação da região frequentemente criminalizam o Movimento Sem Terra, a Araupel como empresa multinacional usa também de cooptação, buscando comprar os meios de comunicação da região para diariamente criminalizar as ocupações na região.
Convocamos todas e todos os comunicadores populares para denunciar os abusos da mídia contratada pela Araupel para criminalizar os trabalhadores que estão em luta numa área decretada por uma juíza da esfera federal como terras públicas, por tanto do povo.
Seguimos em luta!
Foice na mão, pinus no chão!
Abaixo aos latifúndios da mídia!
Não à criminalização dos movimentos sociais!
Assinam:
– Centro de Formação Urbano Rural Irmã Araújo (Cefuria)
– Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR)
– Levante Popular da Juventude Paraná
– Frente Paranaense pelo Direito à Comunicação e Liberdade de Expressão (Frentex-PR)
– Jornal Brasil de Fato/PR
– Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
– Central Única das Trabalhadores (CUT-PR)
– Sindicato dos Empregados em Estabelecimento Bancários de Curitiba e Região
– Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (SINPAF/Floresta)
– Rede Livre
– Soylocoporti
– Movimento de Mulheres da Primavera, de Guarapuava/PR
– Terra Sem Males – jornalismo independente
– Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB
– R.U.A Foto Coletivo
– UNICAFES (União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária do Estado do Paraná) PARANÁ
– Pastoral da Juventude Rural (PJR)
– União Brasileira de Mulheres (UBM)
– MNCR/PR – Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis
– Organização Pachamama
– Servidores Públicos Municipais de São José dos Pinhais
– Movimento de Assessoria Jurídica Universitária Popular Isabel da Silva – Majup (UFPR)
A carta está aberta para novas adesões de entidades, movimentos, coletivos e sindicatos. Para assinar, escreva para compopularpr@gmail.com.
Fonte: Site do Curso de Comunicação Popular Vito Gianotti.
Cohab de Curitiba recua e apresenta proposta aos trabalhadores
августа 18, 2015 19:51Assembleia dos trabalhadores para votar a proposta e o andamento da greve será nesta quarta-feira (19) em Curitiba
Após decisão de greve dos trabalhadores, a Companhia de Habitação de Curitiba (Cohab-CT) apresentou ao Senge-PR e demais sindicatos nova proposta para o Acordo de Trabalho 2015/16. A proposta será votada pelos trabalhadores em assembleia nesta quarta-feira (19).
Na última segunda-feira (17), a categoria definiu pela deflagração de greve por prazo indeterminado a partir de quinta-feira (20), devido ao não atendimento, durante as negociações que se estendem desde junho passado, ao pedido de manutenção do acordo coletivo com correção da inflação de 8,76%.
Para o diretor-financeiro do Senge-PR, Leandro Grassmann, a atual proposta da empresa apresenta avanços para as negociações. No entanto, é a categoria que irá definir definir se atende ou não aos pleitos.
Fonte: Senge-PR
Nathalie Cardone – Hasta Siempre
августа 18, 2015 19:31♫♪ Uma bela canção que homenageia um grande lutador. E aqui homenageamos todos os lutadores e lutadoras por uma Terra Sem Males. Nathalie Cardone canta Hasta Siempre, do compositor cubano Carlos Pueblo.
Clique no link abaixo para assistir um belo vídeo.
Nathalie Cardone – Hasta Siempre
♫♪ Uma bela canção que homenageia um grande lutador. E aqui homenageamos todos os lutadores e lutadoras por uma Terra Sem Males. Nathalie Cardone canta Hasta Siempre, do compositor cubano Carlos Pueblo.
Postado por Terra Sem Males na Terça, 18 de agosto de 2015.
O povo foge da ignorância, apesar de viver tão perto dela
августа 18, 2015 14:08No último domingo (16), convoquei dois amigos para ir comigo nas manifestações na Praça Santos Andrade, centro de Curitiba. Nós três somos filiados ao Partido dos Trabalhadores, militamos diariamente e ocupamos cargos de direção em gestão de representação do movimento estudantil.
