Ir para o conteúdo

Terra Sem Males

Tela cheia Sugerir um artigo
Topo site 800x100

Blog

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Brasília abraçou os trabalhadores

27 de Maio de 2017, 0:07, por Terra Sem Males

Eu fiquei sonhando, acordei hoje (26) e ainda não esqueci de tudo aquilo”, com essas palavras, Altair Chemberg, funcionário da Fiat, relatou o que viu e sentiu no histórico 24 de maio de 2017. Além dele, Rosimeri Cunico (Caterpillar) e Laionel Sierpinski Dutra (Metalsa) representaram Campo Largo em Brasília

A manifestação foi linda, o povo todo unido. O que nos deixa triste é que a televisão só mostra o lado negativo”, diz Rosimeri Cunico. A esplanada dos Ministérios, na capital federal, foi palco de um grande ato popular, na última quarta-feira, quando aproximadamente 150 mil trabalhadores, desde centrais sindicais, movimentos sociais, estudantes e secundaristas, com todas as bandeiras levantadas, se manifestaram por Diretas Já, contra as propostas de reforma trabalhista, da previdência e contra a corrupção dos políticos brasileiros.

Os representantes do Sindimovec saíram de Curitiba num ônibus da Nova Central Sindical no dia 22 de maio. Era 13h30; e, após 24horas de viagem, chegaram (23) em Luziânia (60km de Brasília). Lá passaram a noite, no complexo da Nova Central, e saíram 4h da manhã em direção a Brasília. Laionel Sierpinski Dutra conta que “foi um ato histórico. Brasília foi tomada por trabalhadores de todo o país, foi lindo ver todas as centrais sindicais e os sindicatos unidos”.

Fica clara a emoção, depois de tanta pressão, nos relatos. Para Altair, o que chamou muito a atenção foi que “o povo de Brasília se juntava a nós. Eles vinham e davam abraços, diziam que estavam do nosso lado. Nós estávamos na linha de frente, nas ruas, e os moradores da cidade ficavam emocionados com tudo aquilo”. O trabalhador acrescenta que “teve um momento em que nós fomos numa lanchonete e uma atendente e o dono perguntaram de onde éramos, aí disseram: “parabéns por virem nos ajudar nesse momento tão difícil””.

Outro relato que não aparece na grande imprensa é que havia manifestantes de todas as idades. “Tinha gente com criança no colo, além dos que tinham mais idade e caminhavam conosco com muita disposição. Isso valoriza ainda mais a manifestação. Nunca vi tanta gente na minha vida, fico arrepiada até agora”, conta Rosimeri.

Indignação

O que deixou os trabalhadores indignados foi que a grande mídia dá mais valor a violência e não mostrar o caráter artístico e criativo da manifestação. “A televisão só mostra as tragédias que aconteceram lá. Deixa a gente triste. É ai que se vê como a Globo nos bate; nos mostra como vagabundos e terroristas”, diz Rosimeri.

Altair conta que havia artistas nas calçadas recitando poesia. Tinha música, paródia, repente e diversas sátiras aos políticos. “Na caminhada eu me sentia muito a vontade, pelo aconchego da população de lá, que nos apoiava e dizia que estávamos fazendo a coisa certa”.

No final dessa jornada, ainda com os gritos de “guerra” na cabeça (“trabalhador unido jamais será vencido” ou “quando a manada se une o leão dorme com fome!”), os dirigentes do Sindimovec “parabenizaram a todos os trabalhadores e trabalhadoras, pais e mães, que deixaram suas famílias e viajaram milhares de quilômetros para defender os nossos direitos que estão ameaçados por esses bandidos que estão no poder”, finaliza Laionel Sierpinski Dutra.

