Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2013 será em outubro
23 de Setembro de 2013, 12:39 - sem comentários aindaEm Brasília (DF), a 10ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT 2013) será no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade. O evento acontece entre os dias 21 e 27 de outubro simultaneamente em todas as regiões do País, organizados por comissões regionais compostas por entidades e instituições de ensino, divulgação e pesquisa participantes da SNCT.
De acordo com a Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do (Secis) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), pasta responsável pela coordenação do evento na capital federal, mais de 90 expositores confirmaram presença no encontro. A expectativa do MCTI é que haja um crescimento de 50% no número de participantes, o equivalente a 150 mil pessoas. O tema deste ano será “Ciência, Saúde, Esporte e Educação”.
Histórico
Desde 2004, a SNCT é realizada em todo o País, sempre em outubro. A finalidade principal é mobilizar a população, principalmente crianças e jovens, sobre de temas e atividades de ciência e tecnologia (C&T). A SNCT tem registrado crescente participação de instituições de pesquisa, de ensino e municípios a cada edição. De acordo com o MCTI, em 2012, foram contabilizadas mais de 28 mil atividades, com o envolvimento de 911 instituições distribuídas por 722 cidades brasileiras.
Para mais informações acesse o site http://semanact.mct.gov.br/.
Com informações da Associação Brasileira das Instituições de PEsquisa e Inovação – Abipti
http://www.agenciacti.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4556:semana-nacional-de-ciencia-e-tecnologia-tera-mais-de-90-estandes&catid=1:latest-news
Projeto une alimentação saudável e qualidade de vida no Paraná
20 de Setembro de 2013, 8:29 - sem comentários aindaCerca de 700 famílias são contempladas com alimentação saudável, geração de renda e terapia ocupacional
A cidade de Maringá, no Paraná, é uma das 50 cidades com melhor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do país, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Conhecida pela preocupação com a qualidade de vida de seus moradores, a cidade foi pioneira na implementação do projeto Academia da Terceira Idade (ATI), que hoje existe em diversas cidades do Brasil. As academias são instaladas em locais estratégicos, nas ruas das cidades, para incentivar as pessoas da Melhor Idade a saírem da ociosidade.
E foi com essa mesma preocupação que a prefeitura de Maringá criou, em 2007, o Projeto Inovação Tecnológica e Social para o Desenvolvimento de Agricultores Urbanos de Maringá (Inovaup), mais conhecido como Hortas Comunitárias. Ele foi pensado com o intuito de promover saúde para os moradores, por meio de reeducação alimentar e incentivo aos exercícios físicos. Quem nos conta essa história é o professor José Oliveira Albuquerque, engenheiro agrônomo, contratado pela prefeitura para trabalhar diretamente com os produtores.
“O objetivo do projeto é ajudar os moradores a adquirirem o hábito de uma alimentação equilibrada, com o consumo diário de duas ou três porções de legumes, verduras e frutas por dia, como recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS). As hortas comunitárias proporcionam o consumo de produtos de qualidade, garantidos pelos próprios consumidores, pois são eles mesmos que cultivam. O trabalho de cultivo também incentiva a prática de exercícios físicos”, explica Albuquerque.
Hoje, são 24 hortas comunitárias, instaladas em Maringá e arredores, onde se concentra uma parcela de famílias carentes. O Projeto atende cerca de 700 famílias, que conseguem tirar uma renda mensal de R$ 350,00. De acordo com o professor Albuquerque, a produção é essencialmente para o consumo das famílias, somente o excedente é vendido.
“Houve uma melhora significativa na qualidade de vida das famílias. Além de estarem consumindo um produto sem agrotóxico, ecologicamente correto, eles conseguem uma renda extra. Nesse projeto, tudo contribui para melhoria de vida. Podemos citar também o convívio entre os produtores e familiares, o que ajudou muitos a saírem da depressão e na melhoria da autoestima. É uma terapia ocupacional”, afirma o professor.
O Presidente da Horta do Conjunto Cidade Canção (Maringá), Oerly Eugênio Marçal, de 60 anos, fala com orgulho do trabalho que realiza. Ele conta que está no projeto desde o início e que, devido aos problemas de saúde, buscou e encontrou ajuda. “Sempre morei em sítio, mas há alguns anos me mudei para a cidade, mas não me adaptei com os produtos que são vendidos nos supermercados. Hoje só comemos verduras e legumes da nossa horta e as mudanças estão refletindo na minha saúde. A horta da Cidade Canção é a mais bonita da região. Lá nós plantamos de tudo: abobrinha, jiló, berinjela, couve-flor, chicória, rabanete, entre outros. O que sobra, vendemos lá mesmo”, comemora Marçal.