Como uma experiência quase antropológica, adaptamos ao contexto com camisas ‘normais’, retirei adesivos da mochila e celular (referentes ao coletivo que integro no movimento estudantil), pulseira da Marcha das Margaridas (havia participado do evento dois dias antes) e demais acessórios. Adotamos o papel de ambulante e das 13h até 17h acompanhamos o ato vendendo bebidas (melhor maneira de conversar com as pessoas sem ter que interpelar).
A experiência foi muito interessante, respeitamos a democracia, o direito da livre manifestação e aproveitando pra exercer alteridade, que não é simples, dessa formar observar além da generalização de que são “burros”, “ignorantes”, “loucos”, “coxinhas”. Até porque os grupos que reivindicavam intervenção (golpe) militar e reclamavam da “ameaça comunista” são bem menores, mas incômodos e raivosos.
O intuito era compreender a participação daquelas que não compõe o ato cegamente pelo ódio, desrespeito, desejo de vingança, incapacidade de abrir mão dos privilégios ou mesmo de enxerga-los, esses são notáveis que o diálogo não está aberto e o delírio predomina. Portanto, queríamos fomentar o diálogo para entender o que eles querem dizer com o “Fora Dilma”, “Fora PT” e pedir impeachment, REFORÇO, ouvir o que eles entendem por tais expressões, não colocar nas categorias do que eu entendo como tais expressões.
Fica visível que a maioria dos presentes não pertence a grupos sociais mais pobres e sim das classes alta e média, também eram brancos em sua maioria, pude contar meus dois amigos e mais seis pardonegros em meio de mais 30 mil pessoas (campo de visão do local que estávamos), isso não deslegitima a natureza ou invalida a pertinência das reivindicações dos presentes, também não a configura como plural e diversa como em 2013, mas reforça autocrítica em buscar onde estão as falhas que culminam nas atuais crises, digo no plural, porque vejo três crises diferentes (financeira, politica-institucional e a social).
Um dos momentos que mais evidenciou pra mim, o esvaziamento de discurso dos participantes da manifestação, foi quando ao retornar das manifestações, encontramos uma família que mais cedo havia nos visto na fila do mercado e nos observou vendendo durante toda à tarde de sol intenso as bebidas. Perguntaram-nos se havíamos vendido tudo e elogiaram nossa tenacidade, enfatizando nosso esforço, o que tornou contraditório os elogios a nós, foi que essa mesma família horas antes bradava xingamentos aos petistas como “vagabundos”, “preguiçosos” e que “vivem de bolsa esmola”.
Em suma, a experiência não foi fácil eu confesso, ouvi diversas vezes hostilidades à presidenta Dilma que jamais desejaria presenciar (como militante, mas principalmente como mulher) e incitação de discursos violentos que destoam do caráter político direcionando para a misoginia, preconceito, machismo e ódio às pessoas das classes mais baixas, questionamentos me inundaram durante o tempo que estive lá, mas compreender mesmo sem concordar é fundamental para quem defende a democracia.
A superação da crise política e econômica passa por processos bem mais difíceis do que prevíamos, as tais reformas de base, mesmo que complexas, são as únicas formas reais de solução e enquanto não houver mudança no sistema político e sistema financeiro, permanecem esvaziados os discursos que tanto foram repetidos naquele domingo.
Por Jhenifer Baptista, estudante de Ciências Sociais (Antropologia) na Universidade Federal do Paraná e Diretora de Comunicação do Diretório Central dos Estudantes (DCE UFPR)
Terra Sem Males
Jornalistas em ato contra demissões no jornal Gazeta do Povo
августа 18, 2015 13:39Na segunda-feira, 17 de agosto, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná realizou uma mobilização em frente à sede do jornal Gazeta do Povo, na Praça Carlos Gomes, em Curitiba, contra as demissões que atingiram a redação do periódico. Os jornalistas distribuíram um panfleto à população alertando sobre a postura dos donos do jornal.
