As vendas do comércio varejista, segundo as pesquisas do setor, caem mês a mês.
Faltando duas semanas para o Natal, a data mais lucrativa para os comerciantes, o que se vê, porém, é uma estranha inércia por parte dos empresários: parece que eles ou desconhecem o poder da publicidade e do marketing ou simplesmente não estão nem aí para o fato de seu faturamento estar caindo, como apregoam.
Afinal, o Brasil está ou não vivendo uma séria crise econômica, na qual a população sente os efeitos do desemprego, da inflação e da perda de renda?
O noticiário dos jornalões e a algaravia emanada dos meios de comunicação juram que sim, que o Brasil está em frangalhos.
Os empresários, entusiasmados, sentem prazer imenso em juntar suas vozes ao coro de lamúrias.
E ficam por isso mesmo.
E, tais quais cracas centenárias, permanecem grudados no casco de seus envelhecidos navios, à espera das ondas que possam movê-los para mares menos turbulentos.
Não é preciso ser mais que alguém atento para perceber o quanto atrasados, nas relações com o público, estão os empresários brasileiros.
O caso dos comerciantes, que mantêm contato praticamente direto com o consumidor, é de doer.
Nas lojas físicas, achar algum funcionário bem treinado, capaz de dar informações detalhadas sobre um produto ou de esclarecer dúvidas triviais, é como ganhar na loteria.
E os preços, então?
Não raro, eles dão ao freguês a impressão de que ele se teletransportou, como viajante da Enterprise do capitão Kirk, para alguma casa superluxuosa da Rue Faubourg St. Honoré, em Paris, ou da Quinta Avenida, em Nova York.
Já a maioria das lojas brasileiras de comércio eletrônico está ainda nos tempos do sistema operacional DOS, que rodava programas naquelas telas verdes de computadores lentos, pesados e desajeitados.
Outro dia, só para exemplificar a miséria desse tipo de comércio no país, fiz uma compra numa loja chamada Estrela 10. Pagamento feito, dinheiro na conta do comerciante, dois dias depois, ao xeretar o "status do produto", vejo que ele está "aguardando estoque". Ou seja: ou a loja é uma bagunça completa, ou ela não tem o produto (que estava anunciado para pronta entrega), ou ela não tem funcionários suficientes para despachar o pedido antes que o comprador se esqueça por completo do que comprou.
O empresário brasileiro é um chorão de marca maior.
O rosário de reclamações começa com os impostos altos, que sonega, passa pelo salário que é obrigado a pagar aos seus funcionários (ele gostaria que fossem escravos) e vai até o fato de ter de gastar mais com eletricidade no verão.
A culpa, sempre, é do governo - o federal, é claro, pois ele nunca se lembra que existem no país governadores, prefeitos, senadores, deputados e vereadores.
Nunca é culpado de nada, nunca percebe que, em 99% dos casos, é a sua incompetência a causa de seus problemas.
Quer sair da crise?
Pois bem, seja criativo, diminua sua margem de lucro, anuncie mais, trate melhor seus fregueses - seja competente, enfim.
Motta
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