App Sindicato: Nota do Comando Estadual de Greve
6 de Março de 2015, 9:43Representantes dos núcleos sindicais e dirigentes estaduais da APP-Sindicato se reuniram na tarde desta quinta (05).
O comando estadual de greve realizou um amplo debate sobre a pauta da greve da categoria e reafirmou:
-Cobrar os itens que ainda faltam os devidos encaminhamentos por parte do governo, conforme ofício já encaminhado na última sexta-feira;
-Cumprir a deliberação da última assembleia de solicitar ao judiciário uma Audiência de Conciliação para forçar o governo a retomar o diálogo com a categoria e avançar na pauta;
-Reiteramos que a greve continua, conforme deliberação da assembleia realizada na manhã desta quarta-feira(04);
-Refutamos as tentativas de intimidação do governo do Estado, através dos NRE’s e/ou de direções de algumas escolas que insistem em pressionar os(as) trabalhadores(as) em retornar às escolas mesmo com a decisão de continuidade da greve;
-Toda e qualquer intimidação para assinatura de documentos, notificações de retorno PERDEM o efeito sem a notificação judicial;
-A APP-Sindicato realizará os devidos encaminhamentos jurídicos em defesa da categoria assim que for notificada;
Informamos, ainda, que a APP-Sindicato não foi notificada de qualquer decisão judicial e, portanto, continua válida a deliberação da assembleia da categoria de continuidade da greve por tempo indeterminado. Continuemos firmes, organizados e unidos na pauta que nos levou à greve. Muito já avançamos, porém muito temos a avançar.
APP Sindicato
Lei sobre violência obstétrica em Curitiba omite tipificações
5 de Março de 2015, 13:54A Lei Municipal 14.598/2015, que estabelece a divulgação em hospitais e maternidades da cartilha sobre a Política Nacional de Atenção Obstétrica Neonatal foi aprovada nesta semana com um veto do prefeito Gustavo Fruet referente à especificação de 21 condutas consideradas violência obstétrica na hora do parto.
A norma em vigor mantém a tipificação de violência obstétrica como “todo ato praticado pelo médico, pela equipe do hospital público ou privado, Unidades de Saúde e consultórios médicos especializados em obstetrícia, que ofenda, de forma verbal ou física, mulher gestante, em trabalho de parto ou, ainda, no período de puerpério”.
De acordo com informações da agência de notícias da Câmara Municipal de Curitiba, os vereadores que concordaram com o veto reclamaram de “pressão externa”.
As 21 condutas que apareciam no texto original do projeto de lei e foram vetados são:
I – Tratar a gestante ou parturiente de forma agressiva, não empática, grosseira, zombeteira, ou de qualquer outra forma que a faça se sentir constrangida pelo tratamento recebido;o
II – Recriminar a parturiente por qualquer comportamento como gritar, chorar, ter medo, vergonha ou dúvidas, bem como, por característica ou ato físico como, por exemplo, obesidade, pelos, estrias, evacuação e outros;
III – Não ouvir as queixas e dúvidas da mulher internada e em trabalho de parto;
IV – Tratar a mulher de forma inferior, dando-lhe comandos e nomes infantilizados e diminutivos, tratando-a como incapaz;
V – Fazer a gestante ou parturiente acreditar que precisa de uma cesariana quando esta não seo faz necessária, utilizando de riscos imaginários ou hipotéticos não comprovados e sem a devida explicação dos riscos que alcançam ela e o bebê;
VI -Realização de procedimentos que incidam sobre o corpo da mulher, que interfiram ou causem dor, ou dano físico com o intuito de acelerar o parto por conveniencia médica.
