A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que administra operações nesse mercado, tem visto um forte ritmo de migração de empresas para o nicho, com cerca de 130 adesões mensais até o momento, atrás apenas dos números de 2016.
Por Redação, com Reuters – de São Paulo
O Brasil tem registrado um volume de adesões quase recorde ao mercado livre de energia, ambiente em que empresas com certo nível de consumo podem negociar preços e condições diretamente com companhias de geração ou comercializadoras, ao invés de serem obrigatoriamente supridas por concessionárias de distribuição.
A geração de energia eólica aumenta, substancialmente, no litoral nordestinoA Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que administra operações nesse mercado, tem visto um forte ritmo de migração de empresas para o nicho, com cerca de 130 adesões mensais até o momento, atrás apenas dos números de 2016.
— É o segundo melhor ano que estamos tendo. E a razão principal disso são os preços, que estão atrativos — disse à agência inglesa de notícias Reuters o presidente do conselho da CCEE, Rui Altieri.
Indústria
Em 2019, até então segundo ano em registro de migrações, em média 118 empresas aderiram ao mercado livre por mês.
O fluxo em 2020 acontece enquanto preços de contratos livres de energia recuam ao menor nível desde 2016, em meio à queda na demanda associada à crise do coronavírus, com quarentenas em diversos Estados e municípios para tentar conter a disseminação da doença levando ao fechamento de muitas empresas e reduzindo atividades na indústria.
O movimento lembra em parte uma onda vista em 2016, quando as migrações envolveram média de 192 empresas por mês, ajudadas por uma disparada das tarifas das distribuidoras enquanto a crise econômica derrubava os preços dos contratos bilaterais.
— Neste ano estamos com uma segunda onda. E a grande característica que estamos constatando agora é que isso é para atender consumidores pequenos — concluiu Altieri.