Por Regis Luís Cardoso
Terra Sem Males

Foto: Altair Chemberg



A comunicação popular ganhou o Rio de Janeiro

26 de Maio de 2017, 23:51, por Terra Sem Males

Na última quinta-feira, 25 de maio, militantes da comunicação popular e sindical, artistas que cantam a voz das favelas, intelectuais e historiadores, atenderam ao chamado de Claudia Giannotti, coordenadora do Núcleo Piratininga de Comunicação, e, com muita ousadia, ocuparam a Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, para fazer do 1º Festival de Comunicação Popular e Sindical um sucesso.

Claudia Giannotti, coordenadora do Núcleo Piratininga de Comunicação. Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

Dezenas de barracas formaram um círculo em torno da praça em frente à Câmara de Vereadores e do Theatro Municipal e, recheadas de experiências de comunicação feita por veículos de imprensa alternativos e pela grande redação da comunicação sindical que existe no país, paravam a população que passava por lá.

Construído via crownfunding (financiamento coletivo pela internet), o Festival tinha um palco central, de frente para as escadarias da Câmara, para cumprir sua programação pedagógica, cultural, e pela democratização da mídia. Aulas populares acompanhadas por quem passava destrincharam a Revolução Russa, a greve geral e a luta pela jornada de trabalho no Brasil, as diferenças entre o que a comunicação alternativa deve fazer para contrapor a informação de quem detém o poder dos meios de massa.

O palco também estava com o microfone aberto para os artistas e militantes que representaram os morros e denunciaram as dificuldades de morar à margem do asfalto. Apresentações de rap, funk. Exibição de documentário produzido por alunos do cursinho popular do NPC. E o encerramento, já com a noite alta, ficou por conta do grupo É Preta, um coletivo de ao menos dez mulheres negras que se juntaram para cantar o samba e, também fazer da música suas vozes de resistência e luta contra o preconceito.

Grupo de samba É Preta encerrou o festival. Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males

O Terra Sem Males participou de tudo isso, com muito orgulho. Estávamos lá contando para quem passava em nossa barraquinha o que é esse tal de jornalismo independente. Muita gente ainda não conhecia o trabalho (voluntário) do nosso coletivo de jornalistas que cresce a cada dia.

Mas de todas essas mensagens que tentei descrever aqui sobre essa linda iniciativa de um festival de comunicação popular e sindical que ocupou um espaço público durante um dia e uma noite, com sua praça, suas escadas, suas ruas (e que deslocou mais de dez viaturas da PM durante todo o tempo em que se realizou), no centro do Rio de Janeiro, com muito trabalho e dedicação de toda a equipe do NPC, a mais forte que eu posso descrever para vocês é VITO VIVE.

(Vito Giannotti fundou o Núcleo Piratininga de Comunicação junto com Claudia Giannotti há mais de 20 anos. Ele morreu em 2015 e sua mensagem, seu trabalho e sua luta continuam vivos em todos os comunicadores populares que o conheceram e aprenderam com ele).

Confira aqui fotos do 1º Festival de Comunicação Sindical e Popular.

Por Paula Zarth Padilha
Terra Sem Males

Fotos: Joka Madruga



Bem vindos ao velho novo Paraná Clube!

25 de Maio de 2017, 22:13, por Terra Sem Males

Foi pisar no Couto Pereira para decidir o título do texto de hoje. As grandes lembranças dos anos 90 afloraram na mente antes mesmo da vitória sobre o galo mineiro. A Vila Capanema é nossa casa e é nela que vamos lutar pelo acesso, mas o estádio do rival nos remete aos tempos áureos do pentacampeonato.

Essa sensação de retorno aos bons tempos não se limitou ao ambiente, tampouco ao fato de voltar a atrair um público expressivo.  O time em campo também nos deixou saudosista. Embora ainda não tenhamos um camisa 9 fatal como o Saulo ou imprevisível como o Mirandinha, voltamos a ter peças que nos dão imensa confiança.

