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Um ano de vida nas montanhas (2)

3 de Fevereiro de 2015, 15:55 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
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Praça Sesquicentenário, a preferida dos "atletas"
O chamado Circuito das Águas Paulista é formado por nove cidades: Águas de Lindoia, Lindoia, Serra Negra, Amparo, Monte Alegre do Sul, Pedreira, Jaguariúna, Socorro e Holambra.

A mais populosa delas é Amparo, com cerca de 70 mil habitantes, seguida por Jaguariúna, com pouco mais de 50 mil. E são essas duas que têm alguma atividade industrial: em Amparo, a Ypê e a Shefa são as principais empresas; Jaguariúna é um importante polo tecnológico.

As outras cidades vivem basicamente do turismo.

Empregos, só no setor de serviços ou no funcionalismo público.

Quando me perguntavam o que havia para se fazer em Serra Negra invariavelmente eu dizia que era exatamente o que havia na capital. 

Quem indagava esse tipo de coisa, acho, associava o interior do Estado aos velhos filmes de Mazzaropi ou ao célebre quadro de Almeida Junior "Caipira Picando Fumo".

Ou seja, tinha uma visão bem equivocada das cidades um pouco mais distantes da Grande São Paulo.

Vou dar um exemplo de Serra Negra, que tem cerca de 27 mil habitantes.

O comércio para turistas é muito forte. Localiza-se essencialmente na Rua Coronel Pedro Penteado, uma espécie de shopping center ao ar livre, com mais de 400 lojas de vestuário, calçados, artesanato, alimentação etc. 
Na via paralela está o comércio para os moradores da cidade, com um pouco de tudo. Já os prestadores de serviço se espalham por todo o centro.

Mas o interessante - e é isso que muita gente desconhece - é que quem mora numa das cidades do Circuito das Águas não depende exclusivamente dela para o seu dia a dia.

Serra Negra, onde resido, está a 15 km de Amparo, 15 km de Lindoia, 22 km de Águas de Lindoia, 33 km de Socorro, 49 km de Jaguariúna, 6 km de Monte Alegre do Sul, 60 km de Holambra, 33 km de Pedreira.

Vou para Amparo, que tem serviços bem mais diversificados que os de Serra Negra, em cerca de 15 minutos. 

Jaguariúna, onde muitos jovens fazem faculdade, fica a uma hora de viagem.

É muito mais fácil circular entre essas cidades do que se locomover na capital.

As estradas estão quase todas recuperadas - depois de anos abandonadas.

E há de tudo nessas cidades: bons bares e restaurantes, cinemas, escolas, hospitais, médicos, clínicas médicas, lojas de departamento, supermercados, academias de ginástica - exatamente como em São Paulo, com a vantagem de as coisas serem mais baratas, de se chegar mais rapidamente, de estacionar o carro com mais facilidade, de andar nas ruas com mais segurança...

Para aquele que não consegue se desapegar de um shopping center há a opção de Campinas, a 1h20 de Serra Negra (77 km de distância). Só perto da rodovia Dom Pedro I existem três deles: Parque D. Pedro Shopping, Iguatemi e o Galleria. Sem contar que a uma hora de Serra Negra, em Mogi Guaçu (60 km), funciona o Buriti Shopping.

Outras opções para quem mora em Serra Negra diversificar compras ou serviços são os municípios de Bragança Paulista e Itatiba, os dois a 63 km de distância ou uma hora de viagem.

As ruas de Serra Negra, nos fins de semana, ficam cheias de gente até tarde da noite, assim como os bares do centro.

Os supermercados funcionam, nos dias de semana, até às 20 ou 21 horas. Só fecham mais cedo no domingo, por volta das 13 horas. 

O pequeno hospital da cidade mantém pronto socorro 24 horas por dia, sete dias por semana. 

Quem é usuário do plano de saúde da Unimed conta com um posto de pronto atendimento, em Amparo, também 24 horas por dia.

A praça Sesquicentenário, a maior de Serra Negra, é onde o pessoal faz exercícios físicos, anda ou corre.

É comum ver os "atletas" se exercitando às 9, 10 horas da noite. 

Não soube de nenhum caso de alguém que tenha sido assaltado ou roubado nas ruas serranas.

Já uma amiga nossa foi mordida, no ano passado, duas vezes por cães.

Nem tudo é perfeito nas montanhas.
Fonte: http://cronicasdomotta.blogspot.com/2015/02/um-ano-de-vida-nas-montanhas-2.html

Motta

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