O jornalista Breno Altman publicou um artigo no Facebook criticando setores da "esquerda da esquerda" que deram com os burros n'água ao acreditarem que sairiam fortalecidos com a queda do governo Dilma.
No texto ele diz ainda que um ano depois do golpe fica cada vez mais evidente que não há outra saída para o campo progressista do que entender que, neste momento, "somente é possível enfrentar de verdade o governo usurpador a partir de uma coalizão político-social com o PT e Lula".
O artigo recebeu elogios e críticas, essas, evidentemente, de pessoas ligadas aos setores de ultraesquerda que veem não na direita, mas no PT, seu maior inimigo.
De qualquer modo, a discussão é válida neste momento.
E o texto de Altman, importante.
Aí vai ele:
Mato sem cachorro
Um setor da esquerda, que se auto-identifica como a esquerda da esquerda, habitando organizações como o PSOL, o PSTU, o PCB e outras menos afamadas, está vivendo seu inferno astral.
A aposta que fazia, com diferentes graduações, é que a derrubada do governo Dilma, a Operação Lava Jato e as eleições municipais de 2016 representavam sinais do inevitável ocaso do PT e de Lula.
Até algumas frações petistas foram contaminadas por esse diagnóstico, a bem da verdade.
A conclusão: apesar da ofensiva conservadora, o espaço estaria aberto para o
florescimento de uma nova alternativa no campo popular.
O entusiasmo com essa possibilidade levou vários porta-vozes e lideranças desse setor a fazer do petismo seu principal inimigo.
Deram com os burros n'agua. E se debatem em mar revolto, afogando-se em suas próprias análises.
O fato é que a agenda do governo usurpador, depois de um ano, vai forçando o pêndulo à esquerda, mas o depositário desse giro é novamente o PT.
Mais que o PT, a candidatura de Lula.
São as forças historicamente alinhadas ao petismo, majoritariamente agrupadas na Frente Brasil Popular, mas também na Frente Povo Sem Medo, que comandam a resistência contra o golpismo e suas reformas.
Foram essas forças que constituíram a coluna vertebral da greve geral do dia 28 de abril.
São para essas forças, e para Lula, que as massas trabalhadoras olham em busca de esperança e direção.
Apesar de todos os erros, que não foram poucos, e dos problemas, que muitos são.
A polarização é tão extrema que há menos espaços agora, para opções fora do campo petista, que em qualquer outro momento dos últimos quinze anos.
Somente é possível enfrentar de verdade o governo usurpador a partir de uma coalizão político-social com o PT e Lula.
As cabeças mais sérias e menos sectárias dessa esquerda da esquerda já se deram conta disso, adotando políticas e iniciativas frentistas com o petismo.
O resto está em um mato sem cachorro.
Deu tudo errado em suas previsões e correm o risco, se permanecerem em seu antipetismo, de vivenciarem um insuportável grau de isolamento social, a partir do qual serão objetivamente vistas como aliados do golpismo e da direita.
Afinal, não há saída para a classe trabalhadora, nesse momento histórico, como diria o líder comunista George Dimitrov, fora da frente popular.
Com o PT e Lula, não contra o petismo.
Motta
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