Me refiro ao Léo, o Tafaléo, goleiro que em sua primeira temporada já tem uma forte identificação com a torcida e se mostrou capaz de colocar o Marcão no banco sem grandes contestações. Também falo do Eduardo Brock, zagueiro-capitão que a gente confia e respeita. Mas na meia cancha é que a esperança mora pra valer.

Que partida fez o Biteco! Gol de falta, de fora da área, belos dribles e uma irreverência típica do final do século passado. E justiça seja feita, ainda temos o Renatinho, o único R10 possível, que se não fez um de seus jogos mais brilhantes, tem servido de combustível para o nosso entusiasmo.

Para fechar com chave de ouro as comparações, assistimos a um Paraná Clube que jogou de igual para igual contra uma das melhores equipes do país na atualidade. Jogou e ganhou! O placar de 3 a 2 é a prova de que avançamos e de que é questão de tempo para voltarmos a ser aquele gigante dos anos 90!

Confira AQUI os melhores momentos do jogo contra o Atletico-MG.

Confira AQUI como foi a conquista do primeiro título da história do Paraná Clube em 1991, no Couto Pereira.

Confira AQUI como foi a conquista do tetracampeonato paranaense em 1996, também no Couto.

Por Marcio Mittelbach
Guerreiro Valente, Terra Sem Males

Foto: Joka Madruga



ÁGORA: O futuro do Brasil está em jogo

25 de Maio de 2017, 10:37, por Terra Sem Males

As principais lutas no país são destaque da revista do Sismuc.                                                                                  

O Brasil está em chamas. A crise política agravada pelas denúncias de corrupção contra o presidente Michel Temer transformaram o país em um grande palco em disputa. De um lado, políticos, mercado financeiro, grande mídia e parte da justiça tentando retirar direitos da classe trabalhadora. De outro, o povo organizado em movimentos sindicais e sociais resistindo. O futuro é incerto.

Esses são os destaques da revista Ágora desse mês. A sua reportagem de capa mostra como foram as ocupações ocorridas em Curitiba no começo de maio. De um lado, a mídia tentando criminalizar os manifestantes chamando-os de baderneiros e vagabundos. Adjetivos que tentam esconder a realidade sofrida do povo. Do outro, gente humilde e guerreira lutando pelas transformações necessárias no país no campo, na cidade e por segmentos como negros, mulheres, serviço público etc. É disso que trata a reportagem de capa realizada pelo jornalista Gibran Mendes com fotos de Leandro Taques.

A revista também destaca o retorno da agenda neoliberal com o sucateamento das nossas riquezas e sua privatização. Verdadeiros “assaltos” ao patrimônio nacional. O jornalista Pedro Carrano mostra quais foram os impactos desse modelo 20 anos após a Vale do Rio Doce ter sido privatizada. Com imagens de Joka Madruga, se vê os impactos de uma privatização que tem em seu “currículo” o grande desastre de Mariana.

Já a jornalista Déborah Lima foca a organização dos municipais por meio da Confetam. A Confederação renovou seus quadros e se fortaleceu para poder os ataques que o serviço público tem enfrentado com relação a sua carreira e previdência.

A reforma trabalhista também é destaque em texto de Paula Zarth Padilha. A repórter mostra que os mais de 200 artigos alterados da Consolidação das Leis Trabalhistas tem foco em aumentar o lucro das empresas e patrões e retirar muitos direitos da classe trabalho.

No campo da opinião, o filósofo Pedro Elói destaca livro de BoaVentura Souza Santos que trata do patrimonialismo, colonialismo e patriarcado no Brasil. Já Anísio Homem discute a conjuntura mundial e a iniciativa do presidente dos Estados Unidos Donald Trump tentar promover guerras para aquecer o mercado interno bélico. Ainda no campo da opinião, o professor Ivo Pereira de Queiroz esclarece porque o mês de maio é “descartado” pelo movimento negro.

