O nosso simpático Geraldo anunciou que as obras de ampliação do metrô paulistano vão atrasar - ainda mais.
Disse isso pouco depois de uma absurda decisão judicial que proibia a continuidade da construção das ciclovias na capital foi derrubada.
Todo mundo sabe que a mobilidade urbana é um dos problemas mais sérios de São Paulo.
E que a única solução realmente eficaz para diminuir a aflição de milhões de pessoas é ampliar a malha metroferroviária.
Pôr mais ônibus nas ruas não resolve o problema.
Nem construir, como se fez até outro dia, avenidas, viadutos, pontes e túneis para carros.
Ou, mesmo, como agora, investir em ciclovias.
No mundo todo é o metrô, conjugado com trens suburbanos e linhas de ônibus, que aguenta a barra do transporte de massa.
O resto é um paliativo, uma ajuda extra.
Claro que São Paulo ficaria muito melhor com ônibus mais novos e confortáveis, correndo em faixas exclusivas.
É óbvio que as ciclovias são bem-vindas, pois significam, antes de mais nada, uma mudança cultural numa metrópole que cultua o automóvel.
Da mesma forma, ruas bem pavimentadas para o uso dos carros e calçadas sem buracos para os pedestres também ajudariam muito a população.
Mas o problema, gravíssimo, do transporte urbano paulistano, só será, se não resolvido, pelo menos amenizado, com uma violenta ampliação das linhas do metrô.
O que acontece em São Paulo, porém, é um dos maiores mistérios do universo em todos os bilhões de anos de sua existência.
Os tucanos simplesmente não conseguem aumentar a rede metroviária!
Seus governos gastam bilhões de dólares ou reais, como queiram, prometem obras incríveis - e nada acontece!
Fosse o Ministério Público um órgão realmente determinado a defender os interesses dos cidadãos, todos os responsáveis por esse crime já teriam sido enquadrados em alguma lei - existem tantas neste Brasil...
Isso, todavia, é apenas um sonho de verão.
No Brasil, hoje, não há quem defenda o interesse público.
As autoridades são covardes ou omissas, prestam-se apenas ao desfrute de alguns momentos de fama popular.
Não têm a consciência de que, agindo assim, nivelam-se a esses péssimos administradores públicos que tomaram conta do Estado mais rico da federação e nele se perpetuam como parasitas.