A recuperação da área externa do prédio que abrigava o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, foi concluída com a instalação da última estrutura de cobertura do edifício. A peça, içada por um guindaste, foi feita com zinco peruano e madeira certificada da Amazônia.
Em setembro, será iniciada a obra do interior do prédio, destruído parcialmente por um incêndio em dezembro de 2015. De acordo com o governo do Estado, o museu deverá ser reaberto ao público no fim do próximo ano.
“Além da preservação, houve toda uma atualização das normas de segurança. Nós tivemos um maior rigor nas normas de segurança, equilibrando as duas questões, a preservação de um lado e a atualização da segurança de outro”, destacou o secretário da Cultura do Estado, Romildo de Pinho Campello.
A reconstrução do museu custará em torno de R$ 60 milhões, parte paga pelo seguro contra incêndio, e parte captada por meio da Lei Rouanet. O novo local de exposições seguirá o conceito anterior, mas terá algumas modificações.
"Ao entrar no novo Museu da Língua Portuguesa, o visitante o reconhecerá, mas, ao mesmo tempo, ele terá atualizações. Há um aprendizado do período, há uma evolução tecnológica e atualização de alguns conceitos. No museu anterior, o fato de a língua portuguesa ser falado em nove países do planeta era uma referência. Nesse novo museu, será um destaque, um ponto de aglutinação de todos os países que falam a língua”, disse o secretário.
Assim como foi feito no novo Auditório Simón Bolívar, também destruído por um incêndio, o novo museu fará menção ao evento que destruiu parte de seu prédio. “Haverá, assim como há uma referência hoje no Memorial da América Latina, no Auditório Simón Bolívar. Para que a gente não perca de referência, para que nunca mais aconteça”, disse Campello.
Parte do Memorial da América Latina, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer em São Paulo, o Auditório Simón Bolívar foi atingido por um incêndio em 2013, permaneceu interditado durante quatro anos e foi reaberto em dezembro do ano passado, após passar por grande reforma. (Agência Brasil)