Na semana passada, o chamado “passaralho” foi restrito a jornalistas, sem atingir os altos salários. Foram demitidos profissionais premiados e antigos do jornal, e alguns em condições específicas, como em período de férias ou com filho recém nascido, gerando indignação entre os colegas de profissão.
“Mais uma vez a crise dos patrões é colocada na conta dos trabalhadores, nesse caso os jornalistas. A alegação da empresa é que vive uma crise, mas só corta dos funcionários, dos jornalistas, que estão trabalhando na redação. E o alto escalão da Gazeta do Povo é mantido. Então nossa crítica é essa, qual o critério que a Gazeta do Povo adotou para demitir seus jornalistas? Tem jornalista premiado sendo demitido, repórter fotográfico que ganhou prêmio essa semana sendo demitido, em férias, com filho novo, todos sendo demitidos. Só o alto escalão é mantido, então nossa pergunta é essa, por que a crise do patrão quem paga é a redação?”, questiona Manolo Ramires, diretor do SindijorPR.
Por Paula Zarth Padilha
Terra Sem Males
Campanha Nacional dos Bancários está nas ruas de Curitiba
августа 18, 2015 12:33Na manhã da última segunda-feira, 17 de agosto, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região realizou o ato de lançamento da Campanha Nacional dos Bancários 2015, com o mote “Exploração não tem perdão”. Os bancários percorreram agências bancárias da região central de Curitiba expondo os temas da campanha e dialogando com a população e com os trabalhadores sobre o início das negociações.
“Esse foi o primeiro lançamento que fizemos e em breve vamos divulgar um calendário de atos, mas possivelmente estaremos em frente aos centros administrativos e em cidades da região metropolitana de Curitiba a partir da semana que vem. Os bancários também estarão presentes no grande ato das centrais sindicais no próximo dia 20″, explica Carlos Copi, diretor de Mobilização e Organização da base do Sindicato.
As centrais sindicais estão convocando os trabalhadores para uma manifestação nas ruas dia 20 de agosto, Dia Nacional de Resistência e Defesa da Democracia, da não retirada de direitos dos trabalhadores. “Queremos fazer que o governo governe pelo programa que ele foi eleito para governar. É fundamental que a classe trabalhadora tenha consciência que se nós não formos pra rua disputar esse governo, ele vai ser entregue a 5 ou 6 grupos de comunicação, a 5 ou 6 banqueiros que mandam no sistema financeiro nacional, a 5 ou 6 empresários do latifúndio, então nós precisamos resistir organizados para que esse governo pela pauta que ele foi eleito e para garantir a democracia”, convoca Marcio Kieller, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores do Paraná.
Negociações
A primeira reunião de negociação com os representantes dos bancos será nesta quarta-feira, 19 de agosto, em São Paulo, sobre o tema emprego. “Depois da construção que fizemos nas conferências regional, estadual e nacional, e montamos a nossa pauta muito bem elaborada que foi entregue aos banqueiros, nós temos enfim uma rodada de negociação, já com um calendário sobre emprego, que é um dos temas mais importante pra nós. É aquilo que a gente sempre diz: a gente quer remuneração justa e digna por conta dos lucros que os bancários geram para os bancos, é muito justo. Mas a gente entende que não vale a pena você ter uma boa remuneração se você não tiver no emprego saúde e condições de trabalho”, defende Elias Jordão, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região.

Elias Jordão, presidente do Sindicato, dialoga com a população e os bancários sobre as negociações. Foto: Joka Madruga.
Sobre as expectativas do dirigente com o início das negociações, Elias diz que os bancos vão utilizar o argumento de crise para dificultar o avanço na pauta de negociações, que a categoria terá dificuldades mas que a cada ano avança um pouquinho e que em 2015 não será diferente.
