Copa proporcionou encontro de culturas no Brasil (Foto: Tatiana Azeviche/Setur) |
O site em português da BBC, por exemplo, publica uma reportagem para provar que, economicamente, a Copa foi um fiasco para o país.
Para provar a tese, relata que nem todos os setores da economia se deram bem no mês do evento - algo tão óbvio quanto dizer que a vaca dá leite...
Também entrevista "especialistas", como pessoal da notória empresa de consultoria Tendências, cujo dono é o ex-ministro da Fazenda Mailson "80% de inflação ao mês" da Nóbrega.
É preciso falar mais?
O desastre que foi a atuação da seleção contra a Alemanha também tem sido explorado negativamente - e não poderia ser de outra forma.
Mas, pelo menos nesse aspecto, há o fato positivo de que muitas matérias, artigos e comentários são no sentido de que a goleada deve servir para que se faça uma faxina no futebol brasileiro.
E essa discussão é excelente.
Quanto à outra, do legado da Copa, por mais que os inimigos do governo trabalhista tentem, vai ser muito difícil reduzir a sua importância.
De cara, o Brasil ganhou 12 novos estádios que não deverão ser apenas usados em dias de jogos de futebol, mas que passarão a fazer parte do cotidiano da população das 12 cidades-sede.
Fora isso, há os aeroportos e portos, ampliados e modernizados, além de inúmeros obras para facilitar o transporte urbano de massa e outras de infraestrutura urbana.
Mas, talvez, a maior herança que a Copa deixou seja mesmo a fantástica exposição do Brasil em todo o mundo.
Nunca, na nossa história, o povo brasileiro e sua cultura foram tão fotografados, filmados, gravados, publicados, revelados, enfim, para tantas pessoas e tantos países.
Uma boa parte do Brasil se desnudou aos olhos do estrangeiro.
Poucos dos milhares de turistas que vieram assistir aos jogos da Copa saíram daqui desgostosos com o que viram e viveram.
Muitos deverão voltar.
Certamente a maioria vai contar a amigos e familiares a experiência pela qual passou.
As milhares de matérias feitas no Brasil pela imprensa internacional foram, na quase totalidade, favoráveis ao país.
Dá para dizer que a Copa, nesse sentido, foi um marco, um divisor: depois dela, o Brasil nunca mais será visto como apenas a terra do futebol, do Carnaval, das mulheres bonitas e semidespidas e das praias.
Será visto, isso sim, como uma jovem nação de um povo acolhedor e persistente, capaz de superar obstáculos e de construir, a partir de sonhos, a sua realidade.
E se a Copa foi tudo isso, imagine a Olimpíada!
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