Os produtores foram mais além, criaram o Banco do Colegagem – um espaço com um banco de madeira, onde eles se reúnem para conversar, trocar ideias, compartilhar as dificuldades e até contar piadas. Em 2011, o projeto foi vencedor do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social, na categoria “Tecnologia Social na Construção de Políticas Públicas para Erradicação da Pobreza”. Eles receberam R$ 80 mil para a expansão, aperfeiçoamento e reaplicação da Tecnologia Social.
Fonte: Fundação Banco do Brasil
http://www.fbb.org.br/reporter-social/projeto-une-alimentacao-saudavel-e-qualidade-de-vida-no-parana.htm
12ª Oficina para Inclusão Digital e Participação Social
19 de Setembro de 2013, 6:49 - sem comentários aindaFoi dada a largada da 12ª Oficina para Inclusão Digital e Participação Social. Mais uma vez, as entidades da sociedade civil estão reunidas para organizar esse grande encontro dos ativistas da Inclusão e da Participação. Em 2013, o evento acontecerá em Brasília, de 11 a 13 de dezembro.
Reunidos em Belém do Pará, no início do mês de setembro, os ativistas da Inclusão Digital e da Participação Social comemoraram o lançamento de mais uma edição da Oficina para Inclusão Digital e Participação Social, que chega a seu 12º ano.
Durante a realização do III Fórum da Internet em Belém, o evento foi anunciado em uma roda de conversa, entre uma discussão e outra, aos ativistas da inclusão digital e participação social presentes. No dia 30 de setembro serão abertas as inscrições, por meio do site da Oficina, para a solicitação de Auxílio Participação.
Enquanto isso, agende-se, curta a página da 12ª Oficina no Facebook.
Recife sedia Encontro de Tecnologias Sociais
17 de Setembro de 2013, 7:14 - sem comentários aindaAcontece em 27 de setembro, no Recife (PE), o Encontro de Tecnologias Sociais. Com tema Perspectivas e diálogos entre a Inclusão Digital e a Economia Solidária, o evento reúne telecentros comunitários, sociedade civil, empreendimentos de economia solidária, coletivos, terceiro setor, governo e academia para debater sobre tecnologias sociais e inclusão digital em Pernambuco.
Além dessa proposta, a intenção é articular ações de inclusão digital no estado através da criação do Fórum Pernambucano de Inclusão Digital, pensar e discutir apropriação de espaços para inclusão digital como laboratórios de informática das escolas, Universidades, Casas Brasil.
O organizador do encontro é o Centro Marista Circuito Jovem – CRC Recife, atua, desde a sua criação, na capacitação de jovens em vulnerabilidade social e na entrega de kits telecentros visando a democratização do uso e do acesso das tecnologias. O evento será realizado na sede do CRC Recife, Rua Jorge Tasso Neto, 318) a partir das 9h. As inscrições podem ser feitas pelo site do CRC. O evento será totalmente gratuito. Inscrições e informações podem ser vistas no: http://sites.marista.edu.br/crcrecife/projetos/encontro-de-tecnologias-sociais/
Confira a programação:
9h – Encontro de Telecentros Comunitários
O encontro será aberto aos gestores e monitores de telecentros comunitários para que haja diálogo, compartilhamento de experiências e projetos.
13h – Palestra – Jogaram o PRISM no Ventilador
Ministrada por Anahuac de Paula Gil que falará sobre privacidade na internet, espionagem norte-americana e como empresas de informação ajudam na espionagem. Anahuac é consultor de tecnologias livres da Rede Globo e criador do KyaPanel.
15h – Palestra – Como um Telecentro pode se tornar um Empreendimento Criativo?
Pedro Jatobá trará experiências exitosas de como os Telecentros Comunitários podem acolher iniciativas de Economia Solidária. Pedro é colaborador da Rede ITEIA e da Colaborativa.PE.
19h – Cultural – São Sambas
O encerramento do encontro acontecerá na Concha Acústica da UFPE. O São Sambas, evento promovido pela Colaborativa.PE, traz artistas da cultura local para se apresentação ao público.
