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Motta

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Mostra do Filme Livre vai exibir 155 produções

22 de Março de 2019, 9:15 , por segundo clichê - | No one following this article yet.
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Conhecida por evidenciar a produção independente, a Mostra do Filme Livre traz obras feitas sem verbas públicas ou sem grandes patrocínios, e de viés mais autoral, além de ser a pioneira na exibição de filmes de diferentes formatos, gêneros, durações e épocas. 

Neste ano, a Mostra do Filme Livre exibirá 155 filmes de todo o Brasil. No CCBB São Paulo, o evento abre no dia 27 de março e vai até 22 de abril.  Depois ele segue para o Rio de Janeiro e Brasília.

Na abertura na capital paulista haverá uma sessão especial às 19h30 com um curta sobre Sylvio Lanna, um curta de Geneton Moraes Neto e duas estreias mundiais de dois curtas paulistas.

Com entrada gratuita, os homenageados desta edição serão o cineasta mineiro Sylvio Lanna e o jornalista e superoitista pernambucano Geneton Moraes Neto. Ambos terão sessões e debates nas três cidades. A mostra também fará um Especial Júlio Bressane, exibindo seus dois trabalhos mais recentes: Sedução da Carne e Nietzsche Sils Maria.

Para completar a programação a Mostra de Filmes Livres promoverá debates, palestras e oficinas. Em destaque, a Oficina de Cinema Experimental em Super 8 - Realização e intervenção na película, com orientação de Renato Coelho e Priscyla Bettim. 

A curadoria, formada por Gabriel Sanna, Diego Franco, Scheilla Franca e Guilherme Whitaker (GuiWhi, também criador do evento), trabalhou ininterruptamente por três meses na escolha e programação dos filmes para que a mostra garanta a potência e qualidade das edições anteriores. Christian Caselli, Gustavo Jahn, Ana Farache e Paulo Cunha fizeram curadorias especiais.

GuiWhi enfatiza que a mostra busca, a cada ano, exibir o que de mais instigante e original é produzido audiovisualmente no Brasil. “É incrível que um evento com as características da MFL, focada em filmes fora do eixo comercial, em obras feitas não necessariamente para agradar, mas para inquietar, tenha conseguido chegar aos 18 anos! Isso comprova a força deste cinema urgente e possível de ser feito sem grandes recursos/patrocínios, a maioria dos filmes feitos entre amigos, via coletivos e/ou sozinhos, e o fato de sermos hoje a principal e maior vitrine brasileira para estas produções é uma conquista que dividimos com todos que, desde 2002, tem apostado que vale a pena reverberar tais conteúdos. Foram milhares de filmes, exibidos para centenas de milhares de pessoas Brasil adentro. Os filmes que passamos não foram feitos para entreter e ganhar dinheiro apenas. Seus focos são outros, expor e pensar, audiovisualmente e doa a quem doer, nossa realidade brasileira, através de filmes potentes, sem amarras, filmes culturais, filmes livres!”

A mostra tem o patrocínio do Banco do Brasil desde sua primeira edição, em 2002, onde esteve por uma semana no CCBB RJ. 

A MFL2019 é dedicada às memórias de Geneton Moraes Neto (1956/2016), Geraldo Veloso (1944/2018) e Ricardo Boechat (1952/2019).

Homenagem a Sylvio Lanna 

Mineiro de Ponte Nova, Sylvio Lanna entrou para a história da cinematografia brasileira e mundial em 1970, quando finalizou seu primeiro e único longa: “Sagrada Família” (foto). Considerado um marco do “Cinema Marginal”, o filme é um radical experimento narrativo e técnico, com uma desconstrução sonora poucas vezes vista em película. Embora tenha vivido um grande hiato cinematográfico desde então, Sylvio quer deixar a fama de artista bissexto e acaba de realizar duas novas produções: o média “? In Memoriam – O Roteiro do Gravador” e o curta “Um Cinema Caligráfico”. Outro quitute que será saboreado pelos expectadores é a raridade “Malandro, Termo Civilizado (ou Malandrando)”, média realizado em 1986 com participações de Moreira da Silva, Wilson Grey e Luís Melodia, que é praticamente inédito em tela grande.

