Noto um acentuado regozijo por parte de alguns desses pitbulls que, de alguns anos para cá, se disfarçaram de jornalistas para aperfeiçoar a velha e compensadora arte da difamação.
Segundo eles, está próxima a hora de o "Brahma", como se referem ao ex-presidente Lula, fazer companhia aos camaradas muito bem enjaulados por ordem da moralizadora República de Curitiba, a redentora da moral e dos bons costumes pátrios, tão dilaceradamente perdidos nos últimos anos de caos petista.
As acusações que pesam contra o "Nove Dedos", que é também como os nossos homens de bem se referem ao ex-metalúrgico nordestino que, contra tudo e contra todos, se tornou duas vezes presidente da República, são várias e graves.
Suspeita-se que ele, montado no prestígio internacional que conseguiu depois de anos de intensa atividade política e social, recebe pagamentos por palestras que faz para públicos variados.
Suspeita-se também que ele, aproveitando esses périplos em terras estrangeiras, tem destacado, para plateias embevecidas que - ousadia! - pagam para escutá-lo, as vantagens de se investir no Brasil, informando-as sobre a pujança material do país, da disponibilidade de mão de obra capacitada, da enormidade de um mercado consumidor de dezenas de milhões de pessoas, e também sobre os notáveis avanços econômicos, sociais e geopolíticos feitos pela nação nos últimos anos.
A mais grave acusação contra o "Molusco" ou o "Apedeuta", que são outros epítetos com que o ex-presidente é carinhosamente agraciado pela turma que quer salvar o Brasil dos males da moderna civilização, confunde-se, porém, com sentimentos primevos do ser humano, tais como a inveja ou o despeito.
É que, para esses patriotas untados de verde-amarelo, é inconcebível que Lula tenha chegado onde chegou por seus próprios méritos, tenha cumprido tantas promessas de campanha e feito tanto pelos desprotegidos, pobres e miseráveis, a ponto de hoje a maioria do povo brasileiro não precisar mais se engalfinhar na disputa das sobras do banquete dos oligarcas.
Lula deve, portanto, ser aprisionado, se possível numa solitária, de onde nenhum som de sua voz rouca poderá vazar.
Pois livre será sempre motivo de vergonha para aqueles brasileiros que tudo têm e nada fazem em favor de seus semelhantes.
Motta
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