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Um ano de vida nas montanhas (5)

6 de Fevereiro de 2015, 21:20 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
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Centro histórico de Amparo é belíssimo.
Pena que poucos saibam de sua existência
As cidades que compõem o chamado Circuito das Águas Paulista são bem diferentes entre si.

Todas elas, com exceção de Jaguariúna, que é um polo tecnológico, têm como base da economia o turismo. Cada uma delas, porém, o explora de forma diversa.

Em Serra Negra o forte é o turismo de compras. 

A rua principal, Cel. Pedro Penteado, é um shopping center ao ar livre, com cerca de 400 lojas de vestuário, calçados, alimentos, artesanato... 

Há opções para todos os bolsos, ótimos bares e restaurantes.

Em compensação, há poucas atrações turísticas.


Os tradicionais "trenzinhos" continuam a levar os turistas para alguns deles, mas os principais ficam de fora do roteiro: o alto da serra, a mais de 1,3 mil metros de altitude, com uma vista fantástica de toda a região, inclusive de várias cidades vizinhas; o Cristo Redentor, que também proporciona uma bela visão da cidade; o miniférico, que leva as pessoas da Praça Independência ao Cristo Redentor.

Fora isso, as estradas vicinais cruzam locais muito bonitos - a paisagem, por si só, é um grande atrativo.

As menores cidades do Circuito das Águas Paulista são Lindoia e Monte Alegre do Sul, cada uma com cerca de 8 mil habitantes. 

Fora a fama de sua água mineral, Lindoia tem um lago que poderia ser mais bem aproveitado turisticamente.

Monte Alegre do Sul é a terra da cachaça, com cerca de 20 alambiques espalhados pela zona rural, mas além da "mardita" tem um centro histórico lindo, bem preservado, e inúmeras pousadas nos arredores, além de um pequeno balneário. É um ótimo local para quem anda muito, mas muito estressado - a cidade exala tranquilidade. 

Há ainda bons restaurantes em Monte Alegre do Sul, e um particularmente, que dá de dez a zero em qualquer barzinho da moda da Vila Madalena, chamado Bar da Fonte: cardápio caprichadíssimo num local de extremo bom gosto. E preços bem em conta.

Amparo é um caso à parte. É chamada de "capital histórica" do Circuito das Águas. O título é merecido. Todo o centro remete o turista ao início do século 20 e fim do século 19. Está quase tudo preservado, uma maravilha. Casarões belíssimos, igrejas idem, um verdadeiro tesouro. 

Mas, como em quase todas as outras cidades da região, o marketing é zero. Ninguém sabe que a pouco mais de 100 km da capital pode-se fazer uma viagem ao passado. 

Socorro optou, e fez muito bem, pelo turismo de aventura, aproveitando o Rio do Peixe. 

Pedreira vive, como Serra Negra, do turismo de compras, mas se especializou em porcelanas e cerâmicas. Toda a região em torno da rodovia Jaguariúna - Amparo é tomada por lojas. O movimento nos fins de semana é intenso, mas os preços... Nos últimos anos, com a fama veio a cobiça. 

Águas de Lindoia é muito visitada por famílias e recebe inúmeras convenções empresariais. A praça Adhemar de Barros é um espetáculo, com seus lagos e jardins projetados por Burle Marx. O balneário é outra atração imperdível. O centro da cidade, ladeado de montanhas, é muito bonito.

Sobre Holambra há pouco a falar. Todo mundo sabe que ela é a "cidade das flores" e um pedaço da Holanda no Brasil. A Expoflora é conhecida internacionalmente.

Jaguariúna faz parte do circuito de rodeios. Para quem gosta é um prato cheio. 

Há algumas coisas em comum nas 9 cidades do Circuito das Águas Paulista: elas são limpas, rodeadas de verde, vê-se poucos mendigos, a pobreza existe, mas a miséria é pouca, assim como a violência.

Se agissem coordenadamente em várias áreas, como no turismo, saúde, transportes, habitação, educação, entre outras, poderiam se constituir num exemplo para o restante do Brasil.

Sem nenhuma coordenação, agindo cada uma por si, mantêm-se refém de políticos de mentalidade tacanha, ultrapassada, sem visão estratégica e nenhum talento administrativo.

Uma pena.
Fonte: http://cronicasdomotta.blogspot.com/2015/02/um-ano-de-vida-nas-montanhas-5.html

Motta

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