Os golpistas vão soltar fogos de artifício com a divulgação do PIB, o Produto Interno Bruto, que mede toda a riqueza do país, do segundo trimestre: a alta foi de 0,2 % entre abril e junho em relação aos três meses anteriores, segundo informou o IBGE. Na comparação com o segundo trimestre de 2016 o crescimento foi de 0,3%, o primeiro resultado anual positivo desde o primeiro trimestre de 2014 (+3,5%).
Mas cuidado com o andor.
O investimento continuou em contração no trimestre passado.
Segundo o IBGE, a Formação Bruta de Capital Fixo, que mede o investimento, recuou 0,7% na comparação com janeiro a março, 6,5% sobre o segundo trimestre do ano passado, e 6,1% nos quatro trimestres anteriores em relação ao mesmo período do ano anterior.
No acumulado do ano, em relação ao mesmo período de 2016, a expansão do PIB foi nula, e nos últimos quatro trimestres anterior houve queda de 1,4%.
Vale lembrar que a pequena recuperação do PIB se dá em cima de uma base fraquíssima: é como alguém comemorar o pagamento de R$ 1 mil de uma dívida de R$ 1 milhão.
No primeiro trimestre deste ano, o PIB brasileiro havia crescido 1% sobre o período imediatamente anterior, devido à forte expansão do setor agropecuário, mas com os investimentos produtivos ainda em queda.
Entre abril e junho passado, o consumo das famílias aumentou 1,4% sobre o primeiro trimestre, primeiro crescimento após nove trimestres. Sobre o mesmo período de 2016 a alta foi de 0,7%.
O setor de serviços também foi destaque positivo, com expansão de 0,6% na comparação com o trimestre imediatamente anterior, mas na variação anual mostrou queda de 0,3%.
No geral, se existem alguns indícios de que se ensaia uma melhora do cenário econômico, há outros que mostram que a recuperação ainda está distante.
Ainda é cedo para se abrir garrafas de champanhe.