VII- Recusar atendimento de parto, haja vista este ser uma emergência médica;
VIII- Promover a transferência da internação da gestante ou parturiente sem a análise e a confirmação prévia de haver vaga e garantia de atendimento, bem como tempo suficiente para que esta chegue ao local;
IX – Impedir que a mulher seja acompanhada por alguém de sua preferência durante todo o trabalho de parto;
X- Impedir a mulher de se comunicar, tirando-lhe a liberdade de telefonar, fazer uso de aparelho celular, caminhar até a sala de espera, conversar com familiares e com seu acompanhante;
XI- Submeter a mulher a procedimentos dolorosos, desnecessários ou humilhantes, como lavagem intestinal, raspagem de pelos pubianos, posição ginecológica com portas abertas, exame de toque por mais de um profissional;
XII – Deixar de aplicar anestesia na parturiente quando esta assim o requerer;
XIII – Proceder a episiotomia quando esta não é realmente imprescindível;
XIV – Manter algemadas as detentas em trabalho de parto;
XV – Fazer qualquer procedimento sem, previamente, pedir permissão ou explicar, com palavras simples, a necessidade do que está sendo oferecido ou recomendado;
XVI- Após o trabalho de parto, demorar injustificadamente para acomodar a mulher no quarto;
XVII- Submeter a mulher e/ou o bebê a procedimentos feitos exclusivamente para treinar estudantes;
XVIII – Submeter o bebê saudável a aspiração de rotina, injeções ou procedimentos na primeira hora de vida, sem que antes tenha sido colocado em contato pele a pele com a mãe e de ter tido a chance de mamar;
XIX – Retirar da mulher, depois do parto, o direito de ter o bebê ao seu lado no Alojamento Conjunto e de amamentar em livre demanda, salvo se um deles, ou ambos necessitarem de cuidados especiais;
XX – Não informar a mulher, com mais de 25 (vinte e cinco) anos ou com mais de 02 (dois) filhos sobre seu direito à realização de ligadura nas trompas gratuitamente nos hospitais públicos e conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS);
XXI – Tratar o pai do bebê como visita e obstar seu livre acesso para acompanhar a parturiente e o bebê a qualquer hora do dia.
Paula Padilha
Terra Sem Males
Senado anuncia que CPI do HSBC terá início nas próximas semanas
5 de Março de 2015, 12:57Irregularidades na abertura de contas ocultas serão investigadas por 180 dias.
Foto: Joka Madruga
A Agência Senado publicou hoje que a CPI do HSBC está prestes a iniciar as investigações. O Senador Randolfe Rodrigues, que propôs a CPI, anunciou que as investigações, que terão duração de 180 dias, começarão com a apuração se a Receita Federal e o Coaf [Conselho de Controle de Atividades Financeiras] acompanharam essas contas ou não. “Se não acompanharam, saber por quê não. Temos de buscar colaboração dos Ministérios Públicos francês, suíço e espanhol, que já têm investigações avançadas”, disse o senador.
A CPI do HSBC será formada por 11 membros titulares e 6 suplentes. O objetivo do Senado é esclarecer sobre as mais de 8 mil contas de brasileiros na Suíça, quais incorreram em crime de evasão fiscal e quais são de fato regulares.
O Senado prevê despesas de R$ 100 mil com a CPI do HSBC.
Paula Padilha
SEEB Curitiba
Após ocupação na Suzano, outros 300 camponeses ocupam prédio da CTNBio
5 de Março de 2015, 10:29As ações são contra a liberação dos eucaliptos transgênicos, a ser votada nesta quinta na CTNBio, em Brasília.
Cerca de 1.000 mulheres do MST ocuparam a empresa Suzano, em Itapetininga, em SP.
Cerca de 300 camponeses organizados pela Via Campesina ocupam, neste momento, a reunião da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Na pauta, a liberação de três novas variedades de plantas transgênicas no Brasil: o milho resistente ao 2,4-D e haloxifape além do eucalipto transgênico. A reunião foi interrompida e as decisões, por hora, estão adiadas.
Na manhã desta quinta, outras 1.000 mulheres do MST dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais ocuparam a empresa FuturaGene Brasil Tecnologia Ltda., da Suzano Papel e Celulose, no município de Itapetininga, em São Paulo.
O local da ocupação em Itapetininga é onde está sendo desenvolvido os testes com o eucalipto transgênico, conhecido como H421. Na ocasião, as Sem Terra destruíram as mudas dos eucaliptos transgênicos.
A ação, que faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Camponesas, pretende denunciar os males que uma possível liberação de eucalipto transgênico, a ser votado na CTNBio, pode causar ao meio ambiente.
De acordo com Atiliana Brunetto, integrante da direção nacional do MST, o histórico das decisões da Comissão atenta à legislação brasileira e à Convenção da Biodiversidade do qual o Brasil é signatário.
“O princípio da precaução é sempre ignorado pela CTNBio. A grande maioria de seus integrantes se colocam em favor dos interesses empresariais das grandes multinacionais, em detrimento das consequências ambientais, sociais e de saúde pública”, observa.
Para Brunetto, todo transgênico aprovado significa mais agrotóxicos na agricultura, já que os pacotes aprovados para comercialização sempre incluem um tipo de veneno agrícola.