Nas colunas, o destaque do “Radar da Luta” é para as Diretas Já, pauta que toma conta do país. Em “Ponto de Vista” se “apresenta” três cantoras feministas que lutam contra a opressão. Em “Três cliques”, o foco são os ribeirinhos paraenses. A revista traz a sessão “Cartoon”. Nela se traduz o sentimento de boa parte da população: “é preciso resetar o Brasil”.

Ágora é uma revista do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc). Ela é distribuída gratuitamente e também acessada digitalmente no link. Boa leitura!

_______________________

Manoel Ramires

Foto: Leandro Taques



Conselho Nacional de Direitos Humanos vai ao Pará acompanhar os desdobramentos do massacre em Pau D’Arco

25 de Maio de 2017, 8:52, por Terra Sem Males

Massacre aconteceu na manhã desta quarta (24), apenas um dia após ato organizado pelo colegiado para denunciar o aumento da violência no campo

Apenas um dia após o ATO DENÚNCIA “Por direitos e contra a violência no campo”, realizado na última terça-feira (23) em Brasília, dez trabalhadores rurais foram mortos e vários feridos em um massacre na fazenda Santa Lúcia, localizada no município de Pau D’arco, no sudeste do Pará, durante ação das Polícias Civil e Militar na manhã desta quarta-feira (24).

O Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), que organizou o Ato em conjunto com movimentos sociais e órgãos públicos com atuação em direitos humanos, deliberou em sua 27ª Reunião Ordinária, na tarde desta quarta-feira (24), ir ao Pará em missão emergencial para acompanhar o caso. 

A missão, que será composta presidente do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), Darci Frigo, pela Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat,  pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Deputado Paulão, e pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal da Ordem dois Advogados do Brasil (OAB), tem como objetivo acompanhar a perícia e exigir que seja feita a investigação que levará à responsabilização dos culpados pelo massacre.

Fonte: Assessoria da CNDH



Comissão Nacional de Direitos Humanos vai ao Pará acompanhar os desdobramentos do massacre em Pau D’Arco

25 de Maio de 2017, 8:52, por Terra Sem Males

Massacre aconteceu na manhã desta quarta (24), apenas um dia após ato organizado pelo colegiado para denunciar o aumento da violência no campo

Apenas um dia após o ATO DENÚNCIA “Por direitos e contra a violência no campo”, realizado na última terça-feira (23) em Brasília, dez trabalhadores rurais foram mortos e vários feridos em um massacre na fazenda Santa Lúcia, localizada no município de Pau D’arco, no sudeste do Pará, durante ação das Polícias Civil e Militar na manhã desta quarta-feira (24).

O Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), que organizou o Ato em conjunto com movimentos sociais e órgãos públicos com atuação em direitos humanos, deliberou em sua 27ª Reunião Ordinária, na tarde desta quarta-feira (24), ir ao Pará em missão emergencial para acompanhar o caso. 

A missão, que será composta presidente do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), Darci Frigo, pela Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat,  pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Deputado Paulão, e pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal da Ordem dois Advogados do Brasil (OAB), tem como objetivo acompanhar a perícia e exigir que seja feita a investigação que levará à responsabilização dos culpados pelo massacre.

Fonte: Assessoria da CNDH



Temer ultrapassou todos os limites

24 de Maio de 2017, 19:57, por Terra Sem Males

Uso das Forças Armadas contra o povo é uma aberração. Não interessa se do outro lado tinha meia dúzia de baderneiros, se alguns desses colocaram fogo em ministérios. O uso das Forças Armadas contra seu povo é inconcebível. Seja da esquerda, da direita, branco, negro, palmeirense, corinthiano. Não pode. Isso fere os princípios mais elementares de uma nação. Vai contra a teoria do Estado, esmaga valores consagrados. Às Forças Armadas cabe a defesa de seu povo, da soberania do país contra inimigos estrangeiros. Nunca contra seus cidadãos. A sua utilização é uma vergonha que não se apaga. É como um médico que promete salvar vidas e comete eutanásia. É traição a Pátria.