Homenagem a Geneton Moraes Neto

Jornalista e cineasta pernambucano, Geneton Moraes Neto começa a realizar curtas experimentais por incentivo e influência do crítico Fernando Spencer no início dos anos 70, período que coincide com a popularização do super-8 sonoro, permitindo um cinema com total liberdade e pouquíssimos recursos. A filmografia de Geneton possui mais de uma dezena de curtas, documentários, ensaios e manifestos audiovisuais realizados em paralelo ao seu trabalho jornalístico.  

A Mostra do Filme Livre vai exibir 9 filmes restaurados pela Cinemateca Pernambucana, realizados por Geneton entre 1973 e 1983 e a programação em sua homenagem tem a curadoria da Coordenadora de Cinema da Fundação Joaquim Nabuco e da Cinemateca Pernambucana Ana Farache e do cineasta e professor da UFPE Paulo Cunha, codiretor dos curtas “Coração do Cinema” e “Esses Onze Aí”, que também serão exibidos na mostra. As sessões dos curtas serão seguidas de debates e ambos os curadores estarão presentes para conversar com o público nos CCBBs de São Paulo, Brasília e Rio sobre a importante produção de Geneton no campo do audiovisual e sobre o legado de seus filmes.

Especial Júlio Bressane

Júlio Bressane, um dos pilares fundamentais de nosso cinema autoral, é convidado especial desta edição da Mostra do Filme Livre. É com imenso prazer que iremos exibir seus dois trabalhos mais recentes: Sedução da Carne e Nietzsche Sils Maria (esse último em parceria com Rosa Dias e Rodrigo Lima). Para além do peso histórico de sua obra, é interessante notar sua capacidade de se reinventar e reinventar o cinema a cada novo filme, sem medo de experimentar novas possibilidades de linguagem e sobretudo sem se prender a fórmulas engessadas recorrentes em autores com obras tão extensas e reconhecidas. Muito longe de se acomodar com o próprio legado ele demonstra coragem pra tornar cada um de seus filmes único, sem perder no entanto a assinatura inconfundível de seu olhar tão singular e criativo para o mundo.

Oficina de Cinema Experimental em Super 8 

Realização e intervenção na película, com orientação de Renato Coelho e Priscyla Bettim.

A oficina aborda o processo de realização experimental em película Super 8mm e o histórico das bitolas cinematográficas e duas respectivas utilização ao longo da história do cinema.

As técnicas de fotometria e filmagem, as câmeras e equipamentos de projeção Super 8 e 16mm, os processos de revelação. A ideia é que os filmes sejam produzidos em tomada única (editados durante a própria filmagem) e exibidos durante uma sessão especial do festival, com sonorização ao vivo, realizada pelos próprios participantes da oficina.

Durante a oficina abordaremos também técnicas de intervenção direta na própria película, feitas em mesa de luz, como pintura, colagens, raspagem e outras formas de intervenção.

Premiação

Este ano a premiação terá três recortes: Os Panoramas Livres, com os melhores curtas e médias; os Longas Livres, com os melhores longas; e os Territórios, com curtas, médias e longas que tratam sobre questões relativas ao uso da terra, urbanidades e migrações. Em cada cidade um júri diferente vai definir o melhor filme e os premiados serão convidados a exibirem e debaterem seus filmes nas sessões de encerramento.

Serviço

18ª Mostra do Filme Livre

de 27/03 a 22/04, no CCBB São Paulo

de 16/04 a 12/05, no CCBB Brasília

de 08/05 a 03/06, no CCBB Rio de Janeiro

de 24 a 29/05, no Cine Arte UFF, em Niterói

Entrada Gratuita

Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo

Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro | São Paulo – SP

Capacidade Cinema: 70 lugares

Ingressos: serão distribuídos a partir de uma hora antes de cada sessão, na

bilheteria do local

Funcionamento da bilheteria: todos os dias, das 9h às 21h, exceto às terças.

Informações: (11)3113-3651 | (11) 3113-3652


Fonte: http://segundocliche.blogspot.com/2019/03/mostra-do-filme-livre-vai-exibir-155.html

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