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Motta

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Vendas de material de construção despencam neste ano

1 de Março de 2017, 17:48 , por segundo clichê - | No one following this article yet.
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A recessão acabou. Mas só na cabeça dos golpistas, a julgar pelos dados econômicos que saem todos os dias. Hoje foi a vez do varejo de material de construção, com números mais que alarmantes: em fevereiro, o setor registrou queda de 3% sobre fevereiro de 2016 em relação a fevereiro de 2017 a retração foi de 7%.

O presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Claudio Conz, bem que tentou explicar o desastre, mas sua explicação não é muito convincente: “Início do ano é um período tradicionalmente fraco para o nosso setor. O ano realmente só começa depois do carnaval, até porque as pessoas têm outros gastos extras para se preocuparem nos primeiros meses do ano: IPVA, IPTU, matrículas escolares. Por conta disso, as pessoas acabam adiando as obras e reformas, porque elas exigem um planejamento maior no controle  de gastos.”

A desculpa para a queda nas vendas até que teria lógica se não fosse um pequeno detalhe: se todo o início de ano é tradicionalmente fraco, como se explica que este foi muito mais fraco que os anteriores? 


Segundo o presidente da entidade, o setor deve ter um desempenho positivo de 3% no primeiro semestre de 2017. Mas novamente ele tropeça na lógica ao explicar tamanho otimismo: “Diversas medidas foram anunciadas até agora e devem influenciar nosso setor mais cedo mais tarde. O Cartão Reforma é uma delas. Os bancos também estão trabalhando para oferecer juros menores aos clientes interessados em programas de financiamento para reforma e construção e o saque das contas inativas do FGTS também deve ajudar as famílias a transformarem aquela reforma que estava apenas nos planos em realidade.”

Mais uma vez ele se esqueceu de um pequeno detalhe: nenhuma dessas medidas ataca o problema principal da economia brasileira hoje, ou seja, o fato de que a atividade econômica cai a todo mês, desempregando mais pessoas e reduzindo a renda das famílias. Ora, num quadro desses, com o dinheiro contado para pagar produtos e serviços essenciais, quem vai construir ou reformar seu imóvel?

A realidade, segundo a pesquisa da entidade, é que praticamente todas as regiões tiveram retração nas vendas em fevereiro, com exceção do Norte, que registrou aumento de 5% em relação a janeiro. As demais regiões tiveram desempenho de -11% (Nordeste), - 14% (Centro-Oeste), - 8% (Sul) e -5% (Sudeste).
Fonte: http://segundocliche.blogspot.com/2017/03/vendas-de-material-de-construcao.html

Motta

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