A atitude de Michel Temer tem forte valor simbólico. É autoritária. É arbitrária. Releva seu caráter minúsculo. Ele precisa ser impedido imediatamente.

Os políticos e as entidades já perceberam isso. O julgamento da história é poderoso. Rápido, Rodrigo Maia disse que a iniciativa não era dele. Devolveu a batata quente para Raul Jungmann, ministro da Defesa. Disse mais. Afirmou que o governo mentiu ao transformar Força Nacional em Forças Armadas.  Maia sabe que a utilização do Exército contra o povo joga qualquer um no lixo da humanidade.

Nessa mesma linha de preservar a biografia, o ministro Marco Aurélio Melo já se manifestou brevemente. Dele se espera muito mais. Dele e dos outros 11 ministros. Assistiram isentos um presidente ordenar o uso das Forças Armadas contra o seu povo? E a OAB, ONU, partidos políticos, imprensa, serão coniventes com essa arbitrariedade?

24 de maio já está registrado como AI-1/2017. O resultado disso ainda é cedo para determinar. Vai se tornar uma nova tragédia até chegarmos a outro AI-5 ou isso abreviará ainda mais a permanência de Temer no mais alto cargo da República? Das Forças Armadas, não se espera o motim. Mas do povo se deseja brios. Que seus filhos não fujam à luta.

Assinaturas pedem a cassação do Decreto 1 de Michel Temer

Em tempo

A senadora Vanessa Graziottin já entrou com pedido para revogar o Decreto de Temer. O Congresso Nacional pode remover a decisão. Temer, por sua vez, sentindo o baque, disse que ele mesmo deve revogar o decreto que vai até o dia 31 de maio nas próximas horas. Isso não apaga da história o fato de ter sido autoritário.

 

Por Manoel Ramires
Terra Sem Males
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil



Caravanas de todo país já estão em Brasília

24 de Maio de 2017, 11:16, por Terra Sem Males

Centrais se reuniram com comando da PM para discutir segurança dos atos em Brasília.                        

BRASÍLIA | Ocorreu uma reunião no dia 23 com o secretário de segurança de Brasília, Chefe da Casa Civil , Comando da Polícia Militar e representantes das Centrais Sindicais. O encontro ocorreu para debater a segurança dos atos contra as reformas trabalhista e da previdência, além da saída do presidente Michel Temer e convocação de eleições diretas já. Ficou definido que a área no entorno do estádio Mané Garrincha será liberada. São esperadas caravanas de todo o Brasil para o grande ato marcado para às 16 horas

Na negociação, ficou determinado pelos representantes do governo a revista dos participantes da marcha. Para isso, será montado um esquema pela PM, próximo a rodoviária. Só passam pela barreira montada os três caminhões de som registrados pelas centrais.

Haverá vários pontos de distribuição de água mineral nas proximidades da manifestação.

300 banheiros químicos serão colocados à disposição, 200 nas proximidades do ginásio e estádio e 100 próximos a esplanada. As tendas nas proximidades do ginásio de esportes, e do estádio de futebol Mané Garrincha foram montadas desde terça-feira. O estacionamento para os ônibus será na área do estádio Mané Garrincha. O Ginásio de Esportes Neon Neves foi liberado para ponto de apoio para aqueles que quiserem tomar banho.

O ato

O ato está potencializado pela atual conjuntura do país. A atividade é considerada de risco, devido a tensão: “É preciso que todos os participantes compreendem que não existe total segurança para o que poderá acontecer. Esse é o sentimento da maioria dos organizadores”, informam as centrais. Irão se integrar na marcha, policiais civis, policiais federais, policiais rodoviários federais.

Não será permitido o uso de pau de bandeira, e tubo PVC , a PM estará intervindo caso algum integrante esteja portando.

A marcha

São três caminhões de som. O principal ficará posicionado no local do ato.  Os outros dois seguirão junto com a marcha. Os presidentes das centrais falarão na abertura e no fechamento do ato.

