O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a Rússia não recebeu qualquer informação oficial sobre as denúncias, e que soube do caso apenas por reportagens da mídia
Por Redação, com Reuters – de Moscou/Frankfurt:
O Kremlin afirmou nesta quinta-feira que o serviço de espionagem russo FSB não teve envolvimento em qualquer atividade cibernética ilegal, um dia após os Estados Unidos acusarem dois agentes de inteligência russos e outras duas pessoas de invadirem 500 milhões de contas do Yahoo.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a Rússia não recebeu qualquer informação oficial sobre as denúncias
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a Rússia não recebeu qualquer informação oficial sobre as denúncias, e que soube do caso apenas por reportagens da mídia. Ele disse a repórteres, em uma teleconferência, que Moscou espera receber informações oficias sobre o caso.
– Temos dito repetidamente que não pode haver qualquer discussão sobre qualquer envolvimento de qualquer agente russo. Incluindo do FSB (Serviço de Segurança Federal), em qualquer atividade cibernética ilegal – disse Peskov.
Contas do Twitter
Um incidente diplomático entre Turquia, Holanda e Alemanha se alastrou pela Internet na quarta-feira. Quando um grande número de contas do Twitter foram invadidas e substituídas por mensagens antinazismo em turco.
Os ataques, que usaram as hashtags #Nazialmanya (Alemanha Nazista) ou #Nazihollanda (Holanda Nazista). Tiveram como alvo contas de presidentes de empresas, editoras, agências de governo, políticos e também usuários comuns.
O presidente turco, Tayyip Erdogan, acusou os governos da Alemanha e da Holanda de adotarem táticas do estilo nazista. Desencadeando protestos em ambos os países, depois que ministros turcos foram proibidos de promover comícios políticos para aumentar o suporte do líder entre os expatriados.
A invasão das contas ocorre num momento em que os holandeses se dirigem às urnas para votar nesta quarta-feira nas eleições parlamentares. Vistas como teste do sentimento anti-imigração e anti-Estado.
– Ataques virtuais politicamente motivados em geral prosperam em gerar um impacto tão grande quanto possível na mídia. Portanto, se espera vê-los sempre que um conflito político se intensifica – comentou o analista de cibersegurança da FireEye, Jens Monrad.
As contas hackeadas continham tweets com símbolos nazitas, uma variedade de hashtags e a frase “Nos vemos em 16 de abril”. Data de um referendo na Turquia sobre a extensão dos poderes presidenciais de Erdogan.
O perfil pessoal do político francês conservador Alain Juppe estava entre as contas invadidas. Assim como as contas do parlamento europeu, do Departamento de Saúde do Reino Unido e da BBC North America.
Outras contas hackeadas foram as dos sites Die Welt, Forbes e Reuters Japan, bem como as de várias agências sem fins lucrativos, incluindo a Anistia Internacional e a UNICEF USA.
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