Só a política é capaz de salvar a jovem e imatura democracia brasileira.
Justamente ela, que é tão atacada neste momento.
Exatamente ela, que, vítima de um processo de lavagem cerebral em massa, se transformou numa supervilã, fonte de todos os males.
Pois foi isso o que ocorreu no Brasil: o plano da plutocracia de dizimar as esquerdas - o Partido dos Trabalhadores e suas principais lideranças são apenas o alvo principal -, para impor a volta do regime da Casa Grande e Senzala, acabou prejudicando todos os outros partidos políticos.
Hoje nenhum deles escapa da pecha de corrupto.
Políticos são todos ladrões, é o que se ouve em qualquer lugar.
Mas o que será da sociedade brasileira sem a política?
Haverá alguém com dois neurônios disposto a trocar a nossa democracia representativa, ainda imperfeita, ainda com muitos problemas, é claro, por um reinado absolutista, por uma ditadura total, uma tirania sem freios?
Acredito que não.
Acho que nem os mais incendiários próceres tucanos têm esse desejo.
Voltar à Idade das Trevas, ao tempo do "prendo e arrebento" vai beneficiar quem?
O povão, esse que mais sofre as consequências da recessão?
O micro, o pequeno, o médio e até o grande empresário, que verão o mercado consumidor encolher à miséria dos tempos pré-Lula?
A classe média, que verá os seus direitos, as suas garantias constitucionais, serem jogadas no lixo?
Os únicos que se beneficiarão dessa catástrofe serão, novamente, aqueles que estão no topo da pirâmide social, o 1% que controla 90% do capital nacional, e os imensos interesses externos, corporações multinacionais, governos imperiais, megaespeculadores globais.
A solução da crise política e econômica brasileira não se dará somente com a ida de Lula ao governo, embora ela represente um passo para isso, exatamente porque o ex-presidente é um adepto radical da arte de fazer política.
Lula pode ajudar a construir as pontes necessárias para acabar com essa epidemia de insanidade que tomou conta do país.
É preciso, porém, que do outro lado encontre pessoas dispostas ao diálogo, à negociação.
É necessário que do outro lado exista quem entenda que o fim da política representa o fim da civilização.
Sem ela, sem o seu exercício cotidiano, exaustivo, incansável, seremos reduzidos a feras enlouquecidas com o cheiro do sangue.
Motta
Novidades
- Musicóloga expõe em livro seu rico universo particular
- Rodrigo Marconi mostra seus outros "eus" em novo álbum
- Jazz Cigano invade novamente Piracicaba
- Danilo Caymmi e Cláudio Nucci abrem Festival de Artes e Saberes das Águas
- Leandro Bertolo lança novo álbum com produção de Kleiton Ramil
- Um piano versátil. E uma homenagem a Tom Jobim
- Alfredo Dias Gomes presta homenagem ao ídolo Elvin Jones
- Luís Martins reúne time de craques em seu novo trabalho autoral
- Menescal comemora 86 anos como gosta: no palco
- Saxofonista e flautista Fernando Trocado lança primeiro álbum autoral
- Neta de Dias Gomes e Janete Clair lança EP autoral
- Novo álbum do baixista Zuzo Moussawer homenageia a cidade de Santos
- Festival integra música e arquitetura dos principais palácios brasileiros
- Brasileiro compõe peça para "piano robô"
- Filho de Paulo Leminiski e Salvadores Dali recriam "Dor Elegante"
- Poeta premiada escreve livro para "homem inventado"
- Maria Rita Stumpf canta o Brasil profundo em seu novo álbum
- Edvaldo Santana pede mais humanidade em novo single
- Caverjets, a banda que toca rock anti-Bolsonaro
- Armando Lobo reinventa a música nordestina
- Max Riccio revive violão do início do século XX
- Festival Levada comemora dez anos com quatro dias de shows
- Fotos de Sil Azevedo eternizam seu universo peculiar
- Esplendor do Cine Metro é recriado em documentário brasileiro inovador
- Obra de Denise Emmer chega às plataformas digitais
Posts do blog
- 2016 (105)
- 2015 (211)
- Dezembro (20)
- Novembro (22)
- Outubro (16)
- Setembro (17)
- Agosto (22)
- Julho (15)
- Junho (19)
- Maio (17)
- Abril (17)
- Março (16)
- Fevereiro (16)
- Janeiro (14)
- 2014 (167)
0 comunidades
Nenhum(a)