Delegação do Paraná
Delegação de trabalhadores do Paraná já se encontra na Capital Federal para participar das atividades do #OcupaBrasília neste 24 de maio. São esperadas em torno de 80 mil pessoas para protestar contra os desmontes dos direitos trabalhistas e previdenciários provocados pelas reformas de Temer e para exigir a convocação de eleições Diretas Já!

Caravanas
MG – 12 ônibus
RO – 3 ônibus
SC – 41 ônibus
TO – 6 ônibus
PA – 20 ônibus
RJ – 50 ônibus
MS – 4 ônibus
GO 80 Ônibus
SP 150 ônibus
MG 100 ônibus
MA – 6 ônibus
PR – 50 ônibus
RN – 2 Ônibus
DF – 50 ônibus
 

Programação
Esquenta: a partir de 4h00
Concentração: a partir das 11h00
Saída: entre 13h00 e 14h00
Início do ato: 16h00
Encerramento do ato: 18h30
_____________

Edição: Manoel Ramires
Terra Sem Males
Foto: Boca/Sintracon



Ansioso para o jogo do Paraná Clube contra o Galo? Aí vai um aperitivo!

23 de Maio de 2017, 13:59, por Terra Sem Males

A nação paranista aguarda ansiosa pelo confronto mais importante do ano na próxima quarta-feira, 24/5, às 21h45, no Couto Pereira. Depois de bater pela Copa do Brasil o São Bento, o Asa de Arapiraca, o Bahia e o Vitória – os dois na série A – chegou a vez de encarar o Atlético-MG, clube já classificado para a fase de mata-mata da Libertadores desse ano.

Dez anos depois, Paraná Clube e Galo vão voltar a se enfrentar. O último confronto havia sido um 0 a 0 no Mineirão pelo Campeonato Brasileiro de 2007. Por falar em história, não será a primeira vez que Paraná Clube e Atletico-MG se enfrentam em uma fase de oitavas de final na Copa do Brasil. A primeira vez foi em 1998, naquela época a competição tinha 42 equipes contra 86 desse ano.

E o tricolor também fez bonito naquela oportunidade. Antes de enfrentar o Galo, o Paraná encarou o Fluminense. Em um Maracanã quase que impraticável devido às fortes chuvas que atingiram o Rio de Janeiro, naquele 19 de fevereiro, batemos a equipe carioca por 2 a 0. Com um gol de Rafael e um golaço de Reginaldo Vital ao apagar das luzes, o Paraná Clube eliminou o jogo de volta.

Já nas oitavas, recebemos o Galo na Vila Capanema. Com um gol de Tico, o tricolor garantiu a vantagem que foi concretizada por um empate em 1 a 1 no jogo da volta. O destaque do jogo realizado na Vila Capanema no dia 12 de março foi a ótima atuação dos goleiros. Pelo lado do Paraná Clube, o nosso Marcos, ainda menino, fechou o gol. Já pelo lado dos mineiros, Taffarel, que meses depois seria destaque na seleção na Copa do Mundo da França, também fez suas defesas.

Confira AQUI como foi o jogo com o Fluminense.

Confira AQUI como foi o confronto na Vila em 1998. O vídeo está no meio da matéria do GE.

Por Márcio Mittelbach
Guerreiro Valente, Terra Sem Males

Foto: Joka Madruga

 



Evento em Brasília irá denunciar o aumento da violência no campo

23 de Maio de 2017, 11:49, por Terra Sem Males

Diante da intensificação da violência no campo, o Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), em conjunto com organizações da sociedade civil e órgãos públicos de atuação em defesa dos direitos humanos, realiza hoje dia 23 de maio (terça-feira), às 14h, no Memorial do Ministério Público Federal (MPF), em Brasília, o ATO DENÚNCIA “Por direitos e contra a violência no campo”.

