Legalizada a sua rede, seduzidos os primeiros discípulos para compor a mais nova bancada parlamentar, ela, pouco a pouco, retoma seu lugar no palco da política nacional.
Em breve estará ocupando páginas e mais páginas dos jornalões, minutos e mais minutos dos telejornais, para continuar a sua pregação sobre como pretende salvar o Brasil das garras das velhas e ardilosas raposas que nos tem enganado todo esse tempo.
Não se iludam os cidadãos responsáveis deste país com esses afoitos patifes que tentam dar o golpe do impeachment.
Aécio e a sua turma de miquinhos desastrados estão fora do jogo.
São apenas os "clowns", os bobos da corte.
Marina, sim, essa é a grande aposta dos poderosos.
Ela se vale da velha tática de ver, por trás das cortinas, o circo pegar fogo, para surgir, em meio aos escombros, como a única capaz de levantar o edifício arruinado.
Ainda tem três anos pela frente para tocar o projeto da tão sonhada, por alguns, "terceira via".
Para os ideólogos de sua rede, PT e PSDB estão com os dias contados, o PMDB, pelos seus imensos pecados não é uma alternativa eleitoral, e os outros partidos são meros coadjuvantes.
As eleições municipais no próximo ano servirão como cartão de visita da rede.
A atitude blasé da aparentemente frágil Marina não passa de um despiste, de uma bem pensada estratégia.
Deixe seus inimigos se matarem.
E depois, tome para si, sem luta, seus territórios, suas riquezas, seus eleitores.