“Os bancos já apontaram que a situação não é das melhores, que tem uma crise, que é preciso que a economia e o sistema financeiro do país estejam estáveis e isso aponta e sinaliza que irão dificultar. Nesse momento se tornam inclusive coadjuvantes na questão do ajuste fiscal. Nós queremos uma economia estável, um sistema financeiro estável, mas nós queremos acima de tudo a garantia dos empregos dos trabalhadores, saúde e condições de trabalho, e uma remuneração justa e digna”, afirma o dirigente.
Mobilização
A Campanha Nacional dos Bancários conta com a mobilização dos trabalhadores para avançar nas conquistas. “Quando a gente fala com os trabalhadores, conta pra eles como está o processo de negociação, eles entendem que apenas com mobilização é que vamos conseguir avançar ou melhorar nas propostas. Os bancários têm atendido o nosso apelo. Tenho certeza que mesmo com tanta dificuldade vamos sair com novos avanços e novas conquistas”, acredita Elias.
Acesse aqui o álbum de fotos do lançamento da Campanha em Curitiba
Categoria bancária tem direitos iguais em todo o país
Os bancários são beneficiados por uma Convenção Coletiva de Trabalho aplicada em todo o país há mais de 20 anos. Os mesmos direitos de um bancário de Curitiba são também de um bancário de qualquer outra região do Brasil. A negociação nacional garante o mesmo piso salarial, valor de participação nos lucros e de benefícios como vale-refeição, vale-alimentação, vale-creche para todos. Os bancários estão há anos conquistando reajustes com aumento real nos salários (índices acima da inflação).
E a cada ano novas conquistas são inseridas nesta convenção coletiva, como extensão da licença-maternidade para 180 dias, igualdade de direitos para homoafetivos, vale-cultura, abono assiduidade. Já as questões como plano de saúde, auxílio educação, programa próprio de remuneração, entre outros, são debatidos banco a banco e estipulados em acordos aditivos, mas também com vigência nacional. Os empregados de bancos públicos também possuem acordos aditivos específicos.
“A categoria bancária é uma das nossas principais categorias da CUT com negociação no segundo semestre, junto com petroleiros, e outras menores. Então a negociação dos bancários dá linha e norteia outras categorias, inclusive na argumentação e atuação. O que nós temos conseguido fazer na categoria bancária nos últimos dez anos é um exemplo de organização e de mobilização e que se estende para outras categorias sem sombra de dúvidas. Então nós da CUT olhamos com muita atenção à questão da campanha dos bancários justamente porque ela tem reflexo nas outras categorias e nas outras campanhas salariais. Isso sem falar que a gente almeja o que os bancários têm há muito tempo que á a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) nacional que é o grande ponto forte desses avanços dos últimos tempos. Isso também tem um significado muito grande nas outras categorias e causa uma inveja boa, de querer conquistar também essa CCT nacional para todas as categorias”, avalia Marcio Kieller, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores do Paraná.
Os principais problemas da categoria são as condições de trabalho. Os bancários sofrem com adoecimentos causados por cobranças excessivas por metas relacionadas a planos de remuneração; assédio moral (mesmo tendo em aditivo a garantia de um programa de prevenção); alta rotatividade que reduz salários; terceirização em atividades do sistema financeiro (em que os trabalhadores não têm os mesmos benefícios); segurança bancária ainda não é adequada; falta de funcionários para atender a alta demanda de clientes. A minuta de reivindicações é extensa e prioriza os diversos aspectos da profissão.
Acesse aqui a íntegra da minuta de reivindicações dos bancários.
Saiba mais: Para bancários, exploração não tem perdão
Negociação sobre emprego bancário será nesta quarta, 19
Texto e edição: Paula Zarth Padilha
Fotos e reportagem: Joka Madruga
Terra Sem Males
Movimento revela resultados do assédio moral: adoecimentos e mortes
августа 18, 2015 11:17“Vítimas do HSBC” traz depoimentos reais e dados estatísticos de uma pesquisa realizada ao longo de dois anos
O sonho de Aline* sempre foi trabalhar e aposentar-se no Bamerindus. Entretanto, a venda do banco paranaense começou a mudar os planos da bancária. “Quando entrou o HSBC a minha vida virou um inferno. Eu não tive mais vida particular. Eu trabalhava praticamente 24 horas por dia, de segunda a domingo, e até transportava malotes cheios de dinheiro a pé, sem segurança”, relata.
