Petistas, simpatizantes do partido e antipetistas em geral aproveitam a entrevista da senadora Marta Suplicy ao Estadão, na qual ela expõe todo seu ressentimento por não ter sido a "escolhida" de Lula para sua sucessão, para replicar a frase "ou o PT muda, ou ele acaba", com a qual a ex-prefeita paulistana encerrou seu rosário de lamentações.
Com o dito, presume-se, a senadora quis afirmar seu descontentamento com o PT de hoje.
Mas o quão diferente é esse PT daquele da época em que ela governava a capital de São Paulo?
Naquele tempo, como agora, o PT não vivia lutas intestinas, intrigas, brigas pelo poder - e pelo dinheiro -, seus dirigentes não faziam acordos velados, não prejudicavam os desafetos e protegiam os amigos?
Partido político é assim mesmo.
No Brasil, nos Estados Unidos, na China, no universo todo.
A senadora não deveria posar agora de pura, inocente, virgem.
Ela sabe muito bem como as coisas funcionam numa engrenagem partidária, tanto que fez e desfez em São Paulo.
Se foi perdendo prestígio com os caciques petistas, isso aconteceu exclusivamente por sua incompetência.
Quem conhece a senadora mais intimamente pode contar melhor sobre o seu temperamento: ela nunca foi e nunca será uma pessoa de trato afável.
O sobrenome e as raízes familiares pesam muito.
E talvez expliquem o fato de que a maior crítica que a ex-prefeita faz ao PT seja por ele ter se distanciado não do povo, mas das elites.
Para ela está claro que o partido deveria ser mais próximo daquilo que chama do "PIB brasileiro", aquele pessoal que, confessou, reuniu em sua mansão paulistana em meio ao patético movimento "volta, Lula", que tentou encabeçar.
O PT deve mudar?
Claro que sim.
Mas essa mudança não pode ser na direção apontada pela senadora.
O PT deve mudar, essencialmente, na sua relação com os sindicatos, os movimentos sociais, as organizações da sociedade civil, e no próprio relacionamento entre filiados e dirigentes.
O PT vai acabar?
Claro que não, pelo menos em curto e médio prazos.
Afinal, há esse pequeno detalhe que a senadora paulista esqueceu de lembrar no seu ressentido discurso antipetista ao Estadão: Dilma Rousseff, que ela tanto odeia, foi reeleita presidenta da República outro dia desses.
E ela, pelo que sabemos, é filiada ao PT.
Motta
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