Essa última pesquisa Datafolha é algo para se pensar.
Foi feita sob o impacto emocional da morte trágica de Eduardo Campos, antes mesmo do enterro de seu corpo.
E, além disso, colocou a sua vice, cuja candidatura nem sequer foi ainda oficializada, em seu lugar.
Ou seja, uma das opções oferecidas ao pesquisado, Marina Silva, não era ainda candidata a nada.
Vai ser, é claro.
Mas um precedente desse tipo num levantamento que se pretende sério - apesar da circunstância temporal e emocional em que foi realizado - pode ser muito perigoso para o processo eleitoral.
Se Marina Silva, antes de ela ser oficializada candidata, pode constar de uma pesquisa eleitoral registrada no TRE, é lícito supor que outros nomes, potencialmente fortes, também possam ser oferecidos como opção ao pesquisado.
Afinal, esses levantamentos nada mais são do que armas da guerra empreendida pela oligarquia para defenestrar os trabalhistas do Palácio do Planalto.
São usados para iludir o eleitor, criar manchetes nos jornalões e influenciar o voto.
São forjadas?
Não.
Apenas contêm perguntas capciosas, colocadas no questionário para induzir o pesquisado a rejeitar o nome de Dilma Rousseff - e de outros trabalhistas - e escolher aquele apoiado pela turma das trevas.
Fora isso, há a famosa margem de erro.
Três pontos para baixo, três para cima - e tudo se resolve.
Mas da forma como são apresentadas, as pesquisas eleitorais parecem ser o suprassumo da ciência.
Irrefutáveis.
Mesmo essa última do Datafolha, que, se a gente for analisar, nem poderia ter sido publicada.
Pois Marina Silva não é ainda a candidata do PSB.
Sua inclusão no levantamento é uma fraude, um crime eleitoral.
Como seria, por exemplo, colocar no questionário o nome de Lula como candidato do PT no lugar de Dilma.
Mas, como se vê, esta eleição presidencial já se tornou um vale-tudo.
Um vale-tudo para emplacar candidatos cujo único projeto é ser anti-PT, anti-Lula, anti-Dilma, anti-Brasil.
1Um comentário
O que acontece com Nulos e Brancos
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