Por meio de dados que revelam o aumento da violência no último ano e de depoimentos de trabalhadores e trabalhadoras rurais, indígenas, quilombolas, pescadores artesanais e defensores e defensoras de direitos humanos, vítimas ou ameaçadas, o ato vai denunciar a omissão do Estado diante do aumento da violência no campo, bem como sua contribuição para o aumento e manutenção deste quadro, por meio da criminalização dos movimentos sociais, da atuação desproporcional das polícias e da aprovação de medidas que agravam os processos de concentração, privatização e estrangeirização das terras brasileiras.

De acordo com levantamento da Comissão Pastoral da Terra (CPT), o ano de 2016 teve registro recorde no número de conflitos no campo: foram 61 assassinatos de trabalhadores rurais (o dobro de casos de assassinato em relação à média dos últimos 10 anos) e 1.536 conflitos, envolvendo 909.843 famílias. O ano de 2017 já revela que os conflitos serão intensificados. Nos primeiros cinco meses deste ano foram registrados pela CPT 25 assassinatos em decorrência dos conflitos agrários no Brasil, o dobro dos assassinatos do ano passado para o mesmo período. Outros seis estão sob investigação e ainda não foram inseridos no banco de dados da Pastoral.

Além de um contexto de impunidade aos responsáveis pelos assassinatos, o aumento significativo de conflitos no campo possui relação direta com o desmonte do Estado brasileiro e da política agrária, como a extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), a desestruturação da Fundação Nacional do Índio (Funai) e a paralisação das ações de reforma agrária e da demarcação e reconhecimento das  terras indígenas e quilombolas.

O modelo de desenvolvimento vigente, que prioriza o agronegócio voltado à monocultura para exportação em detrimento da agricultura familiar e camponesa, real responsável pela alimentação da população brasileira, também contribui para o acirramento e manutenção dos conflitos no campo. Em vez de buscar progresso e bem estar social com inclusão, tal modelo reforça a lógica de concentração da terra, do trabalho escravo, da devastação das florestas e do ataque aos direitos de trabalhadores e trabalhadoras rurais e de comunidades tradicionais, sobretudo o direito à terra e aos territórios.

Além de apresentar testemunhos e manifestar solidariedade às vítimas e seus familiares, o ato buscará construir soluções e apontar compromissos que devem ser assumidos pelas organizações e reunir exigências que devem ser tomadas pelo Estado em caráter de urgência para conter o avanço do quadro. Parlamentares, demais autoridades e ativistas comprometidos com a luta por justiça e paz no campo são convidados e a se somarem ao evento, aberto à participação do público em geral.

PROGRAMAÇÃO

14h: Mesa de abertura (Conselho Nacional dos Direitos Humanos e autoridades)

14h10: Direitos e violência no campo, com Beatriz Vargas

Professora adjunta da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília. Tem experiência na área de Criminologia e Direito, com ênfase em Direito e Processo Penal. Membro da Comissão Anísio Teixeira de Memória e Verdade da Universidade de Brasília. Membro do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP).

Pesquisa sobre os temas: Sociedade, Conflito e Movimentos Sociais; Sociedade, Controle Penal e Sistemas de Justiça; Criminologia; Direito Penal; Direitos Humanos e Processo Penal.

14h30: Testemunhos

– Pessoas em situação de ameaça, defensores/as de direitos humanos, vítimas da violência no campo e/ou familiares dos que foram assassinados nos conflitos.

ž  Indígenas: Povo Tupinambá/Bahia e Povo Gamela/Maranhão

ž  Quilombolas

ž  Pescadores/as artesanais

ž  Trabalhadores/as rurais: Luiz Batista (Goiás) e liderança de Castanhal/Pará

15h30: Leitura da carta de exigências ao poder público e compromissos da sociedade civil com a defesa dos direitos humanos e contra a violência no campo

16h: Encerramento

Fonte: Assessoria de Imprensa da CNDH