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São Paulo, o túmulo da educação

1 de Dezembro de 2015, 12:19 , por CRÔNICAS DO MOTTA - | No one following this article yet.
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Foto:  Roberto Parizotti/Secom CUT
O que se passa com a educação em São Paulo, a locomotiva do Brasil, o Estado mais rico da federação, é algo digno de uma ditadura africana, daquelas que fazem Idi Amin Dada um coroinha da missa das 11.

Fechar escolas, seja qual for o argumento, deveria ser um tabu para qualquer governante.

Salas de aula são como templos, locais sagrados, impolutos, irradiadores de conhecimento e inteligência.

E como tal, merecem todo o respeito e veneração, seja do mais humilde servidor público à mais alta autoridade.


Não tenho dúvida nenhuma de que o governador Geraldo Alckmin, o homem que foi reeleito por mais de 60% do eleitorado paulista, vai ganhar a queda de braço que vem disputando com professores, alunos e pais de alunos.

Afinal, ele tem a força.

Conta com a ajuda de uma imprensa servil a seus interesses, de uma rede de funcionários dedicados ao salário do fim do mês, e, principalmente, de uma guarda pretoriana que, além de defendê-lo obstinadamente, não se preocupa em utilizar todas as armas de que dispõe contra um inimigo indefeso, incapaz de oferecer a menor resistência física contra pistolas, cassetetes, sprays de pimenta...

Trata-se de uma luta absolutamente desigual.

Mas é uma luta cujo resultado previsível desmerece o vencedor e enobrece o perdedor.

Uma vitória de Pirro, uma falsa vitória.

Porque serão inapelavelmente derrotados os que tratam a educação, a cidadania, os valores democráticos, o próprio corpo social, a pancadas, com truculência e selvageria.

E serão vencedores aqueles que lutam pelo que realmente importa: a esperança.

A esperança de ter um futuro num país de oportunidades desiguais, a esperança de crescer carregando valores que dignificam o ser humano.

Valores que não o apequenam, como esses demonstrados por um governador sem nenhum respeito à democracia, à dignidade - e aos seus próprios eleitores.

Antigamente se dizia que São Paulo era o túmulo do samba.

Adoniran Barbosa, Paulo Vanzolini e Eduardo Gudin, entre outros, provaram o erro dessa afirmação.

Já Geraldo Alckmin conseguiu transformar o Estado no túmulo da educação.
Fonte: http://cronicasdomotta.blogspot.com/2015/12/sao-paulo-o-tumulo-da-educacao.html

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