“O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo desde 2009. Uma pesquisa recente da Universidade de Brasília concluiu que, na hipótese mais otimista, 30% dos alimentos consumidos pelos brasileiros são impróprios para o consumo somente por conta de contaminação por agrotóxicos”, completou.
No caso do eucalipto, o pedido de liberação do transgênico é da Suzano, empresa de papel e celulose.
“Se aprovado pela comissão esse pedido, o eucalipto reduziria sua rotação de seis/sete anos para, apenas, quatro anos. O gasto de água será maior que os 25 a 30 litros/dia de por cada eucalipto plantado que se utiliza hoje. Estamos, novamente, chamando atenção para o perigo dos desertos verdes”, afirmou Catiane Cinelli, integrante do Movimento de Mulheres Camponesas.
Saiba mais: Camponesas ocupam Suzano contra liberação de eucalipto transgênico
MST
APP-Sindicato não foi notificada pela justiça
5 de Março de 2015, 9:51Decisão judicial foi divulgada pela imprensa e pelo governo do Estado
Informamos a todos(as) que a APP-Sindicato não foi notificada e, portanto, é válida a deliberação tomada na ultima assembleia da categoria, por cerca de 20 mil educadores(as), de que a greve da educação continua.
Lamentamos a postura de um governo que se nega ao diálogo com os(as) trabalhadores(as) e recorre a outros poderes para tentar por fim a uma manifestação legítima da categoria que conta com o apoio incondicional da população.
Assim que o sindicato for notificado de qualquer decisão, publicaremos neste portal as orientações para toda a categoria.
Direção Estadual da APP-Sindicato
Projeto Águas para a Vida: ajude a divulgar a história da população atingida por barragens
5 de Março de 2015, 5:52Joka Madruga contou com o financiamento coletivo para viabilizar o projeto. E você ainda pode contribuir.
Foto: Joka Madruga
Nesta quinta-feira, 05 de março, tem início o projeto “Águas para a Vida”. O repórter fotográfico Joka Madruga embarca para Altamira, no Pará, rumo às margens do rio Xingu, para retratar as famílias que em breve serão realocadas de lá, por causa da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
“Não somos contra o progresso, mas tudo que é construído tem que levar em consideração o que vai ficar para trás. Nós queremos o uso racional e humano da água e da energia. Para que não sejam apenas mercadoria ou um investimento que visa o lucro de algumas poucas pessoas, mas que cumpra sua função social com a população”, diz o fotógrafo, lembrando do mote do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB): Água e energia não são mercadorias.
Em todo o país, estima-se que 1,2 milhão de pessoas vivem essa situação de vulnerabilidade, aguardando o dia que serão realocadas de suas vidas, transferidas de seu lar para um lugar qualquer, que elas sequer poderão escolher. “Como repórter fotográfico acredito que tenho uma responsabilidade social a cumprir. E me propus a documentar e relatar a história destas pessoas. Por não ter grandes patrocinadores, resolvi aderir ao financiamento coletivo para poder registrar a luta delas na Amazônia brasileira”, desafia Joka.
Financiamento coletivo
Joka Madruga começou uma campanha no site Kickante, uma plataforma de crowdfounding, em setembro de 2014, com o objetivo de captar R$ 40 mil, verba necessária para percorrer três rios amazônicos, localizados em dois estados diferentes, para resgatar a história dos atingidos por barragens.
O financiamento coletivo dá a contrapartida de uma recompensa de acordo com o valor da contribuição. Nesse sistema, Joka arrecadou pouco mais de R$ 9 mil. “O dinheiro será suficiente para percorrer apenas um rio, mas ainda dá para contribuir, pois o projeto não termina com minha volta, ainda pretendo visitar o Rio Tapajós e o Rio Madeira neste ano”, esclarece.
As contribuições, de qualquer valor, podem ser feitas no site do fotógrafo. Acesse http://www.jokamadruga.com/aguas/ e ajude a contar a história dos atingidos por barragens. As imagens, além das recompensas, serão usadas para a publicação de um livro, uma revista sobre o tema em cada rio e algumas fotos serão disponibilizadas gratuitamente para o movimento social e sindical.
Se você tem um blog, site ou jornal, entre em contato no endereço acima para receber as reportagens e ajudar na divulgação.
Por Paula Padilha
Terra Sem Males
Dieese: valor do salário mínimo deveria ser R$ R$ 3.182,81
4 de Março de 2015, 14:26Cesta básica aumentou o preço em 14 das 18 capitais pesquisadas.