A extenuante jornada de trabalho levou a bancária a uma série de cirurgias identificada como fruto das lesões por esforço repetitivo. Ela contabilizou 18 cirurgias. “Fiquei três anos em uma cama e não podia nem pegar minhas filhas no colo”, revela. Na agência, o braço engessado foi explicado pela sua superiora a colegas de trabalho como resultado de uma agressão do marido. “Fui humilhada”, revela.
Trabalhadores da Cohab-Curitiba entram em greve nesta quinta-feira
августа 18, 2015 9:06Paralisação é por tempo indeterminado e deve atingir 100% dos serviços
Os funcionários da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab-CT), entrarão em greve nesta quinta-feira (20). O motivo é o não atendimento ao pedido de manutenção do acordo coletivo, com correção da inflação de 8,76%.
A paralisação, por tempo indeterminado, foi definida em assembleia do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR) e demais sindicatos nesta segunda-feira (17). E deve atingir a 100% dos serviços. A aprovação contou com 105 votos dos 175 funcionários da Cohab que participaram da assembleia.
A negociação com a empresa se estende desde o início de junho sem avanços por parte da Cohab. Em assembleia do último dia 4 de agosto, os funcionários já haviam recusado proposta da empresa, que previa redução de benefícios dos trabalhadores garantidos em acordos anteriores, como o pagamento de valor equivalente a um bloco e meio de vale-alimentação.
Protestos ignoram pauta dos trabalhadores
августа 17, 2015 15:081 – Se os protestos desse fim de semana pudessem ser classificados em uma canção, diria que é um “Samba de uma nota só”. Por mais que se esforcem em dar um caráter popular às reivindicações, a verdade é que a turma cheirosa das ruas é aquela do “Um cantinho, um violão/Esse amor, uma canção/Prá fazer feliz/A quem se ama…” enquanto o pau torava na Ditadura ou agora na luta pela manutenção de direitos.
2 – Mais do que um sambinha, os protestos atuais estão mais vulgarizados. Estão mais para um batidão a lá funk sem muita criatividade. Repetem excessivamente: “Fora Dilma, Fora Dilma, chega de corrupção, para ra ti bum”. Porque se fosse um rap, um rock, teria em seu repertório mais elementos, nos arranjos se perceberia o contexto a volta além da micareta acelerada. Na letra, se citaria a corrupção na Receita Estadual do Paraná, da agressão aos servidores estaduais, a falta de ganho real, o aumento da cesta básica, do ICMS, da conta de luz e água, a máfia do transporte, entre outros.
3- Por isso, embora a parada de sucesso cole que nem chiclete, o trabalhador não deve entrar nesta dança. O seu gingado deve ir à direção de suas pautas históricas, que são o combate à terceirização, a realização de concurso e a melhoria dos serviços públicos, o fim do financiamento privado de campanhas, que estimula a corrupção, entre outros.
4 – A dança do trabalhador é a cantiga de roda. É o samba da contestação. É o “Coração na boca, o Peito aberto, é ir sangrando em direção as lutas dessa nossa vida”. Tudo de forma alegre e colorida. Luta de luto contra a opressão das minorias, de roxo pelo feminismo, arco-íris pelo movimento LGBT, do preto do movimento negro, do vermelho pelos sem tetos e sem terras, entre outros. A partitura dos trabalhadores traz todas as canções e cores esquecidas no protesto descolorido de verde e amarelo. E essa manifestação diversificada e inclusiva será apresentada no dia 20 pelo Brasil. É nela, com a pauta esclarecida, que o trabalhador deve dançar. Senão, em breve, é ele quem fica de fora da dança.
Por Manolo Ramires
Terra Sem Males