Votei pela primeira vez em 1974.
Lá se vão, portanto, 40 anos. Depois desse voto, não houve uma eleição sequer que não acompanhasse com a intensidade que tais eventos merecem de todo e qualquer cidadão interessado no destino de seu país.
E pelo que lembro, não houve nenhuma eleição em que os candidatos ficassem explicando, cândida e didaticamente, seu programa para os eleitores.
Ao contrário, em todas elas, o pau quebrou, houve embates fortíssimos entre os favoritos, chutes à profusão abaixo da cintura, baixarias homéricas.
E isso se justifica.
Eleição é uma guerra.
Quem entra nessa disputa sabe o que vai encontrar.
Não pode esperar ganhar se vai à luta armado com um estilingue - sabendo que seu adversário está pronto para disparar salvas e mais salvas de tiros de canhões sobre suas ideias, seu discurso, sua família, sua vida...
Para conter esses abusos existe a legislação - e a Justiça Eleitoral.
É ela que tem de verificar se algum candidato ultrapassou o limite entre a crítica pesada e a calúnia, a injúria ou a difamação.
No resto, o choro é livre.
O coitadismo explícito da candidata Marina Silva nesta campanha eleitoral é puro jogo de cena, estratégia de marketing para ganhar alguns votinhos.
Marina é uma política profissional, assim como o seu estafe.
Chorar numa entrevista ao falar dos "ataques" que diz sofrer de Lula mostra apenas que ela é uma boa atriz.
Porque, se o choro foi realmente para valer, ele é mais uma demonstração da fraqueza da candidata e de seu despreparo para assumir o cargo que pleiteia - afinal, um presidente da República de um país tão importante quanto o Brasil deveria ter, no mínimo, equilíbrio emocional para suportar a inevitáveis pressões - e críticas - que virão, por mais forte que sejam.
Levar "pedradas" numa campanha eleitoral é o mínimo que qualquer candidato deve esperar.
Lula, Dilma, o PT todo, têm levado porradas há anos.
Reclamam, como é direito de qualquer um que se julga injustiçado reclamar.
Mas não fazem cara de coitadinhos, nem choram todas as vezes que são chamados de corruptos, ladrões, estupradores, assassinos ou terroristas - a lista de ofensas é enorme.
O comportamento dos opositores do governo trabalhista é interessante: quando eles caluniam dizem que estão somente criticando, mas quando são criticados se sentem caluniados.
É como diz o povão: quer moleza? Senta no pudim...
O jogo de cena do coitadismo
13 de Setembro de 2014, 11:16 - sem comentários ainda | No one following this article yet.
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