Nesta quarta-feira, 04 de março, o Dieese divulgou a pesquisa mensal sobre o valor da cesta básica, que aumentou em 14 das 18 capitais pesquisadas em fevereiro. O maior custo, de R$ 378,86 foi apurado em São Paulo. Com base nesse valor, é calculado o valor que deveria ser o salário mínimo, para suprir despesas previstas na Constituição Federal. Em fevereiro, o salário mínimo deveria ser de R$ R$ 3.182,81.O salário mínimo em vigor é de R$ 788.
Em Curitiba, o valor da cesta básica chegou a R$ 341,64, representando uma variação de 1,73% com relação à janeiro. Para calcular o valor da cesta básica, o Dieese coleta preços médios praticados no mercado para os seguintes produtos: carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão, café, banana, açúcar, óleo e manteiga, em quantidade equivalente à manutenção de uma família de dois adultos e duas crianças.
Os produtos com maiores variações mensal em Curitiba foram a banana, que subiu 9,49%, e o tomate, que subiu 6,93%. Os produtos em queda foram a batata (variação de – 18,22%) e a farinha (- 7,72%).
Acesse a íntegra do estudo do Dieese sobre a Cesta Básica.
Paula Padilha
SEEB Curitiba
Nota pública da Secretaria Operativa Nacional da campanha do Plebiscito Constituinte
4 de Março de 2015, 12:27No dia 2 de abril de 2014, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, pediu vistas do processo de julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4650, apresentada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que proíbe o financiamento empresarial de campanhas eleitorais e partidos políticos. Na prática, a ADI contribui enormemente à democracia e ao combate à corrupção, pois proibindo que empresas financiem a política esta iniciativa retira o principal ponto de contato entre corruptos e corruptores. Além disso, retira a influência do poder econômico das eleições, favorecendo a igualdade de condições das candidaturas e evitando distorções de representatividade de segmentos sociais.
No STF, a ADI já havia obtido 6 (seis) votos favoráveis e apenas 1 (um) contrário quando Gilmar Mendes pediu vistas, na tentativa de engavetar a proposta. Trata-se de uma ação articulada com os setores conservadores do Congresso Nacional, liderados pelo deputado Eduardo Cunha. Impedem a votação da ADI até conseguirem aprovar o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 352/13 e, assim, constitucionalizar o financiamento empresarial.
Hoje completam-se 11 meses desde que o ministro do Supremo pediu vistas do processo. Conclamamos a todos e todas a reivindicar conosco: “Devolve, Gilmar!” A democracia precisa e o povo brasileiro deseja um sistema político livre da influência do poder econômico, dos corruptores e dos corruptos.
Devolve, Gilmar!
Constituinte já!
São Paulo, 2 de março de 2015
Secretaria Operativa Nacional da Campanha do Plebiscito Constituinte
Professores decidem pela continuidade da greve
4 de Março de 2015, 10:02Professores lotaram o estádio. Foto: Joka Madruga
Nesta quarta-feira, 04 de março, em assembleia realizada no estádio de futebol da Vila Capanema, mais de 20 mil professores estaduais, de acordo com estimativas da APP Sindicato, votaram e decidiram por maioria absoluta pela continuidade da greve, que já dura 24 dias.
Participaram da assembleia professores que todo o Estado, que vieram em caravanas para votar pela continuidade da mobilização. Após o encerramento, professores e apoiadores do movimento iniciaram uma marcha pela educação, em direção ao Palácio Iguaçu.
Saiba mais: Unanimidade: categoria aprova continuação da greve geral
Paula Padilha, com informações da APP Sindicato.
Terra Sem Males
Comitê Árabe exibe documentário sobre mulheres palestinas e islamofobia
4 de Março de 2015, 9:36Na próxima sexta-feira, 06 de março, para celebrar o Dia Internacional da Mulher, o Comitê Árabe brasileiro de Solidariedade de Curitiba promove a exibição de um documentário sobre a condição da mulher palestina, que vive sob ocupação, e sobre a campanha de ódio ao islamismo.
O encontro será realizado na Sociedade Beneficente Muçulmana do Paraná. Além de vídeos que mostram as vidas destas mulheres, seus testemunhos e manifestações, será servido café árabe. Participe!
Evento: Palestinas somos todas – Dia Internacional da Mulher
Data: sexta-feira, 06 de março
Horário: 19h30
Local: Sociedade Beneficente Muçulmana do Paraná (Rua Kellers, 473, São Francisco)
Paula Padilha
Terra sem Males