Carlos Motta
Duas marchinhas, uma lançada há 60 anos, e a outra há 48 anos, permanecem no imaginário popular como "hinos" da seleção brasileira de futebol, sendo invariavelmente lembradas em época de Copa do Mundo.
A primeira, "A Taça do Mundo é Nossa", é de autoria dos publicitários Wagner Maugeri, Lauro Müller, Maugeri Sobrinho e Victor Dagô, e foi composta para as comemorações da vitória da seleção na Copa 1958 na Suécia:
A taça do mundo é nossa
Com brasileiro não há quem possa
Êh eta esquadrão de ouro
É bom no samba, é bom no couro
Com brasileiro não há quem possa
Êh eta esquadrão de ouro
É bom no samba, é bom no couro
A taça do mundo é nossa
Com brasileiro não há quem possa
Êh eta esquadrão de ouro
É bom no samba, é bom no couro
Com brasileiro não há quem possa
Êh eta esquadrão de ouro
É bom no samba, é bom no couro
O brasileiro lá no estrangeiro
Mostrou o futebol como é que é
Ganhou a taça do mundo
Sambando com a bola no pé
Goool!
Mostrou o futebol como é que é
Ganhou a taça do mundo
Sambando com a bola no pé
Goool!
A taça do mundo é nossa
Com brasileiro não há quem possa
Êh eta esquadrão de ouro
É bom no samba, é bom no couro
Com brasileiro não há quem possa
Êh eta esquadrão de ouro
É bom no samba, é bom no couro
A taça do mundo é nossa
Com brasileiro não há quem possa
Êh eta esquadrão de ouro
É bom no samba, é bom no couro
Com brasileiro não há quem possa
Êh eta esquadrão de ouro
É bom no samba, é bom no couro
O brasileiro lá no estrangeiro
Mostrou o futebol como é que é
Ganhou a taça do mundo
Sambando com a bola no pé
Goool!
Mostrou o futebol como é que é
Ganhou a taça do mundo
Sambando com a bola no pé
Goool!
A segunda, "Pra frente Brasil", de autoria de Miguel Gustavo, também criador de jingles publicitários e de vários sambas de breque que viraram sucesso na voz de Moreira da Silva, o "Kid Morengueira", foi feita para a Copa do Mundo de 1970, no México, a terceira conquistada pela seleção brasileira.
É ainda mais ufanista que "A Taça do Mundo é Nossa". Afinal, o país vivia o auge da ditadura militar, com o presidente de plantão, o general Emílio Garrastazu Médici, torcedor fanático do Grêmio, dando palpite até na convocação da equipe - ele insistia na presença no time de Dario, o Dadá Maravilha, então jogador do Atlético mineiro, "sugestão" recusada pelo então técnico da equipe, o jornalista João Saldanha, o "João Sem Medo", demitido antes do torneio, que deu uma resposta pública exemplar para o ditador:
- Ele manda no seu ministério; na seleção mando eu.
A marchinha, na versão gravada pelo conjunto de iê-iê-iê Os Incríveis, tocou muito no rádio:
Noventa milhões em ação
Pra frente Brasil, no meu coração
Todos juntos, vamos pra frente Brasil
Salve a seleção!!!
De repente é aquela corrente pra frente, parece que todo o Brasil deu a mão!
Todos ligados na mesma emoção, tudo é um só coração!
Todos juntos vamos pra frente Brasil!
Salve a seleção!
Todos juntos vamos pra frente Brasil!
Salve a seleção!
Gol!
Somos milhões em ação
Pra frente Brasil, no meu coração
Todos juntos, vamos pra frente Brasil
Salve a seleção!!!
De repente é aquela corrente pra frente, parece que todo o Brasil deu a mão!
Todos ligados na mesma emoção, tudo é um só coração!
Todos juntos vamos pra frente Brasil!
Salve a seleção!
Todos juntos vamos pra frente Brasil!
Salve a seleção!
Salve a seleção!
Salve a seleção!
Salve a seleção!
