Ir para o conteúdo

Motta

Voltar a Segundo Clichê
Tela cheia

Fotógrafa preserva, em sua obra, o patrimônio arquitetônico e cultural de Jundiaí

24 de Outubro de 2018, 14:05 , por segundo clichê - | No one following this article yet.
Visualizado 417 vezes

A fotógrafa e artista plástica Regina Kalman mostrará os registros que fez ao longo de quatro décadas de edifícios e monumentos da arquitetura da cidade de Jundiaí (SP), em sua 10ª exposição fotográfica individual, na Pinacoteca Diógenes Duarte Paes (Rua Barão de Jundiaí, 109, Jundiaí). A abertura será no sábado, 3 de novembro, às 19 horas, e a mostra seguirá até o dia 28 de novembro.

A maioria das fotos da exposição, intitulada "Referências de Jundiahy em Foco, apresenta um registro urbano, rural e ferroviário do patrimônio cultural jundiaiense, que, na opinião de Regina, é importante para a preservação da memória da história da cidade. "Nas fotos  pode-se observar vários edifícios que hoje foram modificados ou demolidos, ficando somente como documentos fotográficos", diz a artista, dando um exemplo: "Quando repórter-fotográfica do Jornal de Segunda,  em 1975, registrei o corte das figueiras para construírem a antiga estação rodoviária, hoje terminal central."

Outro exemplo, de arquitetura histórica, é a Casa do Sal, fotografada por Regina em 1977. O imóvel, construído em taipa e datado do período colonial, ficava na Rua do Rosário, centro da cidade, e foi demolido no mesmo ano do registro feito pela fotógrafa.

Regina conta que durante o período em que trabalhou como professora de história e de arte na EE Dr. Antenor Soares Gandra, no ano 2000, desenvolveu o  projeto "A História Através da Fotografia", com seus alunos. Eles foram incentivados a usar cartões postais da cidade, observar e fotografar os locais estampados, para comparar as modificações ocorridas.

Ela diz ainda que foi despertada para um "olhar mais aguçado do patrimônio cultural jundiaiense" como participante nos concursos da Associação Amigos da Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico e Arqueológico de Jundiaí, entre os anos de 2005 a 2015. 

E, como integrante do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Jundiaí, entre 2008 e 2010, passou a fazer registros voltados à preservação de referências da cidade, e alguns deles foram usados para solicitar a sua preservação e tombamento estadual, como a fábrica de tecelagem Argos, tombada pelo Condephaat.

"A fotografia foi uma maneira de contribuir e fazer parte da cultura e da história jundiaiense, onde moro desde a adolescência e onde luto para que sejam preservadas algumas de suas memórias e referências de seus quatro séculos de existência", diz a artista.

Regina Kalman atua como fotógrafa e artista plástica, desde 1973. Nascida na Iugoslávia (atual Croácia), é licenciada em desenho, plástica, educação artística, história e pedagogia, além de ser bacharel em sociologia, jornalismo e direito, com curso de pós-graduação em restauração de bens culturais móveis, em história do Brasil e didática superior.

Trabalhou como professora de história e educação artística na rede oficial da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, onde se aposentou. Participou em dez exposições individuais de fotografias, em  Jundiaí, Campinas e São Paulo.

Participou também de salões internacionais de artes visuais, em São Paulo, Osaka (Japão), Ilha da Madeira (Portugal), obtendo menções honrosas, e de salões nacionais de artes visuais em Jundiaí, São Paulo, Araras, Araraquara, Campinas, Itu, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Rio Claro e Vinhedo, obtendo vários prêmios; de  três edições do Mapa Cultural Paulista, em fotografia e artes visuais, fases municipal e regional; e de diversos concursos de artes fotográficas no Brasil, Japão e Portugal, desde 1973.

Tem verbetes no "Guia das Artes Plásticas de São Paulo" (Secretaria da Cultura de São Paulo, 1991); " Artes Plásticas do Brasil"(Ed. Júlio Louzada, São Paulo, 1992, vol. V), "Anuário Jundiaiense de Artes Visuais"( Ed. Literarte, Jundiaí, 1997,1998 e 1999); e na "Enciclopédia Cultural de Paula" (Ed. Literarte, Jundiaí, 2006, vol. II).

É membro da Associação dos Artistas Plásticos de Jundiaí e da Academia Jundiaiense de Letras e suas obras fazem parte do acervo da Pinacoteca Diógenes Duarte Paes (Jundiaí), Centro de Memória de Jundiaí, Museu do Presépio de São Paulo (São Paulo) ProAC – Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo (São Paulo), Museu de Arte Primitiva de Assis, e no Vaticano.
Fonte: http://segundocliche.blogspot.com/2018/10/fotografa-preserva-em-sua-obra-o.html

Motta

0 comunidades

Nenhum(a)