Algumas questões simplórias que levantei sobre essa ideia brilhante de separar São Paulo do restante do Brasil - valem também para outros Estados:
1) Quem vai arcar com a folha do funcionalismo federal?
2) E o Exército, como fica?
3) E a energia elétrica - ela não vem de Itaipu?
4) E a folha dos aposentados do INSS?
5) E o SUS, que é bancado por União, Estados e municípios?
6) E as universidades federais?
7) As estradas federais?
8) E os royalties do petróleo extraído na Bacia de Santos?
9) E o financiamento agrícola do Banco do Brasil?
10) Idem para o crédito à moradia da Caixa Econômica Federal?
11) E o comércio exterior?
12) A moeda?
13) O novo sistema de tributação?
14) Os programas sociais bancados pela União?
Etc etc etc.
Como se vê, a República Bandeirante não teria vida fácil.
O Estado de São Paulo hoje, não é capaz nem de prover o bem mais precioso do homem, a água, para os seus moradores.
Consegue, mesmo com a ajuda federal, expandir a linha de metrô de sua capital a míseros 1,2 km por ano.
Tem indicadores sofríveis na educação - vale lembrar que a incumbência constitucional é tripartite, com os municípios responsáveis pelo ensino básico, o Estado pelo médio, e a União pelo ensino superior.
Apresenta números cada vez mais desanimadores da segurança pública.
Perde, a cada ano, participação no PIB brasileiro.
Não constrói, a exceção do Rodoanel, que alguns chamam de Rouboanel, que caminha a passos de cágado, nenhuma rodovia relevante.
Etc etc etc.
Os seguidores do coronel Telhada, essa mente brilhante a serviço da evolução do processo civilizatório, poderiam pensar um pouco, só um pouco, antes de escrever essas imbecilidades que poluem as redes sociais.
O papagaio fala, mas não sabe o que fala.
O homem, por teoria, deveria saber o que está falando, pois não é um papagaio.
A República Bandeirante, longe do paraíso
29 de Outubro de 2014, 12:43 - sem comentários ainda | No one following this article yet.
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