Fonte: Revista ARede
http://arede.inf.br/noticias/6123-recife-sedia-encontro-de-tecnologias-sociais
Inclusão digital deve ser um direito fundamental, sugere pesquisa da USP
13 de Setembro de 2013, 11:02 - sem comentários aindaPesquisa realizada na Faculdade de Direito da USP propõe que a inclusão digital seja considerada um direito fundamental, como o direito à água, à luz, à informação, à saúde, à privacidade, etc. “O direito à internet e às novas tecnologias digitais deve estar acima de todos os outros, pois, nos dias atuais, é cada vez mais comum que seja por meio dele que os outros direitos funcionem adequadamente”, aponta o autor do estudo, o advogado e historiador Victor Hugo Pereira Gonçalves.
Para o pesquisador, a falta de acesso à internet somente poderá ser solucionada quando a inclusão digital for considerada um direito fundamental. “É preciso empoderar as pessoas dos direitos fundamentais. E o Direito deve ser utilizado como uma ferramenta para isso ocorrer”, completa. Segundo dados da pesquisa, atualmente mais de 80% da população não está incluída no acesso à internet e às tecnologias.
Em seu mestrado, Inclusão digital como direito fundamental, Gonçalves investigou o tema a partir de um recorte metodológico realizado em relatórios disponibilizados pelo Banco Mundial, pelo Mapa da Exclusão Digital do Centro de Políticas Sociais (CPS), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e por informações do endereço Internet World Stats, site que realiza pesquisas envolvendo exclusão digital no mundo. A partir desta análise, o advogado elencou alguns fatores que contribuem com a exclusão digital.
O primeiro deles é a falta de políticas públicas específicas. “Quando o governo federal privatizou as telecomunicações, as empresas do setor podiam escolher a região que quisessem atuar. Como muitas dessas dessas regiões são pobres e não atrativas economicamente, várias delas foram deixadas de lado e continuam sem acesso às tecnologias”, diz. Um caminho, segundo o pesquisador, seria a criação de políticas públicas específicas que contemplassem projetos de inclusão digital para estes locais.
“Outro fator é a exclusão econômica: se a pessoa não tem dinheiro para comprar computador ou se não tem acesso a um local onde possa utilizar o equipamento, ela também sofrerá exclusão digital”, diz o pesquisador. Entretanto, o fator dinheiro, por si só, não representa exclusão, mas sim a ausência de uma política que permita essa inclusão.
Há ainda a exclusão por falta de acesso: a pessoa pode ter poder aquisitivo para comprar um computador, nível educacional para utilizá-lo e até falar inglês, mas se a empresa responsável pelo acesso à internet não levar os serviços até o cidadão, este ficará sem poder utilizar a tecnologia.
Na exclusão por analfabetismo digital, muitas pessoas têm acesso à internet, mas não conseguem utilizá-la pois não sabem como fazer isso. Uma educação mínima é necessária para as pessoas poderem usufruir dos benefícios obtidos com o acesso à rede.
Exclusões históricas
O pesquisador conta que a maioria dos excluídos são formados por mulheres negras. “O que vemos são as exclusões sociais históricas sendo reforçadas na exclusão à internet”, diz.
Gonçalves cita a Lei Federal nº 11419, de 2006, que determina que os atos e procedimentos judiciais precisam ser eletrônicos. “A Lei foi aprovada sem que houvesse projeto de inclusão digital para os profissionais da área. Mais de 90% dos advogados não sabem mexer com computadores”, relata o pesquisador.
Outro ponto destacado é quanto à neutralidade da rede. De acordo com o advogado, muitas vezes, quando o usuário vai utilizar o serviço de determinados sites que geram um consumo de banda muito grande (como aqueles que permitem assistir a filmes e séries via internet), ele não consegue, porque a empresa prestadora do serviço de acesso à internet diminui a velocidade da banda. “A rede não pode cair nem o usuário pode ser impedido de acessar determinados sites”, aponta.
Além disso, o usuário também tem o direito de receber a velocidade contratada e não pode ser impedido de acessar a internet devido a problemas técnicos. “Em muitos casos, o problema é tratado apenas sob o aspecto das falhas técnicas. Precisamos tirar a discussão desse aspecto e levar o debate para a questão dos direitos fundamentais”, finaliza o advogado.
Fonte: Agência USP
http://www.usp.br/agen/?p=152175